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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À FILOSOFIA
DOCENTE: MANOEL MORAES
ALESSANDRA SILVA DOS SANTOS
RESUMO “AS ORIGENS DO PENSAMENTO GREGO”
JEAN PIERRE VERNANT
Belém
2018
Capítulo I- O QUADRO HISTÓRICO
No começo do segundo do II milênio, as semelhanças existentes entre o Oriente e o Ocidente, que por sua vez, ainda não dava traços de uma possível separação.
Entre 2000 e 1900 a.C uma população nova surge na Grécia continental; os invasores, os mínios, esses antepassados do homem grego pertencem a povos indo-europeus, que são diferenciados pela língua, uma vez que falam um dialeto grego arcaico. Uma invasão paralela manifestava-se quase na mesma época do outro lado do mar, com a chegada dos Hititas indo-europeus na Ásia menor pelo planalto Anatólio. O povo que edifica a Tróia VI, cidade principesca mais rica e poderosa do que nunca, é parente próximo dos mínios da Grécia.
É com os homens da Tróia VI que o cavalo surge na Tróade “Rica em cavalos”. A fama dos cavalos de Tróia, assim como a de seus tecidos, não foi sem dúvida estranha aos aqueus que tinham interesse por essa região. Como os mínios da Tróade, os gregos conheciam o cavalo. O interessante de tudo isso, é que eles associavam no espírito dos primeiros helenos como entre outros povos indo-europeus, o tema do cavalo a todo um complexo mítico ( serve para entendermos a importância atribuída aos cavalos e o uso deles na sociedade da época: todos os seus sentidos místicos.
Capítulo II- A REALEZA MICÊNICA
A decifração das plaquetas linear B ( documentos palacianos burocráricos/ administrativos ) resolveu certas questões propostas pela arqueologia e levantou novas. Eles tiveram certas dificuldades porque o linear B, derivado de uma escrita silábica que não foi feita para notar o grego, não representa fonemas, era feito só para documentar e ser usado como documento. Muitas vezes, esses documentos encontrados são reduzidos à inventários anuais e redigidos em tijolos crus, mostrando o quão difícil será estabelecer um panorama de organização social micênica através desses meios.
A vida social aparece centralizada em torno do palácio, cujo papel é ao mesmo tempo religioso, político, militar, administrativo e econômico. Esse sistema de economia, denominou-se palaciana, onde o rei concentra e unifica em si próprio todos o elementos do poder e todos os aspectos da soberania. A vida social e os papéis desenvolvidos pela mesma, citando escribas, a realeza burocrática e o domínio da agricultura.
Os escribas contabilizam em seus arquivos o que concerne ao gado e à agricultura; aos diversos ofícios especializados com os subsídios a fornecer em matéria prima e as encomendas de produtos elaborados, e a questão da mãe de obra – escravos, homens, mulheres e crianças, quer os dos particulares, quer os dos reis.
Não se compreende que haja lugar, numa economia desse gênero, para um comércio privado, a administração real que regulamentava a distribuição e o intercâmbio, assim como a produção de bens.
A realeza burocrática, a lógica conduz a um controle cada vez mais rigoroso e amplo. A economia rural da Grécia antiga aparece dispersa no âmbito da aldeia; a coordenação dos trabalhos não vai muito além dos grupos vizinhos.
Tem-se a TEMS- que é a governança regida pelo dito real.
A arquitetura dos palácios também é citada, como símbolo de nobreza e riqueza, mostrando a soberania absoluta do rei, principalmente, pela estrutura palaciana, que a deixa no centro das cidades, sendo, o ponto bem mais visado.
Capítulo III- A CRISE DA SOBERANIA
Como o próprio título sugere, é a marca da queda do poder da realeza micênica. O aparecimento de uma nova era na civilização grega, pois é quando começa a se solidificar algumas transformações sociais nas artes. A metalurgia, a cerâmica, elas deixam as cenas da vida animal e vegetal por uma decoração geométrica. A divisão nítida das partes do vaso, redução das formas e modelos claros e simples, obediência. É caracterizado como o período da inovação. Neste capítulo, o autor deixa claro que o objetivo é mostrar como se deu o alcance das transformações sociais que mais repercutiram nos esquemas do pensamento, citando como primeiro e principal, a transformação linguística. 
Contudo, ele mostra que no meio do desmoronamento do sistema palaciano micênico, é que surgirão reflexões e especulações políticas que definirão uma primeira forma de sabedoria. 
Há uma ruptura com o atual pensamento, com isso, o enfraquecimento dos comando vindos diretamente do rei. 
A quebra do sistema palaciano se dá por causa da descentralização da cidade, que eram em torno do castelo; as pessoas tomaram uma nova consciência, e passaram a ocupar outras áreas da cidade, se agrupando. Pois vale lembrar que era muita gente para a administração do palácio, muita gente morreu, mesmo com todos os esforços e trabalhando, como escravo ou livre. À imagem do rei, senhor de todo o poder, substituiu-se a ideia de funções sociais especializadas, diferentes umas das outras, e cujo ajuntamento cria difíceis problemas de equilíbrio, como foi exposto, era muita gente para que ele pudesse administrar. Para uns tinha demais e para outros, faltava praticamente tudo.
Como era tudo centralizado, foi uma espécie de revolta, porque tudo era colocado no soberano.
Capítulo IV- O UNIVERSO ESPIRITUAL DA POLIS
Estado, o meio de comando e de domínio sobre outrem, força de persuasão.
A consolidação e organização da cidade nos séculos VII e VI, a partir daí os gregos notarão uma invenção na vida social e na relação entre os homens.
A escrita, foi utilizada, inicialmente apenas para documentar as transformações e outros detalhes da época, para que ficasse guardado tudo aquilo que foi dito, uma espécie de lembrete, com o passar do tempo, teve-se uma necessidade de fazer com que aquilo fosse o meio principal de comunicação, que não atingiu apenas as partes mais ricas, mas todas as pessoas. O linear B, que era o documento dos sistemas palacianos, é um exemplo, pois era aceitado, difundido e repleto de confiabilidade, porém, eles ainda não representavam nenhum fonema, era compreendido, mas não na oralidade.
Com a escrita, é criada a filosofia e sua ambiguidade, todos os seus sentidos que podem ser questionadas até hoje.
O saber teórico, em face da lógica do verossímil ou do provável.
Uma segunda característica da polis é o cunho de plena publicidade dada às manifestações mais importantes da vida social. Pode-se mesmo dizer que a polis existe apenas na medida em que se distinguiu um domínio público, nos dois sentidos diferentes.
A criação das leis escritas, que ficam como verdades e modos de agir são postas assim desde que começaram a desenvolver a escrita, pois muitas teorias também trazem que o homem precisa de leis para que seja virtuoso e não mate todo mundo ou fique em estado de guerra generalizada.
Capítulo V- A CRISE DA CIDADE. OS PRIMEIROS SÁBIOS
Num diálogo perdido sobre a filosofia, Aristóteles evocava os grandes cataclismas que periodicamente destroem a humanidade. Sobre esse dado tradicional dos Sete Sábios, seria vão apoiar a conclusão histórica: a lista dos sete é flutuante e variável.
Confusões e conflitos internos que vão desencadear em uma crise de fatores basicamente, econômicos no final do século VII, e que deram lugar a novas reflexões morais e políticas. Fala também que o direito estava intimamente ligado a aspectos religiosos.
A filosofia é o grande pilar deste capítulo, pois fala do surgimento dos filósofos e alguns de seus pensamentos e a forma como viam a cidade, entre outros aspectos, principalmente os de cunho religioso, pois no mundo, sempre houve uma supremacia da religião.
As diversas vertentes de pensamentos filosóficos são expostas, assim como o número expressivo de filósofos são presentes, para refutar ideiasoutrora já repassadas.
Capítulo VI- A ORGANIZAÇÃO DO COSMOS HUMANO 
Neste capítulo, o autor fala sobre as vertentes morais presentes do século VI, onde os valores aristocráticos se apresentam, sobretudo sobre a riqueza e de outro um espírito democrático. Aborda os elementos que compõem a cidade, e nos fala sobre a função dos sábios que seria explicitar os valores que devem ser adquiridos pelos cidadãos para manter a cidade em ordem.
A nobreza que quer apenas mais riqueza, com a exploração de pessoas e instrumentos trazem grandes problemas para a sociedade. O temor da impureza, a cujo papel na origem da legislação sobre o homicídio nos referimos, encontrava sua mais intensa expressão na aspiração mística a uma vida pura de contato sangrento.
As pessoas gostavam de mostrar ter virtude por medo, e não simplesmente por achar que aquilo é o correto e que isso deve ser feito.
Fazendo um eco as palavras de Teógnis: “os que hoje têm mais, ambicionam o dobro. A riqueza ta chrémata quer mais ainda, torna-se no homem loucura, aphrosyne”. “Quem possui quer mais ainda. A riqueza acaba por já não ter outro objeto senão a si própria;...”
Capítulo VII- COSMOGONIAS E MITOS DE SOBERANIA
A revolução intelectual e o surgimento da razão são os pensamentos principais deste capítulo, que vem dar lugar ao pensamento mitológico.
Da origem do mundo, de sua composição, de sua ordem, dos fenômenos meteorológicos, tudo tentavam achar justificativas, de onde surgiu e teorias do porque haveria começado. As religiões sempre estiveram à frente neste sentido, pois acham explicações, que para a época, fez muito sentido e grande parte é usada até os dias de hoje para justificar acontecimentos. Com a criação de deuses, que são usados para diversas justificativas de tudo e de onde de pode ter começado. O aparecimento de vários teóricos foi muito importante, pois foi assim que as pessoas começaram a se interessar por teorias diferentes das habituais e criar suas próprias teses para a explicação, visto isso, a religião tem sua grande participação, pois sabia “justificar” e botar ordem, e que por muito tempo foi levada como verdade universal, e era aceita e difundida por praticamente todos, não só na parte grega.
Capítulo VIII- UMA NOVA IMAGEM DO MUNDO
Para medir a amplitude da revolução intelectual realizada pelos milésimos, a análise deve apoiar-se essencialmente na obra de Anaximandro. A doxografia dá-nos dela uma visão mais completa. Além disso, Anaximandro não introduziu apenas em seu vocabulário um termo da importância de Arché, preferindo escrever em prosa, completa a ruptura com o estilo poético das teogonias e inaugura o novo gênero literário próprio da história de perí physeos. É nele, finalmente, que se encontra expresso com o maior rigor, o novo esquema cosmológico que marcará de maneira profunda e durável a concepção grega de universo. Fazendo, então a diferença entre a astronomia grega da astronomia babilônica e de outros povos do oriente, porém, não deixa de salientar a importância desta, que teve papel relevante na construção do conhecimento grego. O autor ainda fala que agora existe uma nova geometrização do universo físico, uma nova construção de mapas e uma nova forma de pensamento sem analogia ao mito.
É uma ideia aceita, porque o Anaximandro tenta desvincular-se de preceitos já estabelecidos e vai atrás de uma nova consciência, para dizer que não existirá uma verdade absoluta

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