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mercado mercantil

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Faculdade de Anicuns
Departamento de Ciências Jurídicas
Curso de Direito
Acadêmica: 
Janainy Cândida Resende 
6° Período Noturno “B” 
CONTRATOS MERCANTIS
Anicuns
2019
CONTRATOS MERCANTIS
Com a unificação do direito privado, o Código cível cuidou indiferentemente dos contratos civis e comerciais, não trata da legislação disciplinadora de diversos pactos mercantis e das relações de consumo. 
	Os princípios do Código Civil, 
“Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.”
O princípio da boa-fé ao mesmo tempo em que obriga os contratantes, fornece ao juiz maior amplitude na interpretação dos contratos, seja mediante a consideração objetiva da violação dos deveres anexos como modalidade de inadimplemento, seja pela aptidão de conformar os contratos á boa-fé objetiva, avaliando a probidade de conduta dos contratantes. 
Na maioria dos contratos mercantis, pelo menos o polo ativo da relação contratual é ocupado por empresário ou sociedade empresaria. Sendo assim nem sempre os negócios seja considerado na mesma normativa e observem tratamento uniforme. 
Quando duas ou mais pessoas acordam em constituir, regular ou extinguir uma relação jurídica de índole patrimonial, estão celebrando um contrato. Contrato e consenso, aperfeiçoando-se, em regra, pelo encontro de vontade. Os contratos são obrigatórios; tanto que as partes acordem-se sobre o objeto da convenção, e o reduzem a escrito, nos casos em que esta prova e necessária. O contrato se aperfeiçoa no lugar em que foi proposto.
A natureza jurídica dos contratos mercantis se delimitará face as condições de seus contratantes, no que tange a (des) igualdade material entre os mesmos. As obrigações de um contrato pode-se perceber que o contrato é uma das modalidades de obrigação, ou seja, uma espécie de vínculo entre as pessoas, em virtude do qual são exigíveis prestações, entretanto a obrigação é a consequência que o direito posto atribui a um determinado fato.
A doutrina identifica dois princípios que regem as relações contratuais, momento de constituição de vínculo, o consensualismo, imortalizado pelo pacta sunt servanda, e o da relatividade, rebus sic stantibus.
A cláusula rebus sic stantibus “estando às coisas assim" ou "enquanto as coisas estão assim" a teoria da imprevisão, tendo o objetivo de ancorar a execução do contrato às condições existentes ao tempo em que partes manifestaram suas vontades. O direito brasileiro, a cláusula rebus sic stantibus não encontrou previsão no Código Civil de 1916. Objetiva a execução do contrato nas mesmas condições em que pactuado, salvaguardando os contratantes de mudanças imprevisíveis e inesperadas.	
Código de Defesa do Consumidor (art. 6º, inciso V),
“Art. 6º São direitos básicos do consumidor: V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas”.
Não guarda pertinência com a cláusula rebus sic stantibus, vez que prescinde da existência de fatos imprevisíveis para a revisão do contrato, sendo suficiente demonstrar a onerosidade excessiva, que representa uma grave desproporção entre as obrigações assumidas pelos contratantes, rompendo a equivalência que existia por ocasião da formação do contrato.
Pacta sunt servanda se se encontra no dever de cumprir as obrigações assumidas e adquire o direito de reclamar o adimplemento do que foi prometido pela outra parte. Pelo contrato, as partes sujeitas a um regime obrigacional marcado, geralmente, pela impossibilidade de retratação ou modificação unilateral do que foi pactuado.
 A aplicabilidade do pacta sunt servanda começou a ser relativizada e a observar a cláusula rebus sic stantibus, como uma própria cobrança das necessidades sociais que não suportaram mais a predominância de relações contratuais com desequilíbrios. O princípio de pacta sunt servanda destina-se a preservar a autonomia da vontade declarada, incluindo a liberdade de firmar o contrato em causa, bem como a segurança da relação jurídica subjacente. Que os contratos deve ser cumpridos é determinação oriunda, não de um dogma jurídico, mas de seu caráter instrumental.
O pacta sunt servanda não deixa de ser indispensável para obstar o predomínio do arbítrio e preservar a eficiência dos efeitos contratuais, sem expor um contratante ao oportunismo da contraparte mais poderosa. Desde que observada às clausulas gerais da função social e da boa-fé objetiva.
No ensinamento Silvio de Salvo Venosa “que o fundamento do princípio da exceptio non adimpleti contractus repousa no justo equilíbrio das partes no cumprimento do contrato, fundamentalmente em razão da equidade. É uma aplicação do princípio da boa-fé que deve reger os contratos”. A exceção de contrato não cumprido é ocorrência adstrita aos contratos bilaterais cuja essência é a interdependência recíproca das obrigações, onde as partes contratantes possuem direitas e deveres. A aplicação do referido princípio pode ocorrer nos contratos bilaterais que possuam prestações simultâneas ou continuadas que necessitem da realização de contraparte, no art. 476 do Código Civil; 
“Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro”. 
	Mesmo depois que contrato, se sobrevier a um dos contraentes diminuições patrimonial que comprometa a prestação pela qual se obrigou, o outro contratante poderá recusar-se a prestação que lhe compete, até que aquele o faça ou garanta seu cumprimento. Afastada pela renuncia e pela impossibilidade de cumprimento da prestação.
	O caso fortuito e força maior verifica-se a necessidade cujo efeito não era possível evitar ou impedir, são causa suspensivas da vinculação contratual. Acentuando na imprevisibilidade e na inevitabilidade. A cláusula de força maior é indispensável em um contrato comercial internacional, principalmente por ser afetado por muitos fatores como: tempo de duração do contrato, autorizações governamentais, instabilidade política, questões cambiais como conversão da moeda de pagamento, etc.; fatores que não podem ser negligenciados na efetivação de contratos internacionais. 
	O contrato é a representação formal ou instrumental de obrigações, sua extinção ocorre, normalmente, pelo cumprimento das obrigações dele nascidas, pelo efeito adimplemento ou por avença liberatória entre as partes, existindo solidariedade passiva no debito, não há vencimento antecipado em ralação aos outros devedores solventes.
	A perda do direito material ocorre com a decadência embora que haja a prescrição o caráter extintivo, cuida na verdade de mera perda do direito de ação pelo inexercício.
CONTRATO DE COMPRA E VENDA
	
	O contrato de compra e venda mercantil e quando um contratante que no caso e o vendedores se obriga a transmitir o domínio de certa coisa móvel ou semovente o comprador compromete pelo pagamento do preço em dinheiro, sendo assim um pacto bilateral, consensual e oneroso, sobre o objeto e o preço, em que pelo menos o vendedor é empresário, o contrato de ambas as partes devem saber de suas obrigações no momento de assinatura do mesmo, onde no caso do comprador é o pagamento do valor pactuado e o vendedor a entrega da coisa ao comprador conforme explicitado no corpo do contrato.
 São três elementos básicos para a compra e venda mercantil; o res que o objeto ou semovente da compra e venda; Pretium e o preço que vai se pago; Consensum que aperfeiçoa a venda; e por ultimo a condição empresarial do vendedor.
	Os requisitos essenciais do contrato de compra e venda são além do consentimento, o preço, prazo e, em geral, a cláusula penal, bem como a descrição da coisa, objeto do contrato o vínculo contratual ocorre quando as partes estiverem de comum acordo, não podendo haver vícios na sua formação sob pena de nulidade do mesmo. Quanto à coisa será importante considerar-sea questão do vicio redibitório, definido no Código Civil no art. 441 que dispõe:
"Art. 441. A coisa recebida em virtude do contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos que a torne impróprio ao uso a que é destinada, ou lhe diminuem o valor".
	Há de se ressaltar, que apesar da maioria quase absoluta dos contratos mercantis de compra e venda ser solene e reduzida a forma escrita, este pode ser feito também pode meio eletrônico, que vem ganhando espaço no cenário atual, e até mesmo por meio não solene e oral, forma pouco encontrada na aplicação prática.
	Compra e venda mercantil se dá mais pela tradição, no que tange a bens móveis, como a entrega das chaves de um veículo ao comprador, ou no caso de bens imóveis respeitando a solenidade do ato e seguindo o registro do mesmo no cartório de registro de imóveis com o registro da escritura do mesmo.
O contrato de compra e venda mercantil é perfeito e acabado desde que o comprador e o vendedor acordem-se na coisa, no preço e nas condições, partir desse momento, nenhuma das partes pode arrepender-se sem o consentimento da outra, mesmo assim se a coisa não tiver sido entregue para o vendedor. A compra e venda e balizada pela imediatidade de efeitos decorrentes de sua essência consensual, sendo de acordo com o art. 482 do código civil.
“Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preço. O dispositivo enfatiza a natureza informal e obrigacional do contrato de compra e venda.”
A coisa é necessariamente uma mercadoria, mas não precisa ser presente, isto é, não precisa existir no momento da contratação, aliás, ocorre seguidamente de a coisa contratada ainda não existir ou, embora existente, ainda não seja de propriedade do vendedor. A venda de coisa futura, portanto, é perfeitamente normal, o que caracteriza o ilícito é a impossibilidade, previamente conhecida pelo vendedor, de aquisição do bem que está vendendo, caracterizando, inclusive crime de estelionato.
	Se tratar de venda sobre condições suspensiva a coisa vendida deve ostentar a qualidade amostrada na desconformidade caracterizada o inadimplemento contratual, o comprador pode exigir a entrega da coisa exata mais os danos da mora ou postular a resolução contratual.
	A compra e venda pode se dar por amostra e, neste caso, não é condicional, o comprador manifesta a sua aceitação ante a amostra que lhe é exibida, se a entrega não corresponde à amostra, representa vício de qualidade e o comprador tem o prazo de 30 (trinta) dias do recebimento para rescindir a compra ou exigir redução proporcional do preço. Se a amostra diferente fosse condição resolutiva, importaria na desconstituição das obrigações contratadas independentemente do prazo referido e não poderia exigir redução do preço, o qual poderia apenas ser renegociado para validar o contrato.
	A obrigação do comprador ele tem a obrigação de pagar o preço pactuado, caso não feito se torna responsável pelo o valor assumido, mais as perdas e danos e outros encargos dos contratos. Se também o comprador sem justa causa recusar o recebimento à coisa vendida, terá o vendedor ação para rescindir o contrato, ou demandar o comprador pelo preço com os juros legais da mora. Ou também requerer o deposita judicial dos objetos vendidos por conta e risco de quem pertence. 
Em regra as despesas da tradição e os riscos incidentes sobre a coisa vendida correm por contra do comprador. Não havendo estipulação em contrario, as despesas dos instrumentos de venda e as que se fazem se receber e transporta os bens vendidos são por conta do comprador.
	O valor a ser pago por determinado contrato é estipulado e fixado apenas por eles. Mesmo quando o preço for fixado por arbitragem é considerado livre porque escolhida a forma de fixação, pelos contratantes. O preço pode ser pago a vista ou a prazo observando-se o que foi convencionado no contrato. O prazo utilizado é: contra entrega do bem contratado; Com relação à remuneração do dinheiro envolvido (juros), a lei não admite, em tese, a cobrança de juros maiores do que aqueles que a Estada cobra pelo atraso nos seus recebimentos. 
ARRENDAMENTO MERCANTIL (leasing)
O arrendamento mercantil esta previsto na lei n°6.099/74 no art.1°, posteriormente alterada pela Lei nº 7.132/1983;
Lei n° 7.132/ 83. Altera a Lei nº 6.099/74, que "dispõe sobre o tratamento tributário de arrendamento mercantil, e dá outras providências" e o Decreto-lei nº 1.811, de 27 de outubro de 1980.
Ambas as leis estabelecem o tratamento tributário a ser dedicado a esses contratos. Que e o negocio jurídico realizado entre pessoas jurídicas. A arrendadora e pessoa física ou jurídica, na qualidade e arrendatária e que tenha por objeto o arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora, podendo ser bens moveis, de produção nacional ou estrangeira, e bens imóveis adquiridos pelas entidades arrendadora para fins de uso próprio. Tratando se de um contrato complexo, misto de locação, financiamento e compra e venda, no qual a locação de coisas agrega-se uma opção de compra. 
A classificação como arrendamento mercantil financeiro ou operacional, o Arrendamento mercantil financeiro e quando transferir a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo do contrato de arrendamento. O arrendatário deverá ter o bem em seu poder por um prazo consideravelmente significativo, o prazo do arrendamento mercantil deverá cobrir a maior parte da vida econômica do ativo, mesmo que a propriedade não seja transferida, no início do contrato entre as partes, o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado; e os ativos arrendados de natureza especializada tal que apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações. Se o arrendatário puder cancelar o arrendamento mercantil, as perdas do arrendador associadas com o cancelamento são suportadas pelo arrendatário o arrendatário tem a capacidade de continuar o arrendamento mercantil por um período adicional com pagamentos que sejam substancialmente inferiores aos de mercado.
Arrendamento mercantil operacional é aquele em que o valor das mensalidades pagas a título de locação constitui a garantia do investimento produzido pelo arrendador e após o término do contrato, o valor faltante para a opção de compra corresponde a 80% do valor do bem, permite ao arrendatário a utilização do bem apenas pelo período do contrato, pois embora haja a opção de compra, é desestimulada pelo alto valor necessário para tanto.
Não e possível à antecipação de pagamento a titilo de valor residual garantido (vrg) sendo que não a nem um dispositivo legal considerando como clausula obrigatória. Deve prevalecer a vontade das ambas das partes e, por conseguinte, o principio da liberdade de contratar. 
O prazo mínimo são os seguintes o de dois anos, compreendido entre a data de entrega dos bens a arrendatária consubstanciada em termo de aceitação e recebimento e a data de vencimento da ultima contraprestação. E o prazo de três anos para o arrendamento de outros bens.
As partes essenciais do contrato e o arrendador e o arrendatário o arrendador e uma empresa tipo instituição financeira, constituída de forma anônima e obrigatoriamente registrada no branco central. O arrendatário pode ser pessoa física ou jurídica. 
Uma vez rescindido o contrato de arrendamento mercantil pela inadimplência do arrendatário, a arrendadora tem direito á restituição do capital investido na aquisição do bem pretendido por aquela, somado ao custo de captação e dos lucros inerentes a qualquer atividade comercial.
Na sumula 369 do STJ, fala que ao dispor que nos contratos de arrendamento mercantil, a constituição em mora do arrendatário reclama sua notificação previa, ainda que contenham cláusula resolutiva expressa.
SÚMULA 369 - No contrato de arrendamento mercantil (leasing), ainda que haja cláusula resolutiva expressa, é necessária a notificação prévia do arrendatáriopara constituí-lo em mora.
E lembrando que não e possível à cobrança da comissão de permanência cumulada com juros moratórios e com multa contratual, ademais de vedada a sua cumulação com a correção monetária e com os juros remuneratórios.
JOINT VENTURE
É uma expressão de origem inglesa, que significa a união de duas ou mais empresas já existentes com o objetivo de iniciar ou realizar uma atividade econômica comum, por um determinado período de tempo e visando, dentre outras motivações, o lucro.
A estratégia tem ganhando muita popularidade entre os empresários e consiste basicamente em uma associação econômica estratégica entre duas ou mais empresas, de ramos iguais ou diferentes, ou seja, um acordo que estabelece alianças estratégicas por um objetivo comercial comum. 
Geralmente, tais empresas decidem unir recursos, ações, técnicas e tecnologias, e criar uma Joint Venture apenas por um período limitado ou para a execução de um determinado projeto, mantendo os demais negócios separados. Criam um novo empreendimento, formal ou informal, sendo o primeiro caso mais indicado já que empresas compartilham não só lucros e benefícios, como também prejuízos, custos e riscos.
Características de uma Joint Venture: Objetivo comum e específico para desenvolver um projeto que beneficie ambas as partes; Tempo determinado; Divisão dos resultados; Lealdade entre as partes; Pode ser contratual ou societária; Não existe fusão ou absorção, empresas seguem de forma independente.
São diversos os motivos que levam as empresas a adotar essa estratégia. Dentre eles, destacam-se: Expandir negócios ou desenvolver novos produtos; Somar forças, recursos e talentos para expandir a influência dos negócios, aumentar presença em mercados mais fortes e/ou acessar novos mercados e canais de distribuição; Economias de escala; Adquirir novos conhecimentos, técnicas, tecnologias e informações; Obter recursos de difícil acesso de forma mais rápida.
Em contrapartida, existem algumas desvantagens: A conclusão da parceria pode ser demorada e rígida; Estabelecer e alinhar metas podem ser complicados e alguma das partes pode não ser realista na especificação das mesmas; O crescimento é sempre compartilhado, mas nem sempre a execução, a expertise, os ativos e os investimentos são equilibrados; Pode ocorrer um choque cultural entre pessoas das diferentes organizações, o que pode resultar em baixa cooperação; O acordo pode não funcionar como o esperado; Pode ocorrer de não existir sintonia entre as lideranças das empresas, comprometendo o diálogo franco e permanente; Uma das partes pode ocultar fatos, deixar de fornecer informações relevantes e usar os recursos da outra organização de forma indevida; Existe o risco das partes se desgastarem ou desentenderem antes do objetivo ser atingido.
A duração Pode ser permanente ou transitória, sendo que estas últimas destinam-se a um ato específico, findando-se com a conclusão do empreendimento. As transitórias podem se constituir por duas modalidades empresariais, consórcio ou sociedade em conta de participação.
A internacionalização de operações empresariais foi gradativa na segunda metade do século XX. A principal atividade mundial era relacionada com a exportação, e a partir da década de 1970 a construção de fábricas em países estratégicos começou a ser feita para melhorar o desempenho das unidades locais. A concorrência acirrada dos anos 1980 pressionou as empresas para uma internacionalização da produção mais acentuada, mas ainda não tão efetiva como a que foi vista na década de 1990, quando as atividades produtivas mostram-se bastante integradas mundialmente, ou seja, as empresas. Passam a ser descritas como coordenadas de uma rede de atividades inter-relacionadas para uma adição de valores.
As joint ventures são instrumento jurídico adequado para esta expansão empresarial e como facilitador da internacionalização das companhias, expandindo produtos e oferta de trabalho. Para a estrangeira que pretender inserir seus produtos e serviços em novos mercados, o estabelecimento de parcerias locais facilita o acesso daqueles as locais até então não desbravados. Levando a tecnologia a estes mercados menores, o local também tem ganhado. Ou seja, de um lado o know-how é repassado, e, de outro, o local apresenta ao estrangeiro as peculiaridades do mercado específico.
Os contratos de joint venture têm a função de dar as bases jurídicas sólidas para a constituição deste tipo de parceria empresarial. Essencialmente, as cláusulas que devem constar do acordo entre as companhias que serão fundamentais para a formalização adequada desta colaboração corporativa. Não existe forma específica para este tipo de contrato, podendo ser escrito ou verbal, tácito ou expresso. Seguem as cláusulas essenciais para este tipo de contratação
Uma joint venture também costuma ser chamada de cooperação econômica e sua diferença em relação a outras associações é que as empresas envolvidas não perdem suas personalidades jurídicas.
REPRESENTAÇAO COMERCIAL
Regido pela Lei 4.886/65, com alterações posteriores através das Leis 8.420/92 e 12240/10, a Representação Comercial é um contrato em que uma das partes se obriga a promover a realização de negócios por conta de outra, agenciando pedidos para ela, residindo ai a diferença com o comissário.
A representação comercial autônoma tem um importante papel na atividade empresarial de vendas de um produto ou serviços. É uma forma de alavancar as vendas ou até mesmo substituir tal departamento numa empresa.
Art.. 1º Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa física, sem relação de emprego, que desempenha, em caráter não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para, transmiti-los aos representados, praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios.
Principais aspectos do contrato os aspectos são compilados das alíneas do art. 27 da Lei nº 4.886/1965:
Art. 27. Do contrato de representação comercial, além dos elementos comuns e outros a juízo dos interessados, constarão obrigatoriamente: 
As principais cláusulas dos contratos são: indicação pelo Representado dos produtos que serão objeto da representação; indicação da zona em que será exercida a representação; o prazo de duração; a remuneração do Representante paga pelo Representado pelo trabalho. As principais obrigações do Representante são desenvolver os negócios do Representado e mantê-lo informado das transações.
O contrato extingue-se: pelo decurso do prazo; Resilição Unilateral ou bilateral mediante aviso com prazo previsto no contrato. O art. 35 da lei enumera as situações que permitem ao Representado rescindir o contrato por justa causa: desleixo e pouca atenção para a realização dos negócios; atos do Representante que importam em descrédito do Representado; descumprimento das obrigações contratuais; condenação definitiva por crime considerado infamante e força maior. O art. 36 trata dos motivos justos para o Representante rescindir o Contrato: quebra de exclusividade; redução da área de atividade; não pagamento das comissões devidas. Os direitos dos Representantes para reclamar comissões e de infringência contratual do Representado prescrevem em cinco anos.
O representante deverá ter uma zona de atuação previamente delimitada, a fim de que não se intrometa no trabalho exercido por outro representante ou pela própria empresa representada. É dentro dessa zona ou zonas de atuação pré-definidas no contrato que o representante poderá exercer o trabalho para a representada.
A exclusividade de atuação pode ser total, quando unicamente aquele representante poderá atuar na sua zona ou parcial, quando algum outro representante também poderá atuar na área.
A representação comercial autônoma é uma ferramenta importante no aumento da capacidade de vendas da empresa representada, porém, a regulamentação entre os direitos e deveres entre representante e representada devem ser previstas contratualmentede forma mais específica e expressa possível, com a finalidade de reduzir os conflitos vindos da atuação de ambos.
Também temos a representação comercial autônoma e o empresário que, sem relação de subordinação hierárquica trabalhista, desempenha, em caráter não eventual, por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a realização de negócios, agenciando propostas ou pedidos, praticando ou não atos relacionado com a execução dos negócios.
Os requisitos do contrato comuns de validade inerentes a todos os contratos r daquele que, no caso concreto, as partes acordarem é requisitos mínimos obrigatórios do contrato de representação comercial.
 O representante comercial não recebera comissão se houver insolvência do comprador, bem como se o negocio for por ele desfeito ou se sustada a entrega de mercadorias devido à situação comercial do comprador, capaz de comprometer ou tornar duvidosa a liquidação.
A lei estabelece vedações destinadas a proteger a representação comercial, tratando de contrato celebrado entre empresários, não pode ser representante comercial quem não pode ser empresário. Nessa proibição este incluído o falido não reabilitado, quem o registro foi cancelado, e quem tenha sido condenado por falsidade.
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
Livro 
Constituição da Republica Federativa do Brasil de 05/10/1988.
JÚNIOR, Waldo fazzio. Manual de direito comercial. São Paulo. Editora atlas S.A, 2015. 16° Edição.
Vade Mecum. São Paulo. Saraiva 2019 27° Edição. 
Internet 
https://rloreto.jusbrasil.com.br/artigos/561211557/os-10-principais-aspectos-do-contrato-de-representacao-comercial
http://desafios.ipea.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2110:catid=28&Itemid=23
https://phmp.com.br/noticias/aspectos-gerais-acerca-do-contrato-de-compra-e-venda-mercantil/
https://studiofiscal.jusbrasil.com.br/artigos/162652034/arrendamento-mercantil-o-que-e
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/joint-venture.htm

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