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Recursos no Processo Judicial

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PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) - CCJ0148
Título
Caso Concreto 10
Descrição
1.RECURSOS
 1.1. Conceito: é a provocação do reexame de determinada decisão pela autoridade hierarquicamente 
superior, em regra, ou pela própria autoridade prolatora da decisão, objetivando a reforma ou 
modificação do julgado, ou seja, é o remédio processual concedido às partes ou terceiro, objetivando 
que a decisão judicial impugnada seja submetida a novo julgamento. 
Obs: Recursos são assim chamados os que se podem exercitar dentro do processo em que surgiu a 
decisão impugnada; diferem das ações impugnativas autônomas, cujo exercício, em regra, pressupõe a 
irrecorribilidade da decisão, ou seja, o seu trânsito em julgado (ex.,ação rescisória). 
1.2. Princípios: podem ser elencados os seguintes princípios recursais: 
a) Duplo Grau de Jurisdição: A CRFB não o prevê, mas diversos autores o posicionam como um 
corolário do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa (artigo 5º, LV, da CRFB) b) 
Unirrecorribilidade: só existe um recurso cabíbel para cada decisão, ou seja, só se admite um recurso 
para vergastar a decisão. c) Fungibilidade: permite-se o aproveitamento de recurso erroneamente 
nominado, como se fosse o que deveria ser interposto, atendendo-se ao principio da finalidade ou 
simplicidade do processo. Porém há que se advertir que para a aplicação do principio em comento se 
deve verificar a existência de três fatores cumulativos: i)inexistir erro grosseiro; ii)tem que haver 
dúvida plausível quanto ao recurso cabível; iii)o recurso erroneamente interposto deve obedecer o 
prazo do recurso cabível. d) Voluntariedade: os recursos, em regra, são voluntários encerrando 
manifestação do principio dispositivo. e) Princípio da proibição da reformatio in pejus ? é vedado ao 
tribunal, no julgamento de um recurso, proferir decisão mais desfavorável ao recorrente, do que aquela 
recorrida f) Irrecorribilidade das decisões interlocutórias: as decisões interlocutórias são irrecorríveis, 
somente se permitindo a apreciação de seu merecimento em recurso da decisão definitiva, artigo 893, 
§1º, da CLT. g) Taxatividade: Só é admissível recurso que a lei preveja, ou seja, só cabe recurso que 
esteja devidamente previsto em lei, com a sua hipótese de cabimento. 
1.3. Juízo de admissibilidade: verificação das condições impostas pela lei para que se possa apreciar o 
conteúdo da postulação. Com o resultado positivo, o recurso é admissível. Quando o órgão a que 
compete julgar o recurso o declara inadmissível, diz-se que ele não conhece do recurso. O juízo de 
admissibilidade é preliminar ao de mérito. 
1.3.1. Requisitos de admissibilidade: Os Juízos de admissibilidade podem ser classificados como: a) 
Intrínsecos ou subjetivos: Capacidade, Legitimidade, Interesse; b) Extrínsecos ou objetivos: são 
aqueles que dizem respeito aos aspectos de forma dos recursos, tais como tempestividade, preparo, 
regularidade formal, cabimento, regularidade de representação. . 
1.4. Juízo de Mérito: após a preliminar da admissibilidade, cumpre apreciar a matéria impugnada para 
acolhê-la, caso fundada, ou rejeitá-la, caso infundada. O objeto do juízo de mérito é o próprio 
conteúdo da impugnação à decisão recorrida. Pode ocorrer error in iudicando =>> reforma da decisão 
em razão da má apreciação da questão de direito ou da questão de fato, ou de ambas. Pode ocorrer 
error in procedendo =>> invalidação da decisão por vício de atividade 
1.5. Efeitos : podem ser destacados os seguintes efeitos dos recursos: a) Devolutivo: os recursos, 
ordinariamente, são dotados apenas de efeito devolutivo, e este nos indica que a matéria impugnada é 
devolvida ao conhecimento do órgão jurisdicional. b) Suspensivo: No processo laboral, em regra, os 
recursos não são dotados de efeito suspensivo, esse efeito impede a produção de todo e qualquer efeito 
da sentença até o julgamento do recurso, por exemplo, artigo 1012 do CPC/15 c) Translativo: Em 
relação às questões de ordem pública, as quais devem ser conhecidas de oficio, não se opera a 
preclusão, podendo o juiz ou tribunal decidir tais questões ainda que não constem das razões recursais 
ou das contrarrazões, gerando o denominado efeito translativo dos recursos, conforme o disposto no 
artigo 1.013, §1º, do CPC/15; d) Obstativo: Todo recurso impede a formação da coisa julgada, 
obstando-a a partir da sua interposição. e) Substitutivo: o Julgamento realizado pelo órgão de superior 
instância, sempre que abordar o mérito, substituirá a decisão recorrida, conforme o disposto no artigo 
1008 do CPC/15.
1.6. Teoria da Causa Madura: importante destaque deve ser dado acerca da possibilidade de aplicação 
da chamada teoria da causa madura no âmbito laboral. Tal teoria está prevista no artigo 1.013, §3º do 
CPC/15. 
 Art. 1.013 CPC/15: A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. § 3 o Se 
o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito 
quando: I - reformar sentença fundada no art. 485; II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela 
congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; III - constatar a omissão no exame de um 
dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; IV - decretar a nulidade de sentença por falta de 
fundamentação. 
2.Espécies de Recurso: no processo trabalhista existe a possibilidade de serem interpostos dez 
recursos, quais sejam: 2.1. Recurso Ordinário previsto na CLT, Art. 893 e 895 e Arts. 328 e 329 do 
Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho 2.2. Recurso de Revista regulado na CLT, Arts. 
893 e 896, na Lei nº 7.701/88, Art. 5º, "a" e Art. 331 do Regimento Interno do Tribunal Superior do 
Trabalho. 2.3. Embargos de Declaração: art. 897-A CLT 2.4. Embargos- art. 894 CLT. 2.5. Agravo de 
Petição delineado nos Arts. 893 e 897, "a", § § 1º e 3º da CLT 2.6. Agravo de Instrumento regulado no 
Arts. 893 e 897, "b", § § 2º e 4º da CLT e Instrução Normativa TST nº 6 de 08/06/96 2.7. Agravo 
Regimental previsto na Lei nº 7.701/88 Arts. 3º e 5º e nos Regimentos do Tribunal Superior (art. 338) 
e Tribunais Regionais do Trabalho. 2.8. Recurso Extraordinário Regulado na Constituição Federal no 
artigo 102, III. 2.9. Pedido de Revisão de Valor de Alçada criado pela Lei nº 5.584/70, Art. 2º. 
2.10.Reclamação Correicional mencionada no artigo 709 da CLT e gizada nos Arts. 682, XI e 709, II 
da CLT, no Art. 13, do Regimento Interno da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho e nos 
Regimentos dos Tribunais Regionais do Trabalho. 
3. Do Recurso Ordinário 3.1. Hipótese de cabimento e breves observações O recurso Ordinário tem 
cabimento para o Tribunal Regional contra decisões terminativas ou definitivas do feito, em processo 
de conhecimento, das Varas do trabalho. O recurso Ordinário tem semelhanças com a apelação no 
Processo Civil e se encontra previsto no artigo 895 da CLT: 
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior: (Vide Lei 5.584, de 1970) I - das decisões 
definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; II - das decisões definitivas 
ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 
(oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. 
 É o recurso clássico e de larga utilização no cotidiano forense, pois visa impugnar as decisões 
terminativas ou definitivas proferidas pelos órgãos de primeiro grau de jurisdição. O recorrente pode 
limitar o alcance da devolutividade, desde que indique expressamente os pontos que pretende recorrer, 
sendo então recurso parcial, o que determina o trânsito em julgado do restante da sentença. Quando o 
recurso Ordinário for interposto de decisão de Regional, face a dissídio coletivo, ou ação rescisória, ou 
mandado de segurança devido a dissídio coletivo, a competência para julgar o recurso Ordinário é,em 
última Instância, da Seção Especializada de dissídio Coletivo do TST. Quando o recurso Ordinário for 
interposto de decisão do Regional face dissídio individual de sua competência originária (ação 
rescisória e mandado de segurança), a competência para julgar o Ordinário é, em última Instância, da 
Seção Especializada em Dissídios Individuais. Assim, o juiz Presidente do Regional exerce o juízo de 
admissibilidade "a quo" e o Ministro Relator o juízo de admissibilidade "ad quem". No Dissídio 
Individual o efeito em que o recurso Ordinário é recebido será sempre o devolutivo e no dissídio 
coletivo, conforme a observação feita anteriormente, o Art. 7º, § 2º, da Lei nº 7.701/88, que prevê a 
faculdade do Presidente do Tribunal Superior do Trabalho emprestar efeito suspensivo a recurso 
Ordinário interposto de decisão proferida pela Seção Normativa dos Tribunais Regionais do Trabalho, 
que terá validade pelo prazo improrrogável de 120 dias, contados da publicação do Acórdão - Art. 9º, 
Lei nº 7.701/88. Cabe reproduzir a observação feita anteriormente. A Lei nº 4.725/65, § 3º, Art. 6º 
concedia efeito suspensivo ao recurso Ordinário em dissídio coletivo. Posteriormente foi revogada 
pela Lei nº 7.788/89, Art. 7º, passando a viger que não mais caberia efeito suspensivo ao recurso 
Ordinário em dissídio coletivo. Mais tarde, o Art. 7º da Lei nº 7.788/89 foi revogado pelo Artigo 14 da 
Lei nº 8.030/90.Contudo, face a impossibilidade de REPRISTINAÇÃO, o recurso Ordinário em 
dissídio coletivo não teve readquirido o seu efeito suspensivo. Interessante esclarecer que a Medida 
Provisória nº 1.488 - 18, de 29/11/96, que dispõe sobre medidas complementares ao Plano Real e dá 
outras providências, e que vem sendo reeditada a cada mês, desde a implantação do retrocitado plano, 
prevê no Artigo 14 que o recurso interposto de decisão normativa da Justiça do Trabalho terá efeito 
suspensivo, na medida e extensão conferidas em despacho do Presidente do Tribunal Superior do 
Trabalho. Assim, passa a viger a regra de que o recurso interposto de sentença normativa terá efeito 
suspensivo, além do devolutivo. 
3.2. Prazo O prazo para interposição de Recurso Ordinário é de 8 dias. 
3.3. Forma A interposição dos recursos, via de regra, faz-se em uma única peça processual, a qual 
poder dividida em duas partes: 
· Folha de Rosto ou Peça de Interposição: endereçada ao juiz prolator da decisão, que realizará o 
primeiro juízo de admissibilidade e formará o contraditório. 
· Razões de Recurso: endereçada ao juízo que irá reexaminar o mérito do recurso, também conhecido 
como juízo ad quem
 3.3.1. Folho de Rosto ou Peça de Interposição: A peça de interposição deverá conter os seguintes 
elementos: 
3.3.1.1 - Endereçamento ao Juízo Competente A petição de interposição deve ser direcionada ao juízo 
prolator da decisão, exemplo: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5ª VARA DO TRABALHO 
DO RIO DE JANEIRO 
3.3.1.2- Identificação do Processo Além do endereçamento ao juízo onde foi decidida em primeira 
instância a demanda, a peça de interposição deverá conter o número de registro do processo junto ao 
órgão jurisdicional, ou seja, após o endereçamento ao juízo competente deve o Recorrente indicar a 
que processo se refere àquela contestação. Exemplo: 
EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5ª VARA DO TRABALHO DO RIO 
DE JANEIRO
 (5 linhas) 
Processo nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
3.3.1.3. Identificação das Partes Tal como ocorre com as petições deve se indicar quem está 
peticionando e contra quem é peticionado. Exemplo: Nome do recorrente, já qualificado nos autos em 
epígrafe, em que contende com (nome do recorrido), vem, à presença de Vossa Excelência, por seu 
advogado infra-assinado, com endereço profissional sito à ____________, 
3.3.1.4. Indicação do tipo de recurso Deve-se indicar o fundamento do recurso e seu tipo, exemplo: 
 Nome do recorrente, já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com (nome do 
recorrido), vem, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra-assinado, com endereço 
profissional sito à ____________, tempestivamente, com fundamento na alíena “a” do artigo 895 da 
CLT, e inconformado com a sentença proferida, interpor 
RECURSO ORDINÁRIO
para o Egrégio Tribunal Regional da___Região, de acordo com as razões anexas 
3.3.1.5. Indicação da presença de pressupostos extrínsecos Deve ser demonstrada a presença dos 
pressupostos extrínsecos tais como preparo e tempestividade. Exemplo: Junta, neste ato, a guia DARF 
comprovando o recolhimento das custas processuais e o comprovante do depósito recursal 
3.3.1.6. Pedido de Remessa ao juízo ad quem Deve ser realizado o pedido de remessa ao órgão 
competente para a apreciação do recurso, em seu mérito. Exemplo: 
Após as formalidades de praxe, requer sejam os autos remetidos ao Tribunal Regional do Trabalho 
da ___ Região, para apreciação das anexas Razões. 
3.3.1.7. Parte Autenticativa: 
Termos em que, 
P. Deferimento. 
Local, data
 Nome do Advogado OAB nº 
 
3.3.2. Razões de Recurso Nas razões de Recurso deverá constar os seguintes elementos: 
3.3.2.1. Endereçamento ao Juízo ad quem As razões de Recurso são dirigidas ao órgão que irá 
examinar o recurso. Exemplo: 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___ REGIÃO 
3.3.2.2. Identificação das Partes e da Origem Exemplo: 
Recorrente: Nome do recorrente 
Recorrido: Nome do Recorrido 
Processo nº XXXXXXXXXX 
Origem: __Vara do Trabalho de __________ 
3.3.2.3. Razões Recursais Introdutórias Deve-se realizar uma breve introdução do inconformismo, 
dando início às efetivas razões do recorrente, sugere-se a seguinte redação: 
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO 
Eméritos Julgadores, 
Douto Relator 
Não merece prosperar a decisão proferida pelo juízo a quo, na qual... (copiar parte da decisão 
recorrida que fundamenta a insatisfação) 
3.3.2.4. Razões Recursais Propriamente ditas Após o breve relato do porquê do recurso, deve-se lançar 
mão dos fundamentos do recurso, tal como o faz quando da contestação ou mesmo da petição inicial, 
indicando as razões da reforma ou anulação da sentença, a depender se o error foi em iudicando ou 
procedendo. OBS: como se pode constatar, o recurso ordinário tem por objetivo a reforma da 
sentença, no todo ou em parte. por isso, há que analisar com profundidade a prova dos autos, 
ressaltando os pontos favoráveis ao recorrente, inclusive utilizando-se de acórdãos que abordem 
questões semelhantes e, eventualmente, podendo citar, também, autores, assinalando as respectivas 
obras. 
3.3.2.5. Requerimentos Tal como ocorre em todas as peças processuais, deve-se, ao final, realizar o 
pedido daquilo que se requer. No caso dos recursos a Reforma ou Invalidação da decisão. Exemplo: 
Diante de todo o exposto, requer a reforma do julgado para.... (pretensão do recurso) 
3.3.2.6. Parte Autenticativa 
Termos em que, P.Deferimento. Local

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