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GUIA PRÁTICO DE ATERRAMENTO

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2014 
MAURÍCIO RODRIGUES DOS REIS 
SENAI-MG 
15/02/2014 
GUIA PRÁTICO DE ATERRAMENTO 
 
GUIA PRÁTICO DE ATERRAMENTO 
 
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GUIA PRÁTICO SOBRE ATERRAMENTO 
INTRODUÇÃO.......................................................................................... Pág.02 
CONCEITOS BÁSICOS............................................................................ Pág.02 
MONTAGEM PASSO A PASSO DE ATERRAMENTO........................... Pág.04 
DIAGRAMAS REPRESENTATIVOS DO ATERRAMENTO.................... Pág.16 
BIBLIOGRAFIA........................................................................................ Pág.18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUIA PRÁTICO DE ATERRAMENTO 
 
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INTRODUÇÃO. 
Com relação à importância do aterramento, acreditamos que o interessado 
para ter chegado até este guia, já deve ter lido a respeito dos diversos 
benefícios proporcionados por este artefato, como por exemplo, prevenção de 
choques elétricos, aumento da vida útil de equipamentos eletroeletrônicos, 
redução de ruídos em sistemas de áudio e Home Theaters, além da melhoria 
do funcionamento de computadores. 
A intenção deste guia é tornar o aterramento algo claro, simples e de fácil 
execução para quem é leigo em relação à eletricidade. É um material destinado 
a imóveis que não tiveram implantado aterramento elétrico por ocasião da 
construção. Seguindo as orientações, torna-se um trabalho prático, seguro e 
funcional, pois a intenção foi que qualquer usuário, com pouco ou nenhum 
conhecimento elétrico, pudesse executar as tarefas com eficiência e 
segurança. 
CONCEITOS BÁSICOS. 
Conforme já citado anteriormente, acreditamos que você já sabe que a 
principal função do aterramento é o escape para um local seguro, de energia 
dispensável. Seja por motivos de segurança, seja para efeitos de melhoria 
acústica, ou como meio de prolongamento da vida útil de equipamentos. 
Grosseiramente falando, o aterramento nada mais é do que uma ou mais 
hastes de cobre enterradas e ligadas a um fio ou cabo, que se estende até a(s) 
tomada(s). Na(s) tomada(s), este fio ou cabo será ligado ao terceiro orifício, 
que é destinado ao terra (nome popular). 
A tomada que aceita aterramento e tem conector para o fio terra, é a tomada 
2P+T (figura 01), ela possui três orifícios: o da fase + o do neutro + orifício do 
terra. Este é o padrão adotado por vários países, porém no Brasil foi criado o 
Padrão Brasileiro de Plugues e Tomadas, onde o nosso mercado passa a 
comercializar apenas dois modelos de plugues e tomadas. 
Antes da padronização, o consumidor convivia com mais de 12 tipos de 
plugues e oito tipos de tomadas diferentes, o que tornava necessário o uso 
indiscriminado de frágeis adaptadores para ligação dos aparelhos, com 
diferentes plugues nos diversos modelos de tomadas existentes. 
Os modelos de tomadas industriais pela sua robustez e excelente grau de 
proteção se fazem ideais para todo tipo de instalação elétrica (figura 02) 
A averiguação se dá observando o valor das diferenças obtidas. O ideal, é que 
a diferença seja de até 10 volts para rede de 110v e de até 20v para rede de 
220v. 
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Obs: Nunca esqueça a polaridade da tomada. 
 
Figura 01 
 
Figura 02 
 
SEÇÃO MÍNIMA DO CONDUTOR DE PROTEÇÃO (FIO TERRA). 
 
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MONTAGEM PASSO A PASSO DE ATERRAMENTO. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A boa execução do sistema de aterramento exige atenção e materiais adequados. 
Os sistemas de aterramento residenciais têm como objetivo garantir a segurança dos moradores contra 
choques elétricos. Para que seja eficiente, é imprescindível que todo o circuito elétrico disponha de 
condutor de proteção (nome oficial do fio terra) em toda a sua extensão. A execução do aterramento é 
simples, mas exige alguns cuidados especiais. Qualquer falha nas conexões pode pôr em risco a 
integridade do sistema. O sucesso da instalação também dependerá do uso de materiais adequados. “A 
haste recoberta com cobre deve ter comprimento mínimo de 2,40 m, Material - Caixa de inspeção, haste 
cobreada com diâmetro 5/8” (15 mm) e 2,40 m, conectores do tipo cabo haste ou do tipo grampo, 
condutor na cor verde-amarela ou verde, terminal à pressão, balde com água, um pedaço de caibro, 
marreta, chave de boca 13 mm, canivete, colher de pedreiro, cavadeira, brita e EPI's (luvas, óculos e 
capacete). Haste de diâmetro mínimo de 15 mm e ser revestida com cobre na espessura média de 254 
micra (alta camada) exigidas pelas normas brasileiras ABNT NBR 5410:2004 - Instalações elétricas de 
baixa tensão e ABNT NBR 13571:1996 - Haste de aterramento aço-cobreada e acessórios. Se a camada 
de cobre da haste for muito fina, pode se quebrar facilmente no momento em que se faz sua colocação 
no solo. "O aço, em contato direto com a umidade, enferrujará rapidamente, comprometendo o sistema". 
Outra dica valiosa é prestar muita atenção no tipo de solo onde será executada a fixação da haste. O 
ideal é que ele seja adequado para receber a descarga elétrica proveniente do circuito. Solos mais 
úmidos são melhores e os mais secos e rochosos são os mais complicados, exigindo tratamentos 
específicos. Por fim, vale lembrar que o fio de proteção nas cores verde ou verde/amarela deve ser 
instalado de acordo com a ABNT NBR 5410:2004. Já as tomadas de corrente fixa das instalações devem 
ser do tipo com contato de aterramento (dois pólos + terra). 
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MATERIAL NECESSÁRIO 
 
Caixa de inspeção, haste cobreada com diâmetro 5/8" (15 mm) e 2,40 m, conectores do tipo cabo 
haste ou do tipo grampo, condutor na cor verde-amarela ou verde, terminal à pressão, balde com 
água, um pedaço de caibro, marreta, chave de boca 13 mm, canivete, colher de pedreiro, 
cavadeira, brita e EPI's (luvas, óculos e capacete). 
 
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Com o auxílio da cavadeira, abra uma vala com 
diâmetro e profundidade suficientes para o 
encaixe da caixa de inspeção. 
 
Acomode a caixa de inspeção no solo 
aplicando terra ao seu redor de modo 
a deixá-la totalmente firme e 
encaixada no chão. 
 
 
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Preencha a vala com água para 
umedecer o solo. Isso facilitará a 
aplicação da haste cobreada de 2,40 m. 
 
Utilizando muita força nas mãos, exerça 
pressão para cravar a haste cobreada no 
centro do diâmetro da caixa de inspeção. 
 
 
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Retire a haste e repita os passos três e quatro até 
conseguir introduzi-la quase por completo no 
solo. Complete a cravação com golpes de 
marreta, interpondo entre ela e a haste um 
pedaço de madeira 
 
 
A haste deverá ser fixada até a 
metade da altura da caixa de 
inspeção. 
 
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Passe o condutor de aterramento 
(fio terra) pelos tubos (eletrodutos) 
até chegar à caixa de inspeção. 
 
Com uma chave de boca 13 mm, 
faça a conexão do cabo à haste. 
Se necessário, use o canivete 
para decapar o condutor. 
 
 
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Preencha a caixa de inspeção com brita até uma 
altura onde ainda seja possível visualizar o 
conector. O uso da brita evitará que alguém 
inadvertidamente jogue concreto dentro da caixa, 
tornando o acesso ao conector e à haste 
impossíveis. Além disso, a brita ajudará a manter 
a umidade do solo próximo à haste. 
 
 
Finalize fechando a caixa de 
inspeção com a tampa. 
 
 
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Com o auxílio da chave de boca e do canivete, 
faça a conexão do condutor de aterramento à 
caixa de entrada (caixa do medidor). O fio azul 
(condutorneutro da concessionária) também 
será ligado ao mesmo ponto 
 
A partir desse ponto, derive um novo condutor 
(que agora passa a se chamar condutor de 
proteção) para ser conectado ao barramento do 
quadro de distribuição. 
 
 
 
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No quadro de distribuição, conecte o condutor 
de proteção no barramento de terra de onde 
sairão os demais fios terra a serem conectados 
aos pontos de eletricidade distribuídos pela 
residência. 
 
 
 
Com o auxílio da chave de boca, 
finalize o serviço conectando o fio 
terra no terminal de terra das tomadas 
e soquetes. 
 
 
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DICAS IMPORTANTES 
DICAS 1 
 
Jamais bata diretamente a marreta sobre a haste cobreada! Além de retirar a película de cobre 
que a reveste, usar a marreta sem o auxílio do caibro danificará a cabeça da haste, impedindo a 
colocação do conector ou a sua substituição. 
 
DICAS 2 
 
Um dos pontos mais importantes do sistema de aterramento são as conexões que deverão ser 
perfeitamente executadas. 
 
 
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DICAS 3 
 
Os conectores do tipo cabo haste devem ser 
usados para condutores de secção até 35 
mm2 e os do tipo grampo, para condutores de 
secção acima de 35 mm2. 
 
DICAS 4 
Para condutores com bitola acima de 35 mm2, 
use o conector do tipo grampo. 
 
 
DICAS 5 
 
As caixas de inspeção podem ser de 
fibrocimento ou de PVC. 
 
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IMPORTANTE: 
 
Para ter a certeza de um bom 
aterramento, se possível, como a boa 
técnica manda, utilize um 
TERRÔMETRO para medir a resistência 
e essa medida deve ficar abaixo de 10 
ohms. 
Para um melhor aterramento use no mínimo 03 barras de cobre interligadas entre elas, como mostram 
as imagens abaixo. 
 
 
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DIAGRAMAS REPRESENTATIVOS DO ATERRAMENTO 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Potênica; 
NBR 5419/1997 – Proteção de Estruturas; 
NBR 7117 – Medição de Resistividade pelo Método WENNER; 
Técnicas de Aterramento Elétrico; Autor: Carlos Moreira Leite, 2ª Edição-1996. 
https://www.cursosinova.com.br 
http://catalogo.steck.com.br/category/plugues-e-tomadas-uso-industrial

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