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Ciclo cardíaco Eventos decorrentes do inicio de um batimento até o começo do próximo. Diástole → Relaxamento → Relaxamento isovolumétrico; Enchimento Rápido; Enchimento Lento; Contração atrial INICIO DA SISTOLE Fechamento das Valvas Atrioventriculares.: CONTRAÇÃO ISOVOLUMENTRICA: Delimitada entre o fechamento das valvas atrioventriculares e abertura das valvas semilunares. INICIO DA DIASTOLE: Fechamento das valvas Semilunares. RELAXAMENTO ISOVOLUMETRICO: Delimitado entre o fechamento das valvas semilunares e abertura das atrioventriculares. Sístole → Contração → Contração Isovolumétrica; Ejeção Rápida; Ejeção Lenta Por padrão é usado a Contração e relaxamento do ventrículo esquerdo Onda P →Despolarização dos átrios → contração atrial → aumento na curva de pressão. Ondas QRS → Despolarização dos ventrículos → contração e aumento da pressão ventricular. OBS: QRS se inicia antes do início da sístole ventricular. Onda T → Repolarização dos ventrículos. OBS: T surge antes do final da contração ventricular. Controle do coração pela inervação simpática e parassimpática Fase 1: Período de enchimento; Fase 2: Período de contração isovolumétrica; Fase 3: Período de ejeção; Fase 4: Período de relaxamento isovolumétrico; Os estímulos simpáticos aumentam a força de contração, frequência, volume bombeado de sangue (débito cardíaco) e pressão de ejeção. A inibição da estimulação simpática provoca queda do bombeamento cardíaco em cerca de 30% abaixo do normal. A forte estimulação parassimpática (vagal) do coração pode parar os batimentos cardíacos. A estimulação vagal reduz principalmente a frequência cardíaca, e não a força de contração, já que as fibras vagais estão principalmente nos átrios - A pré-carga é definida como o estiramento passivo aplicado às paredes do miocárdio ao final da diástole ventricular estando, portanto, associado ao VDF “DIAGRAMA VOLUME-PRESSÃO” DURANTE O CICLO CARDÍACO; O TRABALHO CARDÍACO Criado por André Bomfim - Pós-carga pode ser definida como o estresse presente sobre as paredes do miocárdio durante a sístole sendo determinante para PAS, tamanho da cavidade ventricular e espessura de suas paredes. Em termos práticos, representa a resistência ao esvaziamento ventricular e sua elevação exerce influência negativa sobre o rendimento cardíaco já que cria sobrecarga adicional ao coração exigindo obviamente mais gasto de energia. Efeito dos íons potássio e cálcio no funcionamento cardíaco. Promove aumento da frequência cardíaca (até o dobro do normal). Isso se deve ao fato do calor aumentar a permeabilidade das membranas do músculo cardíaco aos íons que controlam a frequência cardíaca. AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL (ATÉ CERTO LIMITE) NÃO REDUZ O DÉBITO CARDÍACO. Durante o funcionamento cardíaco normal, com pressões sistólicas arteriais normais (entre 80 e 140 mmHg), a determinação do débito cardíaco é feita pelo retorno venoso Efeito da temperatura no funcionamento cardíaco. - O excesso de potássio no meio extracelular pode fazer com que o coração se dilate e fique flácido, além de diminuir a frequência dos batimentos. Isso se deve a um bloqueamento da condução do impulso cardíaco para os ventrículos através do feixe A -V, resultante da diminuição do potencial de repouso das membranas das fibras miocárdicas e a consequente diminuição do potencial de ação. - O excesso de íons cálcio induz contrações espásticas no coração. Isso se deve a participação do cálcio na contração muscular. A deficiência dos íons cálcio causa flacidez semelhante ao excesso do potássio • Quando a pressão intraventricular é maior do que aquela exercida pela resistência, nas circulações pulmonar e aórtica, suas respectivas válvulas se abrem possibilitando a ejeção do sangue. Mesmo assim, nem todo sangue deixa o interior do ventrículo, permanecendo algum volume em seu interior que é chamado de volume sistólico final (VSF). O percentual do VDF ejetado do ventrículo é chamado de fração de ejeção (FE). • O volume de sangue, no interior do ventrículo, imediatamente após o período de enchimento e antes da ejeção é chamado de volume diastólico final (VDF) • A quantidade de sangue bombeada pelo coração por unidade de tempo é chamada de débito cardíaco (DC) ➢ MECANISMO DE FRANK-STARLING De acordo com o mecanismo de Frank-Starling, descrito em 1918 por Otto Frank e Ernest Starling, aumentos na pré-carga elevam também o DC e representa o efeito do pré-estiramento dos sarcômeros presentes nas paredes ventriculares Esse mecanismo sugere que o coração normal seja capaz de bombear todo o sangue que retorna das veias. Assim, apesar dos limites inerentes aos sarcômeros, acima do qual a força de contração iria, na realidade, diminuir, pois o afastamento acto-miosina seria excessivo, quanto maior o enchimento ventricular, maior também será a tensão na ponte cruzada da miosina resultando em mais força de contração desse compartimento. Esse princípio explica porque quando aumentamos o retorno venoso durante o exercício, aumentamos também a força de contração do musculo cardíaco. ➢ ERGORREFLEXO Durante o exercício, há contração muscular seguida de acúmulo de metabólitos, dessa forma, mecano e metaborreflexo, sobrepõem-se. A medula espinhal é, provavelmente, a área controladora da resposta cardiovascular durante a ativação do mecano e metaborreflexo. Dessa forma, mesmo em termos de diferenciação anatômica e quanto aos gatilhos fisiológicos, existe um grau de sobreposição entre "mecano" e "metaborreceptores" e observações mais recentes desafiam a descrição clássica desses receptores como estruturas distintas. Dessa forma, utilizamos o termo "ergorreceptores", que contempla ambos os tipos de aferências, e ergorreflexo, o reflexo desencadeado por ambos os tipos de receptores. DS = VDF - VSF DC = FC x DS DS= debito sistólico DC = Debito cardíaco FE = Fração de Ejeção FE (%) = 𝐷𝑆 𝑉𝐷𝐹 Os barorreceptores são sensores de pressão, localizados nas paredes do seio carotídeo e do arco aórtico. Eles transmitem informações sobre a pressão arterial aos centros vasomotores cardiovasculares no tronco encefálico. Os barorreceptores do seio carotídeo são reativos aos aumentos ou diminuições da pressão arterial, enquanto os barorreceptores do arco aórtico são principalmente sensíveis aos aumentos da pressão arterial. Eles funcionam como mecanorreceptores, que percebem a variação da pressão arterial por meio do estiramento. REFLEXO BARORRECEPTOR O aumento da pressão arterial causa aumento do estiramento dos barorreceptores e aumento da frequência de disparo dos nervos aferentes. O contrário ocorre com a redução da pressão arterial. Importante salientar que os barorreceptores são muito sensíveis às variações de pressão e a velocidade de variação da pressão. O ESTÍMULO MAIS FORTE PARA O BARORRECEPTOR É A MUDANÇA RÁPIDA NA PRESSÃO ARTERIAL. A sensibilidade dos barorreceptores pode ser alterada por doença, como a hipertensão arterial crônica. Situação em que ocorre diminuição da sensibilidade a aumentos na pressão arterial Eles funcionam como mecanorreceptores, que percebem a variação da pressão arterial por meio do estiramento. Regulação da pressão arterial: O sistema renina-angiotensina-aldosterona O sistema renina-angiotensina-aldosterona trata-se de uma série de reações concebidas para ajudar a regular a pressão arterial. 1- Quando a pressão arterial cai (no caso da pressão sistólica, para 100 mm Hg ou menos), os rins liberam a enzima renina na corrente sanguínea. 4- A angiotensina II faz com que as paredes musculares das pequenas artérias (arteríolas) se contraiam, aumentando a pressãoarterial. A angiotensina II também provoca a liberação do hormônio aldosterona pelas glândulas adrenais e da vasopressina (hormônio antidiurético) pela hipófise. 5- A aldosterona e a vasopressina fazem com que os rins retenham sódio (sal). A aldosterona também faz com que os rins excretem potássio. O aumento de sódio faz com que a água seja retida, aumentando, assim, o volume de sangue e a pressão arterial. 2- A renina se divide o angiotensinogênio, uma grande proteína que circula na corrente sanguínea, em partes. Uma parte é a angiotensina I. 3- A angiotensina I, que se mantém relativamente inativa, é dividida em partes pela enzima de conversão da angiotensina (ECA). Uma parte é a angiotensina II, um hormônio que é muito ativo. METABOLISMO ENERGETICO Glicólise: Ocorre em 10 processos e gera 2 ATPs Ciclo de Krebs: 3 NadH + 1 FADH + 1 GTP1 Respiração Celular: Gera em torno de 26-28 ATPs Fonte de energia no musculo: • Primeiros 15 – 30 segundos, principalmente Creatina fosfato • No segundo momento, passa a usar mais glicogênio e um pouco mais de Triacilglicerol. • Conforme a intensidade o uso de Acido graxo passa a aumentar e o uso de carboidratos passa a reduzir. HORMONIOS: Insulina: (quando alimentado): Estimula o armazenamento de glicogênio. Glucagon e Adrenalina: Efeito de quebra pra gerar energia. Glico-Corticoides: Estimulam o catabolismo (quebra de proteínas pra gerar energia). Em exercícios muito estressantes para o organismos. Célula Adiposa: • A captação de Glicose pela célula adiposa é dependente da insulina. • Armazenamento na forma de Triacilglicerol. • Responsável pela LIPÓLISE sistema nervoso simpático (SNS). • Enzimas importantes: • LPL: Lipoproteína lipase: estimulada pela insulina • Faz o estimulo da gordura nos capilares sanguíneos entrar no adipócito. • LHS: Lipase hormônio sensível: Estimulada pelas das catecolaminas e Glucagon • Estimula a quebra dos Triglicerídeos em ácidos graxos. (para gerar energia); Efeitos simpáticos: Efeito das catecolaminas: Adrenalina e Noradrenalina (liberada pela medula adrenal) Célula Adiposa Célula Muscular: • A captação de Glicose é feita pelo glut4, O exercício gera o efeito mecânico da contração muscular que faz com que as proteínas Glut4 transladem para dentro da membrana e fazem a captação da glicose. Esse efeito dura até 24 horas. • Desta forma um paciente diabético consegue reduzir a necessidade de insulina. Beta-oxidação: A beta-oxidação (βO) será o processo que vai oxidar os ácidos graxos (AG) para produção de ATP, fazendo parte da lipólise. Este processo ocorre na mitocôndria, mas necessita que o ácido graxo seja transportado para o interior da mitocôndria pelo complexo carnitina acil-CoA transferase. Para o AG entrar na mitocôndria, ele será ativado pela enzima acil-CoA sintase, formando o acil-CoA. Assim, o acil-CoA será metabolizado pela βO, formando acetil-CoA (direcionado para o ciclo de Krebs), NADH + H+ e FADH2 (direcionado para a CTE). Parâmetros de adaptação ao treino • Aguda: Aumento da FC até a intensidade alvo; • Crônica: Diminuição da FC em repouso; • Força ventricular (↑ da força) • FE (↓ da frequência cardíaca em repouso) • Diferença a-vO2 (repouso x atividade física x treinamento) • DS (até 50% do VO 2 máx) • DC (repouso x atividade física x treinamento) • PAS, PAD, PAM (Aumentam) alongo prazo tende a reduzir • Função endotelial – RVPT (Melhora a função por reduzir a resistência vascular periférica total). Aumenta o numero e capilares, estimula a produção e liberação de oxido nítrico (vaso dilatador) • Densidade capilar (Aumentam) • Metabolismo energético (Fica mais eficiente por maior quantidade de capilares e aumento de mitocôndrias) • Tolerância a glicose (Aumenta, porque diminui a resistência a insulina) • Perfil lipídico (Melhora, porque diminui a taxa de TAG, Reduz o LDL e o HDL aumenta) • Densidade óssea (aumenta, desde que tenha impacto) • Capacidade Funcional - VO2máx (aumenta a capacidade aeróbia que reflete no VO2max) Adaptações Agudas - isotônico: ↑ Frequência cárdica ↑ Pressão arterial ↑ Débito cárdico Neuro: Aumenta a vascularização cerebral. (aumentando o uso de glicose e O2) Metabolitos Vasodilatação local ↑ Fluxo local Atividade Simpática Vaso contrição Geral Fluxo é direcionado Adaptações Crônicas - isotônico: ↓ Pressão arterial (Queda na resistência vascular periférica) ↓ Frequência cardíaca (Em atividade para simpática (vagal)) Neuro: Promove neurogênise e plasticidade EFEITO HIPOTENSOR: • A vasodilatação é mantida após o exercício; • ↓ da atividade simpática • ↓ a resistência periférica ao promover a vasodilatação pela liberação de oxido nítrico VO2 Definição: Quantidade máxima de O2 que pode ser captada, transportada e consumida durante o exercício dinâmico envolvendo uma grande massa muscular corporal. A Média para um individuo sedentário é de 35 ml/kg/min. Para um atleta de alta intensidade pode atingir uma media de 70 ml/kg/min. MET’S (equivalente metabólico da tarefa) 1 Met = 3,5 ml/kg/min (VO2) Estratificação de Risco - NYHA Risco Baixo: = > 7 MET’s Risco Moderado: Entre 5,1 e 6,9 MET’s Risco Elevado: < = 5 MET’s Princípios da prescrição de exercício Princípios gerais ❖ Individualidade biológica: cada pessoa responde de forma única ao treinamento, até mesmo gêmeos univitelinos respondem de forma particular ao estímulo do treinamento; ❖ Adaptação: com o tempo o paciente adapta-se ao exercício, sendo necessário mudar o estimulo. ❖ Volume x intensidade: Para evitar a adaptação é necessário volumes e intensidades diferentes para cada paciente sendo adaptado para cada tipo de individuo ❖ Especificidade: cada treino deve atender às exigências da tarefa do sujeito que irá se submeter aos estímulos do treinamento, buscando aproximar o treino de força das necessidades do indivíduo, sejam laborais, recreativas e/ou esportivas; ❖ Variabilidade: está relacionada à periodização do treinamento, oscilando cargas baixas, moderadas e altas, bem como a variação dos exercícios e/ou equipamentos. É possível também alternar ângulos, velocidade, tipo de contração e intervalos de descanso, tudo isso para garantir que o músculo possa continuar se desenvolvendo e não ficar estagnado; ❖ Sobrecarga: entende-se que um bom desenvolvimento de força e hipertrofia, passa primeiramente pela qualidade na execução do exercício e posteriormente pela quantidade de carga levantada. A progressão gradativa da carga também favorece menor risco de lesão; ❖ Reversibilidade: este princípio relaciona-se com a Lei do Uso e Desuso, ou seja, se o sujeito deixa de treinar por um período muito prolongado os benefícios do treinamento reduzem ou desaparecem. Fases do exercício isotônico de resistência: ❖ Fase I: aeróbia (metabolismo alático [CP-ATP]; lático [Glicólise anaeróbia] e oxidativo [Glicólise aeróbia]) ❖ Fase II: anaeróbia compensada (pela limitação da fibra muscular, o metabolismo retorna a lático [Glicólise anaeróbia] ❖ Fase III: anaeróbia descompensada (acidose metabólica) • Limiar Anaeróbio 1 (LA1) ou Limiar Ventilatório 1 (LV1): determina a passagem da fase I para a fase II; • Limiar Anaeróbio 2 (LA2) ou Limiar Ventilatório 2 (LV2): determina a passagem da fase II para a fase III. Prescrição de intensidade Baseada em teste de esforço Pode variar de 60 a 90% da FCmáx atingida no teste: A prescrição da % depende do risco do indivíduo: 60% => risco alto; 80% => risco moderado; 90% => risco leve: Baseada em Karvonen (FC de reserva) FCT: (FC reserva) x % de Treino + Fc repouso A prescrição da % depende do risco do indivíduo: 30-40% => risco alto; 40-60% => risco moderado; 60-90% => risco leve: FCT:((220-idade)- FC repouso) x %treino + FC de repouso FCmax= 220 – IdadeFC reserva:= Fcmax - FCrepouso A reserva da frequência cardíaca descreve a diferença entre uma frequência cardíaca medida ou a frequência cardíaca máxima prevista e a frequência cardíaca de descanso em uma pessoa. Indica a aptidão cardiovascular da reserva da frequência cardíaca de uma pessoa. O teste ergométrico serve para a avaliação ampla do funcionamento cardiovascular, quando submetido a esforço físico gradualmente crescente, em esteira rolante. São observados os sintomas, os comportamentos da frequência cardíaca, da pressão arterial e do eletrocardiograma antes, durante e após o esforço. Avaliação de risco cardiovascular Fator de risco coronariano A cardiopatia coronariana (CC) é causada pela falta de suprimento de sangue para o músculo cardíaco (isquemia miocárdica). • Baixo risco: indivíduos mais jovens (homens < 45 anos e mulheres < 55 anos) assintomáticos que apresentam apenas um fator de risco (tabela CC); • Risco moderado: indivíduos mais velhos (homens ≥45 anos e mulheres ≥ 55 anos) OU indivíduos de qualquer idade com dois ou mais fatores de risco (tabela CC); • Alto risco: indivíduos com um ou mais sinais/sintomas de doença cardiovascular e/ou pulmonar OU indivíduos com doença cardiovascular, pulmonar ou metabólica conhecidas. Classificação de risco de doença. Fatores de risco de cardiopatia ■ Idade ■ Historia familiar ■ Hipercolesterolemia ■ Hipertensão ■ Tabagismo ■ Diabetes melito ou pré́-diabetes ■ Sobrepeso e obesidade ■ Inatividade física Estratificação de Risco - NYHA
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