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Infecções congênitas (TORCHS) Letícia Nano- Medicina Unimes Infecções congênitas Sífilis Toxoplasmose Citomegalovirose Rubéola Herpes simplex Agente Treponema pallidum Toxoplasma gondii Citomegalovírus (CMV) Virus da Rubéola (gênero Rubivirus) Vírus Herpes Simpex I e II Transmissã o Via transplacentária transmissão vertical da sífilis em mulheres não tratadas - 70% a 100% durante as fases 1ª e 2ª e de 30% nas fases tardias (latente tardia e 3ª) Via transplacentária Infecção 1ª ou reativação em imunodeficientes (menor IG maior risco de transmissão porém maior gravidade do quadro) Via transplacentária e perinatal (intraparto vaginal ou aleitamento materno). Infecção 1ª (mais comum, transmissão 30% casos) ou reativação Via transplacentária Risco de transmissão no 1º trimestre e últimas semanas de gestação. Infecção durante as 8- 12 semanas de IG está associada a quadros mais graves Infecção intrauterina, intraparto (mais comum) e pós natal Ao nascer 50% assintomáticos 50-85% assintomáticos 90% assintomáticos Assintomática mais frequente Raro sintomas Classificaçã o Precoce: diagnóstico < 2 anos de vida. Tardia: após essa idade Manifestações transitórias, persistentes e tardias Quadro clínico Precoce: pênfigo sifilítico (exantema vesicobolhoso palmo-plantar), condilomas planos, rinite (coriza sifilítica), lesões ósseas: osteocondrite e os de periostite, lesões viscerais: hepatoesplenomegalia, icterícia, lesão renal> Sd nefrótica ou nefrítica, pneumonia alba, anemia hemolítica (coombs negativo), neurossífilis, coriorretinite (“sal e pimenta”) etc Tríade clássica: coriorretinite, calcificações intracranianas e hidrocefalia tipo obstrutiva. Outros: prematuridade, restrição ao crescimento intrauterino, anemia, linfadenopatia, icterícia, surdez neurossensorial, exantemas, dermatite esfoliativa e miocardite Petéquias (mais comum) , icterícia (aumento bilirrubinas e/ou transaminases) hepatoesplenomegalia, microcefalia, restrição ao crescimento intrauterino e prematuridade. Outros: calcificações periventriculares, coriorretinite (acompanha estrabismo e atrofia óptica) e surdez neurossensorial Transitórias: hepatoesplenomegalia, hepatite, icterícia, plaquetopenia com petéquias e púrpura, anemia hemolítica, adenopatia, meningoencefalite, pneumonia intersticial, miosite, miocardite, diarreia, opacificação da córnea, alterações no crescimento ósseo (osteopatia de ossos longos, com rarefação lineares nas metáfises) Vesículas cutâneas ou escaras de cicatrização, alterações oculares, microcefalia ou hidrocefalia Característi cas especiais Outros sintomas: Miocardite, síndrome disabsortiva, desnutrição e falta de ganho ponderal no RN. Tardia: bossa frontal e fronte olímpica- Sinal de Higoumenáki (espessamento da junção esternoclavicular), Tíbia em Sabre- (arqueamento) e Dentes de Hutchinson - anormalidades dentárias e molares em formato de amora. Face: maxilar curto; nariz em sela; rágades (por fissuras peribucais). Articulação Coriorretinite: é o mais frequente, maioria bilateral, pode curar ou recidivar e até levar à sequelas graves. Sinais precoces: estrabismo e nistagmo. Hidrocefalia obstrutiva: manifestação podem ser crises convulsivas, retardo crescimento, opistótono, dificuldade deglutição e paralisia membros. Microcefalia é Investigação: avaliação auditiva, tomografia computadorizada, hemograma, bilirrubina e transaminases séricas e avaliação do líquor podem auxiliar o diagnóstico Permanentes: Malformações cardíacas: persistência do canal arterial com ou sem estenose de ramo da artéria pulmonar (mais comum). Malformações Oculares: catarata, glaucoma, retinopatia e microftalmia. aspecto de”sal e pimenta” alteração ocular mais comum.Catarata: achado mais grave. Surdez: bilateral ou de Clutton: derrame articular estéril nos joelhos; Ceratite intersticial, coroidite, retinite, atrofia óptica; Lesão do 8º par craniano (surdez e vertigem); Hidrocefalia; Retardo Mental menos frequente. Calcificações intracranianas: são difusas, aparecem a partir 3º mês de vida. TC ou ressonância: atrofia cortical, dilatação ventricular e calcificações difusas isolada; manifestação mais comum da rubéola congênita. SNC: microcefalia, retardo do desenvolvimento psicomotor, distúrbio comportamentais e psiquiátricos. Associação c/ desenvolvimento do autismo infantil. Tardias: endocrinopatias-diabetes mellitus tipo1 (mais comum) e disfunção tireoidiana Alterações neurológicas e oftalmológica: panencefalite progressiva, glaucoma e alterações corneanas Diagnóstic o Teste não treponemicos ( VDRL,RPR e ART): títulos abaixo de 1:1 indicam positividade. Testes treponêmicos (FTA-ABS e TP- PA): confirmam o teste de triagem, mas continuam + o resto da vida. Sorologia materna: detecção igM e igG contra toxoplasmose. A igG no entanto continua positiva por meses -> realiza-se teste da avidez. Baixa avidez: indica infecção recente. Alta avidez: infecção últimos 3 meses. RN: igG positivos por origem materna, igM pode auxiliar Isolamento viral em cultura de fibroblastos, detecção DNA viral em PCR, testes sorológicos (igM e igG anti-CMV). Amostras: urina e saliva Isolamento viral: duração semanas. PCR: mais rápido. Devem ser colhidos 1ª duas semanas de vida (após pode ser infecção perinatal) RN produz anticorpos contra Rubéola antes do nascimento. Presença de igM contra rubéola no RN é evidência de infecção. igG: difícil identificar se a origem é do RN ou materna, sendo necessário parear os títulos sorológicos. Títulos continuam altos ao longo do tempo: confirma diagnóstico Isolamento do vírus em células teciduais em amostras de sangue, lesões, líquor, urina, secreções oculares, e genitais maternas etc. Hemograma: neutropenia e plaquetopenia Tratament o RN A1-: penicilina G cristalina 50.000UI/Kg/dose, EV, de 12 em 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e de 8 em 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias. OU penicilina G procaína 50.000UI/Kg/dose.IM 1 x dia, durante 10 dias. A2-: penicilina G cristalina 50.00UI/Kg/dose, EV, de 12 em12 horas (nos primeiros 7 dias de vida), de8 em 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias. A3-: penicilina G benzatina, IM, dose única de 50.000UI/Kg, sendo obrigatório o seguimento ambulatorial. Se impossível garantir o acompanhamento, o RN deverá ser tratado segundo esquema A1. C1-: seguimento clínico-laboratorial. Na impossibilidade de seguimento, tratar com penicilina G benzatina IM, DOSE única de 50.000UI/Kg tratamento durante 12 meses obrigatoriamente. Pirimetamina: dose 2mg\kg\dia, VO, por dois dias e depois 1 mg\kg\dia durante 2-6 meses, dependendo da intensidade do acometimento. Após :1mg\kg\dia três vezes por semana até completar um ano de tratamento. Sulfadiazinadose:100mg\kg\ dia, VO, duas vezes ao dia durante um ano. Ácido folínico: sempre junto c/ pirimetamina, para diminuir a toxicidade medular (neutropenia\anemia). Dose: 10 mg \dia; três vezes na semana. Se proteína liquórica muito elevada(>=1g\dl) ou retinite em atividade devem receber corticoterapia sistêmica Ganciclovir: dose 6mg\kg\dose, 12\12h, IV, (durante seis semanas). A eliminação do CMV no leite materno não contraindica o aleitamento materno nos RN a termo saudáveis Não há tratamento específico. Obs.: há prevenção da rubéola através da vacinação, que compõem ocalendário vacinal da criança. Profilaxia: parto cesárea é recomendado para gestantes infectadas com lesões ativas Aciclovir, 20 mg\kg\dose a cada 8 horas, por 14- 21 dias, é a droga de escolha Complicaçõ es Surdez, retardo mental, aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal Desde hidrópsia fetal, surdez óbito intrauterino até manifestações oculares após vários anos Surdez é a principal limitação. Pode ocorrer nas crianças inicialmente assintomáticas Catarata, surdez (mais comum), abortamento fetal, óbito Aborto nos primeiros meses Obs.: Triagem para sífilis em gestantes : teste não treponêmico:1ª consulta do pré-natal, e em populações de alto risco, repetido com 28 a 32 semanas de gestação e no parto. Parto e não teve pré-natal: teste rápido. Tratamento bem-sucedido: queda persistente de 4 vezes dos títulos nos testes não treponêmicos, mínimo 30 dias antes do parto, realizado com penincilina na fase adequada e parceiro também tratado. Obs.: testar outras DST´s como clamídia, gonorreia, hepatite B e HIV
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