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Lei 11340 de 2006 Lei Maria da Penha -Das Medidas Protetivas de Urgencia

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Agora Eu Passo Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Lei N° 11.340/2006 Lei Maria da Penha ............................................................................................................2
Comentários .......................................................................................................................................................................4
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Agora Eu Passo Concursos Públicos.
Lei N° 11.340/2006 Lei Maria da Penha
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, 
deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles pre-
vistos no Código de Processo Penal:
I – ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada;
II – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;
III – remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da 
ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;
IV – determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames 
periciais necessários;
V – ouvir o agressor e as testemunhas;
VI – ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes criminais, 
indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra ele;
VII – remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.
§ 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter:
I – qualificação da ofendida e do agressor;
II – nome e idade dos dependentes;
III – descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida.
§ 2º A autoridade policial deverá anexar ao documento referido no § 1º o boletim de ocorrência e cópia de 
todos os documentos disponíveis em posse da ofendida.
§ 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e 
postos de saúde.
Art. 12-A. Os Estados e o Distrito Federal, na formulação de suas políticas e planos de atendimento à mulher 
em situação de violência doméstica e familiar, darão prioridade, no âmbito da Polícia Civil, à criação de 
Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams), de Núcleos Investigativos de Feminicídio e de 
equipes especializadas para o atendimento e a investigação das violências graves contra a mulher.
Art. 12-B. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
§ 2º (VETADO. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
§ 3º A autoridade policial poderá requisitar os serviços públicos necessários à defesa da mulher em situação 
de violência doméstica e familiar e de seus dependentes. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
TÍTULO IV
DOS PROCEDIMENTOS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à execução das causas cíveis e criminais decorrentes da prática de 
violência doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-ão as normas dos Códigos de Processo Penal e 
Processo Civil e da legislação específica relativa à criança, ao adolescente e ao idoso que não conflitarem 
com o estabelecido nesta Lei.
Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com 
competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos 
Estados, para o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência domés-
tica e familiar contra a mulher.
Parágrafo único. Os atos processuais poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as 
normas de organização judiciária.
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Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado:
I – do seu domicílio ou de sua residência;
II – do lugar do fato em que se baseou a demanda;
III – do domicílio do agressor.
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será 
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finali-
dade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de 
cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamen-
to isolado de multa.
CAPÍTULO II
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
Seção I
Disposições Gerais
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:
I – conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência;
II – determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso;
III – comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis.
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério 
Público ou a pedido da ofendida.
§ 1º As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de au-
diência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado.
§ 2º As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser substi-
tuídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem 
ameaçados ou violados.
§ 3º Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas 
protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da ofendida, de 
seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério Público.
Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva do 
agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação 
da autoridade policial.
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a falta de 
motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos pertinen-
tes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído ou do defensor público.
Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor.
Seção III
Seção II
Das Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o Agressor
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o 
juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas prote-
tivas de urgência, entre outras:
I – suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos 
termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembrode 2003;
II – afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
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III – proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de dis-
tância entre estes e o agressor;
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;
c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida;
IV – restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multi-
disciplinar ou serviço similar;
V – prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
§ 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na legislação em vigor, 
sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a providência ser comuni-
cada ao Ministério Público.
§ 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o agressor nas condições mencionadas no caput e 
incisos do art. 6º da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz comunicará ao respectivo órgão, cor-
poração ou instituição as medidas protetivas de urgência concedidas e determinará a restrição do porte de 
armas, ficando o superior imediato do agressor responsável pelo cumprimento da determinação judicial, 
sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou de desobediência, conforme o caso.
§ 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer 
momento, auxílio da força policial.
§ 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber, o disposto no caput e nos §§ 5º e 6º do art. 
461 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil).
Das Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:
I – encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de 
atendimento;
II – determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após 
afastamento do agressor;
III – determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos 
filhos e alimentos;
IV – determinar a separação de corpos.
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particu-
lar da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre outras:
I – restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida;
II – proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de proprie-
dade em comum, salvo expressa autorização judicial;
III – suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor;
IV – prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais decorren-
tes da prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida.
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos nos incisos II e III deste artigo.
Comentários
ARTIGO 13
 → Comentário – Conforme o Princípio da Especialidade, as normas previstas na LMP deverão pre-
valecer, sobrepor às normas previstas nos Códigos de Processo Penal e Processo Civil e da legisla-
ção específica relativa à criança, ao adolescente e ao idoso. Em outras palavras, a norma especial 
(LMP) prevalece sobre a norma geral (CPP, CPC, ECA, EI)
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ART. 15 – CRIAÇÃO DOS JUIZADOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA 
A MULHER
 → JUIZADOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA MULHER
“Varas especializadas” – vão julgar os crimes e contravenções;
STJ: “(...) Configurada a conduta praticada como violência doméstica contra a mulher, independen-
temente de sua classificação como crime ou contravenção, deve ser fixada a competência da Vara 
Criminal para apreciar e julgar o feito, enquanto não forem estruturados os Juizados de Violência 
Doméstica e Familiar contra a Mulher, consoante o disposto nos artigos 7º e 33 da Lei Maria da Penha. 
(...)”. (STJ, 5ª Turma, HC 158.615/RS, Rel. Min. Jorge Mussi, DJE 08/04/2011).
 → NA FALTA DE VARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA MULHER – 
Aplica-se o art. 33
STF: “(...) COMPETÊNCIA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – LEI Nº 11.340/06 – JUIZADOS DE VIO-
LÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER. O artigo 33 da Lei nº 11.340/06, no que 
revela a conveniência de criação dos juizados de violência doméstica e familiar contra mulher, não 
implica usurpação da competência normativa dos estados quanto à própria organização judiciária. 
(...)”. (STF, Pleno, ADC 19/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 09/02/2012).
 → CRIME DOLOS CONTRA A VIDA
No caso de crime doloso contra a vida, o Tribunal do Júri será o órgão competente para o julga-
mento, uma vez que tem previsão constitucional, e essa deverá prevalecer sobra a competência da 
LMP. Nesse sentido,
STJ: Trata-se de habeas corpus em que se discute a competência para o processamento e julga-
mento de crimes dolosos contra a vida em se tratando de violência doméstica. No caso, cuida-se 
de homicídio qualificado tentado. Alega a impetração sofrer o paciente constrangimento ilegal em 
decorrência da decisão do tribunal a quo que entendeu competente o juizado especial criminal para 
processar e julgar, até a fase de pronúncia, os crimes dolosos contra a vida praticados no âmbito 
familiar. A Turma concedeu a ordem ao entendimento de que, consoante o disposto na própria lei 
de organização judiciária local (art. 19 da Lei n. 11.697/2008), é do tribunal do júri a competência 
para o processamento e julgamento dos crimes dolosos contra a vida, ainda que se trate de delito 
cometido no contexto de violência doméstica. Precedentes citados: HC 163.309-DF, DJe 1º/2/2011, 
e HC 121.214-DF, DJe 8/6/2009. HC 145.184-DF, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 3/3/2011.
ARTIGO 16 – RETRATAÇÃO
 → “Renúncia” – Apesar de o art. 16 dispor expressamente sobre “renúncia”, estamos diante um caso 
de Retração, que é o arrependimento da representação pela vítima no caso de crime de ação penal 
pública condicionada.
 → Retratação – A grosso modo, a retratação é o “desdizer-se”, “voltar atrás”, “retirar o que foi dito”.
 → STJ – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. LEI MARIA DA PENHA. AUDIÊNCIA.
Consignou-se que a realização da audiência deve ser precedida de manifestação de vontade 
da ofendida, se assim ela o desejar, em retratar-se da representação registrada, cabendo ao ma-
gistrado verificar a espontaneidade e a liberdade na prática de tal ato. Com esse entendimento, 
a Turma concedeu a segurança para determinar que a audiência de retratação da representação da 
ação penal de natureza pública condicionada somente seja realizada após prévia manifestação da 
ofendida. Precedentes citados: HC 178.744-MG, DJe 24/6/2011; HC 168.003-ES, DJe 1º/6/2011, e HC 
96.601-MS, DJe 22/11/2010. RMS 34.607-MS, Rel. Min. Adilson Vieira Macabu (Desembargador)
 → Audiência Específica – Para evitar qualquer espécie de vício na retratação da vítima, vício relacio-
nado à sua vontade, ou seja, para verificar se a vítima não foi coagida, não está sob ameaça... essa re-
tratação só será admitida perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, 
antes do recebimento da denúncia e ouvidoo Ministério Público. Desse modo, cabendo ao magis-
trado verificar na referida audiência a espontaneidade e a liberdade na prática de tal ato
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 → Não aplicabilidade aos crimes de Lesão Leve e Lesão culposa –
A retratação da representação não se aplica aos crimes de Lesão Leve e Lesão culposa, uma vez 
que esses são de ação pena pública incondicionada, conforme o exposto na Súmula N. 542 do STJ.
 → Limite para a retratação – Conforme exposto no dispositivo legal, a retratação da representação 
deverá ser feita até o recebimento da denúncia.
ARTIGO 18
 → Introdução – Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro 
da ocorrência, deverá a autoridade policial (se entender necessário ou mediante pedido da vítima) 
remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da 
ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência. (art. 12, III).
 → Pedido da Ofendida – (art. 12, §1º)
O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter:
 ˃ qualificação da ofendida e do agressor;
 ˃ nome e idade dos dependentes;
 ˃ descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida.
Medidas de Urgência – As medidas de urgência a que se refere esse dispositivo são aquelas cons-
tantes no art. 22 da LMP, ou seja, aquelas Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o Agressor.
 → Divisão
Estão previstas basicamente em 3 artigos diferentes, cada qual com uma finalidade específica. 
Vejamos:
Art. 22. Das Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o Agressor.
Art. 23. Das Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida.
Art. 24. Das Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida Para a proteção patrimonial.
 → Medidas de urgência – Elas devem preencher os pressupostos tradicionalmente apontados para a 
concessão de medidas de urgência, ou seja, perigo da demora e aparência do bom direito.
 → DESNECESSIDADE DA EXISTÊNCIA, PRESENTE OU POTENCIAL, DE PROCESSO-
CRIME OU AÇÃO PRINCIPAL CONTRA O SUPOSTO AGRESSOR
“1. As medidas protetivas previstas na Lei n. 11.340/2006, observados os requisitos específi-
cos para a concessão de cada uma, podem ser pleiteadas de forma autônoma para fins de cessação 
ou de acautelamento de violência doméstica contra a mulher, independentemente da existência, 
presente ou potencial, de processo-crime ou ação principal contra o suposto agressor.” (STJ – 
REsp: 1419421 GO 2013/0355585-8, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamen-
to: 11/02/2014, T4 – QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 07/04/2014).
 → Tempo para medidas protetivas
“Não há tempo especificado na Lei Maria da Penha em relação à duração das medidas prote-
tivas. Alguns juízes aplicam-na por tempo indeterminado. Em geral, são casos de agressores que 
demonstram alta periculosidade ou quando não estão conseguindo afastar-se da ofendida ou da 
residência. Nesses casos, enquanto o processo estiver correndo, a tendência dos magistrados é im-
possibilitá-los de qualquer contato.
Outros concedem por prazo de um ano. Os magistrados são unânimes em responder que as 
medidas devem vigorar enquanto for necessário. Em determinados casos, mesmo no fim do processo 
ou até na falta dele, os juízes podem concedê-las para garantir a segurança da mulher.”
Fonte: http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/83345-cnj-servico-o-que-fazer-quando-o-agressor-descumpre-medidas-protetivas
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Agora Eu Passo Concursos Públicos
 → PRAZO DE DURAÇÃO DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA – PROTEÇÃO DA 
MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR –
As medidas protetivas de urgência se enquadram em medidas restritivas de direitos, ou até 
mesmo privativas de liberdade, que antecedem a condenação, devendo o seu período de duração 
ser submetido à análise do magistrado, que observará as peculiaridades de cada caso. O Minis-
tério Público interpôs reclamação criminal contra decisão do Juiz a quo que fixou o prazo de 90 
dias para duração das medidas protetivas de urgência deferidas à vítima. Sustentou que a ofendida 
ainda necessita das medidas protetivas, pois o agressor continua praticando atos de perseguição e de 
ciúmes excessivos. Pleiteou que as medidas protetivas tenham duração enquanto tramitar o processo 
criminal ou pelo prazo mínimo de 1 ano. A Desembargadora explicou que, como a Lei Maria da 
Penha não estipulou prazo específico de permanência das medidas protetivas de urgência, deve-se 
interpretar essa lacuna de modo teleológico, a fim de guardar proporcionalidade e razoabilidade 
com os fins propostos pela norma protetiva. Observou que a fixação de prazo de vigência extrema-
mente curto seria violação ao dever do Estado de proteção integral às mulheres em situação de risco 
no âmbito doméstico e familiar. Por isso, afirmou que o Julgador, ao estabelecer o referido prazo, 
deve analisar as peculiaridades de cada caso. Assim, após a análise dos autos, a Turma concluiu que 
as medidas protetivas devem durar enquanto tramitar o processo criminal contra o agressor.
Acórdão n. 1081290, 20170020219354RCC, Relatora Desª. ANA MARIA AMARANTE, 1ª Turma Criminal, data de julga-
mento: 8/3/2018, publicado no DJe: 14/3/2018.
Exercícios
01. Ao processo, ao julgamento e à execução das causas cíveis e criminais decorrentes da prática 
de violência doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-ão as normas dos Códigos de 
Processo Penal e Processo Civil e da legislação específica relativa à criança, ao adolescente e ao 
idoso que não conflitarem com o estabelecido com a Lei Maria da Penha.
Certo ( ) Errado ( ) 
02. É do tribunal do júri a competência para o processamento e julgamento dos crimes dolosos 
contra a vida, ainda que se trate de delito cometido no contexto de violência doméstica.
Certo ( ) Errado ( ) 
03. Nas ações penais públicas incondicionadas, só será admitida a renúncia à representação 
perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimen-
to da denúncia e ouvido o Ministério Público.
Certo ( ) Errado ( ) 
04. É permitida a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas 
de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que 
implique o pagamento isolado de multa.
Certo ( ) Errado ( ) 
05. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 24 (vinte e quatro) 
horas conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência.
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito
01 - Certo
02 - Certo
03 - Errado
04 - Errado
05 - Errado

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