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Vias de Administração de Medicação Curso Técnico em Enfermagem VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ▪ Medicamentos: É toda substância que modifica uma função do organismo. ▪ Vias de administração: É a forma da administração da droga; ▪ Segurança na administração: Nove certos, cálculo preciso das dosagens, preparo cuidadoso dos medicamentos, registro de sua administração. CERTOS PARA A MEDICAÇÃO SEGURA VIAS DE ADMINISTRAÇÃO APRESENTAR AS DIFERENTES MANEIRAS COMO OS MEDICAMENTOS PODEM SER ADMINISTRADOS EM NOSSO ORGANISMO A FIM DE PRODUZIR MELHOR EFEITO. Enterais (entra em contato com qualquer segmento do intestino): oral, bucal, retal e sublingual. Parenterais: intravenosa, intramuscular, cutânea, respiratória. Aplicação tópica: direta no local onde deverá agir. A determinação da via de administração depende; Finalidade do efeito que se espera: efeitos locais x efeitos sistêmico. Devem ser consideradas de acordo com a forma farmacêutica a fim de obter o máximo da ação farmacológica, respeitando-se as condições do paciente. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Toda via de administração possui vantagens e desvantagens, de acordo com: Fatores relacionados ao paciente (comodidade, economia, segurança). Considerar ação farmacológica (facilidade de absorção, tempo de latência, biodisponibilidade). PRESCRIÇÃO MÉDICA ▪ Nome completo do paciente; ▪ Data e horário da realização da prescrição médica; ▪ Nome do medicamento; ▪ Dosagem e intervalo; ▪ Via de administração; ▪ Tempo de infusão; ▪ Assinatura e carimbo do profissional (Médico). PRESCRIÇÃO MÉDICA Vias de administração enterais: vantagens e desvantagens Oral Vantagens ❖ Autoadministração. ❖ Via barata. ❖ Segura, sem risco de infecção. ❖ Fácil reversão em caso de intoxicação (lavagem gástrica). Desvantagens ❖ Ação lenta devido à absorção lenta. ❖ Ação do pH ácido estomacal. ❖ Efeito de primeira passagem. ❖ Irritabilidade da mucosa gástrica. ❖ Interação com alimentos. ❖ Necessita da cooperação do paciente. ❖ Alterada de acordo com esvaziamento gástrico. Vias de administração enterais: vantagens e desvantagens Sublingual Vantagens Autoadministração. Via barata. Segura, sem risco de infecção. Absorção rápida, ação rápida. Não possui efeito de primeira passagem. Desvantagens Irritabilidade da mucosa bucal. Difícil reversão. Somente fármacos com moléculas pequenas conseguem ser absorvidos por essa via. Vias de administração enterais: vantagens e desvantagens Retal Vantagens Autoadministração. Via barata. Segura, sem risco de infecção. Absorção e ação rápidas. Pouco efeito de primeira passagem. Útil para pacientes inconscientes ou que não podem deglutir Desvantagens Tabu. Difícil reversão. Forma farmacêutica de difícil armazenagem devido à motilidade intestinal. Pode provocar irritação da mucosa. TIPOS DE SERINGAS AGULHA AGULHA 40/12 E 40/10 Utilizada para preparo e aspiração de medicação AGULHA 30/7 E 25/7 Utilizadas para aplicação intramuscular no paciente (30x7) adulto. Na criança, utilizamos as agulhas (25x7) menores. AGULHA 30/8 e 25/8 Usadas para aplicação intramuscular em pacientes adultos. No paciente emagrecido, idoso ou criança, utilizamos agulhas de calibres menores (25x8). É importante que o profissional realize avaliação da massa muscular para escolha do material. AGULHA 13/4,5 E 13/4,0 Utilizadas para aplicação das vias intradérmicas e subcutâneas (insulinas); temos outros calibres próximos a esses que podem ser utilizados. TÉCNICA PARA O PROCEDIMENTO DE ASPIRAÇÃO DA MEDICAÇÃO INJETÁVEL Ler a prescrição médica; Higienizar as mãos antes do procedimento; Reunir o material necessário Abrir o involucro da seringa na técnica (sempre pelo lado do êmbolo sem rasgar) Tipos de seringas para cada via de administração: 1. Medicação ID seringa de 1 ml ou 3 ml; 2. Medicação SC seringa de 1 ml ou 3 ml; 3. Medicação IM seringa de 3 ml ou 5 ml; 4. Medicação EV seringa de 10 ml ou 20 ml. TÉCNICA PARA O PROCEDIMENTO DE ASPIRAÇÃO DA MEDICAÇÃO INJETÁVEL Abrir o involucro da agulha na técnica (sempre pelo lado do canhão sem rasgar) Tipos de agulhas para cada via de administração: 1. ID 13/4,5 ou 13/4,0; 2. SC 13/4,5 ou 13/4,0; 3. IM 25/7, 25/8 ou 30/7 e 30/8; 4. EV 25/7, 25/8 ou 30/7 e 30/8. Encaixar o canhão da agulha no bico da seringa, utilizando a técnica; TÉCNICA PARA O PROCEDIMENTO DE ASPIRAÇÃO DA MEDICAÇÃO INJETÁVEL Retirar o ar da seringa empurrando o êmbolo para o bico, já com a agulha conectada; Para continuar o procedimento, proteja a seringa na sua embalagem e colocar em bandeja de inox previamente desinfectada; Fazer desinfecção com álcool a 70% no frasco-ampola; Abrir a ampola envolvendo-a com algodão para evitar acidentes; Retirar a capa de proteção da agulha, deixando-a sobre a embalagem da seringa; Realize a aspiração da medicação, tendo cuidado para não contaminar o material. Caso isso aconteça, despreze todo o material e inicie o procedimento novamente ATENÇÃO: identificar a seringa com o nome e registro do paciente e a medicação que foi preparada. Vias de administração parenterais: vantagens e desvantagens Intravenosa (IV) Vantagens Ação rápida, não possui absorção. Não possui efeito de primeira passagem (100% de biodisponibilidade). Sem restrição de volume. Desvantagens Pode provocar infecção. Difícil reversão em caso de intoxicação. Via cara. Não se administram substâncias oleosas. CRITERIO DE ESCOLHA DO VASO ❖ Evitar: ▪ Veias lesadas ou endurecidas; ▪ Veias hiperemiadas e edemaciadas; ▪ Veias próximas de áreas previamente infectadas; ▪ Região de articulação; ▪ Veia muito pequena para o tamanho do cateter; Locais indicados para punção Endovenosa Região do dorso da mão: área que encontramos veias superficiais de fácil acesso, porém, atenção de longa duração nesse local, pois, pode limitar os movimentos. 1. Veia basílica; 2. Veia cefálica; 3. Veias metacarpianas dorsais. Locais indicados para punção Endovenosa Região dos membros superiores: área em que encontramos vários locais disponíveis para realizar a punção, tais como: 1. Veia cefálica acessória 2. Veia cefálica 3. Veia basílica 4. Veia Intermédia do cotovelo 5. Veia Intermédia do antebraço Locais indicados para punção Endovenosa Região cefálica: utilizada com frequência em pediatria, quando não há possibilidade de realizar a punção em regiões periféricas. Material para o preparo Luvas de procedimento Garrote Bolas de algodão e álcool a 70% Cateter periférico (cateter agulhado [tipo escalpe] para punções de curta duração em torno de 24h, cateter sobre agulha [tipo gelco] para punções de duração em torno de 96h) Adesivo para fixação do cateter: filme transparente. Técnica para o procedimento da punção periférica Higienizar as mãos antes e após o procedimento Reunir o material para punção Explicar ao paciente o que será realizado Deixar o paciente em posição confortável com a área de punção apoiada Escolher o local para punção, se possível permitir que o paciente faça a escolha com você Calçar as luvas de procedimento Garrotear o local para melhor visualizar a veia Fazer antissepsia do local com algodão e álcool 70% no sentido do retorno venoso (distal/proximal) Técnica para o procedimento da punção periférica Realizar a punção com o cateter escolhido, sempre com o bisel voltado para cima, introduzir a agulha no ângulo de 45º Desgarrotear o braço Após a punção realizar fixação adequada com adesivo disponível Identificar o curativo com data, nome de quem realizou o procedimento e hora, para a realização da troca Descartar o material corretamente Realizar a anotação de Enfermagem do procedimento, descrevendo o local e intercorrências Vias de administração parenterais: vantagens e desvantagens Intramuscular (IM) Vantagens Ação rápida, absorção rápida. Podem-se administrar substâncias oleosas. Não possui efeito de primeira passagem. Desvantagens Restrição de volume. Difícil reversão em caso de intoxicação. Via cara. Pode provocar infecção. Dor. ADMINISTRAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR (IM) Devemos estar atentos à quantidade a ser administrada em cada músculo. Um paciente adulto com massa muscular dentro de parâmetros de normalidade pode tolerar bem 3 ml e idosos ou crianças podem tolerar bem 2 ml; as literaturas indicam que , no deltoide, o volume máximo é de 2 ml, contudo, hoje devido à segurança do paciente várias instituições de saúde, preconizam que neste músculo sejam administrados no máximo 1 ml e preferencialmente, esta deve ser a última opção de escolha para a aplicação; a região ventro glútea, no vasto lateral da coxa podem tolerar bem 5 ml, é necessário que o profissional realize uma avaliação da área de aplicação, certificando-se do volume que esse local possa receber. Material para o preparo Luvas de procedimento; Seringa de 3 ml ou 5 ml; Agulha para aspiração de medicação 40/12; Medicação a ser aspirada; Agulha para aplicação da medicação 25/7 ou 8 e 30/7 ou 8; Bolas de algodão e álcool a 70%; Técnicas para o procedimento da aplicação intramuscular Higienizar as mão antes a após o procedimento; Reunir o material para a aplicação IM; Explicar ao paciente o que será realizado; Deixar o paciente em posição confortável, escolher o local para aplicação, se possível permitir que o paciente faça a escolha com você, deixe a área de aplicação relaxada; Calçar as luvas de procedimento; Fazer antissepsia do local; Com sua mão não dominante, segure firmemente o músculo para aplicação da injeção; Realizar a aplicação no musculo escolhido, sempre com o bisel lateralizado, introduzir a agulha no ângulo de 90º Técnicas para o procedimento da aplicação intramuscular Realize a aspiração, é recomendado após a introdução da agulha, certificando-se de que não houve punção de vaso sanguíneo. Caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezando o medicamento, que deve ser novamente preparado e aplicado; Realize a aplicação do medicamento após a aspiração local; Descarte o material, seguindo as precauções padrão, lave as mãos e proceda à anotação de enfermagem, descrevendo o local da aplicação, para o rodizio na próxima aplicação. Vias de administração parenterais: vantagens e desvantagens Subcutânea (SC) Vantagens Velocidade de absorção variada (reservatório – pellets). Não possui efeito de primeira passagem. Autoadministração. Restrição de volume. Via cara. Pode provocar infecção e dor. Subcutânea A administração subcutânea (SC) faz com que o líquido seja absorvido lentamente a partir do tecido subcutâneo, prolongando assim seus efeitos. Essa via não pode ser usada quando o paciente tem doença vascular oclusiva e má perfusão tecidual, pois, a circulação periférica diminuída retarda a absorção da medicação. É um via utilizada com frequência na aplicação de medicamentos em tratamentos de longa duração (Diabetes), em pós-operatórios, na profilaxia de ocorrências vasculares obstrutivas. O volume indicado para essa via é de 0,1 ml até 2,0 ml Ângulo do 90º = agulha 13/4,0 ou 13/4,5 Ângulo de 45º = agulha 25/7 ou 25/8 Material necessário para o preparo da medicação SC Luvas de procedimento; Seringa de 1 ml = 100 UI ou 3 ml; Agulha para aspiração da medicação 40/12 Medicação a ser aspirada; Agulha para aplicação da medicação 13/4,5 ou 25/7; Bolas de algodão e álcool a 70% Técnica para administração de medicação subcutânea Higienizar as mãos antes e após o procedimento; Preparar o medicamento; Orientar o paciente quanto ao procedimento; Calçar as luvas de procedimentos Escolher local de fácil visualização. ATENÇÃO: nesta via deve ser realizado um rodízio dos locais de aplicação com rigor, evitando iatrogenias; Realizar antissepsia do local, sempre com o algodão embebido em álcool 70%; Com sua mão não dominante, segure a pele ao redor do local da injeção e eleve firmemente o tecido subcutâneo para formar uma dobra adiposa; Realize a aplicação Técnica para administração de medicação subcutânea É recomendada a aspiração, após a introdução da agulha, certificando-se de que não houve punção de vaso sanguíneo. Caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezado o medicamento, novamente preparado e aplicado; Realize a aplicação do medicamento após aspiração local; Descarte o material seguindo as precauções padrão, lave as mãos e proceda a sua anotação de Enfermagem, descrevendo o local da aplicação para rodízio na próxima aplicação. VIA INTRADÉRMICA ❖ Introdução de solução na derme: ▪ Volume máximo: (0,1 a 0,5 ml). ▪ Ângulo: 10º a 15º ❑ INDICAÇÕES: ▪ Provas de ppd; (Teste tuberculínico); ▪ Sensibilidade há algumas alergias; ▪ Aplicação Da vacina BCG - inserção inferior do músculo deltoide. Acima de 10mm = Reagente ATENÇÃO: ▪ A Derme pode ser lesada, caso ocorra a introdução do medicamento irregularmente; ▪ Pode ocorrer dor, prurido e desconforto após aplicação da solução (orientar o paciente a não manipular o local da aplicação); ▪ Pode ocorrer reações decorrentes do uso de antissépticos antes do procedimento, portanto, não deve ser utilizado.
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