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Sistema Cardiovascular

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Prof. Ms. Maria Emilia Cavalca Corrêa 
UNIP – São José dos Campos
2018
Sistema 
Cardiovascular
PROPRIEDADES DO MÚSCULO
CARDÍACO
Inotropismo 
Cronotropismo 
Dromotropismo 
Batmotropismo 
Lusitropismo
Contração
Frequência
Condução
Excitabilidade
Distensibilidade
Inotropismo Contração
➢ Propriedade que tem o coração de se contrair 
ativamente como um todo único
➢ o miocárdio sempre responde obedecendo a lei do 
tudo-ou-nada
➢ Poder de influenciar a força de contração muscular
Cronotropismo Frequência
➢ Capacidade gerar seus próprios estímulos elétricos, 
independentemente de influências extrínsecas ao 
órgão
➢ O automatismo pode ser modificado por diversos 
fatores:
➢ adaptando a frequência de contração do 
coração as necessidades fisiológicas
➢ alterando-se em situações patológicas
Dromotropismo Condução
➢ condução do processo de ativação elétrica por todo o 
miocárdio, numa sequência sistematicamente 
estabelecida
Batmotropismo Excitabilidade
➢ Capacidade que tem o miocárdio de reagir quando estimulado
➢ Quando qualquer outro ponto, que não o marcapasso natural,
consegue excitar o coração, a resposta extra chama-se
extrassístole
Lusitropismo Distensibilidade
➢Capacidade de relaxamento global que tem o coração,
uma vez cessada sua estimulação elétrica
➢ Determina o fenômeno do relaxamento diastólico
➢ Coração bomba muscular
Relaxamento
Batimento cardíaco
Contraído
➢ Músculo potencial de ação do
músculo cardíaco
Controle da Atividade Cardíaca
➢CONTROLE INTRÍNSECO
➢CONTROLE EXTRÍNSECO
Controle Intrínseco
➢A inervação intrínseca ou sistema de condução do coração é
a razão dos batimentos contínuos do coração
➢É uma atividade elétrica, intrínseca e rítmica, que se origina
em uma rede de fibras musculares cardíacas especializadas,
chamadas células auto-rítmicas (marca passo cardíaco), por
serem auto-excitáveis
Lei de Frank Starling
➢ Lei de Frank-Starling:
cardíaco, seja reduzindo-o, de acordo com a necessidade.
➢ O volume de sangue ejetado por cada ventrículo a cada
minuto é denominado Débito Cardíaco (DC).
➢ DC = VS x FC
Estabelece que o coração, dentro de limites fisiológicos, é
capaz de ejetar todo o volume de sangue que recebe
proveniente do retorno venoso.
➢ Podemos então concluir que o coração pode regular sua
atividade a cada momento, seja aumentando o débito
CONTROLE INTRÍNSECO:
Ao receber maior volume de sangue proveniente do retorno venoso, as fibras 
musculares cardíacas se tornam mais distendidas devido ao maior enchimento 
de suas câmaras.
Isso faz com que, ao se contraírem durante a sístole, o façam com uma 
maior força.
Uma maior força de contração, consequentemente, aumenta o volume de 
sangue ejetado a cada sístole (Volume Sistólico).
Aumentando o volume sistólico aumenta também, como consequência, o 
Débito Cardíaco (DC = VS x FC).
Outra forma de controle intrínseco:
Ao receber maior volume de sangue proveniente do retorno venoso, as fibras 
musculares cardíacas se tornam mais distendidas devido ao maior enchimento 
de suas câmaras, inclusive as fibras de Purkinje.
As fibras de Purkinje, mais distendidas, tornam-se mais excitáveis.
A maior excitabilidade das mesmas acaba acarretando uma maior frequência 
de descarga rítmica na despolarização espontânea de tais fibras.
Como consequência, um aumento na Frequência Cardíaca faz com que ocorra 
também um aumento no Débito Cardíaco (DC = VS X FC).
REFLEXOS CARDÍACOS
➢Efeito de Starling – Aumento da força de contração quando 
ocorre um aumento do retorno venoso (pré-carga).
➢Efeito de Anrep – Aumento da força de contração quando ocorre 
um aumento na pressão aórtica (pós-carga).
➢Efeito Bowdich – Aumento da força de contração quando ocorre 
aumento da frequência cardíaca. (contratilidade)
Para um bom desempenho cardíaco existem quatro 
componentes fundamentais envolvidos:
•Frequência cardíaca
•Pré-carga
•Pós-carga
•Contratibilidade
Pré-carga:
➢ A força ou carga exercida no miocárdio no final da diástole 
(estiramento das fibras). Pode dizer que se refere a 
quantidade de volume sanguíneo no ventrículo no final da 
diástole (VDF).
Pós-carga:
➢ A resistência, impedância ou pressão que os ventrículos tem que
exercer para ejetar seu volume sanguíneo.
➢ Determinada por vários fatores:
•Volume e massa do sangue ejetado.
•Tamanho e espessura das paredes dos ventrículos.
•Impedância dos vasos
Na aplicação clínica, para a medida da pós-carga são
utilizadas:
•Resistência vascular sistêmica (RVS) para o ventrículo
esquerdo.
•Resistência vascular pulmonar (RVP) para o ventrículo direito.
➢A pós-carga é inversamente proporcional a função ventricular.
➢Um aumento da resistência causa uma diminuição na contração e
consequentemente uma diminuição do volume sistólico.
➢ A interrelação da pós-carga e do volume sistólico determinam o
desempenho cardíaco.
➢ Existe uma natureza sincicial no músculo
cardíaco
➢ Existem, na verdade, 2 sincícios funcionais
formando o coração: Um sincício atrial e um
sincício ventricular
➢ Um sincício é separado do outro por uma
camada de tecido fibroso
➢ Isto possibilita que a contração nas fibras
que compõem o sincício atrial ocorra num
tempo diferente da que ocorre no sincício
ventricular.
SISTEMA DE PURKINJE
➢A ritmicidade própria do coração, assim como o 
sincronismo na contração de suas câmaras, é feito
graças um interessante sistema condutor e
excitatório presente no tecido cardíaco:
➢ O Sistema de Purkinje.
➢Este sistema é formado por fibras auto-excitáveis e 
que se distribuem de forma bastante organizada pela
massa muscular cardíaca
http://applications.spectrum-health.org/media/coe_ heart/images/GS_Anatomy%20of%20Hearts%20Electrical%20System_lg.jpg
NODO 
SINUATRIAL
FEIXE DE HISS
Ramo D e E
FIBRAS DE 
PURKINJE
NODO 
ATRIOVENTRICULAR
Sistema de condução
Nó Sinoatrial (SA)
➢Nó Sinoatrial (SA): Também chamado Nodo Sinusal
➢é de onde partem os impulsos, a cada ciclo, que se
distribuem por todo o restante do coração
➢considerado o nosso MARCAPASSO NATURAL
➢Localiza-se na parede lateral 
do átrio direito, próximo à
abertura da veia cava superior
Nó Átrio-Ventricular (AV)
➢Chegando o impulso a este nodo, demorará aproximadamente 0,12 
segundos para seguir em frente e atingir o Feixe AV, que vem logo a 
seguir
➢ Portanto este nódulo,
localizado em uma região bem
baixa do sincício atrial, tem por
função principal retardar a
passagem do impulso antes que
o mesmo atinja o sincício
ventricular
Nó Átrio-Ventricular (AV)
➢Isto é necessário para que o enchimento das câmaras 
ventriculares ocorra antes da contração das mesmas 
pois, no momento em que as câmaras atriais estariam 
em sístole (contraídas), as ventriculares ainda estariam 
em diástole (relaxadas)
➢Após a passagem, lenta, através do nódulo AV, o 
impulso segue em frente e atinge o feixe AV.
Feixe AV ou Feixe de Hiss
➢Através do mesmo o impulso segue com grande rapidez em
frente e atinge um segmento que se divide em 2 ramos:
➢Direito e Esquerdo do Feixe de Hiss
RAMO
ESQUERDO
RAMO
DIREITO
FEIXE DE
HISS
Ramos do Feixe de Hiss
➢Através destes ramos, paralelamente,
o impulso segue com grande rapidez
em direção ao ápice do coração,
acompanhando o septo interventricular
Feixes de Hiss
➢Cada ramo emite uma grande quantidade de ramificações
➢Estas têm por finalidade otimizar a chegada dos impulsos através da
maior quantidade possível e no mais curto espaço de tempo possível 
por todo o sincício ventricular
➢Com a chegada dos impulsos no ventrículo, rapidamente e com uma 
grande força, ocorre a contração de todas as suas fibras (Fibrasde 
Purkinje)
➢A contração das câmaras ventriculares reduz acentuadamente o 
volume das mesmas, o que faz com que um considerável volume de 
sangue seja ejetado, do ventrículo direito para a artéria pulmonar e, do 
ventrículo esquerdo para a artéria aorta.
Sistema de Condução
1. Nó sinoatrial
2. Nó átrio-ventricular
3. Feixe átrio-ventricular
4. Ramos direito e 
esquerdo do feixe de 
Hiss
Nó
Sinoatrial
Nó
Atrioventricular
Ramos direito e 
esquerdo do 
Feixe de Hiss
Sinoatrlal
(SA) nade
Atrio 1ven
lrlcular
(AV) node
Atr oven
r1cular
(AV)1 b nd e
eft and righ
b ndle branches
Left atrium
efl ven1ricle
Controle Extrínseco
➢ Além do controle intrínseco o coração também pode 
aumentar ou reduzir sua atividade dependendo do grau de 
atividade do Sistema Nervoso Autônomo (SNA).
➢ Simpático = aumentam a FC e PA (noradrenalina = hormônio 
liberado pela suprarrenal)
➢ Parassimpático = diminuem a FC e PA (acetilconina)
Reflexos Baro e Quimioreceptores
Efeito dos Íons Potássio e Cálcio
na Função Cardíaca
Alta concentração de POTÁSSIO nos fluidos extracelulares 
• diminui o Potencial de membrana em
repouso das fibras musculares cardíacas 
• contração do coração progressivamente mais fraca 
Efeito dos ions Potássio e Cálcio na Função Cardíaca
Alta concentração de íons cálcio 
nos fluidos extracelulares 
• excitando o processo
contrátil cardíaco 
• contração espástica do coração 
•Deficiência de íons cálcio
• causa flacidez semelhante ao 
efeito do alto nível de potássio
EVENTOS DO CICLO CARDÍACO
Noções de eletrocardiograma
O Ciclo Cardíaco do ECG
➢Onda P – Despolarização Atrial (Contração Atrial)
➢Complexo QRS – Despolarização Ventricular (Contração
Ventricular)
➢Onda T – Repolarização ventricular (diástole ventricular )
Noções de eletrocardiograma
Noções de eletrocardiograma
Noções de eletrocardiograma
P
Q 
R
S
T
P
Q 
R
S
T
0.5 Sec
1 sec
Noções de eletrocardiograma
Noções de eletrocardiograma
Bloqueio Atrio-Ventricular
• Isquemia das fibras 
do feixe A-V
• Compressão Nodal
• Inflamação nodal
• Estimulação extrema 
pelos nervos vagos
Noções de eletrocardiograma
ECG com Bloqueio Atrio-Ventricular
Normal ECG
Noções de eletrocardiograma
Contrações Pré-Ventriculares
• Cafeína
• Fumo
• Privação de Sono
• Patologias
Noções de eletrocardiograma
ECG com contração Peri-ventricular
Normal ECG
Fibrilação Ventricular
• Isquemia musc. 
Cardíaco, sistema 
de condução ou 
ambos 
• Choque Elétrico
Noções de eletrocardiograma
ECG durante fibrilação ventricular
Normal ECG
Noções de eletrocardiograma
Bibliografia

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