Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Psicologia Comportamental Profa Me. Lígia Bueno ligiabuenopsi@gmail.com Fuga – Reforçamento Negativo Se quisermos entender a conduta de qualquer pessoa, a primeira pergunta a fazer é: “O que ela fez?” O que significa identificar o comportamento A 2ª pergunta: “O que aconteceu então”? O que significa... Essência da análise de contingências: Identificar o comportamento e as consequências Alterar as consequências Observar se o comportamento muda. Analistas do comportamento eficientes estão sempre experimentando, sempre analisando contingências, transformando-as e testando suas análises, observando se o comportamento crítico mudou. Criança com enurese; Iniciou uma análise de contingências que poderiam estar mantendo a enurese de seu filho. Se a análise for válida, em breve a criança passará mais tempo em brincadeiras e não mais usando enurese para obter atenção; Se a análise não for válida, a continuação da enurese também tornará isto evidente. Algumas vezes, reforçamento negativo e não positivo é responsável pelo o que fazemos. Podemos fazer algo não porque nos traz algo bom, mas porque impede ou nos livra de algo ruim. Atenção, usualmente um reforçador positivo para uma cça, pode colocar problemas delicados depois que a cça tornou-se um adolescente. Pais que cuidam demais, ou muito intensamente, podem ser vistos como intrometidos e controladores. Atenção, então, funcionara como um reforçador negativo; é provável que os pais notem que a filha de 16 anos não parece mais querer falar com eles, fica fora de casa tanto tempo quanto possível, e quando em casa, permanece calada. Quando nossos próprios reforçadores estão em risco, nossa visão é algumas vezes limitada; tendemos a ver o que queremos ver; (boa para ambos os lados) Portanto, os pais podem precisar de ajudo de alguém não envolvido com a situação; Pode-se recomendar que eles respondam às confidências de sua filha com afetuoso interesse, mas sem bisbilhotar; que eles mostrem não apenas seus temores em relação ao seu bem-estar, mas com confiança em sua integridade e capacidade de julgar. Em vez disso, ela interagirá mais frequentemente, compartilhando experiências, confidenciando, confiando, mudando de fuga e esquiva para aproximação. Reforçamento negativo gera fuga Se o encontramos novamente, faremos o que funcionou antes; Reforçadores negativos e punidores, são os mesmos eventos funcionando de maneiras diferentes; Podemos fazer choques desaparecerem – Reforçamento negativo Ou podemos tomar choques – Punição Reforçamento negativo torna uma ação mais provável, punição usualmente torna a ação menos provável; Um choque que pune também estabelece o potencial para R-; ele reforça o que quer que façamos para desligá-lo ou escapar dele. Uma vitima de punição que pode desliga-la, ou pode de algum modo sair da situação, há de fazê-lo. Assim, punição, além de seus efeito pretendido usual – reduzir conduta desejável – também aumentara a probabilidade de outro comportamento, se possível, aquele que recebe punição ira desligá-la ou fugir; O punidor pode nem saber da conexão entre a punição e a fuga. Casamento – confiança excessiva no controle coercitivo. (punidor se surpreende – punido foge com outro parceiro; Vandalismo de escolas (melhor modo para fugir da coerção da sala de aula do que queimar a escola?) Quando nossos negócios, casamentos, amizades e outros relações pessoais importantes repentinamente fracassam, ficamos desapontados, magoados e bravos. Não compreendendo nosso próprio papel como coercedores e não reconhecendo que outros estão na realidade fugindo de nós, os acusamos de infidelidade, estupidez, deslealdade... Então... Vamos entender um pouco mais sobre este comportamento que chamamos de FUGA. Podemos dar um choque em um rato de laboratório usando o chão da caixa experimental, deixando que o animal desligue imediatamente o choque ao pressionar a barra. Em pouco tempo, o animal terá aprendido a pressionar a barra assim que o choque começa. Este procedimento simples mostra que o reforçamento negativo e positivo compartilham pelo menos uma característica: ambos podem ensinar um novo comportamento. Programado choques para acontecer imprevisivelmente; Com isso o animal não pode se arriscar a ir para longe da barra. Ele não pode se arriscar a fazer qualquer outra coisa que não seja ficar na barra, pronto para pressioná-la tão rapidamente quanto possível, ao primeiro sinal de choque. O animal torna-se uma máquina de pressão à barra, fazendo seu trabalho com precisão, não se arriscando a nada mais. Em uma contingência de reforço simples, o sujeito permanece relaxado o suficiente para explorar seu ambiente de tempos em tempos, para descobrir se algo novo esta acontecendo, para fazer outras coisas que podem ter sido reforçadas no passado, ou simplesmente para descansar. A contingencia positiva deixa o animal em posição para tirar vantagem de outros reforçadores que podem se tornar disponíveis e de novas oportunidades para aprender que possam surgir. Contingência de R-, que coage o animal a pressionar a barra para desligar choques, torna-o incapaz de relaxar sua vigilância. Em posição de não fazer e de não aprender qualquer outra coisa, ele leva uma “vida de quieto desespero”, seu único critério de sucesso sendo sua efetividade em reduzir a quantidade de choques que ele toma. R+ deixa-nos livres para satisfazer nossas curiosidades, para tentar novas opções R- repertório comportamental estreito, deixando-nos temerosos de novidades, em medo de explorar Reforçamento – se intenso e contínuo, pode restringir nossos interesses: Visão de túnel (nos impede de atentar para qualquer coisa, exceto o estresse a que estamos) Comportamento mecânico (se dá conta muito bem de rotinas estabelecidas) Lugares onde experiênciamos reforçamento negativo tornam-se eles mesmos reforçadores negativos. Assim também se tornam as pessoas que nos controlam por reforçamento negativo. Se pudermos, fugiremos de ambos, lugares e pessoas. Se formos professores coercitivos, nossos alunos não estarão disponíveis para receber nossa instrução. Se formos pais coercitivos, nossos filhos sairão de casa assim que puderem. Reforçamento negativo e Punição As duas formas de coerção – reforçamento negativo e punição – permanecem de perto relacionadas. É provável que nos mantenhamos fazendo qualquer coisa que remova a cara feia do chefe – reforçamento negativo; também é provável que paremos de fazer qualquer coisa que faça a cara feia reaparecer – punição. Eu grito com uma pessoa e ela vira as costas e vai embora. Isso será um caso de reforço negativo se, em situações semelhantes no futuro, a probabilidade de que eu grite com esta pessoa aumente (ou a probabilidade de eu gritar se mantém alta). Por algum motivo a presença dessa pessoa era indesejável e gritar livrou-me daquela situação aversiva. Eu digo que o reforço é “negativo” porque a retirada de algodo ambiente (a pessoa, neste caso) foi o evento que aumentou a probabilidade da resposta no futuro. Agora, imagine a mesma cena: eu grito com uma pessoa e ela vira as costas e vai embora. Entretanto, isso diminui a probabilidade (ou a frequência) de eu gritar com aquela pessoa. Se a probabilidade do meu comportamento diminui, então a saída da pessoa foi uma punição negativa. Eu descrevo o episódio como um caso de punição negativa porque “algo” (que era reforçador) foi retirado do ambiente. Esquiva: O comportamento de esquiva e suas causas Uma pitada de prevenção... Uma vez que atingidos pela punição, faremos o que puder para desligá-la ou ir embora; Não sofreríamos menos se, em vez de esperar receber um choque para então fugir, pudéssemos impedir o recebimento do choque? Não faríamos melhor esquivando-nos de choques? Crianças usualmente não esperam pelo tapa ou pela bronca dos pais, esperando para fugir depois que a punição tenha começado; Em vez disso, elas se escondem, correm, são desculpas ou imploram por perdão. Pouco motoristas esperam que seus carros morram no meio da estrada antes de encher o tanque de gasolina. Algo ruim tem que acontecer realmente antes que possamos fugir; Ao fugir, colocamos um fim a uma situação ruim. Esquiva impede que um evento indesejado aconteça, em primeiro lugar; Esquiva bem-sucedida mantém afastados os choques, tornando a fuga desnecessária Fuga Quando o estimulo aversivo esta presente no ambiente O comportamento retira-o do ambiente Ex.: Adolescente usar creme para secar acne Mantida pela retirada da espinha que é um estimulo aversivo FUGA Esquiva Evita ou atrasa o contato com estimulo aversivo O estimulo aversivo NÃO esta presente no ambiente O comportamento faz com que o estimulo aversivo não apareça ou demore para aparecer. Ex.: Adolescente faz dieta e evita aparecimento de espinhas Não estão presentes Comportamento evita a apresentação do estímulo aversivo - Esquiva Alguns exemplos comuns de fuga e esquiva 1) Arrumar o quarto logo que acordamos para evitar reclamações da mãe é um exemplo de esquiva, pois a mãe ainda não está reclamando. Por outro lado, se a mãe vê o quarto desarrumado e começa a brigar, nós o arrumamos para que ela pare, o que é um exemplo de fuga. Nesse caso, a briga já está presente. 2) Fazer uma revisão no carro antes de viajar é um exemplo de esquiva. O carro está funcionando perfeitamente, mas a revisão é feita para que o carro não apresente problemas no meio da viagem. Note que o carro ainda não está com problemas e a revisão é feita para evitar sua apresentação. Entretanto, se o carro começa a fazer um barulho atípico no meio da estrada, o comportamento de levá-lo a um mecânico é um exemplo de fuga, pois o estímulo aversivo (ou seja, o barulho) já está presente. 3) Fazer a barba quando a namorada já está reclamando dos beijos que arranham sua face é um exemplo de fuga, pois a reclamação já está presente. Seria esquiva caso o namorado fizesse a barba antes de encontrá-la para evitar a reclamação que ainda está presente. 4) Alguém está lhe contando um história muito chata e você diz: “Amigo, me desculpe, mas estou atrasado para um compromisso, tenho que ir...” Sair de perto do “chato” é um exemplo de fuga, já se você “ desconversa” e sai de perto do sujeito antes de ele começar a contar histórias chatas, você está se esquivando Portanto, uma estratégia interessante de diferenciar os dois tipos de comportamento consiste em considerar a esquiva como uma prevenção, e a fuga como uma remediação e, considerando-se que “prevenir é melhor do que remediar”, emitimos mais comportamentos de esquiva do que de fuga. Isto é, na esquiva, prevenimos a apresentação de estímulos aversivos , enquanto na fuga remediamos a situação de forma que o estímulo aversivo já presente seja suprimido. Nossa ambiente frequentemente sinaliza a iminência de punição; por que esperar por ela? Recebemos choques de outras pessoas e a maioria de nós também distribui choques a outros; Já vimos que qualquer um que use punição tornar-se-á um punidor condicionado. Ao primeiro sinal de sua aproximação, as pessoas que ele geralmente punem se afastarão. Uma vez que tenham se tornado sinais de aviso, as pessoas vão se esquivar deles. Choque futuro? A primeira causa da esquiva está em nosso passado, nos choques que já tomamos. Estes nos levaram a fugir ou esquivar; se tivermos sorte para encontrar uma barra de esquiva, nós a pressionaremos. Pressionar a barra reduz o número de choques que tomamos. Portanto, a segunda causa da esquiva está no presente, na frequência reduzida atual de choques. Pressionamos a barra não porque choques não virão no futuro, mas porque já experienciamos choques no passado e porque pressionar a barra provoca um menor número de choques agora. Embora o que façamos agora realmente tenha consequências futuras, nossa experiência de choque no futuro explica nossos atos de esquiva atuais; Sempre que tivermos que fazer alguma coisa sobre nossa esquiva induzida pela coerção – começar terapia, defender-nos ou aprender a nos adaptar – nada conseguiremos fazer a menos que dois passos preparatórios sejam dados: Reconhecer o comportamento problema como esquiva; Analisar ambas, as contingências passadas e atuais que podem estar mantendo o comportamento. Mito “medo” e “ansiedade” como causas: em vez de apontar para nossa experiência com choques para explicar nossos atos de esquiva, postulam fontes internas de controle. Experienciando os estados internos como sentimentos e emoções, tendemos a negligenciar os choques externos que provocaram a perturbação interna. Em troca, atribuímos status causal aos sentimentos. Reforçadores positivos ou negativos fortes ativam processos internos. Alimento, sexo, dor, calor intenso, frio ou a cessação subita de qualquer um deles alterará nossos batimentos cardíacos, pressão sanguinea, motilidade intestinal, secreção glandular, etc. Ao buscar explicações de nossa própria conduta, damos aos sentimentos prioridades sobre as contingencias externas que eles acompanham. E assim interpretamos o sentimento de medo – o estado interno que o sinal externo de choque produz – como a causa de nossa esquiva. Se estamos severamente deprimidos, por ex., sofremos de duas maneiras: Primeiro, fazemos muito pouco, talvez sentados em casa, falando raramente, exceto para lamentar-se, não nos envolvendo em nenhuma das relações familiares. Nossa conduta pode estar tão severamente empobrecida que não nos alimentamos ou não nos vestimos ou mantemos higiene pessoa. Ao esquivar de contato com qualquer parte do nosso ambiente, conseguimos um tipo importante de sucesso: mantemos todos os choques longe. Segundo, permanecemos em um contínuo estado de ansiedade, temerosos de todo contato pessoal, de cada demanda ambiental. Mesmo sem motivo óbvio, ficamos apreensivos ou paralisados com terror. Sofremos cólicas intestinais, palpitações no coração, calafrio e dores de cabeça, transpirando mesmo quando frio e chorando sem causa. Completamente angustiados, atribuímos nossa angústia a nossos sentimento.
Compartilhar