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Princípios Diagnóstico em Microbiologia Clínica Prof. Dr. Adilson C.A. Bernardi Patogênicos Saprófitas Causam doença? Não causam doença? Microrganismos que causam doença, que são chamados de: ? 2Prof Dr Adilson C A Bernardi Ciclo Diagnóstico A amostra é examinada diretamente. Podem ou ser feitos montagens, esfregaços ou colorações. (podem ser feitos ou não relatos definitivos) Amostra(s) é(são) colhida(s) para cultivo. Ao chegar ao laboratório, os dados do formulário são transcritos em um terminal de computador As solicitaçãoes são transcritas para os formulários de laboratório. O formulário e a amostra são enviados ao laboratório. O médico examina o paciente e faz uma tentativa de diagnóstico clínico Paciente com sinais ou sintomas de doença infecciosa consulta o médico As amostras são processadas, os meios de cultura são selecionados, inoculados e incubados. Após incubação, os cultivos são examinados. Sistemas de identificação definitiva são utilizados. Os subcultivos e os resultados de sistemas de identificação são examinados. (podem ser feito ou não relatos prliminares) A informação final do cultivo é preparada e enviada ao médico. O médico interpreta as informações e institui terapia apropriada. 3 Prof Dr Adilson C A Bernardi Laboratório de Bacteriologia • A atividade mais importante do microbiologista na medicina é a de isolar e identificar os agentes que causam doenças infecciosas. • A maior área da microbiologia é chamada de Clínica (médica) ou Microbiologia Diagnóstica. 4Prof Dr Adilson C A Bernardi Laboratório de Bacteriologia • As principais funções do laboratório de bacteriologia clínica são: – Examinar e cultivar amostras biológicas para detecção de microrganismos, – Identificar com certeza as espécies envolvidas em isolamentos importantes e realizar as provas de sensibilidade a antibióticos quando indicadas. • Essas tarefas auxiliarão os médicos no diagnóstico e tratamento das doenças infecciosas. • Os dados bacteriológicos são também importantes para avaliar o curso da antibioticoterapia. 5Prof Dr Adilson C A Bernardi Princípios Diagnóstico • Ambientes (MICROBIOTA) – Microrganismos se encontram, quase sempre sob a forma de populações mistas; – Para seu estudo é necessário usar técnicas de isolamento e identificação por meio de culturas “puras”. 6Prof Dr Adilson C A Bernardi Procurar o Que???? Trata-se o que se diagnostica. Diagnostica-se o que se vê. Vê-se o que se procura. Procura-se o que se sabe que se tem que procurar. Sabe-se o que se tem que procurar se você estuda. Hugo Miyahira 7Prof Dr Adilson C A Bernardi Em outras palavras… • É necessário – Conhecer a respeito do microrganismo que se vai pesquisar e sobre sua patogênese; – Conhecer o modo de coleta apropriada a fim de evitar-se a contaminação com o ambiente ou com a microbiota normal e transitória; – Conhecer o transporte e armazenamento correto até o laboratório; 8Prof Dr Adilson C A Bernardi Métodos Diagnóstico • Convencional; • Automatizado; • Molecular; • Imunológico ; • Celular 9Prof Dr Adilson C A Bernardi Métodos Convencionais Geralmente emprega-se métodos fenotípicos: Caracterização morfológica Preparados à fresco ou coráveis Característica da célula Arranjo que apresenta Caracterização do perfil bioquímico-fisiológico Uso de substratos específicos; Verificação da atividade enzimática; Testes de tolerância Resistência aos antimicrobianos Resistência intrínseca 10Prof Dr Adilson C A Bernardi Processamento Inicial dos Materiais Clínicos para Cultura de Bactérias • Semeadura primária. • Importante e fundamental. • Seleção correta dos meios de cultura. • Seleção correta da metodologia • Isolamento do agente em cultura e sua identificação. 11Prof Dr Adilson C A Bernardi 12 CALDO Á G A R REVISÃO: Classificação dos Meios de Cultura Prof Dr Adilson C A Bernardi ÁGAR SIMPLES ÁGAR SANGUE/ÁGAR CHOCOLATE Classificação dos Meios de Cultura 13Prof Dr Adilson C A Bernardi Classificação dos Meios de Cultura TRANSPORTE DIFERENCIAIS 14Prof Dr Adilson C A Bernardi SELETIVOS ÁGAR MAC CONKEY ÁGAR SS 15Prof Dr Adilson C A Bernardi SELETIVOS E DIFERENCIAIS 16Prof Dr Adilson C A Bernardi Presença ou Ausência de E.coli 17Prof Dr Adilson C A Bernardi Presença ou ausência de S.aureus 18Prof Dr Adilson C A Bernardi Presença ou ausência de Salmonella sp Ágar Hektoen: aspecto colonial de Shigella sonnei Ágar SS: aspecto colonial de Shigella sonnei Ágar XLD: aspecto colonial de Shigella sonnei Ágar Hektoen: aspecto colonial de Salmonella sp – ausência de fermentação dos carboidratos do meio e produção de H2S Ágar SS: aspecto colonial de Salmonella sp – lactose negativa e produção de H2S Ágar rambach: aspecto colonial de Salmonella não tifóide – fermentação do propilenoglicol 19Prof Dr Adilson C A Bernardi 20Prof Dr Adilson C A Bernardi Técnicas de Isolamento e Contagem de Microrganismo Medidas de Crescimento Microbiano Isolamento de Microrganismos em Cultura Pura Métodos de Quantificação Direta e Indireta Isolamento de Microrganismos em Cultura Pura Para as análises de semeadura usam-se equipamentos específicos 22 Alça de Drigalski Prof Dr Adilson C A Bernardi Isolamento de Microrganismos em Cultura Pura 23Prof Dr Adilson C A Bernardi Isolamento de Microrganismos em Cultura Pura • Técnica do esgotamento; • Técnica das diluições em placas • Princípio de que uma célula microbiana isolada, quando depositada em meio de cultura sólida adequado dará origem a um grupamento chamado colônia Dentre as técnicas conhecidas para o isolamento de microrganismos mais comumente utilizada são: 24Prof Dr Adilson C A Bernardi Uso de uma alça de inoculação, com uma porção da suspensão de microrganismos; Fazendo na superfície do meio uma sequência de estrias não sobrepostas, que vão das bordas para o centro da placa, em quatro setores distintos. • A quantidade de material contida na alça será progressivamente menor ao término da técnica Técnica do Esgotamento ou Estriamento em Placa - direto 25Prof Dr Adilson C A Bernardi Técnica do Esgotamento ou Estriamento em Placa 26Prof Dr Adilson C A Bernardi O INTUITO É ISOLAR COLÔNIAS Isolamento de Microrganismos em Cultura Pura 27Prof Dr Adilson C A Bernardi 28Prof Dr Adilson C A Bernardi 29Prof Dr Adilson C A Bernardi 30Prof Dr Adilson C A Bernardi 31Prof Dr Adilson C A Bernardi 32Prof Dr Adilson C A Bernardi 33Prof Dr Adilson C A Bernardi Método da Alça Calibrada Este método envolve o uso de alças calibradas com volumes conhecidos; Compreende a transferência para superfície do ágar de um volume específico da diluição contendo alguns microrganismos e sua contagem. 34Prof Dr Adilson C A Bernardi Método alça calibrada 35Prof Dr Adilson C A Bernardi Método da Alça Calibrada Prof Dr Adilson CA Bernardi 36 www,medbunker.blogspot.com Método da Alça Calibrada Prof Dr Adilson CA Bernardi 37 Prof Dr Adilson C A Bernardi 38 Prof Dr Adilson C A Bernardi 39 IDENTIFICAÇÃO DE MICRORGANISMOS 40Prof Dr Adilson C A Bernardi MÉTODOS CONVENCIONAIS Matriz em Tabuleiro de Xadrez (MTX) Apresenta características bioquímicas, gênero e espécies. Possui um alto grau de exatidão diagnóstica, porém é muito cansativo analisar a tabela toda. Diagramas Sequenciais Ramificados Menos cansativo que o métodoMTX e maior facilidade na identificação. São colocados pontos (+) e (-) indicados por chaves. Menos exato, pois se alguma reação sair errada, for mal interpretada ou se for resultado de cultura mista, poderá ocorrer erro na identificação. 41Prof Dr Adilson C A Bernardi Matriz em Tabuleiro de Xadrez (MTX) 42Prof Dr Adilson C A Bernardi Matriz em Tabuleiro de Xadrez (MTX) 43Prof Dr Adilson C A Bernardi Diagramas Sequenciais Ramificados 44Prof Dr Adilson C A Bernardi SISTEMAS MINIATURIZADOS Utiliza substratos convencionais, fluorogênicos, e cromogênicos. Os substratos são degradados pelos microrganismos submetidos ao teste, o que resulta em alteração do pH do meio e mudança da coloração dos substratos. 45Prof Dr Adilson C A Bernardi Sistema API (analytica profile index) 20E/20STAPH/20STREP... 46Prof Dr Adilson C A Bernardi Sistema API (analytica profile index) 20E/20STAPH/20STREP... 47Prof Dr Adilson C A Bernardi Automação- Sistema Microscan Placas de microtitulação de plástico, sendo incluído até 32 substratos reativos. 48Prof Dr Adilson C A Bernardi 49Prof Dr Adilson C A Bernardi CONTAGEM DIRETA AO MICROSCÓPIO 50Prof Dr Adilson C A Bernardi Contagem Direta ao Microscópio • Método que apresenta limitações por não diferenciar células vivas das mortas; • Células muito pequenas não podem ser observadas; • Muitas células, fica inviável a leitura; • Preferivelmente corar por Gram. 51Prof Dr Adilson C A Bernardi Contagem Direta ao Microscópio 52Prof Dr Adilson C A Bernardi Medidas Turbidimétricas • Mede-se a turvação do meio líquido devido ao crescimento da população bacteriana; • A turvação pode ser medida em um fotômetro ou em um espectrofotômetro; • As bactérias absorvem e dispersam a luz; • Lê-se o comprimento de onda em nanômetros (nm) ou a Densidade Óptica (DO). • Escala de Mac Farland 53Prof Dr Adilson C A Bernardi Medida Turbidimétrica Turbidez 54Prof Dr Adilson C A Bernardi Medida Turbidimétrica Escala de Mac Farland 55Prof Dr Adilson C A Bernardi E quando a cultura é difícil? • Testes Imunológicos: – Utilizando antisoros específicos • Reação de intumescimento capsular; • Teste de aglutinação em lâmina; • Teste de aglutinação em látex; • Teste de contraimunoeletroforese; • Ensaio imunoabsorvente ligado a enzimas; • Teste com anticorpos fluorescentes 56Prof Dr Adilson C A Bernardi AGLUTINAÇÃO EM LÁTEX 57Prof Dr Adilson C A Bernardi Tipos de Testes Diagnósticos 58Prof Dr Adilson C A Bernardi SDS - PAGE – 12,5 % Eletroforese em Gel 59Prof Dr Adilson C A Bernardi E quando a cultura é difícil? • Testes Moleculares – Reação de polimerização em cadeia-PCR e suas variações; – Sondas de ácido nucleico; – Análise da sequência do DNA 60Prof Dr Adilson C A Bernardi 61Prof Dr Adilson C A Bernardi 62Prof Dr Adilson C A Bernardi 63Prof Dr Adilson C A Bernardi Coleta, Conservação e Transporte de Materiais Biológicos Rotina Dos Principais Exames Em Bacteriologia Clínica Considerações Gerais • Alguns cuidados gerais devem ser observados na coleta de material microbiológico. 65Prof Dr Adilson C A Bernardi Considerações Gerais Seguir orientações para precauções universais-biossegurança; Coletar as amostras, preferencialmente, antes do uso de antimicrobianos ou de medicação tópica; Obter material do verdadeiro sítio de infecção; Realizar anti-sepsia adequada para minimizar contaminação externa; Certificar-se que o volume coletados é adequado para as análises; Utilizar dispositivos de coleta, recipientes para transporte e meios de cultura padronizados pelo laboratório; 66Prof Dr Adilson C A Bernardi Considerações Gerais Não iniciar qualquer coleta sem certificar-se da segurança do paciente, estando prevenido em casos de desmaio e intercorrências; Instruir claramente o paciente sobre o procedimento. Todo resultado liberado pelo laboratório de bacteriologia é conseqüência da qualidade da amostra recebida. 67Prof Dr Adilson C A Bernardi Considerações Gerais • Considerar o estágio da doença na escolha do material. Patógenos entéricos, causadores de diarréia, estão presentes em maior quantidade e são mais facilmente isolados durante a fase aguda ou diarréica do processo infeccioso intestinal. • Na suspeita de febre tifóide a fase da doença irá determinar o melhor local da coleta (sangue/fezes); 68Prof Dr Adilson C A Bernardi Considerações Gerais Não utilizar meios de cultura gelados, ressecados ou contaminados; Como regra, deve-se transportar os materiais para análises microbiológicas imediatamente ao laboratório, à temperatura ambiente; Quando não for possível o envio imediato, o material poderá ser armazenado, respeitando-se as particularidades de cada amostra; 69Prof Dr Adilson C A Bernardi Qual é o MAIOR problema com a administração da amostra biológica? • Médicos que pedem testes inapropriados; • Médicos que não dá retorno; • Pessoal não treinado e que não sabe fazer a coleta; • Qualidade das amostras coletadas; • Não ter certeza de qual metodologia utilizar. 70Prof Dr Adilson C A Bernardi Usar ou não “swab”? • Bactérias aeróbias – swabs de algodão, dacron, ou alginato são normalmente mais aceitáveis • Bactérias anaeróbias - tecido ou aspirado é mais recomendado. Resista usar “swabs” em cirurgias. Use só transporte para anaeróbio. • Chlamydia – “swabs de Dacron ou alginato mas não algodão. Escova de coleta é o material de escolha. Nenhum cabo de madeira!! • Fungos – “swabs não são recomendados • Vírus – “swabs” de algodão ou dacron mas não alginato. Nenhum cabo de madeira ou carvão. 71Prof Dr Adilson C A Bernardi Prof Dr Adilson C A Bernardi 72 Usar ou não “swab”? Prof Dr Adilson C A Bernardi 73 Materiais Biológicos coletados com swab Feridas abertas Corrimentos Genitais Secreção de ouvido externo Secreção de garaganta Secreção nasal/nasof aringe Secreção conjuntival Swab Anal