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AULAS - PROCESSO CIVIL: EXISTÊNCIA E VALIDADE

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1ª AULA – PROCESSO CIVIL – 22/02/2018 
Revisão semestre passado. 
C.F. estabelece a tripartição de poderes, supostamente independentes e harmônicos entre si. 
- ESTADO BRASILEIRO 
• PODER EXECUTIVO – Administrar e fornecer os serviços públicos (gestão). (Saúde, educação, 
dignidade, acessibilidade. 
Problemas: Carência de recursos e corrupção. 
 
• PODER LEGISLATIVO – Regulamentar os serviços públicos e as condutas sociais. 
 
• PODER JUDICIÁRIO – Solucionar conflitos. 
 
Função típica do poder executivo 
 
Os conflitos podem se dar entre os poderes, entre os poderes e a sociedade e entre a sociedade com 
sigo mesmo. 
Diante disso foram criadas formas de solução para estes conflitos: 
Autotutela -> Possessórias – C.C., art 1210 
Auto composição (auto solução) -> Pessoas auto regulamentam entre si, resolvendo o conflito 
(acordo). 
Hetero composição -> Arbitragem (justiça privada) as partes contratam a justiça privada. 
 Poder judiciário (justiça pública) as partes levam o conflito ao juiz. 
Qual é o instrumento (técnica) pelo qual o judiciário recebe a incumbência de resolver o conflito? 
Processo Civil – instrumento da jurisdição mediante provocação (petição inicial – Direito de ação C.F. 
art 5º XXXV). 
Quando se entra com uma ação busca-se a solução do conflito. 
Juiz analisa o mérito para verificar a legitimidade. (Finalidade) 
Necessário cumprir os pressupostos processuais: Filtro criado pelo legislador (para impedir o 
julgamento de casos que não reúnam os necessários para ingressar com uma ação) 
- Condições da Ação: Legitimidade e interesse de agir. 
Legitimidade: Autorização para que o sujeito vá ao juízo agir em seu próprio nome no interesse 
próprio ou em nome próprio defendendo interesse de terceiro. 
Interesse de agir: Necessidade (deve haver interesse em faze-lo) e adequação (significa que a tutela 
pedida deve ser apropriada ao caso). 
-Pressupostos processuais em sentido estrito: (entrará no tema mais à frente do curso) 
Ex.: Caso que não necessite de advogado, o pressuposto é não ter advogado. Caso necessite, o inverso 
será o pressuposto. 
Quando há um conflito 
entre poderes – Litigio / 
Conflito de interesses 
Advogado tem capacidade postulatória (quando está devidamente aprovado na OAB). 
Cuidado: Nem sempre será adequado na pratica a alegação de ausência de pressuposto processual. 
Haverá casos em que os fatos e argumentos estarão bem embasados pela parte contrária, não 
existindo chances de vitória, podendo ser encontrado uma falha de pressuposto, gerando a chance 
de resolução do 
Caso os fatos e fundamentos estiverem falhas, mesmo se houver falta de pressupostos, será melhor 
deixar seguir o curso para que não haja possibilidade de reingressar com a demanda. 
A justiça é inerte para garantir a imparcialidade (não se confunde com neutralidade). 
Tem o dever legal de conceder as partes os mesmos direitos de defesa ( 
Qual seria a característica da jurisdição que faz com que o judiciário resolva (não soluciona) o conflito? 
Definitividade (aceitando ou não). 
Processo civil tira direito de quem tem e transfere para quem não tem. 
Nem sempre a justiça se é feita no sistema judiciário. 
Mérito: conjunto formado pelo pedido + causa de pedir 
2ª AULA – PROCESSO CIVIL – 01/03/2018 
Caminho ou filtro com a finalidade de impedir que cheguem ao julgamento do mérito pretenções 
inviáveis. Por que foram criados? O poder judiciário presta um serviço (distribuir justiça) porém é caro 
e devido a isso a ideia é de que devem ser julgadas somente pretenções legitimas que não iram onerar 
o sistema em vão, evitando gastos indevidos ao erário. 
75% dos brasileiros ganham até 1 salário mínimo, sendo criado assim a defensoria pública. Lado 
negativo se a causa for invalida haverá gastos desnecessário 
1) Pressupostos processuais 
Conceito: “São requisitos para a constituição e desenvolvimento valido e regular do processo sem os 
quais é inadmissível o julgamento do mérito” (Candido Dinamarco) um dos maiores doutrinadores da 
atualidade nesta matéria. 
Obs.: Os pressupostos são previstos em lei e a sua aplicação não depende da vontade das partes ou do 
juiz. 
A. Conceito 
 
2) Espécies 
a. P.P. de Existência 
Quando foram criados, eram tão importantes que não se pode pular degraus, necessitando começar a 
partir do primeiro. Cuidado com plano da existência jurídica X existência material, causa de muitas 
extinções. 
 
b. P.P. de Validade 
O que é válido é perfeito. (no sentido de cumprimento jurídico). Pode ser imperfeito, mas possível de 
ser corrigido 
Eficacia 
Todos queremos que o processo a tenha para que se julgue o mérito, porém 
c. P.P. Negativos 
 
3) P.P. de Existência (Elementos Estruturais – fundação do processo) 
a. Jurisdição (Estatal) 
Conceito: é a função assumida pelo Estado de resolver, com imparcialidade, os conflitos de interesses 
(pretensão resistida) que lhe são submetidos. 
Obs.: Os conflitos deverão ser resolvidos de maneira definitiva, a fim de que sejam aplicados mesmo 
contra a vontade das partes. 
A função do judiciário é resolver e não Solucionar. 
Visão clássica e conservadora da justiça pública: Começa na justiça pública e acaba na justiça pública. 
Para a visão tradicional a arbitragem não é considerada processo (jurisdição). 
b. Petição Inicial 
Conceito: Ato processual, impresso ou virtual, por meio do qual o autor provoca a jurisdição. 
Em razão do pedido estar contido na petição inicial, o professor o insere como segundo elemento. O 
pedido só será protocolado através da petição inicial, ou, em exceção, os processos iniciados no JEC (o 
sujeito pode ir diretamento ao judiciário 
Professor Fabio Monerat –O segundo elemento da existência é o pedido. Professor discorda. 
c. Citação 
Sem citação não se fecha o triangulo. Não existe o processo para o réu. 
É por meio desta que o autor provoca o réu 
Conceito: É o ato pelo qual o réu é convocado para integrar a relação processual. 
Citação é uma ideia relativizada. 
Existe situação onde o réu não é citado, mas existe processo. Sim 
Existia em são Paulo condomínio chamado ABC. Também existindo um condomínio de mesmo nome 
só que em Carapicuíba. O autor processo o condomínio de Carapicuíba, porém o judiciário citou o réu 
errado (São Paulo). Enquanto o Réu não for citado não será considerado parte. 
4) P.P. de Validade 
a. Competência Absoluta – é aquele em que não se admite exceção. (Conforme matéria) 
Competente é aquele que a lei o nomeou como. Devem ser necessariamente seguidas. 
Conceito de Competência: é a atribuição dada pela Constituição Federal, pelas leis, aos juízes, para que 
o órgão judicial atue na resolução de um determinado litigio. Para alguns autores a competência seria 
a “medida da jurisdição”. A competência absoluta é aquela que não pode ser prorrogada, isto é, 
transferida para outro órgão jurisdicional por vontade das partes ou do juiz. 
Nem o juiz nem as partes podem recusa-las. 
Invalidade é gênero 
1ª Situação – C. Material: Vara das falências e recuperações judiciais, Família e sucessões, Civil, 
Etc. 
2ª Situação – C. Funcional – Função que os juízes vão exercer no mesmo processo. Processo 
começa na 1ª instancia (proferiu decisão do mérito) e segue para a segunda (onde será revisada a 
decisão; 
3ª Situação/Espécie – C. Pessoal (ou em razão de pessoas) – Legislador considera 
determinadas pessoas tão especiais que estabelecem competência exclusiva. Ex.: Prefeitura deve 
ingressar com suas ações na vara da fazenda pública 
3ª Aula – Processo Civil – 08/03/2018 
b. Imparcialidade (Isenção) Juiz imparcial é o juiz isento (é aquele que não atua para 
prejudicar ou beneficiar umasdas partes) não significa que não tenha convicções, crenças, 
valores, princípio, ideologia. 
Ex.: Você é muito amigo de um juiz, mantendo uma relação muito próxima. Depara-se com 
uma questão que leva ao judiciário, porém a ação vai para seu amigo juiz, devendo ser 
aplicada o princípio da imparcialidade. 
 
As hipóteses previstas em lei como impedimento e suspeição tem por finalidade preservar 
a imparcialidade do juiz que ira julgar determinada causa, por ser vedado ao juiz ter 
qualquer interesse na mesma, bem como relação próxima com qualquer uma das partes 
ou seus advogados. 
 
Surgem duas figuras: 
 - Impedimento CPC, art. 144 
 - Suspeição CPC, art. 145 
Tudo na vida é uma questão de interpretação. Quando se está ferrado, deve-se lembrar que terá 
alguém mais ferrado ainda. 
c. Petição Inicial Apta – é a petição inicial perfeita (atende a finalidade). 
Cuidado, pois é perfeita por que respeitou/seguiu o artigo 319 CPC e não porque é 
bonitinha. Trás 7 incisos descrevendo (I a VII). 
Petição imperfeita – é chamada de inepta (não atende a finalidade). 
 
Conceito: A petição inicial será apta quando obedecer os requisitos do artigo 319 do CPC. 
Porém, de todos os requisitos indicados, 3 são considerados essenciais: 
A- A indicação das partes (qualificação das partes); 
B- A apresentação dos fatos e dos fundamentos jurídicos (causa de pedir); 
C- E o pedido. 
Obs.: A petição inicial tem de ser OBJETIVA, sendo considerado irrelevante encher linguiça com 
doutrinas e jurisprudências. 
Elementos da Petição 
- Qualificação das partes 
- Demonstração dos fatos e fundamentos jurídicos (Causa de pedir) 
- Pedido 
Professor irá trazer material para elaborarmos uma petição inicial simples. 
 
d. Citação Válida 
Conceito: Será aquela que observou as regras para uma determinada modalidade, bem como 
atendeu as formalidades previstas em lei para a sua validade. 
Ex.: Citação via AR em casa, carteiro entrega para mãe ou filho do réu, portanto houve a 
citação, porém é invalida. 
No caso de condomínio, o porteiro recebendo será considerado valida, a menos que recuse o 
recebimento (orientado pelo réu normalmente) 
e. Capacidade de ser parte - Todo Sujeito de direito (Todo aquele que pode participar de uma 
relação jurídica, seja ele personificado (pessoa natural nascida com vida) ou não 
(nascituro, massa falida, espolio, etc)). 
Em regra, o sujeito de direito envolvido no conflito. 
f. Capacidade Processual 
A capacidade processual é a aptidão de estar em juízo por si mesmo ou através de seus 
representantes legais. O plenamente capaz terá capacidade processual plena, enquanto os 
incapazes (absoluta ou relativamente) terá de ser representados ou assistidos nos termos do 
código civil. Já as pessoas jurídicas regulares ou irregulares, deverão ser representadas em 
juízo, por aqueles indicados em seus atos constitutivos ou estatutos. 
É a aptidão de estar em juízo. Se for plenamente capaz, terá capacidade processual plena. 
Absolutamente Incapaz – tem de ser representado. CPC, art. 70 a 72. 
Relativamente Incapaz – Tem de ser assistido. 
 
g. Capacidade Postulatória: É a aptidão para praticar atos processuais. 
- Bacharéis em Direito inscritos na OAB. (lei 8.906/94 – Estatuto da ordem, art. 1º) 
Caso tenha falsificado OAB, capacidade postulatória será invalida. 
Exceção: causas até 20 salários mínimos no JEC não precisam de assistência do advogado, 
porém não é recomendado utilizar esta prerrogativa. 
Próxima aula: 3 exemplos. 1 de cada competência absoluta. 
 
Próxima aula a sala será dívida em grupos de até 6 e valerá 5 pontos 
 
4ª Aula – Processo Civil – 15/03/2018 
Aplicação do trabalho em sala. 
 
5ª Aula – Processo Civil – 22/03/2018 
 
Correção do trabalho. 
5) Pressupostos Processuais Negativos 
Devem estar ausentes do processo, pois sua presença de qualquer um deles gerara a ineficácia 
do processo. 
a. Litispendência – CPC, art. 337, § 1º e 2º 
É o ajuizamento de uma ação idêntica a uma outra que foi anteriormente ajuizada e 
que se encontra em tramitação. Segundo art. 337, § 2º do CPC, duas ações serão 
idênticas quando contiverem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo 
pedido. 
É ajuizada uma ação idêntica a outro, com mesmas partes, causa de pedir e pedido. 
Por que alguém faz isso? 
Ex.: Josefa move uma ação contra o plano de saúde no foro regional do Tatuapé, 
sendo indeferido. O advogado vai ao foro central movendo a mesma ação, porém será 
extinta devida a 1ª 
6ª Aula – Processo Civil – 05/04/2018 
b. Coisa Julgada – CPC, art. 337, § 4º 
É a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito, não mais sujeita 
a recurso, razão pela qual deverá ser observada pelo juiz que a proferiu assim como 
por qualquer outro. 
Não cabe mais recurso sobre o mesmo pedido/causa de pedir. 
Ex.: Alexandro promove ação de paternidade, o juiz decide por reconhecer, esgotado 
os recursos, qualquer pessoa, com a sentença, será capaz de entender sobre o que se 
trata a decisão. Efeito “erga omnis”. Influencia na decisão de mérito (conceito material 
– objeto de próximos estudos) 
 
c. Perempção – CPC, art. 485, III 
Ocorre quando o autor, por três vezes, da causa a extinção do processo em razão da 
sua desídia (preguiça/vagabundagem/inércia) por não praticar os atos necessários ao 
andamento do processo. 
- A partir do inicio do processo, o autor tem obrigação de dar andamento aos atos 
processuais, não o fazendo, de forma acarretar a extinção da lide) 1ª. Neste caso 
existe a suspenção do prazo, reiniciando após a extinção; 
- Reingressa pela 2ª vez com a ação, incorrendo no mesmo resultado (extinção), 
 
Obs.: Em virtude da perempção o autor estará impedido de promover a mesma ação 
pela 4ª vez. Porém de acordo com o artigo 486, III do CPC, poderá alegar o seu direito 
em defesa se vier a ser acionado. 
 
d. Convenção de Arbitragem 
É o negócio jurídico firmado entre sujeitos capazes com a finalidade de submeter 
litígios presentes ou futuros a justiça arbitral. 
 
i. Cláusula compromissória – Lei 9.307/96, art. 4º 
É a convenção por meio da qual as partes, em um contrato, obrigam-se a 
submeter a arbitragem os litígios que possam vir a surgir em razão do 
contrato. (função de prevenir litígios futuros) 
- As partes realizam um contrato, estabelecendo que os litígios surgidos 
(futuros) daquele contrato serão sanados pela arbitragem. 
 
ii. Compromisso arbitral – Lei 9.307/96, art. 9º 
É a convenção pela qual as partes submetem um litigio já existente à 
arbitragem. 
- As partes levam à arbitragem o (s) litigio (s) presente (atual, que está 
acontecendo), após este ser iniciado. 
Obs.: Para o processo seguir adiante, não deve existir os pressupostos negativos. 
Como funciona, no C.C., a verificação dos pressupostos processuais negativos 
Reconvenção – ação em que o réu demandado, promove outra ação dentro do mesmo processo. O CC 
diz que deve ser conexa ao fundamento da ação e ao fundamento 
Questão para discutir na próxima aula: 
Pergunta – se um autor tiver movida uma ação contra um réu, e o mesmo réu tiver ajuizado uma ação 
idêntica contra o mesmo autor, estará configurada litispendência? 
6) Verificação e Decretação dos Pressupostos Processuais 
a. Podem ser verificados e decretados de ofício; 
b. Os pressupostos processuais poderão ser conhecidos pelos juízes em qualquer tempo 
ou grau de jurisdição, enquanto não ocorre o trânsito em julgado (CPC, art 485, § 3º) 
Decretado de oficio – significa dizer que independentemente de provocação da parte interessada, é 
possível a ação judicial. 
Exceção: de acordo com o art. 337, § 5ºdo CPC, a convenção de arbitragem não poderá ser conhecida 
de oficio, apenas se houver manifestação da parte interessada. 
Ex.: um determinado advogado não leu o contrato direito, este possuindo clausula arbitral, 
ingressando com ação contra a outra parte, que assim que notificado, apresentou a clausula, não 
podendo decretar de oficio, sendo provada a existência do instrumento, o que acabou gerando 
sucumbência de R$ 40.000,00. 
Na visão dos legisladores, convenção de arbitragem não tem importância para o judiciário, a ponto de 
permitir o reconhecimento por oficio de tal opção. 
Em razão da importância dos PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, o legislador autorizou o seu 
conhecimento ou alegação até mesmo se a causa já estiver no 2º grau de jurisdição, a fim de evitar 
que demandas indevidas sejam julgadas em seu mérito. 
 
DOS ATOS PROCESSUAIS 
1- Introdução 
a. Fatos Jurídicos – o direito trabalha com fatos: são acontecimentos da vida. Só se 
preocupa com os fatos que possam gerar consequências jurídicas. 
São os acontecimentos da vida naturais ou não, que tem relevância para o direito por 
gerarem consequências jurídicas. 
 
b. Atos jurídicos – são as condutas humanas voluntarias ou não, que geram 
consequências jurídicas. 
Ex.: Negócio jurídico, contrato – contratei por querer; involuntária – não queria, mas 
gerou efeitos. 
a) Conceito de Atos Processuais – condutas humanas praticadas no processo com certas 
finalidades. 
São as manifestações de vontade das partes, do juiz, dos auxiliares do juízo e dos terceiros, 
que atuarem nos processos com a finalidade de criar (constituir), modificar (alterar), conservar 
ou extinguir (definir uma relação jurídica processual). Condutas são sempre voluntárias. 
Ex.: O conjur detectou que uma ministra. 
 
 
7ª Aula – Processo Civil – 12/04/2018 
 
ATOS PROCESSUAIS (continuação) 
 
2- Classificação (os sujeitos que poderão praticá-los) 
2.1- Atos das Partes (CPC, arts 200 a 202) 
a) Postulatórios; 
Finalidade: São aqueles pelos quais as partes manifestam requerimentos ou pedidos. 
Autor: requer através da petição inicial, peça que traz os pedidos. 
Réu: requer através da contestação que seja 
Ex.: Petição inicial; Requerimento de citação; etc. 
 
Postular = Requerer ou Pedir. 
 
b) Atos processuais Dispositivos; 
São aqueles que consistem em manifestações unilaterais ou bilaterais das partes com a 
finalidade de constituir, modificar ou definir direitos processuais. 
Ex.: a partir do momento que se propõe uma demanda, o juiz precisa impulsionar o processo 
para que aja movimentação. Abro mão do direito de ação, desistindo da ação (Dispositivo - 
disponho), não perdendo o direito de propor nova demanda da mesma questão. Diferente de 
renúncia, pois esta passa a tornar o direito inexistente, pois é perde o direito por abrir mão. 
Ex.: as manifestações de desistência e renuncia a pretensão; transação. 
 
Dispor = abrir mão; transmitir. 
 
c) Instrutórios; 
No que consiste: são aqueles que tem por finalidade permitir as partes que demonstrem os 
fatos constitutivos, modificativos, impeditivos ou extintivos dos seus direitos. Em outras 
palavras, os atos processuais instrutórios se destinam a permitir as partes que demonstrem as 
suas alegações. 
Ex.: a parte requer a produção de prova testemunhal, com o intuito de 
confirmar/demonstrar/provar suas alegações. 
Ex.: requerimento de oitiva de testemunha; requerimento de depoimento pessoal; etc. 
 
Instruir: Provar, comprovar. 
 
d) Reais. 
São aqueles que só poderão ser praticados e demonstrados por documento. 
Ex.: recolhimento de custas processuais; recolhimento de preparo recursal; etc. 
Há determinados atos processuais que quando praticados, só possuem uma forma de provar. 
 
2.2- Atos do Juiz 
 
a. Despacho (CPC, art. 203, § 3º); mover o processo adiante. 
Cabe: Irrecorrível (em tese) – existem casos em que a nomenclatura vem expressa 
despacho, porém tem outro caráter. 
Ato praticado pelo juiz, de oficio, ou a requerimento das partes, sem conteúdo 
decisório e com a finalidade de impulsionar o andamento do processo. 
Ex.: Cite o réu; J conclusos (Junte-se a petição e remeta os autos para a conclusão – de 
volta ao juiz); junte-se; etc. 
 
b. Decisão Interlocutória (CPC, art. 293, § 2º); 
Cabe: Agravo de Instrumento 
É o ato processual praticado pelo juiz com conteúdo decisório, com a finalidade de 
resolver uma questão (incidente), que uma vez resolvida, não acarretará a extinção do 
processo. 
 
Questão – sinônimo de controvérsia. Incidente – questão que surge lateralmente no 
processo, necessária de ser corrigida para que o processo seu rumo. 
Ex.: Dona Josefa queria contratar um advogado a fim de que seu tratamento fosse 
mantido, a decisão que acolhe tal pedido é interlocutória. Juiz diz se alguém tem 
razão/direito, podendo ser reformada posteriormente. 
Obs.: o código anterior trazia a hipótese de que toda decisão interlocutória cabe 
recurso. Art. 1015 trouxe quais matérias são passivas de agravo. Na teoria, se um juiz 
tomar uma decisão interlocutória que está fora do rol, a parte contrária pode 
impugnar o pedido, porém se cria o problema de que tal decisão será irrecorrível. 
 
c. Sentença (CPC, art. 203, §1º). 
Cabe: Apelação 
É o ato praticado pelo juiz sempre com conteúdo decisório, com a finalidade de decidir 
ou não o mérito da causa, extinguindo o processo, a fase do processo de 
conhecimento ou a execução. 
Ex.: Entrei com ação para que o réu reconheça que deve pagar algo para o autor. Juiz 
decide por reconhecer, extinguindo aquela fase processual, partindo para execução da 
dívida (cumprimento de sentença). 
 
 
Problemas para resolver: 
 
1- Em um determinado processo o juiz da causa ordenou ao autor que emendasse a inicial no 
prazo de 15 dias, sob pena de indeferimento. Como o autor não cumpriu a determinação 
judicial, o juiz proferiu uma decisão de extinção do processo sem resolução do mérito. 
Neste caso, qual ou quais espécies de atos foram praticados pelo juiz? 
 
Decisão interlocutória – devido a possibilidade de agravar a decisão, se trata deste tipo de 
ato. 
A partir do momento que o juiz proferir uma decisão, mentalmente devemos elaborar o 
que esta realmente na questão, caso seja possível agravar, trata-se de decisão 
interlocutória. 
Sentença – juiz extingue o processo por sentença, cabendo apelação no caso e não existir 
o problema alegado. 
 
 
2- Uma ação judicial foi direcionada contra três réus, porém o juiz entendeu que um deles 
seria parte ilegítima para figurar na demanda, razão pela qual, proferiu uma decisão que 
excluiu o réu ilegítimo do processo. Neste caso, qual foi o ato processual praticado pelo 
juiz? 
 
Decisão interlocutória – pois também pode ser agravada, podendo o réu ser parte legitima 
e por entendimento equivoco, está decidindo contrariamente. 
 
 
8ª Aula – Processo Civil – 19/04/2018 
 
Documentar = comprovar ou demonstrar 
O processo se iniciava quando a petição era protocolada no cartório do foro. Então era feito a 
distribuição para a vara competente. Uma vez distribuído, o cartório da respectiva vara cria o 
auto do processo. 
 
Autuar = arquivar em uma pasta chamada autos 
 
2.3- Dos Atos do Auxiliares da Justiça (CPC, arts. 206 a 211) 
São aqueles praticados pelos auxiliares da justiça com a finalidade de realizar a formação dos 
autos de um processo (autuação), bem como organizar, ordenar e autenticar os atos 
processuais praticados. 
Atos de documentação – Comprovar / Registrar 
1) Autuação – CPC, art. 206; (Ato de documentação – ato documentado = registrado) 
Pasta ondeé arquivado o conteúdo do processo (antes dos processos digitais). 
 
2) Numeração e Rubrica – CPC, art. 207; (Ato de documentação – ato documentado = registrado) 
Número adicionado a cada página sequencialmente, conforme os documentos forem sendo 
anexados ao processo. Rubrica é a assinatura simples com serventia de autenticação. 
 
3) Atos de Movimentação – CPC, art. 208; 
Tem função de impulsionar o processo. Atualmente (na realidade de São Paulo) são 
conhecidos como atos ordinatórios (equivalem aos despachos). O NCPC pensou que há 
determinados atos ordinatórios que não necessitam ser praticados pelo juiz, podendo sê-lo 
pelo cartório. 
São aqueles praticados com a finalidade de permitir a prática de atos rotineiros. Os atos de 
movimentação são também denominados de atos ordinatórios e correspondem aqueles que o 
juiz poderia praticar sob a denominação de despachos, todavia, por se tratar de atos de 
impulso processual sem carga decisória, o CPC autoriza a sua pratica pelos auxiliares da justiça 
sob a supervisão do juiz. 
Ex.: Atos de juntada de petição; de abertura de vistas para manifestação das partes; etc. 
 
4) Atos de Execução da Determinações do Juiz. 
Executar = cumprir 
Ex.: juiz determina que o reu seja notificado por oficial de justiça, o cartório deve cumprir, 
emitindo uma ordem ao oficial de justiça. 
São atos de cumprimento das determinações judiciais. 
 
3- Das formas do Atos Processuais (CPC, art. 188 a 211). 
Formas = meios pelos quais os atos processuais são praticados. 
São os meios pelos quais os atos processuais são praticados. São os aspectos exteriores de 
um ato, razão pela qual as formas poderão ser escritas ou verbais. 
Temos a impressão que todos os atos são praticados por escrito, porém há casos em que 
se utiliza outras formas, como exemplo temos no decurso de uma audiência, a sustentação 
oral ou questionamento verbal, são atos processuais. 
Uma coisa é praticar o ato, outra é comprovar que foi praticado. 
a) Princípio da Documentação (CPC, art. 192 c/c art. 13, CF); 
Todo ato processual deverá ser documentado, isto é, comprovado ou registrado em 
um suporte material ou virtual, ainda que tenha sido praticado oralmente. As novas 
tecnologias permitem que os atos sejam registrados em arquivos PDF ou mídias 
audiovisuais. Todos os atos deverão ser praticados no idioma nacional (vernáculo ou 
língua culta), razão pela qual os documentos em língua estrangeira deverão ser 
traduzidos por tradutor juramentado. 
Reduzir a termo = colocar no papel 
Se não for documentado não poderá ser comprovado 
 
b) Princípio da Liberdade da Formas (CPC, art. 188); 
Segundo este princípio, a forma de um ato será livre, salvo se a lei dispuser em sentido 
contrário. 
Obs.: Ainda que o ato processual possa ser praticado por escrito ou verbalmente, ele 
sempre deverá ser documentado, a fim de que a sua prática possa ser comprovada. 
Reduzir a termo – ouvir um ato praticado oralmente e transcreve-lo para o papel. É 
uma expressão que significa a transcrição por escrito de um ato processual que foi 
realizado oralmente. 
 
c) Princípio da Publicidade (CPC, art. 189 c/c art. 11); 
A regra é pela publicidade, porém há temas sensíveis, os quais serão mantidos por 
conta do segredo de justiça, restringindo sua publicidade. 
Este princípio determina que em regra os atos processuais praticados em um processo 
serão acessíveis ao público, salvo se a lei estabelecer que o processo tramitará em 
sigilo ou segredo de justiça. Nesta hipótese o processo só será acessível as partes 
envolvidas, seus advogados, o juiz e os auxiliares da justiça. 
 
d) Princípio da Instrumentalidade das Formas (CPC, art. 277). 
Segundo este princípio ainda que a forma de um ato processual não seja observada, o 
ato será preservado se tiver atingido a sua finalidade. Neste caso a forma é 
considerada um instrumento para que seja atingida uma determinada finalidade. 
Forma: Importante para dar estabilidade a um ato. Garantia de atingimento de uma 
finalidade. AS vezes não respeitada a forma, porém o fim foi respeitado, atingindo o 
objetivo. 
Ex.: Réu será citado pelo correio. Juiz determina que seja espessa a carta de intimação. 
Chegando o carteiro no local da citação, devendo o carteiro recolher a assinatura do 
réu, recolhe de outrem que estava no endereço. Será considerado invalido por não ter 
atingido sua finalidade, porém, mesmo não notificado o réu, se propuser defesa junto 
ao processo, será atingida a finalidade da citação, mesmo não há tendo sido efetivada. 
 
Problema para semana que vem: 
Numa determinada audiência um advogado formulou um requerimento que foi indeferido pela juíza. 
O advogado requereu então que o requerimento formulado e a decisão de indeferimento fossem 
anotadas na ata o ou termo da audiência, e foi novamente indeferido. Neste caso o que o advogado 
poderá fazer para demonstrar a prática do ato processual. 
Quando o juiz indefere e o requerimento for verbal, o advogado pede para que este conste na ata. 
Caso não seja posto na ata, poderá não conseguir recorrer do indeferimento. 
Caso o juiz não queira deferir 
Como fazer 
Art. 367, § 5º traz a hipótese de gravação da audiência vindo o § 6º explicitar que não é necessária a 
prévia autorização judicial, pois o legislador já autorizou. 
 
9ª Aula – Processo Civil – 26/04/2018 
 
4- Do tempo dos atos processuais – CPC, arts. 212 a 216; 
O processo é guiado por um grande corredor, cada corredor possuindo varias portas, 
correspondente aos atos processuais, que representam um tempo para praticar o ato 
processual e quando perder este tempo, não há como voltar a porta ultrapassada. 
As partes precisam saber em quais prazos (períodos de tempo) em que as partes devem 
praticar seus atos. 
a. Em regra, os atos processuais poderão ser realizados em Dias Úteis, das 6:00h às 
20:00h – CPC, art. 212, “caput”; 
Obs.: Cuidado – quando o legislador estabeleceu o horário, levou em conta o 
expediente forense, porém não há nenhum fórum que trabalhe neste período. Em 
São Paulo o Expediente é das 09:00 as 19:00, devido a lei autorizar e não obrigar. 
Muito cuidado, pois mesmo que esteja na fila do protocolo, quando der o horário, 
encerra-se a recepção. 
No caso do eletrônico, existe a desvantagem de o sistema cair, podendo gerar 
sérios prejuízos ao seu cliente, portanto, nunca deixe para o último dia, pois pode 
ocorrer de não conseguir recorrer desta falha. 
O CPC autoriza, no artigo 212 Caput, que o expediente forense se estenda das 
06:00 as 20:00, cabendo ao poder judiciário de cada Estado, ou a justiça federal, 
fixar o seu próprio expediente, dentro do horário genérico estabelecido na lei 
federal. 
i. Em se tratando de processos em autos físicos (papel), os atos processuais 
deverão ser praticados no horário de expediente forense, de acordo com a 
lei de organização judiciária – CPC, art. 212, § 3º; 
Caso em que o horário influenciará nos atos, pois será necessário 
protocolar no cartório do fórum. 
ii. Em se tratando de processos em autos eletrônicos (digital), os atos 
processuais deverão ser praticados até as 23:59h do último dia do prazo – 
CPC, art. 213. 
Obs.: Para os processos eletrônicos o CPC considerou que o expediente 
forense será ininterrupto, uma vez que os atos processuais poderão ser 
praticados todos os dias da semana das 00:00 as 23:59. Vantagem do 
processo eletrônico. 
Obs.: Quando irão acabar os processos de papel. Assim que acabarem as demandas em tramitação. 
b. Por exceção, poderão ser praticados atos processuais após às 20:00h, quando 
estes atos tiverem sido indicados antes desse horário e o seu adiamento puder 
prejudicar a diligênciaou causar grave dano – CPC, art. 212, § 1º; 
Natureza do ato não permite que se complete dentro do horário forense, mas 
deve começar dentro do mesmo. 
- Alguns atos processuais, em razão da sua própria natureza, não poderão ser 
praticados em um só momento, tais como os protocolos de petição. Neste caso, 
em se tratando de atos processuais que se prolongam no tempo, como: 
Audiências, pericias, diligências reintegração de posse e despejo, etc., o CPC 
autoriza que o seu termino ocorra após o expediente forense. 
 
c. Os atos processuais de citação, intimação e penhoras, poderão ser praticados fora 
do horário de expediente forense, devendo ser observado o princípio da 
inviolabilidade do domicílio previsto no art. 5º, XI, da C.F. – CPC, art. 212, § 2º. 
Citações e intimações são atos de comunicação processual. Para executar 
qualquer um, não precisa entrar no domicilio do requerido, bastando apenas o 
encontrar. 
Estes atos devem ocorrer durante o dia conforme a previsão constitucional supra. 
- Citações e intimações são atos de comunicação processual, que só poderão ser 
executados durante o dia, uma vez que deve ser respeitado artigo 5º, XI da CF. 
Nestas hipóteses não será permitido o ingresso do oficial de justiça no domicilio 
do citando ou intimando, porque será possível a realização de citação ou 
intimação por hora certa. 
Penhora – quando não se tratar de confisco em conta, ou outro caso em que possa 
ser 
As penhoras são atos de constrição patrimonial que permitem, se necessário for, o 
ingresso do oficial de justiça no domicilio do devedor, desde que o ingresso se dê 
durante o dia e mediante autorização judicial. 
 
Questões práticas: 
1- O princípio da inviolabilidade do domicilio, previsto no artigo 5º, XI da CF poderá ser 
aplicado as pessoas jurídicas? 
 
 
2- Os prazos prescricionais e decadenciais previstos no C.C. ou em outras leis de natureza 
material serão contados em dias úteis ou corridos? 
A contagem dos prazos em dias uteis só é aplicável aos prazos processuais que foram 
estabelecidos em dias. Portanto, não se aplica em princípio aos prazos fixados no código 
civil e leis civis, nem se aplicam aos prazos processuais fixados em meses ou anos. 
 
A lei fala que serão contados em dias uteis os prazos processuais 
Há uma pegadinha na pergunta. 
Ex.: art. 205 e 206 CPC estabelecem prazos prescricionais para pretensões. 
 
Obs.: Regra pratica 1 não interpretem a CF por intermédio do C.C. 
 
Prescrição art. 205 e 206 CC (figura do direito civil) é a perda de uma pretensão que não foi 
exercitada no prazo previsto em lei. 
Direito civil = direito material 
10ª Aula – Processo Civil – 03/05/2018 
 
4.1. DOS PRAZOS PROCESSUAIS (CPC, arts. 218 a 235) 
Os prazos são requisitos para que o processo siga a diante. 
a) Conceito de prazo 
O que é prazo? É o intervalo de tempo que se estabelece entre uma data inicial e 
uma data final. Se tenho um prazo, tem-se uma data de inicio e uma de fim, 
sempre. 
Direito é a matéria da frescura, no sentido “lato” da coisa. Muitos autores, ao 
invés de falarem data inicial = termo inicial (“aquo”) / data final = termo final (ad 
quem”). 
Termo – muito utilizada no direito civil – clausula colocada no contrato com data 
certa ao término da obrigação. 
 
b) Classificação dos Prazos 
a. De acordo com a fonte: 
Leva em conta a origem do prazo 
i. Prazo Legal (CPC art. 218) é aquele estabelecido em lei. Ex.: são os 
casos dos prazos para contestar e para recorrer; 
ii. Prazo Judicial (CPC, art. 218, § 1º) é aquele fixado pelo juiz diante da 
omissão da lei. Ex.: é o caso do prazo fixado pelo juiz para que as 
partes se manifestem sobre um documento complexo juntado ao 
processo. Nesta hipótese é comum a fixação do prazo em 15 dias. * 
Ver artigo 139, VI do CPC; 
 
iii. Prazo Convencional (CPC, art. 200 – os atos unilaterais ou bilaterais 
praticados pelas partes em um processo criam, modificam ou 
extinguem, imediatamente, direitos processuais). É aquele fixado 
para as partes para a realização de uma prestação ou negócio jurídico, 
por convenção das próprias partes. Acordo = Convenção; 
Ex.: cliente havia feito acordo de divorcio num processo judicial. 1º AS 
partes querem o divorcio nesta data 2º porém a pensão alimentícia 
será discutida no processo. A juíza decretou que ou resolve tudo ou 
não revolve nada. Professor agravou com base no art. 200, se 
amparando na vontade das partes, revertendo no tribunal. 
 
iv. Prazo Subsidiário (CPC, art. 218, § 3º). É aquele que se aplica quando o 
prazo não foi fixado em lei ou pelo juiz. Nesta hipótese o prazo será de 
5 dias. Ex.: quando o juiz declarar “manifeste-se a parte” e não 
informar prazo, este será de 5 dias. 
 
b. De acordo com a Sanção (punição): 
 
i. Prazos próprios (CPC, art. 223); 
São aqueles que deverão ser observados pelas partes sob pena de 
sofrerem uma punição chamada de preclusão (temporal) (é a perda 
de uma faculdade processual por não ter a parte praticado um ato 
processual no prazo que deveria). 
 
ii. Prazos Impróprios: 
São aqueles que se não forem observados pelo juiz ou pelo 
serventuário da justiça, não acarretaram a sanção denominada de 
preclusão. O prazo nasce podendo ser descumprido. 
• Quanto aos prazos do juiz (CPC, art. 226). O juiz deveria 
praticar despachos em até 5 dias, decisões interlocutórias em 
até 10 dias e sentenças em até 30 dias; 
• Quanto aos prazos do serventuário (CPC, art. 228). Deveriam 
remeter os autos a conclusão em até 1 dia e cumprir as 
determinações judiciais em até 5 dias. 
 
c. Algumas regras gerais sobre Prazos Processuais: 
i. Na contagem de prazos processuais fixados em dias, somente serão 
contados os dias úteis (CPC, art. 219); 
ii. Os prazos processuais são contados excluindo-se o dia do começo e 
incluindo-se o dia do vencimento (CPC, art. 224); 
iii. O prazo começa a ser contado no 1º dia útil seguinte a realização da 
publicação da intimação (CPC, art. 224, § 2º e § 3º). 
 
 
Regra que o professor utiliza: 
Se o prazo for fixado no código civil ou lei civil, só quando for fixada pelo código processual 
civil ou lei processual. Sempre será possível saber em qual se basear? Não. Se o prazo vir 
expresso em dias, utilizar sempre dias corridos, pois nunca correrá risco de preclusão. 
 
Ex.: código do inquilinato – o proprietário pede o imóvel mediante ação de despejo, o réu tem 
duas opções: purga a mora ou interpõe contestação. Na contestação poderá contar em dias 
úteis, por ser ato processual e da purga conta-se em dia corrido. 
 
11ª Aula – Processo Civil – 24/05/2018 
 
d. 
 
 
e. Regras Especiais sobre Prazos das Partes 
i. Princípio geral: Paridade de tratamento – CPC, art. 7º 
As partes devem ser tratadas de forma paritária (igualitária). Se é 
dado prazo de 15 dias a uma, será o mesmo a outra (simetria). 
Apenas quando não houver um tratamento diferenciado, previsto 
em lei. 
ii. Exceções 
A interpretação deverá ser restritiva. 
1. MP – Terá o prazo em dobro para se manifestar (CPC, art. 
180); 
2. Defensoria Pública – Terá prazo em dobro para se 
manifestar (CPC, art. 186); 
3. Advocacia pública - Terá prazo em dobro para se 
manifestar (CPC, art. 183) – Procuradores da república – 
união; dos estados; municípios; autarquias e fundações; 
4. Litisconsorte com advogados diferentes de escritórios 
distintos, terão o prazo em dobro para se manifestar (CPC, 
art. 229) – dois ou mais autores, ou dois ou mais réus, ou 
dois ou mais em ambos os polos, litigando no mesmo 
processo. 
O prazo em dobro só será aplicável aos processos físicos, 
não aos eletrônicos.f. Preclusão 
i. Conceito – é a perda, extinção ou consumação de uma faculdade 
processual, de modo a não permitir que um ato processual seja 
novamente praticado. Neste conceito estão contempladas as três 
espécies de preclusão. 
ii. Espécies 
1. Preclusão Temporal (CPC, art. 223) – é aquela que decorre 
da inercia da parte que deixa de praticar um ato no tempo 
devido (transcorreu o prazo e o ato não foi praticado, 
ocorre preclusão que é a extinção do direito de praticar o 
ato); 
2. Preclusão lógica (CPC, art. 1.000) – é aquela que decorre 
da incompatibilidade entre uma ato praticado e outro que 
se queria praticar (houve uma sentença que condenou o 
réu a pagar 1000,00 a um autor qualquer. O réu deposita 
o valor em juízo e não comunica nada, recorrendo na 
sequência a sentença, o que seria inviável pois o 
pagamento é aceitar a sentença – não confunde-se com 
cumprir com ressalvas que é depositar o valor da sentença 
opondo ressalva com finalidade de recurso, evitando juros 
e mora); 
3. Preclusão Consumativa – é aquela que decorre em virtude 
de um ato processual já ter sido praticado, não 
importando se bem ou mal – uma vez 
consumado/praticado o ato, não será possível emendar, 
mesmo estando dentro do prazo legal. 
Ex.: um determinado sujeito tinha o habito de tomar empréstimo em caixa eletrônico, fazendo 40 
empréstimos em caixa eletrônico, assim toda vez que o salario caia na conta, o banco sequestrava o 
valor. Entrou com ação contra o banco. Para dar a liminar, o juiz pediu a manifestação do banco, 
porém esta foi errada, contestando contra outro autor. Tentou emendar e o professor entrou com 
preclusão consumativa. 
 
PROBLEMA 
A parte de um processo dispunha de 15 dias para impugnar uma decisão judicial mediante a 
interposição de um recurso denominado de agravo de instrumento, o qual deveria ter sido 
protocolado em 2ª instancia. Porém, no 10 dia do prazo, e por um erro do advogado, o recurso foi 
protocolado na 1ª instancia. Em razão do enunciado responda. 
 
A. Se o prazo do agravo não tiver se esgotado, a parte poderá ainda apresentar o seu recurso no 
tribunal? 
Resposta favorável – Se o ato foi praticado no 1ª grau de jurisdição, estando o prazo do gravo 
em curso, poderá ser encaminhado a 2ª instancia – corrente liberal 
Resposta contraria (professor segue) – quando se pratica o ato, este deve ser na instancia 
competente, de maneira que a justiça incompetente não pode sequer apreciar o agravo, logo 
se eu protocolei errado, não poderá mais ser corrigido, por incompetência do ato. 
 
As instancias não podem conhecer de matéria que não seja de sua competência, portanto, no 
caso em tela, o protocolo equivocado deverá ser considerado ato praticado.

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