Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Centro Universitário de Patos de Minas Disciplina de Profilaxia e Higiene Prof.: Mariana Assunção de Souza Elivaine, Gustavo, Henrique, Herick, Isabella, Larissa Inácio e Tiago Desinfetantes INTRODUÇÃO É o agente químico que destrói microrganismos patogênicos, porém não seus esporos; Portanto, na ação dos desinfetantes não se inclui a destruição de formas esporuladas. DESINFECÇÃO Controlar ou eliminar os microrganismos indesejáveis; Utilizando processos químicos ou físicos: - Processos químicos: produtos químicos minerais, sintéticos ou naturais; - Processos físicos: radiação solar. Desinfecção Química É a prática mais usual e efetiva em saúde animal; Atualmente há um grande número de produtos químicos à disposição no comércio para a prática; Existe as mais variadas marcas comerciais, porém, os princípios ativos são limitados. Critérios para a escolha de um desinfetante Não existe o desinfetante ideal; A escolha deverá ser daquele que cumprir o maior número de requisitos a finalidade desejada; Porém, um bom desinfetante é aquele que na mesma concentração e no mesmo espaço de tempo elimine bactérias, fungos, vírus, protozoários e parasitas. Características desejáveis de um desinfetante Germicida Baixo custo e aplicação econômica (relação custo x benefício) Solúvel em Água Atóxico para o homem e animais, não devendo irritar a pele e mucosas Não conferir odor ou sabor a alimentos/objetos Ter poder residual Fácil aplicação Apresentar poder de penetração e rapidez de ação Não ser corrosivo Ser biodegradável Importância da Limpeza Prévia Antes da desinfecção, é importante fazer a limpeza prévia do local ou material; A maioria dos desinfetantes diminui sua ação na presença de matéria orgânica; A limpeza permite uma ação direta e mais eficiente do desinfetante sobre os microrganismos presentes na superfície; Sendo realizada através de: - varredura - lavagem com água e sabão ou detergente Rodízio de Desinfetantes Para o processo de desinfecção devem ser considerados alguns aspectos para garantir sua eficiência Não se deve misturar ou combinar desinfetantes, pois pode causar efeitos negativos, como: a diminuição do poder desinfetante; uma reação química produzindo subprodutos tóxicos; - pode incrementar a resistência de determinados microrganismos. Rodízio de Desinfetantes Deve-se ainda evitar o uso de: - desinfetantes tóxicos, irritantes e com odores penetrantes na presença de animais; - reduzir o uso de desinfetantes corrosivos. Empregar produtos desinfetantes com amplo poder germicida (destrói todos os microrganismos), para garantir êxito no processo de desinfecção. Eficácia dos Desinfetantes Diluição do produto: seguindo recomendações do fabricante quanto a forma de aplicação e volume a ser utilizado; Tempo de atuação ou exposição: seguindo recomendações do fabricante; Patogenicidade: quanto maior a patogenicidade, maior o período de exposição necessária para a ação desinfetante; Fase do ciclo vital: vegetativa ou esporulada; Eficácia dos Desinfetantes Temperatura: altas temperaturas aceleram o processo de desinfecção; Presença de matéria orgânica: retirada prévia de sujeiras melhora a ação do desinfetante; Material a ser desinfetado: quanto mais poroso menor será a eficácia do desinfetante; Sensibilidade e quantidade de microrganismos presentes no material ou no ambiente. MECANISMOS DE AÇÃO 1. Alteração da Permeabilidade Celular: Compostos fenólicos, álcool, CQA 2. Desnaturação de proteínas: Compostos fenólicos, álcool, iodo, glutaraldeído 3. Oxidação de Componentes Celulares: Cloro, H2O2 (água oxigenada), iodo 4. Inibição de Atividades Enzimáticas: Cl2 (dicloro), iodo, flúor, metais pesados. 5. Inibição da Síntese de Ácidos Nucléicos: - Glutaraldeídos TÉCNICAS DE DESINFECÇÃO Pedilúvio: É de uso rotineiro nas granjas de suínos e aves, e em caso de exposições e feiras de animais; Deve ser de rotina em propriedades leiteiras para profilaxia e controle de afecções podais; Deve ser instalado no caminho de entrada ou retorno da sala de ordenha. TÉCNICAS DE DESINFECÇÃO Rodolúvio: É utilizado na entrada das granjas para desinfecção dos pneus de veículos que adentram a propriedade; Evitando-se a veiculação de agentes infecciosos de uma propriedade rural para a outra. TÉCNICAS DE DESINFECÇÃO Imersão: Mergulham-se os objetos na água em ebulição, ou na solução contendo o desinfetante a ser utilizado; TÉCNICAS DE DESINFECÇÃO Pulverização: É obtida pulverizando-se o desinfetante, por meio de bombas costais ou sob a forma de spray. TÉCNICAS DE DESINFECÇÃO Aspersão: Espalha-se o desinfetante sobre o material a ser desinfetado. Difere da pulverização, pois na aspersão, as partículas são menores. ÁCIDOS Os ácidos fortes são usados principalmente para higienizar locais onde há facilidade de reprodução de bactérias e outros microrganismos; Esses produtos removem os depósitos de gordura que contêm fungos e bactérias; Os ácidos fortes são altamente corrosivos, especialmente para tecido, concreto e metais (ácidos fosfórico e fluorídrico) Os ácidos suaves, feitos com citrino ou ácido acético, são seguros para uso em locais onde existem animais domésticos. ÁLCOOIS São bons solventes antissépticos e desinfetantes; O álcool etílico ou etanol é o mais comum e mais utilizado; Desnatura as proteínas e rompe a membrana citoplasmática; Possui alta ação bacteriana; Sem ação sobre endósporos. ÁLCOOIS Etanol é usado na diluição de 70%; O álcool 70% é considerado um bom antisséptico, tendo ação melhorada quando adicionado 2% de tintura de iodo álcool iodado É recomendado como antisséptico da pele e desinfecção de material clínico cirúrgico. ALDEÍDOS Tem amplo espectro de ação. Formaldeído Glutaraldeído os mais utilizados Formaldeído (CH2O) Conhecido também como formol; Usado no controle de agentes de doenças de animais ou programas preventivos; Usados com desinfetante ou esterilizante na forma líquida ou gasosa. Formaldeído (CH2O) É encontrado como formalina, sendo sua diluição aquosa a 37%; É um bactericida potente; Tem uso limitado por se tratar de um composto cancerígeno; Age alcalinizando determinados grupos das proteínas e das purinas. Formaldeído (CH2O) É indicado para desinfecção de incubadoras, ambiente fechados; Muito utilizado na desinfecção de galpões na criação de frangos; O formol tem aplicação no Pedilúvio, afim de controlar lesões nos cascos de Ovinos e Bovinos. Formaldeído (CH2O) DESVANTAGENS: Por ser também um agente esterilizante possui: vapores irritantes; odor desagradável; comprovado potencial carcinogênico. Podem ser tóxicos a humanos e animais; usado apenas como último recurso e/ou sob a supervisão de um profissional habilitado e em um local bem ventilado. Glutaraldeído É menos tóxico que o formol e possui largo espectro de ação; É biodegradável e seus resíduos contaminam alimentos; Tem atividade residual fraca, mas na presença de matéria orgânica é efetivo. Glutaraldeído É usado na desinfecção de instalações de animais, equipamentos e salas de incubação. Glutaraldeído VANTAGENS: Além de desinfetante é esterilizante; Menos irritante e menos corrosivo; Tem odor menos desagradável; É de fácil penetração; Espectro bactericida mais amplo. Glutaraldeído DESVANTAGENS: Quanto ao uso em desinfecção de ovos para incubação; podendo levar a perdas econômicas, devido a alta mortalidade embrionária, por ser tóxico, deve sempre usar proteção em seu manuseio. ÁLCALIS Tendo como exemplo o hidróxido de sódio (soda cáustica), óxido de cálcio e hidróxido de cálcio; Ambos são desinfetantes baratos e muito utilizados em instalações abertas ou veículos. ÁLCALIS O Hidróxido de Sódio é um desinfetante usado em várias situações em granjas; Devido seu poder de desinfecção; Recomendado para pisos e paredes das instalações. ÁLCALIS O Óxido de Sódio (Cal) é um desinfetante usado em estábulos e instalações de animais; Baixo custo Pode ser aplicado como pó ou misturado com água. ÁLCALIS DESVANTAGENS: É corrosivo e irritante a pele e olhos, podendo provocar queimaduras severas quando entra em contato com a pele; O seu uso é recomendado somente quando este não for afetar o meio ambiente. BIGUANIDAS CLOREXIDINA Tem sido recomendada como agente sanitificante na indústria de alimentos. Antissépticos e desinfetante. recomendado para controle microbiológico de salmouras no processamento de queijos. Aplicações Frigoríficos: câmaras frias. Aplicações Industria latinista: ordenhas e equipamentos. Aplicações Avicultura: recomendado para aviários/galpões, incubatórios e lavagem de ovos. Aplicações Suínos: bebedouros para leitões, pulverizar no ambiente no tratamento e prevenção de doenças. BIGUANIDAS VANTAGENS: Não causa resistência microbiológica; Baixíssima toxicidade; Não é corrosivo; Fácil manipulação, não irrita a pele e não exala odor; Não é volátil, permanece em solução por mais tempo que clorados e iodados; Pode ser utilizado em sistemas abertos e fechados; Não é poluente. BIGUANIDAS DESVANTAGENS: Alto custo; Ineficaz contra vírus envelopados. Biguanidas Poliméricas Baixa formação de espuma; Baixa corrosividade; Alto poder detergente; Efetivo em ácidos, neutros e alcalinos; Efetivo na presença de Matéria Orgânica; Não mancha superfícies após secagem; Não altera propriedades organolépticas dos alimentos. HALOGENADOS IODO É um germicida, com alto poder de penetração, reage com o substrato proteico da célula bacteriana; É solúvel em álcool, sua tintura muito utilizada para fins antissépticos; Utilizado para desinfecção de umbigo de recém-nascidos. HALOGENADOS CLORO Bactericida pela sua ação detergente e altamente oxidante, inativa a ação enzimática; Muito utilizado nas indústrias de laticínios e em propriedades leiteiras para desinfecção de equipamentos, utensílios de ordenha e higienização do úbere dos animais antes da ordenha; Irritante em elevadas concentrações. HALOGENADOS IODÓFOROS Constituído de uma mistura de iodo com detergentes e solubilizadores; melhor forma de utilizar Iodo A eficácia do Iodo aumenta quando diminui o pH, sendo indicado a formulação de soluções ácidas; ácido fosfórico é o mais utilizado São indicados para a desinfecção dos tetos dos animais, antes (pré-dipping) e após a ordenha (pós-dipping), na prevenção e controle das mastites em rebanhos leiteiros. COMPOSTOS FENÓLICOS Classificados como fenóis simples ou polifenóis, com base no número de unidades de fenol na molécula. O mais comum é o fenol. Tendo como exemplo: Cruzwaldina, Creolina, Cresol e Fenóis Halogenados. Fenol VANTAGENS: Quando depositados sobre as superfícies, reagem com a umidade e passam a exercer ação antimicrobiana residual; São menos inativados por matéria orgânica que os detergentes, compostos quartenários de amônia (CQA) ou soluções de cloro. Fenol DESVANTAGENS: Costumam ser irritantes ou corrosivos, dependendo da concentração usada e da duração de exposição; Tem odor muito forte; Podem causar irritação na pele se tiverem exposição prolongada nos humanos. Cruzwaldina Seu uso mais comum é na desinfecção de instalações, galinheiros, canis, estábulos e outros abrigos de animais. Desinfeta e afasta o mau cheiro, deixando o ambiente protegido contra a maioria dos insetos e microrganismos. Creolina Modo de uso é diluído em água; Possui ação bactericida sobre vários microrganismos: Cresol São os produtos derivados do fenol, mais conhecidos e utilizados; Recomendados para desinfecção de pisos, esgotos e instalações sanitárias; Sua ação se baseia na combinação com proteína celular bacteriana desnaturando-a. Fenóis halogenados A atividade do fenol é aumentada quando associado com halogênio, como flúor, cloro, bromo e iodo; Hexaclorofeno é o mais utilizado, por ser inodoro e insolúvel em água, porém solúvel em álcool e acetona; é usado em limpeza e desinfecção da pele; Lavagem cirúrgica. CQA São agentes catiônicos com boa atividade germicida; São inativados pela matéria orgânica, madeira, algodão e celulose; Sua atividade é rapidamente reduzida por águas duras (água bastante mineralizada); Largamente utilizados na indústria de alimentos como sanificantes de pisos, paredes, equipamentos e utensílios; CQA São efetivos contra bactérias, vírus com envelopes e alguns fungos; É bastante efetiva contra diversas bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, mas não são eficazes contra os esporos bacterianos; Se degradam rapidamente no meio ambiente e tem ampla faixa de atuação de pH; Não são irritantes para a pele, nem corrosivos para metais, tem baixa toxicidade e são inodoros. OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
Compartilhar