Buscar

Resumo de Higiene e Proteção da Saúde Animal Parasitologia - ESA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Higiene e proteção da saúde animal 
Tríade: animal (hospedeiro), agente infeccioso e meio ambiente
Agentes infecciosos: bactérias, vírus, fungos e parasitas (internos e externos)
Os suínos e as aves são mais sensíveis às alterações climáticas pois sofreram anos de melhoramento genético. Já as raças autóctones são muito mais adaptadas. 
FREEMARTINISMO:
· Parto gemelar de animais de sexo oposto – intersexualidade 
· Isso faz com que a fêmea apresente características masculinizadas e seja estéril. 
· No interior do útero bovino ocorrem anastomoses vasculares intercâmbio de substancias, inclusive hormônios. 
· As gônadas masculinas se desenvolvem com mais rapidez produzem dihidrotestosterona, hormônio responsável pelo desenvolvimento da genitália externa devido as anastomoses, há uma má formação do sistema reprodutivo da fêmea. 
CARBUNCULO HEMATICO:
 Agente: Bacillus anthracis, bacilo gram-positivo, imóvel, anaeróbico, capsulado; zoonótico. A bactéria forma esporos na presença de oxigênio, que são muitos resistentes no ambiente. Causa septicemia rapidamente mortal. Produz EXOTOXINAS, das quais se destacam o “fator edema” e o “fator letal”.
Outros nomes: antraz, anthrax, febre esplênica. O nome carbúnculo vem do aspecto negro que toma o baço dos animais mortos;
Animais mais sensíveis: bovinos, ovinos e equinos contaminação via oral através da ingestão de pastagem, água ou ração feita de produtos de origem animal contaminados;
Doença essencialmente profissional: pessoas que trabalham com subprodutos animais (lã, couro, pele, pelos). A farinha de ossos também pode transmitir a infecção. No homem produz lesão cutânea conhecida como pústula maligna, podendo causar sepse se atingir a corrente sanguínea; 
Diagnostico: coloração com azul de metileno de esfregaços de sangue de animais em estados agônico ou mortos recentemente constitui um método prático, seguro e econômico.
O reservatório do B. antracis é a terra, onde permanece sob a forma de esporos, que podem passar à forma vegetativa em condições adequadas de calor e umidade na presença de húmus, voltando a esporular em presença de oxigênio. Controle: vacinação dos animais;
- Como identificar um animal doente? Mudanças de comportamento, anorexia, perda de peso, diminuição da produtividade, aparecimento de sinais clínicos. Apresenta-se triste, mostra pouco interesse pelo ambiente que o rodeia, pelos eriçados, sem brilho; temperatura retal elevada para os padrões da espécie.
- Como os patógenos podem entrar na exploração? 
· Contacto direto
· Contacto indireto
· Através de pessoas (tratador, técnicos, medico veterinários, visitantes, etc);
· Através de objetos
· Através da máquina de ordenha
· Através do meio de transporte que trouxe os animais à exploração
· Através de animais de outras espécies 
· Através do alimento
· Através da água de bebida
· Através da cama
· Através de dejetos
· Através do solo 
· Através do ar (favorecida por tempo úmido e encoberto e desfavorecida pelo sol)
Medidas de biossegurança em granjas: tomar banho ao sair e entrar das instalações; não possuir animais da mesma espécie ou de espécie diferente em casa; não veicular entre instalações; não estar gripado ou resfriado; ter boas práticas de higiene pessoal. 
Vantagens de se criar animais ao ar livre: radiação UV advinda dos raios solares que inativa alguns organismos; a luz natural contribui na produção de vitamina D, que ajuda na fixação de cálcio pelos ossos; há melhor qualidade do ar; os animais têm bom desenvolvimento ósseo e muscular; menor densidade animal e menor stress. 
Leitões sentinelas: são colocados juntos com animais adultos (ou em espaços vazios) para identificar o aparecimento de determinadas doenças; 
Medidas de profilaxia: médica e sanitária.
PROFILAXIA MÉDICA: destinada a opor barreiras à progressão ou ao aparecimento de determinados processos infecciosos, atuando a nível do hospedeiro. Tem por fim proteger os animais dos efeitos nocivos de uma futura infecção. 
Vacinação: a vacina contém determinantes antigénicos, originando uma resposta imunitária por parte do animal, a partir da qual fica defendido contra substancias ou agentes infecciosos que contenham esses determinantes antigênicos, e assim, contra certas doenças. 
Antígeno é qualquer substancia capaz de originar uma resposta imunitária por parte de um organismo a que é estranha quando entra em contato com ele. Os antígenos presentes nas vacinas são modificações dos originais (que causam doença), tendo mantido a capacidade antigênica e perdido a virulência. 
Determinantes antigênicos – são os grupos químicos que originam essa resposta. 
Anticorpos – moléculas que se encontram presentes na circulação sanguínea, resultantes do estimulo antigênico. É necessário um certo período de tempo para que se formem os anticorpos após o contato com o antígeno. 
Desparasitação – é também uma medida sanitária;
PROFILAXIA SANITÁRIA: medidas que têm por fim impedir a transmissão de agentes infecciosos de um animal a outro, atuando essencialmente a nível do meio ambiente e de microrganismos. Tem por fim prevenir o aparecimento de determinados processos infecciosos num efetivo animal e contribuir para a erradicação ou o controle de processos já instalados. 
· Impede a transmissão de agentes microbianos entre animais doentes e sãos;
· Diminuem a carga bacteriana existente em determinado espaço;
· Diminuem o nº de animais potencialmente vetores de microrganismos;
1. Uso de vestimenta higiênica: normalmente veste-se bata ou fato-macaco, calçam-se galochas e coloca-se avental de plástico. Este conjunto é facilmente lavado e desinfectado. Deve ser feito de material impermeável. Previne-se a contaminação humana por zoonoses e evita a transmissão de agentes de um animal a outro. 
2. Isolamento: consiste no afastamento de um animal doente ou portador de determinados microrganismos de outros animais sãos de modo a não lhes transmitir a doença. 
3. Sequestro: isolamento e observação periódica do animal por um médico veterinário durante um certo período de tempo;
4. Quarentena: isolamento de animais comprados durante certo tempo antes de serem introduzidos junto aos animais que já vivem na exploração. Durante este período procura-se sinais de doença, realiza-se colheita de material para diagnóstico e aplica-se produtos necessários, de acordo com o medico veterinário responsável (vacinas, desparasitantes, por exemplo). O estabulo de quarentena deve ser instalado o mais longe possível das outras instalações animais.
5. Limpeza do animal: diminui o nº de microrganismos existentes; os bovinos podem ser escovados e lavados; as ovelhas também devem ser lavadas antes da tosquia; as porcas devem ser lavadas antes de entrar na maternidade; os cavalos devem ser banhados e tosquiados. 
6. Lavagem do ambiente: diminui por arraste a carga microbiana, a qtd de matéria orgânica e de gordura do local tratado. A direção da água deve formar um ângulo de 45⁰ com o solo. Deve-se lavar as galochas, o avental e as mãos sempre que entramos ou saímos de uma exploração, dentro da mesma quando nos dirigimos a pavilhões diferentes e antes do contato individual com vitelos ou com ninhadas depois de contato com animal doente ou quando se começa e se termina o dia de trabalho. 
7. Desinfecção: naturais – fogo, raios UV, solo. Pode ser microbicidas ou microbiostáticos; alguns dos mais usados são: cloramina a 5%, soda caustica a 3%, cal viva a 10%. se existisse um desinfectante ideal, seriam as duas propriedades: 
a. Tóxico para quase todos os microrganismos (largo espectro)
b. Fácil solubilidade
c. Detergente
d. Estável
e. Não corrosivo
f. Atuação à temperatura ambiente
g. Pouca afinidade com a matéria orgânica
h. Boa capacidade de penetração
i. Ausência de toxicidade para animais e pessoas
j. Corante 
k. Econômico 
8. Vazio sanitário: consiste na não ocupação dos alojamentos de animais durante certo tempo. Segue-se imediatamente após a lavagem e desinfeção. os microrganismos que sobreviveram a essas duas etapas ficam inviáveis pela falta de substrato. 
9. Occisão:abate compulsório de animais por sofrerem de determinada doença ou serem portadores de certos microrganismos patogênicos específicos.
10. Eliminação de cadáveres: por cremação ou enterramento. O local de enterramento deve ser afastado de casas, fontes, poços ou cursos de água. A profundidade para animais de grande porte deve ser de 2m, no mínimo. Deve-se colocar primeiro cal viva em seguida o cadáver e novamente cal viva, sendo esta aspergida com água. 
11. Desratização: os ratos transmitem leptospirose, triquinelose, peste bulbónica, salmonelose. Além disso provocam prejuízos ao ingerir alimentos e inutiliza-los. Podem matar animais recém-nascidos devido a mordedura. Os mais importantes para as explorações são: Rattus norvegicus, Rattus rattus e o Mus musculus. Se reproduzem muito rápido; podem passar por pequenos buracos, correm a cerca de 10km por hora, saltam na horizontal e na vertical, podem cair de 15m sem se ferir, nadam bem, escalam, etc. a desratização é o processo pelo qual se obtém uma redução, um controlo do numero de ratos em determinado espaço, uma vez que seria irreal falar em eliminação total e efetiva. Deve-se dificultar a entrada dos ratos nas explorações. Deve-se conhecer os hábitos da espécie que se pretende combater. O raticida deve ser colocado por 7 noites seguidas ou de 10-20 noites, a cada duas noites. Verão e outono são as melhores épocas para se desratizar. Predadores naturais também devem ser usados e protegidos.
12. Controle de insetos:
13. Desparasitação:
· Pode ser interna ou externa;
· Forma clínica ou subclínica;
· Desparasitação periódica dos animais: previne o aparecimento de parasitismo em forma clínica, melhora as produções e protege a saúde pública. 
· Antes da cobrição e antes do parto – maior índice de fertilidade e melhor produção de leite;
· Ter atenção ao resultado dos exames coprológicos;
· As fezes deverão ser recolhidas de 10% do rebanho, retiradas diretamente do reto dos animais com luva ou saco de plástico. Também podem ser recolhidas do chão se ainda estiverem frescas. Devem ser armazenadas em frigoríficos 
· Resultado = média das formas parasitárias encontradas (ovos/grama de fezes)
· Pastagem: rotação de pastagens; animais mais novos à frente dos mais velhos; drenagem de coleções de água existentes na pastagem; 
· Para conhecer a contaminação da pastagem (nº de formas L3): cortar a erva em cerca de 100 locais diferentes do lote de pastoreio. Deslocar-se em forma de W, por exemplo. 
· Pastagem INFESTADA (e não infectada) quando nela se encontram ovos viáveis de parasitas ou formas L3 viáveis. 
· Já um animal encontra-se infectado por parasitas quando nele se encontram formas parasitárias capazes de determinar a formação de anticorpos. 
RASTREIOS: operações realizadas com o fim de identificar animais com um ou vários processos infecciosos determinados. Rastreiam-se os processos potencialmente contagiosos par ao homem (tuberculose, brucelose). Os rastreios encontram-se legislados. O rastreio tanto pode pesquisar a imunidade celular (caso da tuberculose) como a existência de anticorpos (caso da brucelose). 
· Bovinos: obrigatório rastreio contra brucelose, leucose, tuberculose e peripneumonia. 
· Ovinos e caprinos: brucelose;
· Suínos: PSA, Peste suína clássica e Doença de Aujeszky;
Método all in-all out: todos os animais da exploração ou de um pavilhão entram e saem ao mesmo tempo. Se algum animal, por qualquer razão, tiver de sair antes da altura estipulada, não é mais introduzido no grupo. Após a saída dos animais faz-se a lavagem e desinfecção com posterior vazio sanitário. 
Deve-se existir tapetes de desinfecção (pedilúvios) à entrada dos estábulos. 
BRUCELOSE: causada por bactérias do gênero Brucella, que tem tropismo pelo aparelho genital e pelas mamas dos animais. As pessoas contagiam-se contactando abortos ou com líquidos fetais contaminados. Também quando ingerem leite cru ou queijo fresco (ou meio curado). O cão da exploração também pode ser um transmissor da brucelose aos animais e as pessoas. 
Profilaxia da brucelose: rastreio periódico dos animais + uso de luvas de plástico para lidar com abortos e durante a ajuda de partos e quando se realiza palpação retal. A Brucella pode ser transmitida por via percutânea e através de feridas; também pelo TGI (ingerida). É de difícil tratamento nas pessoas, sendo muitas vezes impossível a cura total. 
TUBERCULOSE: O rastreio da tuberculose, que se faz injectando uma substância (denominada tuberculina) intradermicamente, pesquisa a reacção celular (e não a humoral). Aguarda-se um período de 72h para avaliar a reação e se a medida da pele for > 3mm o animal já é considerado positivo. 
Agente: Mycobacterium – M. Tuberculosis, M. Aviarium. M. Bovis.
Infecção por via respiratória ou digestiva. Os estábulos úmidos, poeirentos e escuros promovem a disseminação das micobacterias. O contágio é facilitado quando os animais encontram-se estabulados cabeça com cabeça; sendo os animais do regime extensivo menos propicios à infecção. O leite cru de animais doentes é um potencial disseminador da doença; 
Profilaxia da tuberculose: rastreio realizado aos animais e às pessoas da exploração;
Porque o parasitismo aumenta na primavera? Durante os meses de primavera e verão, período que coincide com a época mais quente e úmida do ano, o desenvolvimento da pupa é mais rápido (média de 35 dias) (Oliveira, 1991), período que também coincide com elevada incidência de diversas outras espécies de dípteros, potenciais vetores de ovos de D. hominis (Gomes et al., 1998), colaborando com o aumento do parasitismo nos animais nessas épocas do ano.
IMUNOLOGIA: 
Vacina: origem e função
Tradicionalmente existem as vacinas vivas ou atenuadas, e as mortas ou inactivadas. Os agentes infecciosos modificados nas vacinas vivas mantêm a capacidade reprodutiva, ao contrário do que acontece com os das vacinas mortas. Normalmente as vacinas vivas são mais antigénicas (uma vez que o estímulo é mais prolongado, devido à multiplicação dos microrganismos), mas podem ter mais efeitos secundários que as mortas.
Ao acto de inocular uma estirpe avirulenta a um animal ou a uma pessoa para que, um dia, ao contactar com a estirpe virulenta esteja defendido(a), chama-se vacinação.
CÉLULAS E ÓRGÃOS DO SISTEMA IMUNE: Os órgãos que fazem parte do sistema retículo-endotelial (RES ou sistema imunitário) são o timo, as amígdalas, as placas de Peyer, o baço, a medula óssea, os linfonodos (antes designados gânglios linfáticos) e a bolsa de Fabricius. No cérebro existe a microglia, conjunto de células encarregadas da defesa desse órgão
IMUNIDADE HUMORAL: Imunidade humoral é o processo de defesa do organismo em que atuam os anticorpos, moléculas proteicas encontrados no plasma sanguíneo, também conhecidas como imunoglobulinas. ... A função dos anticorpos é identificar e neutralizar os antígenos, que são substâncias ou microrganismos estranhos.
IMUNIDADE CELULAR: Este tipo de imunidade não pode ser transmitido de animal a animal e é mediado por células. Estas células são os linfócitos que se encontram no baço, gânglios linfáticos e no sangue periférico.
Imunidade cruzada: varíola bovina e humana. JENNER, em 1798 usa o agente da varíola bovina para vacinar pessoas, após observar que os ordenhadores de vacas leiteiras não contraíam a varíola humana. Observou ainda que esse facto era devido, provavelmente, a uma doença das vacas (varíola bovina), que originava lesões cutâneas nos tetos e nas mãos dos ordenhadores.
Período de janela: O período de tempo que medeia entre o contacto com o antígeno natural e o aparecimento de anticorpos.
Imunoglobulinas principais: IgG, IgM, IgE, IgA
OPP/ADS (Agrupamento de Defesa Sanitária) - O QUE SÃO E O QUE FAZEM? Os programas têm por base o rastreio sistemático e periódico dos animais presentes nas explorações. Estes rastreios são efetuados pelas Organizações de Produtores Pecuários (OPP), antes denominados Agrupamentos de Defesa Sanitária (ADS), mediante a celebração de um protocolo com a Direção Geral de Alimentação e Veterinária.Este acordo confere às OPP, entidades de direito próprio, o estatuto de entidades com delegação de competências para a execução de ações de caráter profilático e sanitário, sendo os custos das ações suportados pelo Estado e pelos detentores seus associados.
· Bovinos: brucelose, tuberculose, leucose enzootica, EEB, língua azul.
· Caprinos e Ovinos: enterotoxemia, pasteurelose, brucelose, scrapie e língua azul
Como deve ser feita a mudança na alimentação de um animal? De forma gradativa. Nos 2 primeiros dias oferta-se 75% do alimento antigo e 25% do alimento novo. Nos dois dias a seguir, oferta-se 50% e 50%, depois 25% do antigo e 75% do novo... até que a alimentação seja constituída totalmente pelo novo alimento. 
3 ASPECTOS EM QUE A MICROBIOLOGIA MUDOU A NOSSA VIDA? 
· Permitiu-se ter noção sobre a transmissão de doenças causadas por microrganismos e o uso de antissépticos;
· Entendeu-se a importância da purificação da água de consumo;
· Introduziu técnicas de assepsia nas cirurgias;
· Desenvolvimento de vacinas.
Não vacina contra brucelose em Portugal. 
Intervalo de segurança – após a administração de um antibiótico no animal deve-se respeitar um certo período de tempo para que a qualidade da carne seja garantida. 
CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO 
Os recém-nascidos das espécies pecuárias nascem agamaglobulinémicos, com exceção dos coelhos., uma vez que a placenta nessas espécies é impermeável às Ig. Por isso a toma de COLOSTRO é essencial para que os recém-nascidos tenham uma quantidade de Ig normal no sangue. O colostro tem elevado teor de açúcares e Ig. A parede intestinal é permeável nas primeiras horas de vida dos animais. No entanto, após este período deve-se continuar a dar colostro, uma vez que as Ig têm, além da acção sistémica (na corrente sanguínea), também uma acção local (no lúmen intestinal). Aqui, as Ig combinam-se com antigénios (por exemplo bactérias), impedindo que estes adiram à parede intestinal e causem enterites, sendo antes arrastados para o exterior com as fezes.
Deve-se ter um banco de colostro nas exploracoes de bovinos, ovinos e caprinos. Este pode ser conservado a -18⁰C. O colostro deve ser colhido na 1ª e na 2ª ordenha post partum e obtido na primavera porque apresenta maior conteudo de Ig e de vitaminas. Para aumentar a quantidade de Ig no leite pode-se ainda vacinar as mães contra doenças causadas por clostrídios. 
Nas vacas: a vacinação deve ser feita 3 meses, 1,5 mês e 3 semanas antes do parto. 
Quando é necessário deve ser descongelado (apenas uma vez) em banho-maria e nunca com calor directo ou com micro-ondas. O colostro deve ser dado na quantidade total de 200 mL por quilograma de peso a animais que se encontrem a campo e/ou em períodos de frio. No entanto, não se deve, em cada refeição, dar mais de 50 mL de colostro por quilograma de peso. 2
A permeabilidade intestinal não é só às Ig, mas também, por exemplo, às bactérias, pelo que se deve ter muito cuidado com a higiene do ambiente onde os recém-nascidos se encontram. Deixar “mamar nos nossos dedos” não deve ser permitido, pois facilmente são ingeridas bactérias que podem causar diarreias.
Nas primeiras horas de vida (e especialmente com tempo frio) os animais recém-nascidos podem morrer de hipotermia e/ou hipoglicémia. Para contrariar esta situação devem ser periódica e cuidadosamente observados. Se se mostrarem activos, apresentando um comportamento normal, não têm hipotermia e/ou hipoglicémia. Pelo contrário, se se mostrarem apáticos, não se conseguirem deslocar e não reagirem a estímulos, podemos estar perante estes quadros. A hipotermia e a hipoglicémia não revertem espontaneamente, necessitando sempre de intervenção humana para a sua solução. Sabemos se há hipotermia pela medição da temperatura rectal.
Sabemos se há hipoglicémia fazendo análises rápidas ao sangue ou com base nas horas de vida dos animais. Uma vez que nascem com reservas de glicose para 6 horas, é necessário fornecer glicose se os animais já nasceram há mais de seis horas ou se não sabemos a hora do nascimento com precisão. Se o animal está consciente a glicose é fornecida no colostro através de sonda esofágica. 
Caso não esteja consciente, a glicose é administrada endovenosa ou intraperitonealmente sob a forma de soluto glicosado a 20% e na quantidade de 10 mL por cada quilograma de peso. Depois os animais devem ser colocados em incubadoras que existem à venda no mercado ou que podem ser facilmente improvisadas usando caixas de cartão e lâmpadas de raios infravermelho. Após a colocação dos animais nestas incubadoras, a temperatura rectal deve ser medida de meia em meia hora, e o animal deve ser retirado quando esta atinge um valor um grau abaixo da temperatura mínima considerada normal (para evitar hipertermia). Depois o animal deve ser colocado junto da mãe (se tal se aplicar) e ficar sob observação atenta. As mães devem ser ordenhadas para verificação da existência de leite nas glândulas mamárias. 
MICROBIOLOGIA (texto de apoio)
PASTEUR (1822 – 1895) é o verdadeiro fundador da Microbiologia. Demonstra que os microrganismos existem e são responsáveis pelo aparecimento de doenças. Estuda a morfologia e a fisiologia microbianas.
Papel dos microrganismos na sociedade:
-	na indústria alimentar são responsáveis pelo fabrico de iogurte, queijo, kefir, vinho, cerveja, pão, entre outros alimentos;
-	na indústria farmacêutica são utilizados no fabrico de vitaminas, hormonas (p. ex. insulina, hormona do crescimento), vacinas (p. ex. da hepatite B), antibióticos, de interferon, através da técnica de DNA recombinante; 
-	são usados em terapia genética;
-	são usados no tratamento da água de consumo;
-	são usadas na decomposição da matéria orgânica;
-	são fundamentais no tratamento de lixos sólidos e de águas residuais e responsáveis pela formação de biogás;
-	na indústria química são usados, por exemplo, no fabrico de detergentes e de etanol para combustível;
-	o petróleo é resultado da actividade microbiana;
-	na Natureza, são responsáveis pela fixação de azoto; 
-	são responsáveis pelo aparecimento de muitas doenças. No entanto, a percentagem de microrganismos patogénicos (potencialmente causadores de doenças), é muito pequena em relação ao total;
-	infelizmente podem ser ainda utilizados em guerra biológica (utilização de toxina botulínica, de esporos de Bacillus anthracis em forma líquida, dos vírus da varíola e do ébola). A guerra biológica está proibida por tratados internacionais.
MÉTODOS DE CONTROLO DO CRESCIMENTO DE MICRORGANISMOS
· Incidência de raios UV provenientes do sol
· Fogo – incineração 
· Antibióticos existentes no solo e noutros locais, resultantes da atividade microbiana, ou sintéticos
· Água em ebulição 
· Calor seco ou úmido 
· Esterilização 
· Autoclave 
· Pasteurização 
· Filtração 
· Radiação 
· Fenóis, álcoois, cloro e derivados, iodo, água oxigenada, detergentes catiônicos, óxido de etileno, formaldeído. 
PARASITOSES DE IMPORTÂNCIA EM PT
TENÍASES – céstodos 
Echinococcus granulosus
· como o Homem se infecta.
· Se faz a prevenção da infeção ao cão e à ovelha/cabra/vaca/porco/cavalo.
· Aqui também a rotação de pastagens não tem qualquer efeito.
· Sabe que estamos na presença desta parasitose.
· Porque é que esta parasitose é tão perigosa para o Homem. 
Pois o homem é um hospedeiro intermediário nesta parasitose, portanto o cisto hidático se desenvolverá e este acaba por ser muito maléfico devido ao seu tamanho, comprimindo estruturas importantes de órgãos vitais. 
Veja se entende porque é que a prevenção destas parasitoses passa sempre por:
1. DESPARASITAR periodicamente o cão (de mês e meio em mês e meio).
2. NUNCA dar ao cão animais crus (por exemplo, os mortos na pastagem).
Taenia solium
· Como o Homem e o porco se infetam.
Os porcos têm o hábito de ingerir fezes e acabam por comer ovos de tênia. Já o homem precisa ingerir carne mal cozida infectada por cisticercos. 
· Como se faz o controlo da parasitose.
Uma boa higiene da exploração dos porcos; desparasitar o hospedeiro definitivo (homem) para diminuir o nº deformas infetantes que são eliminadas nas fezes; impedir que os porcos tenham acesso as fezes humanas (saneamento básico).
· Porque é que aqui também não tem utilidade fazer rotação de pastagens.
Pois não se trata de uma parasitose de pastagens e sim do contato entre fezes humanas e porcos. 
· Como sabe que a doença existe.
Investigação de ovos nas fezes de humanos e inspeção de cisticercos na carne dos porcos.
FASCIOLOSE – a Fasciola hepática é um Platyhelminthes não segmentado (Tremátodo).
1. Como é que o Homem se infeta. 
A Fasciola hepatica é transmitida para o homem a partir do consumo de água ou vegetais crus que contenham formas infectantes desse parasita, isso porque após a eclosão do ovo na água e desenvolvimento no caramujo, há liberação das formas infectantes que deixam a água e as plantas aquáticas, incluindo o agrião, contaminadas.
2. Como é que se faz o controlo desta parasitose.
Controlo químico ou biológico (com peixes) do hospedeiro intermediário;
Impedir o acesso às zonas alagadas; 
Criar valas entre as parcelas para facilitar o escoamento da água;
Desparasitar os animais para diminuir a liberação de ovos nas fezes. 
3. Porque é que neste caso não é lógico (eficiente) usar como prevenção (controlo) a rotação de pastagens.
?
4. Vai a uma exploração. O que vê que lhe diz que poderá existir esta parasitose numa exploração.
Zonas alagadas; presença de caracóis; 
5. Porque é que apenas a visualização de ovos nas fezes dos animais ou das pessoas determinarão que existe esta parasitose num determinado sítio.
?
PARASITOLOGIA – Fernanda Rosa 
Reino Animalia – parasitas
Parasitismo é relação entre os seres vivos, na qual um organismo (o parasita) vive às custas de outro organismo (o hospedeiro), dependendo dele bioquimicamente.
Endoparasitas: vivem em compartimentos do TGI, nas vias respiratórias, no coração, nas vias urinarias e no SN. O ciclo de vida é ovo larvaadulto.
Ectoparasitas: nas aberturas naturais e na pele. Ciclo de vida é ovolarvapulpa/ninfaadulto.
Morfologia:
NEMATELMINTES ou NEMÁTODOS – vermes redondos, macho e fêmea. Ex. Ascarídeos (lombrigas). São pseudocelomados. Dividem-se em nemátodas com bolsa copuladora e sem. 
PLATELMINTES – vermes achatados, hermafroditas e com corpo segmentado ou não. Ex. Schistosoma sp. e Fasciola hepática (trematoda) e tênias (cestoda). São acelomados. 
ACANTHOCEPHALA – cabeça espinhosa; parasitas de peixe, porco e roedores. Parasitas intestinais. Possui macho e fêmea. Formas larvais em HI (crustáceos e insetos).
INSECTA – corpo com cabeça diferenciada do tórax; 3 pares de patas. Ex. pulga.
ARACNIDA – corpo de forma globulosa e sem cabeça definida; 4 pares de patas. Ex. carraças.
Biologia: ciclo direto ou indireto. Se for direto tem um só hospedeiro, como as pulgas. O ciclo indireto significa que há mais de um hospedeiro: HD (forma adulta do parasita) e HI (forma larval).
ESPECIFICIDADE P/ HOSP.: estenoxeno (somente 1 hospedeiro) ou eurixeno (+ de 1 hospedeiro).
Divisões da parasitologia: 
Helmintologia: Platyhelmintes; Nematodas e Acanthocephalas.
Entomologia: estuda os Artropodas – insecta e acarina.
Pentastomida – classificação incerta. 
REFICOFAGE: reinofiloclasseordem famíliagênero e espécie. 
Ações dos parasitas sobre os hospedeiros podem ser:
1. Espoliativa
2. Toxica
3. Mecânica
4. Traumática
5. Irritativa
6. Enzimática
7. Obstrutiva
8. Destrutiva
9. Anóxia 
Helmintes e a imunidade: na fase aguda da infecção, a migração das larvas na mucosa do hospedeiro (intestinal ou de outros órgãos) causa secreção de alarminas (TLSP) e interleucinas (IL) pelas células epiteliais, incluindo a IL-25 e TH2, levando a secreção de uma miríade de citocinas: IL-4, IL-5 e IL-3. Estas citocinas, associadas às céls. TH2, originam hiperplasia das células caliciformes, hipersecreção de muco, eosinofilia, diferenciação de macrófagos e produção de IgG e IgE. As respostas agudas à infecção por helmintes geralmente estão associadas a respostas do tipo alérgico. 
Persistência dos helmintes: infecção crónica assintomática de longa duração, caracterizada por: 
1 - uma resposta linfoproliferativa específica do parasita, silenciosa ou anérgica (sem força) 
2 - e por uma imunidade suprimida a agentes patogénicos, alergénicos, doenças auto-imunes - inflamatórias não relacionadas com o intestino e diabetes tipo II - vacinas, ou metabólicas. 
3 - Susceptibilidade aumentada a co-infecções
CÉSTODOS – Taenia e Echinococcus
Corpo em forma de fita; são segmentados; possuem escólex; são hermafroditas; não tem TGI; apresentam crescimento contínuo pois cada proglotes destacada consegue formar um novo verme. 
Adultos – parasitam tubo digestivo, dutos biliares e pancreáticos de vertebrados 
Larvas – parasitam tecidos de vertebrados e invertebrados – cistos de diferentes tipos 
• Cisticerco (Taenia) 
• Cisto hidático (Echinococcus granulosus) 
• Cenuro (Taenia multiceps)
•Cisticercóide (Moniezia e Anoplocephala)
Os ovos contêm no seu interior um embrião hexacanto (possuem 6 ganchos), também chamado oncosfera, o qual está protegido por uma casca estriada, escura e espessa denominada embrióforo são ingeridos por hospedeiros intermediários. 
Hospedeiro definitivo (HD) se alimenta de tecido do HI contendo formas larvares. No tubo digestivo do HD ocorre a digestão dos tecidos do HI e liberação da larva.
TAENIA SPP.
Taenia solium – possui escólex. O HD é o homem e o HI é o porco (raramente cão, gato, ruminantes, equinos e o próprio homem). 
Localização dos adultos: no intestino delgado humano;
Localização das larvas (cisticercos): no tecido conjuntivo dos músculos sublinguais, mastigadores, diafragma, músculo cardíaco e no cérebro. O cisticerco chama-se Cysticercus celullosae 
Ciclo biológico: o homem ingere a carne de porco contaminada com cisticercos, crua ou mal passada. O cisticerco se transforma em verme adulto no intestino delgado do homem. As proglotes grávidas se destacam e são eliminadas pelas fezes. Os ovos podem ser ingeridos pelos porcos ou por humanos. A oncosfera já no HI migra do intestino para os músculos de eleição, desenvolvendo-se ali e passando a ser um cisticerco preso ao músculo. 
Echinococcus granulosus
HD: cão doméstico
HI: ovinos e homem (acidental). 
Potencial zoonótico: O homem pode adquirir a infecção pela ingestão de oncosferas da pele dos cães ou de alimentos contaminados com fezes de cães, a doença denomina-se hidatidose. Os cistos hidáticos têm crescimento lento e só são evidenciados, muitas vezes, alguns anos após a infecção. A ruptura pode causar choque anafilático e morte. 
O ciclo silvestre envolve predação ou ingestão de cadáveres: canídeos e ovinos. 
Importância econômica: rejeição da carne nos matadouros. 
O adulto se localiza no Int. delgado dos cão e as larvas (cistos hidáticos) migram para os pulmões e fígados do HI. 
O HI se infecta ingerindo ovos nas pastagens ou alimentos contaminados. As oncosferas sobrevivem até 2 anos no ambiente.
O cisto hidatico atinge a maturidade em 6-12 meses. 
TREMATÓDOS – Fasciola hepática e Schistosoma mansoni
FASCIOLOSE: trematódeo hermafrodita que parasita o fígado e a vesícula biliar de bovinos e ovinos, ppt. Também pode infectar, equinos, asininos, coelhos, cervídeos e suínos. Acidentalmente também pode parasitar o homem. 
Sintomas: insuficiência hepática, anemia, emagrecimento, diarreia sanguinolenta e morte. 
Perdas económicas: diminuição da produtividade (carne e leite), aumento do índice de conversão e reprovação dos fígados nos matadouros.
Os parasitas alimentam-se do conteúdo biliar, de produtos da reação inflamatória e de necrose que produzem.
Os ovos (grandes e elípticos) são postos nos canais biliares, são arrastados pela bílis, sendo eliminados juntamente com as fezes. 3. Na água, sob temperatura adequada, ocorre o desenvolvimento embrionário até à forma de miracídio Tem capacidade de nadar e deve infectar o hospedeiro intermediário dentro de três horas.
HI: molusco miracídios esporocistos cercárias.
As cercárias aderem-se a vegetação aquática ou a outro suporte, origina em seguida as metacercáriasencistadas, que são a forma infectante do HD. 
O desenquistamento da metacercaria ocorre no intestino. As larvas migram da parede intestinal para o parênquima hepático e os ductos biliares (demora 2 meses). 
A forma crônica é a mais importante nos bovinos e vem acompanhada de calcificação dos ductos biliares e dilatação da vesícula biliar + fibrose hepática e colangite hiperplásica.
Diagnóstico: epidemiológico – ocorrência sazonal, ocorrência nos habitats dos moluscos, identificação desses HI´s. Necropsia também funciona. E exames laboratoriais de método direto de pesquisa: nas fezes vê-se os ovos de coloração amarelada. ELISA: método de diagnóstico indireto – pesquisa de Ac contra F. hepática. 
A presença de ovos nas fezes de um animal infectado indica a presença da infecção por este parasita.
A ocorrência da fasciolose dependerá: 
1. Do meio ambiente: condições ambientais que permitam o desenvolvimento do ovo e do molusco Lymnaea.
2. Fontes de infecção (animal parasitado) que elimina os ovos com as fezes para o meio ambiente.
No outono e na primavera os moluscos reproduzem-se rapidamente; fezes são arrastadas para as regiões mais baixas e os miracidios eclodem, infectando os moluscos surto.
Paramphistomum spp
HD: as formas adultas no rúmen e reticulo; 
HI: moluscos aquáticos
Ciclo parecido com o da fasciolose. Acomete mais animais jovens. A doença ocorre em áreas alagadas. Ovinos e caprinos também são susceptíveis. 
NEMATODOS – redondos e filiformes
São os mais importantes associados com parasitismo humano e animal. 
Tem dimorfismo sexual e a fêmea é maior. Grande diversidade morfológica. São pseudocelomáticos. 
Podem apresentar lábios que formam lancetas ou cápsulas bucais com dentes ou lâminas cortantes. 
Exemplos: Ancylostoma, Toxocara canis, Haemonchus contortus, Ascaris suum, Dirofilaria immitis, Dioctophyma renale, Oxyuris, Strongyloides, Trichuris.
Cada espécie possui um tipo de alimentação: microrganismos presentes no lúmen intestinal, mucoca, sangue, linfa ou tecido macerado. 
Ovos variados e com cascas diferentes (capacidade de sobreviver no meio ambiente). 
Desenvolvimento: O crescimento da larva é interrompido durante a muda por períodos de letargia, durante os quais a larva não se alimenta e não se move. 
Ovo eclosão L1 L2L3L4 ADULTOS
L3 é a larva infectante.
Geralmente o ciclo de vida dos nematodos é: monoxeno, direto ou heteróxeno, indireto.
Monoxeno, direto: as L3 são ingeridas. 
Heteróxeno, indireto: as duas primeiras mudas das larvas ocorrem dentro do HI, a infecção do HD ocorre pela ingestão do HI ou por inoculação de L3 através de inseto hematófagos. 
Mecanismo adaptativos: 
HIPOBIOSE: Há um bloqueio metabólico, há paragem do desenvolvimento induzida por condições ambientais. Adaptação às mudanças de estação. As larvas nesse estado não são afetadas por antihelminticos. 
Aumento peripuerpal nas contagens de ovos fecais – estado hormonal e diminuição da imunidade;
TRICHURIDA – TRICHURIS SPP – parasita chicote. São encontrados no intestino grosso. 
ANCYLOSTOMA CANINUM – no homem: larva migrans cutânea.
Strongylida –Incluem alguns dos mais importantes parasitas humanos e animais: Ancylostoma, Angiostrongylus, Metastrongylus, Haemonchus, Dictyocaulus, Stephanurus, entre outros; São chamados de nematódeos com bolsa copuladora, pois possuem uma com raios musculares na extremidade posterior dos machos; geralmente têm ciclo direto, mas podem utilizar hospedeiros paraténicos.
INSETOS E SUAS IMPLICAÇÕES EM SAÚDE
FILO: Arthropoda e CLASSE: insecta
Possuem 3 pares de patas; simetria bilateral; corpo dividido em 3 partes e exoesqueleto. 
São vetores mecânicos ou obrigatórios de doenças.
Moscas e mosquitos – dípteros
Pulgas – siphonaptera
Piolhos – phthiraptera
Locais preferenciais das moscas: cabeça, dorso, membros inferiores, base da cauda, região perineal e úbere.
mosca de estábulo: Haematobia irritans, Stomoxys calcitrans.
O desenvolvimento das formas imaturas de insectos (ovo, larvas e pupa) ocorre no solo contaminado com dejectos, urina e palha das camas dos animais, onde a temperatura e a humidade são favoráveis ao seu desenvolvimento
Limiar econômico da mosca de estabulo nos EUA: 2-4 por membro.
Animais em pastoreio: Oestrus spp., Tabanus spp., etc
Tabanídeos: mandíbulas fortes e cortantes, vivem em áreas úmidas, só as fêmeas são hematófagas e tem hábitos diurnos. 
Transmitem trypanosoma evansi
Gastrophilus spp: a larva ataca a mucosa do estomago de quinos. 
Simulídeos: larvas vivem na água. Femeas hematófagas e diurnas. 
Mosquitos: transmitem leishmaniose, dirofilariose e malária. 
Pulga: transmite peste bulbonica e Yersinia pestis e Dypilidium caninum. As mordidas irritam a pele e causam dermatites. 
Piolho dos bovinos: localizam-se na barbela e nos ombros. 
IXODIDAS – como diferenciar fêmea e macho? Machos geralmente são menores que as fêmeas e apresentam escudo rígido que cobre toda a face dorsal. 
· Género Amblyomma
· Género Boophilus
· Género Dermacentor
· Género Haemaphysalis
· Género Hyalomma
· Género Ixodes
· Género Rhipicephalus
CONSEQUECIAS: 
· Diretas: reações alérgicas, paralisia, anemia. 
· Indiretas: babesiose, anaplasmose, erliquiose, borreliose, rickettsiose, febre Q (coxiella burnetti)
Outros ácaros importantes (cães e gatos): sarcoptes, notoedres, cnemidocoptes, demodex.
CONTROLE
HIDATIOSE: desparasitar o cão;
FASCIOLOSE (indireto): 
1. Eliminação da fonte de infecção: tratamento de todos os animais presentes na área de risco com ou sem sintomas. 
2. Destruição dos moluscos: é quase impossível eliminar todos os moluscos, no entanto, deve-se tentar reduzir a população para níveis mínimos. O miracídio tem pouco tempo de vida e necessita penetrar no molusco dentro de poucas horas após sua eclosão. Empregar molusquicidas (muito onoroso e pouco ecológico); Drenar as áreas húmidas (economicamente mais vantajoso e ecológico); Eliminação da vegetação aquática modificando o habitat dos moluscos (apresenta algumas dificuldades de implementação). 
3. Evitar áreas de pastagens pantanosas e alagadiças. Os ovos precisam de locais húmidos para os eu desenvolvimento embrionário e Metacercárias estão presente na vegetação. 
TRICHURIS (direto): Aplicação de medidas de higiene nas instalações e nos espaços exteriores; Rotação de pastagens; recolha das fezes dos animais de companhia + DESPARASITAÇÃO. 
OXYURIS EQUI (direto): Aplicação de medidas de higiene nas instalações e nos espaços exteriores; Rotação de pastagens + DESPARASITAÇÃO DO CAVALO. 
DIROFILARIA IMMITIS (indireto): Aplicação de quimioterapia profilática; Uso de repelentes de insetos; Evitar frequentar zonas pantanosas (locais de ocorrência do inseto vector) + Desparasitar cães e gatos. 
Stomoxys calcitrans: Eliminar as condições favoráveis ao desenvolvimento das formas imaturas de insetos com asas através da aplicação de medidas de higiene nos estábulos, parques e pastagens;
Ácaros (ixodídeos): desparasitar os animais; 
-Ações de sensibilização sobre saúde pública veterinária em escolas/educação ambiental. 
Dypilidium caninum: cão ingere pulgas com larvas de Dypilidium. Parasita adulto ataca a mucosa intestinal. Proglotide grávida é liberada nas fezes. Ovos de Dypilidium são ingeridos pelas pulgas e ali ficam até o estádio de pulpa. 
1. Porque é que deve primeiro desparasitar externamente e depois internamente? O controle das pulgas, à priori, encerra o ciclo biológico do Dypilidium, pois não haverá mais um hospedeiro intermediário no qual os ovos se desenvolvem até pulpa. Após a deleção das pulgas pode-se desparasitar o animal internamente para matar as formas adultas que estão no intestino deles.

Continue navegando