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Resumo de Metodologia Científica (1)

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Metodologia Científica 
Gilnei da Rosa 
 
Unidade 02: 
Metodologia: É o “estudo dos métodos”; “caminho, meio para atingir 
um fim”. É a forma pela qual se constrói conhecimento. 
Sempre que temos dúvida ou queremos saber sobre algo, fazemos 
uma pesquisa. Nos dias atuais buscamos na internet todos os tipos 
de informação para satisfazer nossas dúvidas e internet. 
Academicamente falando, a pesquisa é um procedimento 
organizado, racional e sistemático para se construir conhecimentos. 
Toda pesquisa, para ser realizada, precisa seguir um método. O 
método científico é o caminho da ciência para chegar a um objetivo. 
A metodologia científica são as regras estabelecidas para o método 
científico. 
O conhecimento científico bastante divulgado e conhecido na 
atualidade tem suas origens no século XVI, com o desenvolvimento 
e os avanços trazidos pela modernidade europeia, o renascimento 
cultural e o iluminismo. Para o Iluminismo, o conhecimento somente 
poderia ser considerado verdadeiro se fosse evidente pela razão e 
não pelos sentidos. Até então, o senso comum, a Filosofia e o 
conhecimento religioso eram as únicas formas de explicação da 
realidade. O conhecimento pode ser interpretado como uma relação 
que se estabelece entre o sujeito (aquele que quer saber, que tem 
curiosidade, indagações) e o objeto (aquilo que se quer conhecer, 
que guarda um enigma, que precisa ser desvendado). A maneira 
como o sujeito irá revelar esse objeto é que se manifesta em 
diferentes tipos de conhecimento. 
Senso comum: é o conhecimento adquirido por meio de vivências 
construídas no dia a dia e que se dá pela relação e interação 
contínua com o meio ambiente ou meio social. É construído por 
tentativas que resultam em erros ou acertos, sem seguir um 
processo sistematizado ou lógico. Esse conhecer as coisas de 
maneira superficial, por informação ou experiência casual, é o que 
caracteriza o conhecimento vulgar ou senso comum. 
Filosofia: a Filosofia remete ao esforço da razão pura para 
questionar os problemas que envolvem os seres humanos e discernir 
entre o certo e o errado recorrendo somente à razão humana. A 
Filosofia parte do uso da razão e da reflexão para chegar ao 
fundamento das coisas. A Filosofia parte do questionamento das 
verdades do senso comum, procurando construir verdades com base 
na lógica e na racionalidade. 
Ciência: o método científico é baseado na razão, na lógica e na 
experimentação, o que lhe dá características diferentes do 
pensamento filosófico, que não parte da experimentação. O 
nascimento do pensamento científico está situado em meados do 
século XVI e acontece dentro de um contexto histórico e social 
determinado principalmente pela gênese do modo de produção 
capitalista. Desse momento histórico em diante, as transformações 
que se operam decorrem das necessidades impostas pelos 
processos de acumulação, que requerem mais conhecimentos sobre 
navegações, clima, formas de produção em maior escala e menor 
tempo, o que leva aos inventos e construções cada vez mais 
elaborados e sofisticados. Portanto, nenhuma forma de 
conhecimento e de interpretação da realidade que existia poderia dar 
essas respostas, de forma a favorecer as condições apropriadas de 
exploração e transformação com vistas à produção. Era preciso um 
conhecimento que explicasse como incrementar o desenvolvimento 
das forças produtivas, e isso não era encontrado nem nos mitos, nem 
na religião, nem na filosofia. Daí o surgimento de um conhecimento 
que permitia conhecer os fenômenos em suas causas e efeitos, por 
meio de um procedimento denominado experimental. A ciência tem 
reconhecidamente uma utilidade prática. Por meio do conhecimento 
científico se encontra o entendimento dos fenômenos, para além de 
sua aparência identificando causas e efeitos. Por meio da ciência se 
desenvolveu o conhecimento de forma a tornar-se tão especializado 
que é possível, por exemplo, buscar cura para doenças, criar 
aparatos tecnológicos dos mais diversos. 
A ciência precisa de comprovação e essa comprovação requer 
vários procedimentos, uma vez que, se assim não for feito, não há 
como classificar o conhecimento produzido como científico. Por isso, 
a disciplina de metodologia visa apresentar os procedimentos 
necessários para a produção de conhecimento científico. 
 
Unidade 02: 
O método científico é composto de etapas que visam levar a resposta 
aos problemas para, assim, construir o conhecimento. 
A observação pode ser considerada a etapa inicial do método 
científico. Observar os fenômenos é ficar atento ao que ocorre não 
apenas na sociedade, mas ao redor. Em seguida, vem a formulação 
de um problema. O problema estará relacionado ao que você 
observou e que por sua condição se configura como uma situação 
problema, por exemplo, o constante atraso nas entregas das 
mercadorias numa empresa. Outro elemento do método científico é 
o levantamento de informações referenciais. Isso está relacionado à 
obtenção de fontes de informações sobre o assunto que nos 
interessa investigar. Agora vem a formulação das hipóteses. A 
hipótese é uma resposta provisória ao problema colocado. Essa 
resposta é provisória por quê? Porque precisa ser testada para ver 
se efetivamente responde ao problema elaborado. A predição é a 
etapa em que a hipótese será testada, pode-se dizer que é o meio 
formal de testar uma hipótese, tradicionalmente diz-se que a 
estatística é fundamental nessa etapa. A experimentação é outra 
etapa do método científico, que estabelece a manipulação e a 
comparação dos resultados. A análise fecha o conjunto de 
elementos do método científico, uma vez que é a etapa em que se 
confirmam efetivamente as hipóteses. 
A pesquisa científica, quando ao seu objetivo, pode ser dividida em 
3: 
Pesquisa exploratória: pesquisas que visam aprimorar ideias sobre 
algum assunto, objetivando criar maior familiaridade com o 
problema. Na maioria das vezes, assumem a forma de pesquisa 
bibliográfica ou estudo de caso. 
Pesquisa descritiva: São pesquisas que visam descrever as 
características de determinada população ou fenômeno, ou 
descobrir a existência de associação entre variáveis. 
Pesquisa explicativa: São pesquisas que visam aprofundar o 
entendimento da realidade, explicando a razão das coisas. Nem 
sempre é possível aplicar esse tipo de pesquisa em ciências sociais 
por valer-se quase que exclusivamente do método experimental. 
Para facilitar o processo de pesquisa, recomenda-se que os 
estudantes façam fichamentos. 
Esse termo nos remete à palavra ficha, que significa cartão em que 
se anotam documentos arquivados, livros catalogados de 
bibliotecas, ou também folha de papel ou pedaço de cartão em que 
se fazem apontamentos para serem usados posteriormente na 
realização dos mais diversos trabalhos de pesquisa. Orienta-se que 
nessas fichas estejam presentes, de forma bastante objetiva, todas 
as informações que normalmente se requer num estudo científico: o 
nome do autor, nome da obra, edição, local da publicação, editora e 
ano da publicação. 
Também recomenda-se que os estudantes façam resumos e 
resenhas de obras lidas. O resumo é o trabalho de síntese e 
sistematização das ideias de um texto. A resenha é um texto em que 
seu produtor precisa apresentar a apreciação crítica de uma obra, 
deixando claro seu posicionamento em relação ao que foi escrito. 
 
Unidade 03: 
A pesquisa científica é pautada em dados objetivos, evidências e 
demonstração. Mas como aplicar a ciência quando o objeto de 
estudo se trata do ser humano e da vida em sociedade? Como 
explicar os fenômenos sociais com base nos mesmos critérios 
científicos das ciências da natureza? Para resolver essa questão, 
surgiu o campo das ciências sociais, que visa explicar os aspectos 
da vida em sociedade. 
A pesquisa em ciências sociais segue três correntes básicas ou 
paradigmas:(paradigmas são um conjunto de princípios que 
orientam a realização de uma pesquisa) 
Positivismo Lógico: se origina nos estudos de Augusto Comte, 
grande defensor da ciência e dos instrumentos quantificantes e 
dados objetivos para prever e determinar a ação humana. Para ele, 
a análise da vida em sociedade somente poderia ser feita por meio 
da observação e análise de dados mensuráveis e estatísticos. 
Estruturalismo: se origina dos estudos de Claude Lévi Strauss. 
Strauss busca entender e compreender as relações de um fenômeno 
dentro da estrutura social. Pra ele nada existe isolado, mas precisa 
ser compreendido dentro de um todo que é a vida em sociedade. 
Materialismo dialético: originado nos estudos de Marx, 
compreende que a realidade está sempre em profunda 
transformação, ,movida pelas contradições internas e pela luta de 
classes. A realidade precisa ser compreendida a partir do viés 
econômico e dos meios de produção. 
Além disso, nas ciências sociais, as pesquisas costumar ser 
divindades em qualitativa de quantitativa. Na pesquisa quantitativa a 
ênfase está na coleta de dados e estatísticas, procurando o controle 
e a objetividade sobre um fenômeno estudado. Por outro lado, a 
pesquisa qualitativa busca revelar aspectos de uma realidade que 
nem sempre são visíveis ou quantificáveis, buscando sondar a 
subjetividade e motivações dos sujeitos. 
Toda pesquisa acadêmica é precisa por um Projeto de Pesquisa. O 
Projeto de Pesquisa é um documento elaborado para nortear e 
organizar o projeto de pesquisa. Entre os elementos obrigatórios de 
um projeto de pesquisa estão: Introdução, tema, delimitação do 
tema, problema de pesquisa, objetivos (dividido em geral e 
específicos), justificativa, referencial teórico, metodologia e 
referências bibliográficas. 
A metodologia presente no projeto de pesquisa delineará todos os 
procedimentos necessários para a coleta de dados. A colega de 
dados se dá por meio da pesquisa bibliográfica, quando buscamos 
em outros autores, ideias e conhecimentos para ampliar a nossa 
compreensão sobre o tema estudado. Além disso, podemos coletar 
dados em uma pesquisa, por meio da pesquisa em documentos, 
questionários, entrevistas e observação. 
Para a divulgação dos resultados de uma pesquisa, se faz um artigo 
científico, que é composto dos seguintes itens obrigatórios: Título, 
nome dos autotes, resumo e palavras-chave em português; resumo 
e palavras-chave em língua estrangeira; introdução, 
desenvolvimento, conclusão e referências. 
Para a elaboração de projetos de pesquisa e artigos científicos, 
usamos as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas 
Técnicas). Entre as principais regras podemos citar: 
- Os textos devem ser apresentados em papel branco, formato A4, 
fonte Arial ou Times New Roman, no tamanho 12 para todo o corpo 
do texto. 
- As As folhas devem apresentar margem esquerda e superior de 3 
cm; direita e inferior de 2 cm. 
- Todo o texto deve ser digitado com espaço 1,5 entrelinhas, 
excetuando-se as citações de mais de três linhas que deve ser feitas 
com recuo de 4 cm da margem, tamanho 10 e espaço simples. O 
espaçamento entre parágrafo, antes e depois deve ser de 0 pontos. 
- Todo parágrafo deve iniciar com recuo “primeira linha” de 1,25 
Linhas. 
- Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os 
precede ou que os sucede por um espaço de 1,5 (uma linha em 
branco antes e outra depois do título). 
 
Unidade 04: 
Citações: 
Citar é mencionar no texto de sua autoria informações advindas de 
outras fontes, garantindo os direitos autorais, porém comunicando 
via texto escrito que essa ideia, conceito, ou o que seja, não são de 
sua elaboração, mas de outra pessoa ou entidade. A citação pode 
ser direta ou indireta: 
Citação direta: é quando usamos uma parte do texto de outro autor 
em nossa escrita. Quando a citação direta tiver menos de três linhas 
é escrita no mesmo padrão do texto, sendo colocada entre aspas e, 
ao final menciona-se o autor no seguinte formato (SOBRENOME, 
ano, página). Quando a citação tiver mais de três linhas, ela é 
transcrita com recuo de 4 cm do resto do texto, em tamanho 10 e 
espaço simples. Ao final da citação, colocar se o autor no formato 
(SOBRENOME, ano, página). Não se usa aspas nesse caso. A 
citação recuada é precedida e sucedida por uma linha em branco no 
tamanho 12 e espaço 1,5. 
Citação indireta: é quando usamos a ideia de um autor em nosso 
texto, ou ainda quando remetemos aos escritos ou obra de outros 
autores. Nesse caso, o usamos a fonte sempre no formato 
(SOBRENOME, ano). Quando citamos o autor no texto, usamos o 
formato Sobrenome (ano). Por exemplo: “De acordo com Freire 
(2010)....”. 
Referências: 
Toda obra ou autor que for citado no texto, devem constar ao final do 
mesmo numa lista de referências bibliográficas. As referências é um 
lista com as informações completas da obra e autores citados no 
trabalho. As referências sempre seguem a ordem: 
 
SOBRENOME, Nome; SOBRENOME; Nome. Título da obra em 
Negrito: subtítulo se houver. Edição ou tradução se houver. 
Cidade:Editora, ano. 
 
Citação de capítulo de livros em uma obra: 
SOBRENOME, Nome. Título do capítulo ou artigo em Negrito. In: 
SOBRENOME, Nome; SOBRENOME; Nome. (orgs) Título da obra 
em Negrito: subtítulo se houver. Edição ou tradução se houver. 
Cidade:Editora, ano. 
 
Citando artigo da internet: 
SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome. Título do artigo em 
Negrito: subtítulo se houver. Nome da Revista ou evento em que foi 
publicado. Número, volume e ano se houver. Disponível em: colocar 
link do trabalho. Acesso em: (colocar data em que o trabalho foi 
acessado). 
 
Citação de Legislação. 
A categoria compreende a Constituição, as emendas 
constitucionais, as medidas provisórias, os decretos e outras 
resoluções. Os elementos essenciais a serem incluídos na 
referência são jurisdição, título, numeração, data e dados da 
publicação. Se necessário, podem-se acrescentar informações 
complementares. Exemplos: 
BRASIL. Código civil. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995. 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição: República Federativa 
do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. 
 
SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 2268, de 30 de junho de 1997. 
Regulamenta a lei n. 9434 de 04 de fevereiro de 1997, que dispõe 
sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para 
fins de transplante e tratamento e dá outras providências. Diário 
Oficial do Estado, São Paulo, 1 jul. 1997. Seção 1, p. 13739.

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