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TERMOMETRIA CLÍNICA

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TERMOMETRIA CLÍNICA
-avaliar o estado geral do paciente 
- características: pouco invasivo, baixo risco de dano à saúde do animal, rápida obtenção do resultado, baixo custo financeiro
Espécies homeotérmicas: são capazes de manter a temperatura dentro de certos limites, independente da variação da temperatura do ambiente.
	- animais de sangue quente
	- espécies domésticas (mamíferos e aves)
Espécies Pecilotérmicas: temperatura corporal varia conforme a temperatura do ambiente
	- grande variação
	- animais de sangue frio
	- répteis, anfíbios e peixes
Temperatura corporal: determinada pelo balanço entre o ganho de calor e perda de calor
	- equilíbrio entre termogênese e termólise
	- termogênese: metabolismo, fígado, coração, musculatura esquelética
	- termólise: respiração, excreção, sudorese
Fisiopatologia da Termorregulação
- a manutenção da temperatura corporal depende do centro termorregulador, ou termostato, localizado no hipotálamo, que é sensível às variações da temperatura corporal interna como da superfície cutânea.
- receptores térmicos nas vísceras e na pele que informam ao termostato as variações
- temperatura ambiental diminui: produção de calor (termogênese), vasoconstrição periférica, piloereção, diminuição da freqüência respiratória
- temperatura ambiental aumenta: vasodilatação periférica, aumento na freqüência respiratória, sudorese.
Técnicas de Aferição da Temperatura
- palpação externa: dorso da mão, em diferentes regiões, principalmente região abdominal e extremidades. A temperatura da mão do examinador e a temperatura da pele do animal são alguns fatores que prejudicam a palpação externa.
- termômetros clínicos (de mercúrio e digitais)
Métodos de aferição:
- contenção adequada: o termômetro de mercúrio pode quebrar no ânus do animal
- abaixar coluna de mercúrio
- limpeza pré e pós aferição
- lubrificação da extremidade (bulbo), principalmente em pequenos animais
- introduzir 1/3 do termômetro, com movimentos giratórios e deslocando lateralmente, para entrar em contato com a mucosa retal
- via retal é a via de convenção. Se o animal apresentar proctite (inflamação do ânus), a vulva ou o prepúcio podem ser o local preferencial, levando em conta que a temperatura nesses locais é um pouco inferior aos obtidos no reto
Características de um bom termômetro:
- sensibilidade: os digitais são os mais sensíveis
- precisão: determinar a temperatura real com pequena margem de erro
- rapidez: máximo 2 minutos
Causas de Erro:
- defecação e enema (administração de liquidos pelo reto, para fim terapêutico) recente
- introdução pouco profunda
- pouco contato do bulbo com a mucosa retal ou contato da mão do examinador com o bulbo
- penetração de ar no reto (cauda erguida)
- processo inflamatório retal (proctite)
- tempo inadequado
Fatores fisiológicos X Temperatura corporal
- Variação nictemeral (circadiana): variação da temperatura entre a noite e o dia. Animais com hábitos diurnos têm uma temperatura maior durante o dia e a noite decresce e vice versa.
- Ingestão de alimentos: aumento do metabolismo basal (maior atividade das glândulas digestivas) e movimentos mastigatórios.
- Ingestão de água fria: quando ingerida em grandes quantidades, pode reduzir a temperatura. Mais freqüente em eqüinos
- Idade: quanto mais jovem o animal, mais elevada vai ser a temperatura, por o centro termorregulador não estar completamente desenvolvido e o elevado metabolismo desses animais
- Sexo: fêmeas no cio e em gestação apresentam temperatura mais elevada
- Estado nutricional: animais desnutridos apresentam uma temperatura menor devido ao metabolismo basal baixo. Animais neonatos, bezerros privados do colostro ou leite.
- Esforço físico: faz elevar a temperatura consideravelmente. 
Glossário Termométrico
- Normotermia: valores da temperatura dentro dos limites para cada espécie
- Hipertermia: elevação da temperatura corporal sem alteração do termostato hipotalâmico
	- aumento da termogênese, sem aumento significativo da termólise
	- termo utilizado para alterações de origem não inflamatória
	- pode ser:
		1) Retenção de calor: a irradiação e a condução de calor estão reduzidas em relação a sua produção. Ambientes quentes e úmidos, sem ventilação. É mais difícil para o animal perder calor nesses ambientes pois não ocorre resfriamento corporal por evaporação com eficácia.
		2) Esforço: trabalho muscular exaustivo, aumento acentuado do calor sem perda correspondente
		3) Mista: hipertermias de retenção e de esforço ocorrem ao mesmo tempo. Se a termogênese aumenta e a termólise permanece normal, haverá hipertermia por produção de calor, se a termogênese permanece constante e a termólise é insuficiente, haverá hipertermia por retenção de calor.
	- principais causas: temperatura do ambiente e umidade do ar elevada, exercício, convulsões, desidratação, pêlos ou lã em excesso, obesidade, confinamento e/ou transporte sem ventilação adequada
	- mecanismos de termólise:
		1) Irradiação: transferência direta de calor por ondas eletromagnéticas para o ambiente mais frio
		2) Evaporação: transformação de água do estado liquido para o gasoso pela superfície cutânea, vias aéreas superiores e mucosas. Respiração e sudorese
		3) Condução: perda de calor por contato direto com o ambiente, como pisos, paredes e equipamentos.
- Síndrome Febre: a febre ou pirexia é a elevação da temperatura corporal acima de um ponto crítico e ocorre em decorrência do aparecimento de algumas doenças
	- Febre benéfica: estimula formação de anticorpos e outras reações de defesa e impede, de certa forma, a multiplicação excessiva de alguns microrganismos.
	- Febre maléfica: maior velocidade de todos os processos metabólicos, causa rápida depleção do glicogênio hepático, acentua a perda de peso, a sudorese agrava a perda de líquidos e causa desidratação e desequilíbrio eletrolítico grave. Com temperaturas acima de 42,5º C, a função celular fica prejudicada e há perda de consciência.
Origem da febre: alguns microrganismos e antígenos podem produzir febre, e são chamados de pirógenos endógenos. O pirógeno endógeno causa febre por precipitar a liberação de citocinas ou de pirógenos endógenos, que são armazenados e liberados pelas células de defesa do pulmão, da medula óssea, do fígado e baço, os quais alteram o ponto fixo do centro termorregulador do hipotálamo
	- Febre Séptica: relacionada com o processo infeccioso, por substancias pirogênicas de origem microbiana.
	- Febre Asséptica: não está relacionada com a ocorrência de infecções e é causada por agentes físicos (queimaduras), mecânicos (traumas) ou químicos (vacinação, alergia, anafilaxia de origem medicamentosa)
	- Febre Neurogênica: ocorre como resultado de convulsões e contrações musculares (epilepsia, compressão do hipotálamo por neoplasias), traumatismo da medula espinhal, principalmente na região cervical, produz febre de origem irregular, por afetar as vias sensitivas e efetoras do hipotálamo
Porque a febre é considerada uma síndrome?
Pois apresenta, além da elevação da temperatura, várias outras alterações na mucosa (secas, sem brilho na tentativa de reter água), pele e focinhos (sem brilho e seco), sistema circulatório (taquicardia), sistema respiratório (taquipnéia), sistema digestório (defecação reduzida), sistema urinário (oligúria) e sistema nervoso (animal deprimido)
Três estágios de febre:
Ascensão ou de aparecimento: fase inicial, aumento progressivo da temperatura, período de viremia (invasão do agente). Quando o ponto fixo do centro termorregulador aumenta e atinge um nível acima do normal, todos os mecanismos para a elevação da temperatura corporal são ativados, incluindo a conservação do calor e o aumento da sua produção. O corpo se ajusta como se aquela fosse sua verdadeira temperatura. Ocorre vasoconstrição periférica e o animal demonstra frio e tremores.Acme ou “fastígio”: a temperatura atinge seu limite máximo e há estabilização térmica. Os tremores desaparecem.
Defervescência: declínio da temperatura, calor excessivo. Observa-se um decréscimo por lise (redução lenta, pode demorar alguns dias) ou por crise (redução abrupta, temperatura volta em poucas horas)
Tipos de febre:
- Simples ou típica: acompanha os três estágios, temperatura permanece elevada com pouca flutuação. Temperatura alta por vários dias, podendo cair em virtude da recuperação ou da morte do animal
- Remitente: temperatura permanece elevada durante grande parte do dia, caindo em intervalos curtos e irregulares, sem voltar aos valores normais
- Intermitente: períodos intercalados sendo normotermios ou hipertermicos. Ex: malária
- Atípica: curso irregular, grandes oscilações de temperatura em um mesmo dia.
- Hipotermia: redução da temperatura interna abaixo dos níveis de referencia. 
	- ocorre por perda excessiva de calor ou produção insuficiente
	- termólise > termogênese
	- causas: toxinas, traumas, septicemias, neonatos

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