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APS Fenomenologia

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Ao longo da história da humanidade, o homem buscou encontrar uma definição acerca de si mesmo e de sua existência. Tais indagações sempre estiveram presentes nos pensamentos humanos clamando por uma resposta, com isso, filósofos buscaram responder essas questões, cada um em sua época e com diferentes linhas de raciocínio, sendo o Existencialismo uma dessas linhas. Essa corrente tem sua origem em meados do século XIX com Kierkegaard, mas somente após a Segunda Guerra Mundial é que atinge seu ápice com Heidegger e Jean-Paul Sartre e tem como fundamento compreender a existência humana como um fenômeno singular, concreto, afetivo e histórico. Diferente de outras correntes, o pensamento existencialista, nega uma essência universal ao homem, dizendo que a “existência precede a essência”, ou seja, o indivíduo constrói o sentido da sua vida ao longo da sua existência. Dessa forma, o homem tem liberdade para poder escolher qual caminho seguir e é responsável ativamente pela construção da sua história e pelas suas escolhas. É em Heidegger, na obra Ser e Tempo, que encontramos o conceito de Dasein – Ser-aí ou Ser-no-mundo – desconstruindo o sujeito como um ser absoluto, e estreitando ainda mais a sua relação com o contexto sócio histórico da sua época, ou seja, coloca o sujeito como um ser indeterminado inserido em sua própria narrativa temporal. 
Dessa forma, esse “Ser” é responsável por sua existência e livre para fazer escolhas, construindo seu próprio sentido de vida, mas a mercê dos preconceitos de sua época. Com isso, podemos acabar transferindo a responsabilidade pelo sofrimento para o outro, desviando-nos do que faz sentido para nós e indo de acordo com as concepções do outro, e a partir disso o resultado seria a angustia, que gera uma “crise existencial” sobre nós, sobre nossos significados e a nossa finitude. A Daseinsanalyse, é um método clínico de análise terapêutica, fundamentado na teoria de Heidegger, e que tem como seus precursores os psiquiatras Ludwig Binswanger e Medard Boss, e atua sobre as angústias do Dasein. Ou seja, ela foca na relação entre o ser-aí de Heidegger com os problemas existências como, por exemplo, o tédio e angustia que são sentimentos do qual o ser humano não pode fugir. Sendo assim, o projeto de mundo é um projeto de um sentido de existência que o ser-aí cria pra si, sendo ele mesmo o responsável pelas consequências. 
Já a Logoterapia é centrada na busca pelo sentido da vida, ou seja, na força motivadora que nos mobiliza à ir adiante. Sendo esse sentido diferente para cada indivíduo e que pode variar de momento para momento, ou mesmo de cada etapa da existência. Ou seja, o que importa é o sentido para o sujeito naquele momento específico, podendo abarcar diversos aspectos da sua vida, como por exemplo: amor, carreira, riqueza, autor reconhecimento, sucesso etc. 
No artigo Sentido da vida na fase adulta e velhice, Sommerhalder, faz um levantamento bibliográfico sobre a definição e o sentido da vida dado por diversos grupos de faixas etárias, gêneros e culturas diferentes. Seus achados, embora evidenciem quais aspectos são compartilhados entre os grupos, demonstram a diversidade de significados de sentido da vida que os indivíduos, como seres únicos, podem atribuir à sua existência. 
A partir disso, fica evidente que a Logoterapia bebe diretamente de fontes como Daseinsanalyse e do Existencialismo, uma vez que compreende o sujeito como um ser único e inseparável do contexto sócio histórico.

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