Buscar

AULA 5 - SUCESSÃO LEGÍTIMA

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
SUCESSÃO LEGÍTIMA
ART 1829
Caráter subsidiário - 1788
ORDEM E CONCORRÊNCIA
SUCESSÃO DOS DESCENDENTES
ART 1829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I – aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares.”
SUCESSÃO DOS DESCENDENTES
SUCESSÃO DOS DESCENDENTES
SUCESSÃO DOS DESCENDENTES
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DIREITO DAS SUCESSÕES. CÔNJUGE. REGIME DE SEPARAÇÃO CONVENCIONAL DE BENS.
HERDEIRO NECESSÁRIO. CONCORRÊNCIA COM DESCENDENTES. POSSIBILIDADE.
1. A Segunda Seção desta Corte firmou o entendimento segundo o qual, no regime de separação convencional de bens, o cônjuge sobrevivente possui a qualidade de herdeiro necessário e concorre com os descendentes do falecido. A concorrência somente fica obstada quando se tratar de regime da separação legal de bens prevista no art.
1.641 do Código Civil.
2. Agravo regimental não provido.
(AgRg no AREsp 187.515/RS, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 19/09/2017, DJe 05/10/2017)
 
SUCESSÃO DOS DESCENDENTES
CIVIL. DIREITO DAS SUCESSÕES. CÔNJUGE. HERDEIRO NECESSÁRIO. ART.
1.845 DO CC. REGIME DE SEPARAÇÃO CONVENCIONAL DE BENS. CONCORRÊNCIA COM DESCENDENTE. POSSIBILIDADE. ART. 1.829, I, DO CC.
1. O cônjuge, qualquer que seja o regime de bens adotado pelo casal, é herdeiro necessário (art. 1.845 do Código Civil).
2. No regime de separação convencional de bens, o cônjuge sobrevivente concorre com os descendentes do falecido. A lei afasta a concorrência apenas quanto ao regime da separação legal de bens prevista no art. 1.641 do Código Civil. Interpretação do art. 1.829, I, do Código Civil.
3. Recurso especial desprovido.
(REsp 1382170/SP, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, Rel. p/ Acórdão Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 22/04/2015, DJe 26/05/2015)
 
SUCESSÃO DOS DESCENDENTES
 OBJETIVO DO LEGISLADOR: separar a meação da herança, assim, quando o cônjuge é meeiro não é herdeiro, quando é herdeiro não é meeiro.
SUCESSÃO DOS DESCENDENTES
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer.
SUCESSÃO DOS DESCENDENTES
O cônjuge recebe o mesmo quinhão que receberem os descendentes.
Em relação à reserva de ¼, se o cônjuge concorrer somente com os descendentes do falecido, não haverá a reserva. 
Sucessão híbrida: quando o cônjuge concorre com descendentes comuns e descendentes exclusivos do autor da herança. Abrem-se duas correntes:
a. majoritária – havendo sucessão híbrida, não se deve fazer reserva da quarta parte do cônjuge. Os descendentes são privilegiados em detrimento do cônjuge (Enunciado 527)
b. minoritária – havendo sucessão híbrida, deve ser feita a reserva da quarta parte ao cônjuge, tratando-o como descendente comum.
SUCESSÃO DOS ASCENCENDENTES
ART. 1829.
II – aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge.
SUCESSÃO DOS ASCENCENDENTES
SUCESSÃO DOS ASCENCENDENTES
SUCESSÃO DOS ASCENCENDENTES
SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE
Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente.
SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE
CRÍTICAS:
EC 66/2010-
PRAZO?
CULPA?
SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE
 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge sobrevivente. 
SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE
SUCESSÃO DO COMPANHEIRO
ART. 1790 – INCONSTITUCIONAL
Ementa: Direito constitucional e civil. Recurso extraordinário. Repercussão geral. Aplicação do artigo 1.790 do Código Civil à sucessão em união estável homoafetiva. Inconstitucionalidade da distinção de regime sucessório entre cônjuges e companheiros. 1. A Constituição brasileira contempla diferentes formas de família legítima, além da que resulta do casamento. Nesse rol incluem-se as famílias formadas mediante união estável, hetero ou homoafetivas. O STF já reconheceu a “inexistência de hierarquia ou diferença de qualidade jurídica entre as duas formas de constituição de um novo e autonomizado núcleo doméstico”, aplicando-se a união estável entre pessoas do mesmo sexo as mesmas regras e mesas consequências da união estável heteroafetiva (ADI 4277 e ADPF 132, Rel. Min. Ayres Britto, j. 05.05.2011) 2. Não é legítimo desequiparar, para fins sucessórios, os cônjuges e os companheiros, isto é, a família formada pelo casamento e a formada por união estável. Tal hierarquização entre entidades familiares é incompatível com a Constituição de 1988. Assim sendo, o art. 1790 do Código Civil, ao revogar as Leis nº 8.971/1994 e nº 9.278/1996 e discriminar a companheira (ou o companheiro), dando-lhe direitos sucessórios bem inferiores aos conferidos à esposa (ou ao marido), entra em contraste com os princípios da igualdade, da dignidade humana, da proporcionalidade como vedação à proteção deficiente e da vedação do retrocesso. 3. Com a finalidade de preservar a segurança jurídica, o entendimento ora firmado é aplicável apenas aos inventários judiciais em que não tenha havido trânsito em julgado da sentença de partilha e às partilhas extrajudiciais em que ainda não haja escritura pública. 4. Provimento do recurso extraordinário. Afirmação, em repercussão geral, da seguinte tese: “No sistema constitucional vigente, é inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros, devendo ser aplicado, em ambos os casos, o regime estabelecido no art. 1.829 do CC/2002”.
(RE 646721, Relator(a):  Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão:  Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 10/05/2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-204 DIVULG 08-09-2017 PUBLIC 11-09-2017)
SUCESSÃO DOS COLATERAIS 
ART. 1829.
IV – aos colaterais.
ART. 1839.  Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau.
SUCESSÃO DOS COLATERAIS 
SUCESSÃO DOS COLATERAIS 
SUCESSÃO DOS COLATERAIS 
SUCESSÃO DOS COLATERAIS 
SUCESSÃO DOS COLATERAIS 
SUCESSÃO DOS COLATERAIS 
DIREIRTO DE REPRESENTAÇÃO
1851/CC – ocorre quando a lei chama parentes de falecido a suceder, como se vivo fosse o herdeiro.
O herdeiro mais próximo exclui o mais remoto. Traduz um direito de os sucessores do herdeiro pré-morto ou do excluído – por indignidade – da sucessão receberem a parte que caberia ao próprio representado.
representação em linha reta descendente – 1852/CC – não há na linha ascendente. Os netos são chamados a herdar no lugar do pai falecido.
DIREIRTO DE REPRESENTAÇÃO
linha colateral ou transversal – 1853/CC – em favor dos filhos de irmãos do falecido, quando com irmãos deste concorrerem.
 Há dois irmãos vivos e um sobrinho, filho de um irmão pré-morto, que receberá no lugar do seu pai. Assim, apenas o sobrinho tem direito de representação no lugar do seu pai, pré-morto.
Logo, na linha colateral o direito de representação limita-se aos sobrinhos, já que os filhos dos sobrinhos – sobrinhos-netos – não poderão herdar por representação.
1854/CC – O efeito básico é que o representado herda como se fosse o herdeiro pré-morto ou o excluído. Havendo um único representante, ele herda a totalidade, havendo mais, a quota-parte será dividida
DA HERANÇA JACENTE
ART 1819 CC – quando não há herdeiros, ou os mesmos são desconhecidos, nem testamento, ocorre a situação de haver patrimônio e ninguém para sucedê-lo.
Jaz significa que está situado, assim, a herança está estabelecida,
mas não há destinatário conhecido.
Nessa situação, visando administrar o patrimônio, o Estado determina a arrecadação do patrimônio, e, enquanto não surgem herdeiros, um curador nomeado à essa herança jacente providencia a regularização dos ativos e passiva da massa patrimonial.
DA HERANÇA JACENTE
ART 1820. Praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário, serão expedidos editais na forma da lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira publicação, sem que haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação, será a herança declarada vacante.
 Se após essa organização não aparecem herdeiros, no prazo de um ano, a herança jacente (provisória, portanto) converte-se em vacante.
Assim, vacante é a ausência de herdeiros ou a renúncia dos conhecidos – 1823/CC.
Com a declaração da vacância, aguarda-se o prazo de cinco anos, a partir da abertura da sucessão, para o que Estado consolide seu domínio sobre os bens.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando

Outros materiais