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A família Brontë

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A família Brontë
Charlotte, Anne e Emily
O sobrenome original da família era "Brunty", mas o pai, Patrick, um pastor anglicano de origem irlandesa, trocou-o pelo mais invulgar "Brontë". 
Depois de passar por várias paróquias, acabou por se estabelecer com a família — a mulher, Maria Branwell, e seis filhos — em Haworth, Yorkshire, em 1820. Pouco depois, a senhora Brontë faleceu (1821). Em 1825 as duas crianças mais velhas morreram também, vítimas de tuberculose.
Após a morte de Maria Branwell, uma irmã sua solteira mudou-se para a residência dos Brontë para cuidar das crianças. 
As quatro crianças sobreviventes, três futuras escritoras e um rapaz, tiveram uma infância infeliz. Charlotte e Emily frequentaram a escola durante algum tempo, mas, após a morte das duas irmãs mais velhas, o pai trouxe-as para casa, com a intenção de educá-las ele próprio. No entanto, não se empenhou nessa tarefa.
Muito jovens ainda, os irmãos entretinham-se a escrever histórias e compor revistas: Charlotte criou o mundo imaginário de Angria, de que conservam cerca de uma centena de pequenas histórias, entre 1829 e 1839. 
Emily e Anne criaram o seu próprio mundo imaginário em 1834, sobre o qual escreveram até 1845, mas todos esses escritos se perderam. 
O irmão chegou a colaborar com Charlotte, ilustrando os seus textos.
Como o irmão revelava um certo talento para a pintura, as irmãs associaram-se para lhe custear os estudos. Procuraram obter recursos financeiros, empregando-se como professoras e governantas, mas a separação e o afastamento de casa faziam-nas sentir infelizes.
Para se manterem unidas, decidiram montar uma escola de meninas e, para isso, Charlotte e Emily dirigiram-se a Bruxelas com o objetivo de aprenderem línguas e algumas noções de administração escolar. O projeto, no entanto, não vingou por falta de alunas. 
O irmão, Patrick Branwell, deixava-se arrastar progressivamente para uma vida dissoluta, com frequentes crises de embriaguez.
Charlotte propôs às irmãs publicarem uma coletânea de poemas das três, o que fizeram com custo próprio e usando pseudônimos masculinos. "Poems by Currer, Ellis and Acton Bell" foi publicado em 1846. Os pseudônimos escondiam na letra inicial a verdadeira identidade das autoras.
Durante a infância e adolescência as três irmãs desenvolveram fortes laços entre elas, apesar de durante algum tempo terem se separado devido às obrigações profissionais como governantas e professoras. Seguramente há diferenças entre elas, perceptíveis nas obras, mas as três recusaram o papel secundário e passivo que a sociedade burguesa do século XIX atribuía à mulher.
Apesar de obterem algumas críticas favoráveis, o livro constituiu um fracasso comercial. No entanto não desistiram. No ano seguinte conseguiram arranjar um editor. Charlotte publicou "Jane Eyre", Emily, "O Morro dos Ventos Uivantes" (Wuthering Heights) e Anne, "The Tenant of Wildfell Hall". O romance de Charlotte obteve um sucesso imediato, mas os livros das irmãs passaram quase despercebidos. O romance de Emily (O Morro dos ventos uivantes) foi mal acolhido pela crítica, que condenava a sua dureza e a brutalidade das personagens. No entanto, com o tempo, acabou por se impor como uma obra significativa da literatura inglesa, o que tem sido confirmado por sucessivas traduções e reedições.
Emily e Anne morreram em1848 e 1849, respectivamente. 
De Anne saiu ainda uma segunda obra, "Agnes Grey" (1848). 
Charlotte sobreviveu algum tempo e pôde ainda publicar dois outros romances ("Shirley", em 1849, e "Vilette", em 1853); uma outra novela, "The Professor", veio a ser publicada em 1855. Acabou por falecer, como os irmãos, em 1855 (1854?). Antes disso teve ainda a oportunidade de receber o reconhecimento dos meios literários ingleses, nomeadamente William M. Thackray.
Foi na era Vitoriana, no auge da industrialização e da política colonial que o Império Britânico proveu os centros globais com suas produções industriais. Além do enriquecimento da classe burguesa da Inglaterra, a era vitoriana se caracterizou também pela rigidez de princípios moralistas e por uma típica solidez política, temas estes abordados nas obras das três irmãs.
Crescendo em uma Inglaterra Vitoriana, Charlotte e suas irmãs foram inspiradas em autores românticos da época como William Wordsworth e Lord Byron. 
Como irmãs e autoras, se apoiaram mutuamente, dividiram ideias criativas e corrigiam seus trabalhos.
Currer Bell/Charlotte Brontë – LIFE
Life, believe, is not a dream
So dark as sages say;
Oft a little morning rain
Foretells a pleasant day.
Sometimes there are clouds of gloom,
But these are transient all;
If the shower will make the roses bloom,
O why lament its fall?
Love and Friendship – Emily Brontë
Love is like the wild rose-briar,
Friendship like the holly-tree --
The holly is dark when the rose-briar blooms
But which will bloom most constantly?
The wild-rose briar is sweet in the spring,
Its summer blossoms scent the air;
Yet wait till winter comes again
And who will call the wild-briar fair?
Then scorn the silly rose-wreath now
And deck thee with the holly's sheen,
That when December blights thy brow
He may still leave thy garland green. 
Night – Anne Brontë
I love the silent hour of night,
For blissful dreams may then arise,
Revealing to my charmed sight
What may not bless my waking eyes! And then a voice may meet my ear
That death has silenced long ago;
And hope and rapture may appear
Instead of solitude and woe.
Cold in the grave for years has lain
The form it was my bliss to see,
And only dreams can bring again
The darling of my heart to me.

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