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FACULDADE ANHANGUERA DE RIO GRANDE CURSO DE DIREITO JADE CORRÊA DE OLIVEIRA VICTÓRIA ARAÚJO MODALIDADES LICITATÓRIAS: Modalidades e tipos de licitação RIO GRANDE 2019 JADE CORRÊA DE OLIVEIRA VICTÓRIA ARAÚJO MODALIDADES LICITATÓRIAS: Modalidades e tipos de licitação Trabalho apresentado ao Curso de direito da Faculdade Anhanguera de Rio Grande com a finalidade de obtenção de nota da avaliação parcial do segundo bimestre. RIO GRANDE 2019 Introdução Por primeiro, cabe definir o que é licitação. Segundo a determinação disposta no livro Curso de Direito Administrativo, de Marçal Justen – norteador deste trabalho -, trata-se de “um procedimento administrativo disciplinado por lei e por um ato administrativo prévio, que determina critérios objetivos visando a seleção da proposta de contratação mais vantajosa e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável, com observância do princípio da isonomia, conduzido por um órgão dotado de competência específica.” (página 481, ed. 11). À “grosso modo”, trata-se de um procedimento administrativo formal de competição entre particulares, destinado a contratar obra, serviço, compra ou alienação. Em síntese, toda a vez que a administração pública entender ser necessária a contratação de serviço ou obra, ou qualquer outra coisa que for propiciar a apropriação de recursos públicos por particulares, como a efetuação de compras, por exemplo, deverá seguir um rito processual; e isso justamente porque trata-se de ato que dispenderá de recursos que são públicos (DA COLETIVIDADE!), e não particular! Por isto, o agente público, em hipótese alguma, poderá, a seu bem entender, destinar recursos para a compra de tal coisa, ou para a realização de tal obra... O rito processual consiste em: 1º (etapa interna/preparatória) – a adm. Pública deverá desenvolver atividades administrativas voltadas a identificar (objetivamente) suas necessidades, conceber uma solução técnica para o seu atendimento, determinar a viabilidade econômica e jurídica da contratação, elaborar a minuta de um instrumento contratual, e verificar o que é mais viável: a competição entre particulares (licitar) ou a contratação direta. Tais atos visam a evitar desperdício, tanto de tempo quanto de recursos públicos, bem como de iniciar projetos inviáveis. Inclusive, o não exaurimento desta etapa enseja em invalidação de decisões posteriores. OBS: Normalmente, essa 1ª fase é chamada de fase/etapa interna da licitação, o que é considerado um erro, pois não, necessariamente, se concluirá pela licitação; por vezes, procede-se à contratação direta. Ao concluir esses procedimentos preliminares (etapa interna), a adm. Pública deverá restar ciente de informações necessárias e qual ser a solução contratual cabível, chegando à conclusão de que irá contratar ou não; e, caso contrate, se irá licitar ou contratar diretamente. A opção por licitar ensejará na seguinte etapa: 2º (etapa externa – LICITAÇÃO) – Determinada pelo artigo 37, XXI, CF/88, a licitação é norteada pelos seguintes princípios: Legalidade Como todo o ato da administração pública! Deve observar não somente a Lei geral das licitações (8.666/93), mas também as normas específicas dispostas no edital – em que são dispostos critérios objetivos para ser contratado; Proporcionalidade Também presente em todos os atos administrativos! Neste caso – de licitação -, “conversa” bastante com o ato de escolher a proposta mais vantajosa; Impessoalidade e objetividade do julgamento Os critérios para a escolha (o julgamento) da proposta mais vantajosa jamais deve ser pautada em pessoalidade! Ao contrário, deve obedecer a critérios OBJETIVOS, estipulados com antecedência. O ideal é que, mesmo trocando os agentes públicos envolvidos num processo de licitação, que se chegue ao mesmo resultado, demonstrando que houve imparcialidade no resultado; Moralidade e probidade A honestidade é critério que deve ser seguido tanto por agentes da adm. Pública quanto pelos particulares envolvidos no processo licitatório; Publicidade É o regulador dos princípios anteriores. Através deste, se reprime (ou deveria reprimir) a irregularidade nos atos administrativos; ainda, possibilita o amplo acesso dos interessados ao certame. Eficiência É a busca pela harmonia entre honestidade e boa intenção, e conveniência sob o ponto de vista da gestão de recursos públicos. DA DISTINÇÃO ENTRE MODELOS E TIPOS LICITATÓRIOS Qual a diferença entre modalidade e tipos de licitações? As pessoas confundem muito essas duas características da licitação, porque se prendem ao termo geral e não buscam entender a técnica do processo. Na verdade, modalidade e tipos de licitação são classificações distintas, utilizadas em todos os processos licitatório. Então é bom conhecer… A modalidade da licitação é expressa no edital e definida segundo a lei 8.666/93, que é a Lei de Licitações e Contratos. O que vai determinar a escolha é o tipo de objeto que vai ser licitado, ou seja, se é um bem, obra ou serviço específico. E também qual o valor da compra final. As modalidades de licitação previstas na lei são: concorrência; tomada de preços; convite; concurso e leilão. Já o tipo é a forma como será feita a escolha da melhor proposta. Também deve ser previsto no edital. E é de extrema importância conhecer esse assunto para preparar sua proposta e vencer qualquer tipo de licitação. Explicaremos a seguir! Concorrência: É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem ter os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. Considerada a mais ampla de todas. Pode ser utilizada em compras de qualquer valor, mas algumas contratações exigem o uso dessa modalidade. Por exemplo, nos contratos acima de R$ 3.300.000,00 no caso de obras e serviços de engenharia e licitações com valor acima de R$ 1.430.000,00 para compras de bens e serviços comuns. DEPOIS: TIPOS DE LICITAÇÃO MODELOS DE LICITAÇÃO Entenda mais sobre tipos de licitações O tipo de licitação nada mais é que o critério de julgamento que será utilizado para definir qual proposta vencerá o certame. Ou seja, qual é a mais vantajosa e obedece aos critérios do edital. Os tipos de licitação são quatro e também estão previstos na lei 8666/93, no art.45, § 1º. Possuem características e exigências específicas, com prazos e ritos distintos. São eles: menor preço, melhor técnica, técnica e preço e maior lance ou oferta. #1 Menor preço Esse tipo de licitação tem como objetivo buscar a proposta que seja mais vantajosa para a administração em termos de valores. Como o próprio nome diz, ganha a proposta que apresentar o valor menor pelo bem ou serviço. Não esquecendo que todos os requisitos no edital devem ser atendidos prioritariamente. #2 Melhor técnica No tipo de licitação Melhor Técnica a escolha da proposta mais vantajosa leva em conta fatores de ordem técnica. Segundo a lei, deve ser usado exclusivamente para serviços de natureza intelectual, como no caso de elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral. Também pode ser usada em elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos. #3 Técnica e preço O tipo de licitação Técnica e Preço é obrigatório na contratação de bens e serviços de informática e também nas modalidades tomada de preços e concorrência. Nele, o licitante apresenta sua proposta e documentação em três envelopes distintos. Um para a habilitação, outro para a proposta técnica e outro com o preço. Após a fase de habilitação, as propostas técnicas são avaliadas por uma comissão. Passa-se então à avaliação e classificação das propostas técnicas, e à abertura das propostas de preço. Concluídas essas fases os licitantes serão classificados de acordo com a média ponderada das notas de preço e de técnica. Vencerá a empresa que obtiver a maior média ponderada entre as notas técnica e de preço. #4 Maior lance ou oferta É o tipo de licitação usado, exclusivamente, para casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso. Bibliografia Justen Filho, Marçal. Curso de Direito Administrativo / Marçal Justen Filho. – 11. Ed. Revista, atualizada e ampliada – São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2015. https://nicollynavartovicis.jusbrasil.com.br/artigos/454564087/direito-administrativo-modalidades-de-licitacao https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/533714/licitacoes_e_contratos_administrativos_1ed.pdf?sequence=1&isAllowed=y
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