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RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO Métodos cromatográficos aplicados ao controle de qualidade CONSIDERAÇÕES ● Cromatografia é uma técnica de separação de substâncias por meio da interação da substância entre uma fase móvel (FM) e uma fase estacionária (FE) ● Os elementos básicos pra uma cromatografia são: amostra, FM e FE ● A cromatografia só começa após o tempo morto o Tempo morto (tm) é o tempo necessário para a eluição completa de uma substância que não interage com a FE. Só interage com a FM ● Quanto maior o tempo de retenção maior a afinidade da substância pela FE ● O tempo de retenção ajustado é dado pela seguinte fórmula traj = tr – tm Onde: traj = tempo de retenção ajustado tr = tempo de retenção tm = tempo morto ● Tipos de cromatografia o Preparativa ▪ Método de purificação e separação o Analítica ▪ Método de identificação e quantificação ● Intensidade do sinal (Área do pico) o Quantificação o Depende da quantidade de substância presente na amostra ● Tempo de retenção o Qualificação o Depende da estrutura química CROMATOGRAFIA ANALÍTICA QUALITATIVA ● Identificação o Se o tr do padrão e da amostra for o mesmo, não é possível ter certeza que trata-se da mesma substância o Se o tempo for um pouquinho diferente, não pode-se dizer que não é a substância de interesse, já que isso pode ter ocorrido por pequenas oscilações do sistema cromatográfico 1 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO o Para ter certeza quanto a identificação, deve-se utilizar cromatógrafos acoplados a detectores que gerem espectros ▪ HPLC-MS ▪ HPLC-DAD (Detector de arranjo de diodos) ● Gera um espectro de UV ▪ GC-MS ▪ GC-FID (Detector de ionização por chama) ● Gera íons que vão ser detectados ▪ HPLC-UV ▪ HPLC-RID o Para ter certeza quanto a identificação, pode-se utilizar também, a retenção relativa (α) α = trR − tmtraj − tm Onde: trR = tempo de retenção do referência tm = tempo morto traj = tempo de retenção do padrão CROMATOGRAFIA ANALÍTICA QUANTITATIVA ● A intensidade do sinal cromatográfico gerado é proporcional a quantidade de matéria ● Parâmetros avaliados o Área (concentração) o Altura (%) o Peso do papel (massa) ● Métodos o Padronização interna e externa ▪ Vantagens em relação a padronização externa ● Usa-se razão de áreas o Não há problema em injetar mais amostra ou não ● O padrão interno sofre os mesmos processos que a amostra, o que diminui os erros o Padronização externa o Normalização de áreas ▪ Σ áreas A + B + C 100% Área A A% Área B B% Área C C% o Padronização interna FASE MÓVEL ● Deve ser isento de metais pesados e substâncias que absorvam radiação ● Deve ser filtrada e degaseificada o A presença de gás desestabiliza a linha de base o Métodos de degaseificação ▪ Vácuo ▪ Ultrassom ▪ Fluxo gás hélio ● Regime de eluição o Isocrático ▪ Mesma proporção dos componentes da FM até o fim da cromatografia ▪ Mais reprodutível 2 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO o Em gradiente ▪ Começa com uma proporção e termina com outra ▪ Consegue separar substâncias mais difíceis COLUNA ● Fase Normal o Para compostos polares o Mecanismo → interação hidrofílica ▪ Polar-polar ▪ Ligação de hidrogênio ▪ Dipolo-dipolo ● Fase Reversa o Mecanismo de retenção → interações hidrofóbicas e forças de Van der Waals OUTROS PARÂMETROS IMPORTANTES EM UMA CROMATOGRAFIA ● Fluxo da FM ● Volume de injeção ● Comprimento de onda de leitura ● Quantidade de amostra Cromatografia aplicada ao controle de qualidade DEFINIÇÃO DE CROMATOGRAFIA ● Cromatografia é uma técnica de separação de substâncias por meio da interação da substância entre uma fase móvel (FM) e uma fase estacionária (FE) ● Os elementos básicos pra uma cromatografia são: amostra, FM e FE APLICAÇÕES ● Preparativa o Purificação ● Analítica o Identificação ▪ Tempo de retenção o Quantificação ▪ Área do pico CLASSIFICAÇÕES ● FM o Cromatografia gasosa (GC) ▪ Gás-sólido ▪ Gás-líquido o Cromatografia líquida (LC) ▪ Líquido-líquido ▪ Líquido-sólido ● Objetivo o Analítica o Preparativa ● Suporte utilizado na cromatografia o Coluna o Planar (cromatografia de camada delgada (TLC), papel) ● Princípio de separação o Adsorção 3 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO ▪ Princípio → contato físico entre duas superfícies ▪ FE → sólida ▪ FM → líquida ou gasosa o Partição ▪ Princípio → contato físico entre duas superfícies ▪ FE → líquida ▪ FM → líquida ou gasosa o Exclusão molecular ▪ Princípio → partículas grandes são “excluídas”, ou seja, vão percorrer apenas o caminho externo e não o interno. As partículas pequenas se perdem no gel. Essa técnica separa as substâncias por diferença de raio hidrodinâmico molecular ▪ FE → gel com porosidade de dimensões moleculares (apresenta pequenas esferas) ▪ FM → líquida o Cromatografia de troca iônica ▪ Princípio → equilíbrios de troca entre íons em solução e íons de mesmo sinal na superfície de um sólido (resina ou polímero de alta massa molecular e insolúvel) ▪ FE → coluna de troca iônica ou troca catiônica o Cromatografia de afinidade ▪ Princípio → interação entre a substância de interesse com um ligante específico quimicamente ligado a um gel ou resina ▪ FE → gel ou resina MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS ● TLC o Cromatografia planar o Em geral por adsorção o Cromatografia líquida o Vantagens ▪ Método prático/versátil ▪ Robustez ▪ Barato ▪ Permite visualização total do cromatograma ▪ Análise de múltiplas amostras ▪ Método flexível (permite troca de FM) o Desvantagens ▪ Baixa eficiência (baixo número de pratos) ▪ Sensibilidade limitada ▪ Depende da habilidade do operador ▪ Difícil obter quantificação confiável ● GC o Feita em geral por partição ▪ GC - FE sólida → tem poucas aplicações ▪ GC - FE líquida → maior parte das GC o Usa-se coluna o Misturas que podem ser separadas por GC ▪ Misturas cujos constituintes sejam voláteis ou possam ser volatilizados (derivatização) 4 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO ▪ De forma geral, a GC é aplicável para separação e análise de misturas cujos constituintes tenham ponto de ebulição até 300° C e sejam termicamente estáveis o Vantagens ▪ Alto número de pratos teóricos ▪ Alta resolução ▪ FM nãorequer descarte o Desvatagens ▪ Requer analito termicamente estável ▪ Derivatização para volatilização ▪ Depende de padrão interno (injeção manual) o Usos ▪ Determinação de impurezas ▪ Quantificação e caracterização de óleos ● Ex: Derivatização/ Transesterificação TG → GLICEROL + ÉSTERES DE ÁCIDOS GRAXOS MeOH/ HCl Resultado do cromatograma = pico dos ésteres e do glicerol em diferentes regiões o Gás de arraste ▪ Nitrogenio (em geral) ▪ Outros (hidrogênio e gás inerte) o Injeção da amostra ▪ Injeção direta com seringa o Tipos de colunas ▪ Empacotada● Recheada com sólido pulverizado (FE sólida ou FE líquida depositada sobre as partículas do recheio) ▪ Capilar ● Paredes internas recobertas com um filme fino (fração de µm) de FE líquida ou sólida o Gradiente de temperatura (forno) ▪ Auxilia na separação de substâncias ● ↑T ↑Resolução ● HPLC o Tipos de separação ▪ Partição ▪ Adsorção ▪ Troca iônica o Feito em coluna o Cromatografia clássica ▪ Solvente + FE + Coluna + Algodão o HPLC x Cromatografia clássica ▪ Partículas pequenas compõem a coluna ▪ Uso de bombas de alta pressão para eluição da FM (mantém fluxo constante) ▪ FM de alta pureza e isenta de gases ▪ Válvulas de injeção com alça de amostragem (“loop”) ● Não precisa de padrão interno, já que a injeção é automática o Vantagens da HPLC sobre a cromatografia clássica ▪ “Loop” em HPLC 5 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO ▪ Cromatografia líquida com ampla aplicação o Colunas ▪ Adsorventes ● Sílica (SiO2), alumina (AlO3) e florisil (silicato) → fase normal ▪ Adsorventes quimicamente ligados o Grupo polar → fase normal o Grupo apolar → fase reversa o FM ▪ Cromatografia de fase normal ● Solventes apolares o Hexano, acetato de etila, diclorometano ▪ Cromatografia de fase reversa ● Solventes polares o Metanol, acetonitrila, água e tampões aquosos o A mistura dos dois primeiros com água e tampões aquosos aumenta a polaridade da FM o Fase reversa ▪ Vantagens ● Trabalha com solventes menos tóxicos ● A fase normal requer solvente extremamente seco (caro) ● Compatível com gradiente ● Fase reversa equilibra mais rápido que a fase normal após troca de solventes o Coluna de guarda ▪ Pré-coluna o Detectores ▪ Classificação ● Universais o Detecta totalidade dos componentes da amostra o GC-FID, HPLC-RID ● Seletivos o Detecta substâncias com características em comum o HPLC-UV, HPLC-fluorescência ● Específicos o Só detecta aquilo que é de interesse o HPLC, GC, MS (também é universal) PREPARO DE AMOSTRA PARA ANÁLISE POR HPLC ● Objetivos o Reduzir carga de material particulado o Remover interferentes o Concentrar componentes de interesse ● Opções o Filtração o Centrifugação o Precipitação seletiva o Extração líquido-líquido o Extração sólido-líquido Análise farmacopeica MATÉRIA-PRIMA ● Identificação 6 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO o Método A ▪ Propriedades físico-químicas → ponto de fusão, índice de refração, viscosidade, etc o Método B ▪ Propriedades químicas (reações químicas) → formação de precipitados, cristais ou desenvolvimento de cor, etc o Método C ▪ Métodos físicos → infravermelho (IR), cromatografia, HPLC, ultravioleta-visível (UV-Vis), etc o Método D ▪ Propriedades organolépticas → cor, aspecto do pó ou cristal, etc ● Teor (doseamento) ● Ensaios de pureza o Impureza é tudo o que não deveria estar presente em determinada substância o Classificação das impurezas → conhecidas e não conhecidas o Analisam-se as mais prováveis, ou seja, as que estão relacionadas com a síntese ou origem da matéria-prima o Principais → metais pesados, produtos de degradação, substâncias relacionadas (restos de síntese) o Ensaios feitos para evitar problemas com estabilidade e toxicidade, e também, serve como indicador de purificação Obs: o ensaio de cloretos serve como indicador de purificação, pois demonstra de forma indireta a presença de outras substâncias solúveis em água que podem comprometer a qualidade do produto final PRODUTO ● Identificação o Método A ▪ Métodos físicos → TLC, HPLC, IR, etc ● Geralmente, a amostra deve passar por um processo extrativo, já que os excipientes podem interferir com o resultado da análise o Método B ▪ Métodos químicos ● Outros testes que devem ser feitos no produto o Substâncias relacionadas ▪ Produtos de degradação ▪ Restos de produtos de síntese ▪ Reação entre os fármacos o Umidade ▪ Porque fazer? A presença de água livre, mesmos em pequena concentração, acelera reações de degradação, tanto por reações químicas quanto por contaminação microbiológica o Ensaios de performance ▪ Dureza ● Apenas indicativo ▪ Friabilidade ▪ Desintegração ▪ Dissolução ▪ Uniformidade de dose unitária ▪ Uniformidade de peso o Doseamento 7 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO ▪ Em geral, utiliza-se 20 comprimidos para realizar esse teste CLASSIFICAÇÃO DA ANÁLISE DO PRODUTO ● Segundo estado físico ● Quanto às formas de liberação o Imediata o Modificadas ▪ Prolongada ● Vai liberando as poucos. Ex: insulina ▪ Retardada ● Só libera em local específico ESPECIALIDADE FARMACÊUTICA ● A especialidade farmacêutica é o medicamento industrializado, cuja fabricação é regulamentada por normas governamentais, com fórmula conhecida e de ação terapêutica comprovada, embalado de modo uniforme e comercializado com um nome convencional, sendo, portanto, o produto oriundo da indústria farmacêutica com registro na ANVISA, e, disponível no mercado FORMAS FARMACÊUTICAS ● Sólidas o Comprimidos, cápsulas, tabletes, glóbulos, pós, aglomerados, pílulas, pastilhas ● Líquidas o Soluções (soluções parenterais de grande volume), xaropes, suspensões, linimentos (bálsamos), elixires, espíritos ● Semissólidas o Cremes, géis, pomadas, unguentos, emplastos, supositórios PARA COMPRIMIDOS DE HIDROCLOROTIAZIDA (HCTZ) ● Identificação o Feito por TLC o Pesar o equivalente a 10 mg de HCTZ o Solubilizar em 10 mL de acetona o Aplicar na placa o Fase móvel acetato de etila (100%) o Padrão: 10 mg/ 10 mL de acetona ● Determinação de peso o Pesar 20 comprimidos → obter a média o Calcular ± 15% em relação a média obtida ▪ Nenhuma unidade pode estar fora desse intervalo o Calcular ± 7,5% em relação a média obtida ▪ Duas unidades podem estar fora desse intervalo ● Dureza o Determinar a resistência a ruptura o Colocar o comprimido da mesma forma no equipamento, ou seja, mesma direção e lado ● Friabilidade o Condições ▪ 25 rpm por 4 minutos → 100 rotações ▪ Usar 20 comprimidos o O peso final não pode variar mais que 1,5 % em relação ao peso inicial ● Desintegração 8 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO o Colocar 6 comprimidos no equipamento o O tempo necessário para completa desintegração não pode ser superior a 6 minutos ● Doseamento o Pesar 20 comprimidos o Triturá-los o Pesar equivalente à 30 mg de HCTZ o Transferir para balão de 100 mL e adicionar NaOH 0,1M (não completar) o Agitar por 20 minutos o Completar o volume do balão o Filtrar o Recolher 5 mL do filtrado e transferi-lo para um novo balão de 100 mL o Completar com água ● Espectrofotométrico o Aa Ca = Ap Cp o a Cp x x 100 x C = 5 100 1 1000 o a 2 x Cp x C = Ap Aa Qualificação/ Validação de sistemas, processos e equipamentos CONCEITO ● A validação, segundo o 32th Report da OMS (WHO Technical Report Series 823, 1992), é o ato documentado que atesta que qualquer procedimento, processo, equipamento,material, operação ou sistema realmente conduza aos resultados esperados VALIDAÇÃO E QUALIFICAÇÃO ● A validação e a qualificação possuem, essencialmente, o mesmo conceito. O termo qualificação é normalmente usado para equipamentos, utilidades e sistemas, enquanto validação se aplicada a processos. Assim, a qualificação constitui-se uma parte da validação. No entanto, existem casos onde se utiliza o termo “validação”, inclusive em substituição ao termo “qualificação” PLANO MESTRE DE VALIDAÇÃO (PMV) ● O PMV deve conter os elementos chave do programa de validação. Deve ser conciso e claro, bem como conter, no mínimo: o Uma política de validação o Estrutura organizacional das atividades de validação o Sumário/relação das instalações, sistemas, equipamentos e processos que se encontram validados e dos que ainda deverão ser validados (status atual e programação) o Modelos de documentos (ex: modelo de protocolo e de relatório). Estes modelos poderão constar no PMV ou estarem referenciados em outro documento o Planejamento e cronograma. O planejamento deve levar em conta a matriz acima mencionada. O PMV requer atualização contínua e deve prever treinamentos e outros requisitos específicos para a condução da validação o Controle de mudanças o Referências cruzadas ● No caso de projetos de maior dimensão, como a construção de uma nova fábrica, muitas vezes é melhor elaborar um PMV separado daquele dedicado às antigas instalações. Em tais casos, o PMV deve ser parte do gerenciamento do projeto como um todo 9 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO QUALIFICAÇÃO ● A qualificação deve estar completa antes da validação ser conduzida. O processo de qualificação deve constituir-se em processo sistemático e lógico, bem como ser iniciado pelas fases de desenho das instalações, equipamentos e utilidade ● Dependendo da função e operação do equipamento, utilidade ou sistema, em determinadas situações, somente se fazem necessárias a qualificação de instalação (IQ) e a qualificação de operação (OQ). Os equipamentos, utilidades e sistemas devem ser periodicamente monitorados e calibrados, além de ser submetidos a manutenção preventiva ● Os principais equipamentos, bem como as utilidades e sistemas críticos, necessitam da IQ, OQ e PQ, uma vez que seu mau funcionamento pode afetar a qualidade do medicamento ● Qualificação de desenho o A qualificação de desenho fornece evidências documentadas de que as especificações do desenho foram atendidas ● Qualificação de instalação e qualificação de operação o Qualificação de instalação ▪ Uma qualificação de instalação satisfatória requer, como documentação mínima, a identificação e documentação dos requerimentos de manutenção de cada item instalado e a relação de instruções de operação e trabalho dadas pelo fornecedor, bem como requerimentos de limpeza e manutenção o Qualificação operacional ▪ É um exercício orientado para as funções de engenharia geralmente referidas como comissionamento. Estudos das variáveis críticas (parâmetros) da operação de equipamentos ou sistemas definirão as características críticas para operação de um sistema ou subsistema. Todos os equipamentos de teste devem ser identificados e calibrados antes do uso. Os métodos de teste devem ser aprovados e implementados e os dados resultantes, coletados e avaliado ▪ É importante nesse estágio garantir que todos os dados de testes operacionais estejam em conformidade com os critérios de aceitação pré-determinados para os estudos realizados ▪ É esperado que, durante a qualificação operacional, o fabricante desenvolva os procedimentos operacionais padrão, em formato de rascunho, para os equipamentos, serviços de operação, atividades de limpeza, requerimentos de manutenção e cronogramas de calibração. Um procedimento efetivo de controle de mudanças deve ser operacional e deve cercar todo o projeto desde o estágio pré-planejamento até a aprovação final do exercício de validação de processo ● Qualificação de desempenho o A qualificação de desempenho deve fornecer evidência documentada de que as utilidades, sistemas ou equipamentos e todos os seus componentes possam funcionar de forma consistente dentro das suas especificações em sua rotina de trabalho o Os resultados de teste devem ser coletados por um período de tempo, de forma a comprovar consistência VALIDAÇÃO ● Tipos de validação 10 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO o As validações podem ser prospectivas, concorrentes ou retrospectivas, dependendo de quando a validação foi conduzida o Validação prospectiva ▪ Os fatores/parâmetros críticos que podem afetar a qualidade do produto acabado devem ser determinados durante a fase de desenvolvimento do produto. Para isso, o processo produtivo deve ser “quebrado” em fases, a fim de que cada fase seja avaliada individualmente o Validação concorrente ▪ Em certos casos, é adequado validar um processo durante sua produção de rotina, por exemplo, no caso de diferentes concentrações do mesmo produto, tendo sido uma delas validada anteriormente, e ainda nos casos de diferentes formas de comprimidos ou processos bem conhecidos. É essencial que os sistemas e equipamentos a serem utilizados durante a validação tenham sido corretamente qualificados anteriormente o Validação retrospectiva ▪ A validação retrospectiva é baseada na revisão histórica de dados a fim de fornecer evidências documentadas de que o desempenho do processo objeto do estudo seja aquele esperado Uniformidade de dose unitária para comprimidos de hidroclorotiazida INTRODUÇÃO ● A uniformidade das doses unitárias de formas farmacêuticas pode ser avaliada por dois métodos: o Variação de peso o Uniformidade de conteúdo UNIFORMIDADE DE CONTEÚDO ● Para determinar a uniformidade de doses unitárias pelo método de uniformidade de conteúdo separar, no mínimo, 30 unidades. Analisar, individualmente, 10 unidades conforme indicado na monografia individual para o doseamento. Calcular o valor de aceitação (VA). ● Doseamento o Pesar cada comprimido separadamente, e em seguida, agitar cada um com 50 mL de hidróxido de sódio 0,1 M durante 20 minutos. Diluir para 100 mL com o mesmo solvente. Homogeneizar e filtrar. Diluir com água até concentração de 0,0015% (p/v). Preparar solução padrão agitando quantidade do pó, equivalente a 25 mg de hidroclorotiazida, com 50 mL de hidróxido de sódio 0,1M durante 20 minutos. Medir as absorbâncias das soluções em 273 nm, utilizando água para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C7H8ClN3O4S2 nos comprimidos a partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os cálculos considerando A (1%, 1 cm) = 520, em 273 nm VARIAÇÃO DE PESO ● Para determinar a uniformidade de doses unitárias pelo método de variação de peso separar, no mínimo, 30 unidades e proceder conforme descrito para as formas farmacêuticas indicadas. A quantidade de fármaco por unidade é estimada a partir do resultado do doseamento e dos pesos individuais, assumindo-se distribuição homogênea do componente ativo. As quantidades individuais estimadas (xi) são calculadas segundo a equação: 11 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO xi = pi × A/P Em que: pi = pesos individuais das unidades ou dos conteúdos das unidades testadas A = quantidade de componente ativo, expressa em porcentagem da quantidade declarada, determinada no doseamento P = peso médio das unidades utilizadas no doseamento ● Pesar, exatamente e individualmente, 10 comprimidos. A partir do resultado do doseamento e do peso individual de cada comprimido, estimar a quantidade de componente ativo em cada unidade e expressar os resultados individuais em porcentagem da quantidade declarada. Calcular o valor de aceitação (VA) CRITÉRIOS ● Aplicar os critérios a seguir, tanto para uniformidade de conteúdo como para variação de peso. O produto cumpre o teste de uniformidade de doses unitárias se o valor de aceitação calculado para as 10 primeiras unidades testadas não é maior que L1. Se o valor de aceitação for maior que L1, testar mais 20 unidades e calcular o valor de aceitação. O produto cumpre o teste de uniformidade de doses unitárias se o valor de aceitação final calculado para as 30 unidades testadas não é maior que L1 e a quantidade de componente ativo de nenhuma unidade individual é menor que (1 - L2 × 0,01) M ou maior que (1 + L2 × 0,01) M. A menos que indicado de maneira diferente na monografia individual, L1 é 15,0 e L2 é 25,0. Equivalência e bioequivalência farmacêutica MEDICAMENTOS BIOEQUIVALENTES ● Dois medicamentos são considerados bioequivalentes se quando administrados na mesma dose molar, nas mesmas condições experimentais, não demonstrarem diferenças significativas na quantidade e na velocidade de fármaco absorvido BIODISPONIBILIDADE ● Indica a velocidade e extensão de absorção de uma substância ativa de uma forma de dosagem ● Biodisponibilidade indica a velocidade e a extensão em que uma substância é liberada de sua forma farmacêutica e absorvida, tornando-se disponível na circulação sistêmica BIODISPONIBILIDADE ABSOLUTA ● Biodisponibilidade absoluta é a medida que compara a biodisponibilidade de um fármaco administrado por via extravascular com o mesmo fármaco administrado pela via intravenosa BIODISPONIBILIDADE RELATIVA ● Biodisponibilidade relativa é a medida que compara a biodisponibilidade de um fármaco contido em dois medicamentos distintos administrados por uma via extravascular ESTUDOS DE BIOEQUIVALÊNCIA (CAROS) ● Contratação do estudo ● Delineamento experimental ● Seleção dos voluntários 12 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO ● Internamento de voluntários ● Tomada do medicamento ● Coleta de amostras de material biológico ● Ensaios bioanalíticos ● Tratamento estatístico dos dados analíticos ● Elaboração do relatório final ● Liberação do voluntário EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA ● Mesmo fármaco ● Mesma dosagem ● Mesma forma farmacêutica ● Mesmo perfil de dissolução in vitro ● Não precisa ter os mesmos excipientes ou ser produzido por mesma tecnologia BIOEQUIVALÊNCIA ● Concentrações plasmáticas equivalentes determinadas em diferentes tempos após a administração de dos medicamentos em avaliação ● No caso de um genérico, o mesmo dever ser equivalente e bioequivalente ao de referência ● FF → Desintegração → Dispersão → Dissolução → Absorção → Distribuição ● Substâncias ionizadas sofrem maior dissolução em meio aquoso e menor trânsito através de membranas biológicas, enquanto que, substâncias livres sofrem menor dissolução em meio aquoso e maior trânsito através de membranas biológicas EQUIVALÊNCIA E BIOEQUIVALÊNCIA ● Resolução - RDC n. 37, de 3 de agosto de 2011 (Bioisenção) o Dispõe sobre o Guia para isenção e substituição de estudos de biodisponibilidade relativa/bioequivalência e dá outras providências ▪ Art. 4º Os estudos de bioequivalência para medicamentos genéricos ou similares serão dispensados para: ▪ I - soluções aquosas (parenterais, orais, otológicas, oftálmicas e as administradas como inalatórios orais ou sprays nasais com ou sem dispositivo) ▪ II - pós para reconstituição que resultem em soluções aquosas orais ou parenterais ▪ III - gases ▪ IV - soluções oleosas parenterais ▪ V - medicamentos de uso oral que contenham fármacos destinados a ação local no trato gastrintestinal ▪ VI - medicamentos de aplicação tópica, não destinados a efeitos sistêmicos ▪ Art. 12. A requerente deverá demonstrar a semelhança entre os perfis de dissolução dos medicamentos teste e referência sob todas as condições testadas o A bioisenção para formas farmacêuticas sólidas é baseada no sistema de classificação biofarmacêutica (SCB) ▪ Classe 1 ↑ solubilidade ↑ permeabilidade ▪ Classe 2 ↓ solubilidade ↑ permeabilidade ▪ Classe 3 ↑ solubilidade ↓ permeabilidade ▪ Classe 4 ↓ solubilidade ↓ permeabilidade ● Resolução - RDC n. 31, de 11 de agosto de 2010 (Equivalência) 13 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO o A comparação dos perfis de dissolução é útil nos casos em que se deseja conhecer o comportamento de dois produtos antes de submetê-los a ensaios de biodisponibilidade relativa/bioequivalência o Métodos modelo independentes ▪ Fator de diferença (f1): calcula a % de diferença entre os dois perfis avaliados a cada tempo de coleta e corresponde a uma medida do erro relativo entre os perfis ▪ Fator de semelhança (f2): corresponde a uma medida de semelhança entre as % dissolvidas de ambos os perfis Dissolução “in vitro” de formas farmacêuticas DEFINIÇÃO ● Significado químico → ato de se misturar uma substância (soluto) com um solvente apropriado (solubilização). O resultado deve ser uma solução ● Significado farmacêutico → processo pelo qual o fármaco é liberado de sua forma farmacêutica e se torna disponível para ser absorvido pelo organismo APLICAÇÃO● Comprimidos: mastigável, desintegração oral, revestidos, sublingual, que não desintegram, etc ● Cápsulas: duras, moles, com conteúdo líquido ● Suspensões, granulados para suspensões ● Supositórios ● Pomadas, géis, cremes ● Adesivos transdérmicos ● Implantes ● Lipossomas, nanosferas, etc ● Gomas de mascar ENSAIOS ENVOLVENDO DISSOLUÇÃO DE FORMAS FARMACÊUTICAS ● Teste dissolução o Determina quantidade de fármaco, liberado no meio de dissolução, dentro do período de tempo especificado na monografia de cada produto ● Perfil de dissolução o Ensaio analítico com coletas em múltiplos pontos, correspondentes a diferentes tempos pré-determinados, para a avaliação da dissolução de uma determinada substância ativa IMPORTÂNCIA ● Teste de dissolução o Exigidos para o registro de produtos desde 1999 o No desenvolvimento farmacotécnico para identificar variáveis críticas na produção o Avaliar impactos de certas mudanças no processo (equipamento, alteração na formulação ...) o Controle de qualidade/ controle de processo de produção ● Perfil de dissolução o Equivalência farmacêutica o Auxilia na decisão sobre estudos de bioequivalência 14 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO PRINCIPAIS FATORES QUE AFETAM A DISSOLUÇÃO ● Relacionados ao fármaco/ forma farmacêutica o Tamanho partícula (área superficial) o Solubilidade fármaco o Força compressão o Método de fabricação o Excipientes ● Relacionados ao equipamento/ técnica o Recipiente, local coleta o Temperatura meio (37° C) o Deaeração do meio (filtração a vácuo, aquecimento 30’, ultrassom) o Filtração (interferência do filtro) o pH e meio de dissolução (água, HCl 0,1 N, tampão, tensoativos, suco gástrico simulado (pepsina), suco entérico simulado (pancreatina)) o Velocidade agitação (50-150 rpm) ● Condição SINK o Situação de diluição infinita, onde não há saturação do fármaco no seu meio de liberação. Para os estudos de liberação estipula-se como não saturação que o FM esteja dissolvido com 3x mais solvente do que o necessário. ZONA DE AMOSTRAGEM ● Amostrar na metade da distância entre a superfície do meio e o topo do elemento agitador ● A no mínimo 1 cm da parede lateral da cuba EQUIPAMENTOS ● Dissolutores equipados com cubas o Aparelhagem → pá ou cesta → agitação o Meio: especificado na monografia ▪ Gases retirados, pH ± 0,05 o Tempo → (1 tempo) tempo máximo dentro do qual deve ser dissolvida a quantidade mínima (%) de p.a. estabelecida o Temperatura: 37 °C ± 0,5° C o Ponto de coleta: entre sup. meio e parte superior cesta/pá ● DISSOLUTORES DE CILINDROS RECÍPROCOS o Aparelhagem → copos de dissolução com fundo plano o Cilindros ocilantes o Motor → cilindros oscilem verticalmente dentro dos copos o Movimento vertical → 9,9 a 10,1 cm o Apropriado para formas de liberação prolongada e granulados o Sofre menos com vibrações ambientais o Boa correlação com biodisponibilidade 15 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO Teste e perfil de dissolução de comprimidos de hidroclorotiazida CONDIÇÕES ● Meio: HCl 0,1 M ● Teste: T1, T2, T3, T4, T5 e T6 o Retirar alíquota de 10 mL após 30 minutos ● Perfil: T7 o Retirar alíquota de 10 mL após 1,2,3,5,10,20 e 30 minutos o Repor os 10 mL retirados com o T8 ● Reposição: T8 ● Rotação: 100 rpm CÁLCULOS Desenvolvimento e validação de métodos cromatográficos IMPORTÂNCIA ● Produção de medicamentos o Alvo de diversas pesquisas e de preocupação quanto ao controle de qualidade o Qualidade nas análises é cada vez mais reconhecida e exigida o Evitar a condução de decisões desastrosas e impedir prejuízos financeiros irreparáveis as indústrias ESCOLHA DO MÉTODO ● Depende do(a): o Analito o Matriz o Sensibilidade o Tempo o Custo VALIDAÇÃO DE MÉTODOS 16 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO ● O objetivo da validação de um procedimento analítico é o de demonstrar que este é adequado para sua finalidade, o que inclui as características aplicáveis à identificação, controle de impurezas e testes quantitativos ● A ANVISA ressalta a importância da qualidade analítica como instrumento fundamental para garantia da proteção e do bem estar público PRÉ-REQUISITOS PARA VALIDAÇÃO ● Equipamentos calibrados/qualificados ● Reagentes analíticos de qualidade ● Padrões certificados ● Vidraria classe A calibradas ● Amostragem representativa ● Ferramentas estatísticas ● Meios que assegurem a qualidade: POPs, GQ, qualificação pessoal, credenciamento dos laboratórios REGULAMENTAÇÃO ● ANVISA → Resolução RE n. 899, de 29 de maio de 2003 o Guia para validação de métodos analíticos e bioanalíticos ● INMETRO → DOQ-CGCRE-008 o Orientações sobre validação de métodos de ensaios químicos, 2003 ● ICH → Q2 (R1) o Validation of analytical procedures: text and methodology, 2005 ● IUPAC o Guidelines for single laboratory validation of methods of analysis, 2002 ● FDA o Guidance for industry, analytical procedures and methods validation, 2000 ● USP Pharmacopeia PARÂMETROS DE VALIDAÇÃO ● Seletividade ● Limites de detecção e quantificação ● Linearidade e intervalo ● Precisão e exatidão ● Robustez CLASSIFICAÇÃO DOS TESTES SEGUNDO A RE n. 899/2003 DA ANVISA 17 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO ● Dependendo da finalidade dos testes, alguns ensaios são necessários para a validação do método analítico ESPECIFICIDADE/SELETIVIDADE ● Habilidade de um método analítico em medir e diferenciar o composto em estudo de outros compostos que possam estar presentes na amostra a ser analisada como, por exemplo, metabólitos, impurezas, produtos de degradação ou componentes da matriz ● Segundo o INMETRO, um método de separação que causa resposta para uma única substância de interesse pode ser chamado de específico e um método que produz resposta para vários compostos químicos, com uma característica em comum pode ser chamado de seletivo ● Principais técnicas utilizadas para avaliar a seletividade o Método de comparação da matriz o Método de adição do padrão o Uso de detector de arranjo de diodos o Utilização de outra técnica analítica específica LIMITE DE DETECÇÃO E QUANTIFICAÇÃO ● LD → menor concentração de um analito que o método consegue diferenciar confiavelmente do ruído de fundo ● LQ → menor quantidade de um analito numa amostra que pode ser determinada quantitativamente com precisão e exatidão aceitáveis LINEARIDADE E INTERVALO ● Linearidade é a capacidade de resposta diretamente proporcional a concentração do analito na amostra ● Principais métodos para avaliar a linearidade o Padronização interna ▪ O método de padronização interna consiste na preparação das soluções padrão de concentrações conhecidas da substância de interesse, às quais se adiciona a mesma quantidade conhecida de um composto chamado padrão interno. Após análisedessas soluções, constrói-se um 18 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO gráfico, relacionando a razão de áreas (área da substância/ área do padrão interno que tem concentração constante) com a concentração (variada) da substância. A amostra também é analisada após a adição da mesma quantidade conhecida do padrão interno. Através da razão de áreas obtidas no cromatograma tem-se a concentração da substância na amostra. Idealmente, a substância usada como padrão interno deve ser similar à substância a ser quantificada, ter tempo de retenção próximo a esta substância, não reagir com a substância ou outro componente da matriz, não fazer parte da amostra e, quando cromatografada, ficar separada de todas as demais substâncias presentes na amostra. Este último requisito não é necessário quando a detecção é feita por espectrometria de massas, na qual cada composto produz um espectro característico. O método de padronização interna é extremamente útil, especialmente pelo fato de que independe de pequenas mudanças em variáveis experimentais, como temperatura da coluna e tamanho da amostra. Este método é bastante útil em cromatografia gasosa, na qual se usa seringa para injeção de amostra e por isso deve ser feito a cada análise o Padronização externa ▪ O método de padronização externa compara a área da substância a ser quantificada na amostra com as áreas obtidas com soluções de concentrações conhecidas preparadas a partir de um padrão. Preparam-se soluções da substância a ser quantificada em diversas concentrações; obtém-se o cromatograma correspondente a cada uma delas e, em um gráfico, relacionam-se as áreas obtidas com as concentrações. Utilizando este gráfico ou a equação da curva resultante, pode-se calcular a concentração desta substância na amostra a partir da área da substância obtida no cromatograma resultante de uma injeção separada. Este método é sensível a erros de preparo das amostras e dos padrões e de injeção das soluções padrão e das amostras e por isso deve ser feito a cada análise ● Intervalo é a faixa entre os limites de quantificação superior e inferior de um método analítico. Depende da aplicação do método PRECISÃO ● Representa a dispersão dos resultados entre ensaios independentes, repetidos de uma mesma amostra ● Existem três níveis o Repetibilidade (precisão intra-dia) ▪ Mesmo analista 19 RESUMO PARA 2ª PROVA TEÓRICO-PRÁTICA DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO ▪ Mesmo equipamento ▪ Mesmo dia ▪ Mesmo laboratório ▪ Mesmo procedimento o Precisão intermediária (precisão inter-dia) ▪ Dois analistas ▪ Dias diferentes ▪ Mesmo laboratório ▪ Mesmo procedimento o Reprodutibilidade ▪ É o grau de concordância entre os resultados das medições de uma mesma amostra, efetuadas sob condições variadas ● Mais de um analista ● Dias diferentes ● Laboratórios diferentes EXATIDÃO ● Proximidade dos resultados obtidos pelo método em estudo em relação ao valor verdadeiro ROBUSTEZ ● Mede a sensibilidade que método apresenta frente a pequenas variações ● Um método é considerado robusto, quando este não é afetado por estas variações: o pH o Temperatura o Fluxo o Composição da fase móvel o Lotes ou fabricantes de coluna 20
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