Grátis
104 pág.

5 de 5 estrelas









5 avaliações
Enviado por
ERIKA CAMILA Oliveira
5 de 5 estrelas









5 avaliações
Enviado por
ERIKA CAMILA Oliveira
Pré-visualização | Página 1 de 15
A água do planeta EF2_6A_CIE_017 Quando olhamos do espaço uma imagem do planeta Terra é possível observar a presença de muita água. Por que será? Mas, olhando ao meu redor não parece ser tanta assim! IE SD E Br as il S. A. Co re l I m ag e Ba nk . Co re l I m ag e Ba nk . Co re l I m ag e Ba nk . 2 EF 2_ 6A _C IE _0 17 Água A Terra é o único planeta conhecido a ter água na forma líquida em tão grandes extensões. Essa água nem sempre esteve aí. Deve ter surgido há bilhões de anos, a partir da intensa ati- vidade vulcânica que existia no planeta. Acumulada nas grandes depressões da crosta terrestre, formou oceanos, mares, rios e lagos. Cerca de 73% da superfície do planeta é coberta de água, que pode estar nos oceanos, nos continentes e na atmosfera. Toda a água do planeta forma a hidrosfera. Observe como toda essa água está distribuída em nosso planeta: Mares e oceanos 97,5% 97,5% da água do planeta está nos mares e oceanos. A água dos oceanos contém maior quantidade de sais dissolvidos, provenien- tes do solo e das rochas. Por essa razão é que denominamos água salgada. A média é de 3,3% a 3,7% de sal no mar, entretanto a salinidade varia muito de um mar ou oceano para o outro. Se toda a água dos oceanos secasse, teríamos uma área com o tamanho do continente africano coberta de sal. 1,98% da água do planeta está congelada nos polos e nas grandes altitudes, consti- tuindo as geleiras. Acredita-se que se toda a água em estado sólido derretesse, o nível dos mares subiria, cobrindo grande parte dos continentes. Di gi ta l J ui ce . Água congelada 1,98% Água subterrânea 0,51% Rios e lagos 0,009% Vapor de água 0,001% 3 EF 2_ 6A _C IE _0 17 0,009% está nos rios e lagos. É a água que chamamos de doce, mas também contém sais minerais dissolvidos, en- tretanto em menor quantidade que na água salgada dos oceanos. Cr ea ti ve S uí te . IE SD E Br as il S. A. 0,51% são águas subterrâneas, a água penetra formando os lençóis d’água subterrâneos nos poros das rochas per- meáveis. 0,001% no máximo está na atmosfera, em forma de vapor de água. Aquífero O Brasil é um país privilegiado quando o assunto é água. Cerca de 11,6% de toda a água doce do mundo está no Brasil, a maior parte na região Amazônica. Mas, existe uma grande parte de água que não está visível aos nossos olhos, são as águas subterrâneas, como as do Aquífero Guarani. Um dos maiores aquíferos do mundo, com cerca de 1,2 milhões de quilômetros quadrados, enterrado embaixo de oito estados brasileiros, além do Paraguai, Argentina e Uruguai. Um aquífero não se trata de um mar ou um lago subterrâneo sob nossos pés, mas uma vasta camada de rocha porosa encharcada de água. A água ocupa o espaço existente entre os grãos de areia. Observe nesta imagem um pedaço do aquífero: IE SD E Br as il S. A. 4 EF 2_ 6A _C IE _0 17 1. Além do Guarani, sob a superfície de São Paulo há outro reservatório chamado Aquífe- ro Bauru, que se formou mais tarde. Ele é muito menor, mas tem capacidade suficiente para suprir as necessidades de fazendas e pequenas cidades. 2. O líquido escorre muito devagar pelos poros da pedra e leva décadas para caminhar algumas centenas de metros. Enquanto desce, ele é filtrado. Quando chega, está lim- pinho. 3. Nas margens do aquífero, a erosão expõe pedaços do arenito. São os chamados aflo- ramentos. É por aqui que a chuva entra, e também por onde a contaminação pode acontecer. 4. A cada 30 metros de profundidade, a temperatura do solo sobe 1 grau Célsius. Assim, a água lá do fundo fica aquecida. Nesse ponto, ela está a quase 50 graus. (Superinteressante, ed. 142. jul 1999.) Água nos seres vivos Sem água, a vida no planeta não seria da forma como conhecemos; ela é fundamental, inclusive no processo de fotossíntese. Em muitas espécies de seres vivos, como nos seres humanos, a água auxilia entre outras coisas no controle de temperatura corporal e no transporte das substâncias necessárias a todas as partes do corpo. Agora, observe estas imagens: IE SD E Br as il S. A. 5% 67% 93% 90% 95% 70% As partes pintadas de azul representam a quantidade de água nos seres vivos. Como você pode notar, a água é um elemento abundante na maior parte dos seres. Essa quantidade varia de espécie para espécie. A água-viva, como o próprio nome sugere, tem muita água em sua estrutura, cerca de 95%. Você mesmo é formado em parte por água. Cerca de 65% a 70% da sua massa corresponde à água presente em seu corpo, compondo células, sangue, urina, suor e até ossos, que contêm, aproximadamente, 22% de água. 5 EF 2_ 6A _C IE _0 17 Vivendo sem água E como viver nos desertos, onde a água é uma raridade? Nesses locais, a sobrevivência é muito difícil, a falta de água é um dos desafios a serem vencidos, exigindo de seus habitantes adaptações a essas condições. Entre os animais, é comum esconderem-se durante as horas mais quentes do dia, beber pouca ou nenhuma água, suar e urinar muito pouco. O rato-canguru é um roedor que vive nos desertos de areia. Ele quase nunca bebe água, raramente urina, suas fezes são muito secas e só sai à noite para se alimentar. Consegue aproveitar ao máximo a água presente nas sementes secas. Algumas espécies de besouros que habitam o Deserto da Namíbia (no sul da África) apro- veitam a água da névoa que ocorre nessa região. Eles elevam as pernas traseiras e colocam a cabeça para baixo, pois nessa posição a névoa se condensa sobre seu corpo e as gotinhas de água escorrem até a sua boca, garantindo suas necessidades. A água no mundo A água tem se tornado um elemento de disputa entre nações. Um relatório do Banco Mundial, datado de 1995, alerta para o fato de que “as guerras do próximo século serão por causa de água, não por causa do petróleo ou política.” Hoje, cerca de 250 milhões de pessoas, distribuídas em 26 países, já enfrentam escassez crônica de água. Em 30 anos, o número de pessoas saltará para 3 bilhões em 52 países. Nesse período, a quanti- dade de água disponível por pessoa em países do Oriente Médio e do norte da África estará reduzida em 80%. A projeção que se faz é que, nesse período, 8 bilhões de pessoas habitarão a terra, em sua maioria, concentradas nas grandes cidades. Daí, será necessário produzir mais comida e mais energia, aumentando o consumo doméstico e industrial de água. Essas perspectivas fazem crescer o risco de guerras, porque a questão das águas torna-se internacional. Em 1967, um dos motivos da guerra entre Israel e seus vizinhos foi justamente a ameaça, por parte dos árabes, de desviar o fluxo do Rio Jordão, cuja nascente fica nas montanhas no sul do Líbano. O Rio Jordão e seus afluentes fornecem 60% da água ne- cessária à Jordânia. A Síria também depende desse rio. Co m st oc k Co m pl et e. 6 EF 2_ 6A _C IE _0 17 A populosa China também sofre com o problema. O grande crescimento populacional e a demanda agroindustrial estão esgotando o suprimento de água. Das 500 cidades que existem no país, 300 sofrem com a escassez de água. Mais de 80 milhões de chineses andam mais de um quilômetro e meio por dia para conseguir água e assim acontece com inúmeras nações. Um levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta duas sugestões básicas para diminuir a escassez de água: aumentar a sua disponibilidade e utilizá-la mais eficazmente. Para aumentar a disponibilidade, uma das alternativas seria o aprovei- tamento das geleiras; a outra seria a dessalinização da água do mar. Esses processos são muito caros e tornam-se inviáveis para a maioria dos