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Formas Farmacêuticas Sólidos Classificação das formas farmacêuticas Formas Farmacêuticas Compostas por Princípio ativo + Excipientes Classificação Quanto ao modo de ação Quanto ao alvo terapêutico Quanto a via de administração Quanto ao uso Quanto a forma física Podem ser Sólido Líquido Semi-sólido Gasoso ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Formas Farmacêuticas - Sólidos Classificação das formas farmacêuticas Sólido Preferido pelas indústrias por ser mais estável Comprimidos Cápsulas Grânulos Pós Líquido Facilita a deglutição em pessoas mais sensíveis como crianças e idosos Xaropes Elixires Soluções Suspensões Semi-sólidos Escolhido para produtos de uso tópico Cremes Pomadas Géis Pasta Gasosos Escolhido para fármacos que precisam ser inalados Aerossóis Fonte: Brasil. Vocabulário Controlado de Formas Farmacêuticas, Vias de Administração e Embalagens de Medicamentos, 1ª Edição/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2011. Formas Farmacêuticas - Sólidos Pós e Grânulos (Granulados) Pós e Grânulos Pó é uma forma farmacêutica finamente dividida e seca, resultante da divisão mecânica de matérias-primas de origem natural ou sintética. Preparações constituídas por partículas sólidas, livres e secas e mais ou menos finas, devendo apresentar, dentro de cada categoria, uma certa homogeneidade entre as partículas que os constituem. Definição ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos A forma farmacêutica pó é considerada a forma farmacêutica sólida mais simples disponível no mercado, sendo também utilizada na preparação de outras formas farmacêuticas sólidas, como grânulos, comprimidos e cápsulas. São constituídos por partículas sólidas, livres, secas e relativamente finas. Grande uso na preparação de outras formas farmacêuticas. Definição ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos Podem conter um ou mais fármacos misturados a outros adjuvantes (corantes, aromatizantes, diluentes, edulcorantes, etc). Os pós podem conter pequenas proporções de líquidos dispersos nos componentes sólidos da mistura ou podem ser compostos inteiramente por materiais sólidos. Possuem grande superfície de contato quando comparados com outras formas farmacêuticas sólidas. ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós Sólidas Semi- sólidas Líquidas Grânulos, cápsulas, comprimidos Pomadas, pastas, supositórios e óvulos Soluções e suspensões Pós e Grânulos Administração direta ou intermediário do processo Pós são formas farmacêuticas de administração direta de fármacos Preparação de outras formas farmacêuticas Usos Usos Pós e Grânulos Interno: via gastrointestinal (deglutidos após reconstituição com água) Antiácidos: Bicarbonato de sódio, sal de fruta (ENO®), Estomazil® Laxante: cáscara sagrada (fitoterápico) Suplemento alimentar: aminoácidos e carboidratos (aumento de massa muscular) Pós para inalação: administração pulmonar (dispositivos que permitem a inalação de partículas do fármaco dispersas no ar, partículas < 2µm alcançam alvéolos) ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Usos Pós e Grânulos Externo: administração tópica (aplicados na superfície da pele e mucosas) Antiséptico: Tênis pé Baruel, Pó antisséptico Granado Antimicrobiano: sulfas (sulfadiazina de prata- feridas e queimaduras); Vodol ® (pó) Secante: talco Aftas: Albocresil® ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Os pós são divididos em dois grupos: Pós simples: onde há apenas 1 produto. Ex: extratos secos de plantas, bicarbonato de sódio, óxido de zinco, permanganato de potássio, etc. Pós compostos: onde há 2 ou mais pós simples. Ex: sal efervescente, talco para os pés ou corpo, sais de reidratação oral, pós para preparo de soluções e suspensões parenterais, etc. Tipos de pós Pós e Grânulos Pós são matérias-primas sólidas são caracterizadas com o intuito de determinar suas propriedades físicas e químicas: Morfologia; Pureza; Solubilidade; Estabilidade; Tamanho da partícula; Uniformidade; Compatibilidade com outros componentes da formulação. ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Fármacos e outros materiais normalmente necessitam de processamento químico ou farmacêutico para adquirir as características que permitam a produção eficiente de uma forma farmacêutica acabada e a ótima eficácia terapêutica . Isso em geral inclui o ajuste e o controle do tamanho de partícula do pó. Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. 10 mm de diâmetro 1 µm de diâmetro -Muito grosso -Grosso - Moderadamente grosso - Fino -Muito fino - 1μm de diâmetro Tamanho da partícula e análise Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Métodos para determinar o tamanho da partícula Tamisação: partículas passam por uma série de tamises dispostos em ordem decrescente, sob agitação mecânica. É determinada a proporção do pó que passa ou é retido em cada tamis. Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pó Grande (ou no 20) – Todas as partículas passam pelo tamis 20 e não mais que 60 % através do tamis 40. Pó moderadamente grande (ou no 40) – Todas as partículas passam através do tamis 40 e não mais de 60% através do tamis 60. Pó fino (ou no 80) – Todas as partículas passam pelo tamis 80. Não há limite para grau de pulverização maior. Pó muito fino (ou no 120) – Todas as partículas passam através do tamis 120e não há limita para grau de pulverização maior. TAMANHO DAS PARTÍCULAS : O grau de pulverização para substâncias químicas é definido como : Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Microscopia: feita com auxílio de uma grade calibrada ou outro dispositivo de medida (0,2-100 µm). Método por sedimentação: determinado pela velocidade de sedimentação em meio líquido em ambiente gravitacional ou centrífugo (0,8-300 µm). Dispersão ou espalhamento de luz: determinado pela redução da intensidade luminosa que alcança o sensor à medida que a partícula, imersa num líquido ou gás, passa na zona de medida (0,2-50 0 µm). Pode usar laser He-Ne, detector fotodiodo e sonda ultrassônica (0,02-20 00 µm). Métodos para determinar o tamanho da partícula Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Métodos para reduzir o tamanho da partícula Redução do tamanho da partícula em pequena escala, com auxílio de gral e pistilo. Produção pretendida: pequena escala (farmácia de manipulação), grande escala (indústria farmacêutica). Grau de trituração mais fino = superfície mais porosa. Pós e Grânulos Farmácia de manipulação (pequena escala) Trituração: moagem do material em gral de porcelana e pistilo, a superfície áspera do recipiente contribui para a quebra das partículas (compressão) Métodos para reduzir o tamanho da partícula ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos Farmácia de manipulação (pequena escala) Levigação: redução do tamanho de partículas para evitar aspereza e irritação de uma formulação semi-sólida (pomadas) ou líquidas (suspensões). Método: adição de um líquido de levigação insolúvel no pó, trituração para formação de uma pasta e incorporação na base para pomadas. Liquido levigante: glicerina, propilenoglicol, óleo mineral. Métodos para reduzir o tamanho da partícula ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos Farmácia de manipulação (pequena escala) Intervenção (recristalização): processo de redução de partículas de fármacos com estrutura cristalina de difícil trituração. Adição de um solvente volátil ao pó formando uma solução que é triturada até evaporação do solvente e formação de pequenas partículas. Ex.: canfora e álcool; peróxido de benzoíla e acetona Métodos para reduzir o tamanho da partícula ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Farmácia de manipulação (pequena escala) Misturas de pós: mistura de pós simples previamente pulverizados (pós compostos) Sequencia lógica de operações: TRITURAÇÃO TAMISAÇÃO PESAGEM MSTURA DOS PÓS Métodos para reduzir o tamanho da partícula Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Tamanho das partículas afeta vários fatores: Uniformidade da mistura de pós: pós com tamanho de partículas diferentes tendem a segregação. Penetração partículas no sistema respiratório (partículas > 2µm conseguem alcançar os alvéolos). Aspereza e irritabilidade de pomadas e preparações oftálmicas (quanto maior o tamanho das partículas maior a aspereza e a irritabilidade). Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Métodos para reduzir o tamanho da partícula ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos Métodos para reduzir o tamanho da partícula Misturas de pós: No processo de mistura, os pós devem ser semelhantes quanto ao tamanho, forma e densidade das partículas para evitar segregação (separação das partículas em camadas diferentes). Problemas de segregação são resolvidos pela granulação Cloral hidratado, heparina sódica, fenitoína sódica, amoxicilina, vit B12 Misturas de pós: Cada componente pulverizado separadamente Mistura de pós de fármacos potentes: progressão geométrica Substâncias em quantidades muito pequenas (diluições); Substância higroscópica (diluição + estabilizante): anfepramona + acido tartárico + aerosil Substância deliquescente: higroscópicas que absorvem umidade liquefazendo-se total ou parcialmente. Desumidificadores 30-40% UR, granulação para reduzir superfície de exposição, substâncias absorventes Métodos para reduzir o tamanho da partícula Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Vantagens dos Pós Forma farmacêutica sólida mais estável que as preparações liquidas. Excelente conservação devido ao baixo teor de água (inibe crescimento de microrganismos). Conveniente para dispensar alta dose de fármaco (diluição em água antes do uso evita uma FF sólida muito grande para deglutir). Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Vantagens dos Pós Pós são formados de pequenas partículas com grande área superficial de exposição do fármaco ao solvente apresentando rápida dissolução nos fluidos do trato gastrointestinal; Absorção mais rápida e regular que os comprimidos (desintegração e desagregação). Menor irritação gástrica devido à rápida dissolução quando comparado aos comprimidos. Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Desvantagens dos Pós Pós tem grande área superficial de exposição e o fármaco está mais sujeito a problemas: Higroscopia: absorção de água do ar. Hidrólise: armazenamento em ambientes úmidos (ácido acetilsalicílico). Sublimação: passagem do fármaco do estado sólido para vapor (iodo). Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos.8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Desvantagens dos Pós Oxidação: contato direto com o ar. Fotólise: exposição à luz (vitaminas A, E e D). Pós não tem capacidade de mascarar sabor e odor desagradável. Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Grânulos (ou Granulados) São aglomerados de partículas menores. Características: tamanho de 0,2 a 4,5 mm (tamis 4 a 12). Podem ser usados como FF final ou misturados a excipientes para preparação de comprimidos ou cápsulas. Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Grânulos (ou Granulados) Razões para granulação: Prevenir segregação dos constituintes de uma mistura de pós Melhorar propriedades de fluxo de uma mistura Melhorar características de compactação da mistura Métodos: Via úmida Via seca (sem aquecimento/ compressão e quebra) ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos Vantagens Melhor estabilidade que os pós devido a menor área de exposição ao ar, umidade, luz e calor. Preparações extemporâneas: fármacos instáveis em solução ou suspensão podem ser dispensados na forma de grânulos secos que são dissolvidos com água antes do uso (Fluimucil ®, n-acetil cisteína, eliminação de muco das vias respiratórias). Melhor fluidez e compressibilidade: do que os pós (propriedades uteis na fabricação de comprimidos) – COMPRIMIDOS MAIS RESISTENTES. Grânulos (ou Granulados) ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos VANTAGENS Possibilidade de revestimento: mascara o odor e sabor desagradável, proteção do fármaco e possibilidade de liberação modificada. Reduz risco associado à produção de poeira toxica: manipulação de pós tóxicos. Ocupam menos espaço: grânulos são mais densos que pós, são estocados mais facilmente pois ocupam menor volume por unidade de peso. Grânulos (ou Granulados) ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos Processo de Granulação Grânulos efervescentes Fármaco + excipiente + bicarbonato de sódio (base) + ácido cítrico (acido) Efervescência: Em meio aquoso base e acido reagem liberando gás (CO2), que produz efervescência que mascara sabor desagradável dos fármacos. Os grânulos efervescentes proporcionam rápida dissolução do fármaco que será absorvido no TGI. ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos Processo de Granulação Grânulos efervescentes Vantagens: Solução carbonatada e a liberação de CO2 mascaram sabores salinos e amargos. Os grânulos apresentam vantagem sobre os pós, pelo controle da velocidade da efervescência - o pó dissolve mais rápido (maior superfície) do que os grânulos que hidratam e dissolvem lentamente. ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos Processo de Granulação Grânulos efervescentes Desvantagens: Baixa estabilidade, devido a alta reatividade (efervescência). Dificuldade na manipulação (dificuldade de manter os ingredientes secos durante o preparo e armazenamento). ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos VANTAGENS DOS GRÂNULOS EM RELAÇÃO AOS PÓS São mais estéticos e não liberam pó durante manuseio da embalagem e administração; Possuem melhor fluidez, uma vez que os grânulos constituintes não aderem entre si; São mais agradáveis de ingerir do que os pós; Podem ser revestidos; Na forma efervescente são mais estáveis que os pós. ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos Os pós e grânulos são tradicionalmente dispensados como: Pós ou grânulos a granel ou divididos para uso interno; Pós para uso externo; Pós para reconstituição de injetáveis; Pós secos utilizados em inaladores. Os pós estão envolvidos na administração de produtos pelas vias oral, parenteral, pulmonar, e tópica e os grânulos pela via oral. ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Pós e Grânulos Formas Farmacêuticas - Sólidos Cápsulas Forma farmacêutica sólida destinada a encapsulação de fármacos sólidos, semi-sólidos e líquidos em invólucro gelatinoso. Administrado por via oral e possuem propriedades de desintegrarem- se e dissolverem-se no tubo digestivo. O invólucro é hidrossolúvel e rompe para liberação do fármaco. Podem ser duras ou moles; ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Cápsulas Tipo: Cápsulas de gelatina dura (pós, semi-sólidos) Cápsula de gelatina mole (soluções, suspensões) Tamanho: Cápsula Microcápsula Nanocápsula (nanotecnologia) Liberação: Imediata Modificada (retardada, repetida, prolongada) ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas.2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Cápsulas Cápsula de gelatina dura Cápsula que consiste de duas seções cilíndricas pré-fabricadas (corpo e tampa) que se encaixam e cujas extremidades são arredondadas. É tipicamente preenchida com princípio(s) ativo(s) e excipientes na forma sólida. Normalmente é formada de gelatina, mas pode também ser de outras substâncias. Fonte: Brasil. Vocabulário Controlado de Formas Farmacêuticas, Vias de Administração e Embalagens de Medicamentos, 1ª Edição/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2011. Cápsulas ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Vitamina C = cápsula opaca para evitar oxidação Paracetamol = cápsula opaca pois degrada com a luz, umidade e calor Cápsula formada de invólucro gelatinoso, duro e hidrossolúvel Forma ovóide Coradas, opacas ou transparentes Utilizadas na encapsulação de pós e grânulos Invólucro: GELATINA obtida da hidrólise parcial do colágeno de pele e ossos de animais ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas de gelatina dura Cápsulas Gelatina: Solúveis em água a 37°C; HPMC (hidroxipropilmetilcelulose): solúveis em temperaturas baixas (10°C); Amolece quando absorve até 10x seu peso em água; Solúvel em água quente e no líquido gástrico e rapidamente libera seu conteúdo; Teste desintegração. ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas de gelatina dura Cápsulas Corpo + tampa (mais utilizada) Corpo + tampa + selante Corpo + tampa com lacre Componentes: Corpo: parte que recebe a formulação Tampa: lacre a cápsula Fechamento da cápsula: Cápsulas de gelatina dura ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Representação gráfica de uma cápsula nas posições aberta, pré-fechada e fechada. (1) As bordas afuniladas evitam o engavetamento; (2) As endentações previnem a abertura prematura; (3) Os sulcos permitem o travamento das duas partes do invólucro após o preenchimento. Esquema do sistema de fechamento de cápsulas duras F o n te : P h ar m ac eu ti ca l P ra ti ce , 1 9 9 8 . ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Exemplos de material de enchimento de cápsulas de gelatina dura 1.Mistura de pós ou grânulos; 2.Mistura de pellets; 3.Pasta; 4.Cápsula; 5.Comprimido. Preenchimento de Cápsulas Duras F o n te : P h ar m ac eu ti ca l P ra ti ce , 1 9 9 8 . Cápsulas Especificações de qualidade: Conteúdo de umidade (dessecação a 105ºC): 10 a 16% Dimensões: de acordo com sua forma e tamanho Solubilidade: mínimo 15minutos sem se dissolver na água a 25ºC e devem dissolver em 15 minutos em contato com HCl 0,5% p/v a 36-38ºC Resistência à fratura: não devem quebrar ou rachar facilmente Defeitos do invólucro: críticos maiores ou menores Armazenamento e conservação: Alta umidade: amolecem Baixa umidade: tornam-se quebradiças UR entre 30 – 40% e max 60%UR Temperatura entre 20-25ºC ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Cápsulas de gelatina dura Enchimento: se o fármaco ocupar menos de 90% do volume da cápsula devemos adicionar diluente I) Excipientes Diluente: são excipientes que aumentam o volume da formulação até uma quantidade manipulável, possibilitando enchimento correto da cápsula (concentração variável) Exemplos: Diluentes solúveis: lactose, sorbitol, manitol Diluentes insolúveis: amido, celulose microcristalina, fosfato de cálcio Cápsulas de gelatina dura ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas I) Excipientes Desintegrante: são excipientes que promovem a desintegração da massa de pó, facilitando a dissolução do fármaco (empregados na concentração de 2 a 10%). Polímeros: absorvem água, expendem volume desintegrando a massa de pó. Exemplos: amido, glicolato de amido sódico, celulose, carboximetilcelulose, polivinilpirrolidona de cadeia cruzada (Crospovidona®). Cápsulas de gelatina dura ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas I) EXCIPIENTES Lubrificantes: são excipientes que reduzem a adesão entre pós ou grânulos e as superfícies metálicas (concentração 0,1 -1%) Exemplos: Acido esteárico, estearato de magnésio (até 1%), talco Deslizantes: são excipientes que melhoram as propriedades de fluxo dos pós e grânulos, facilitando o enchimento das cápsulas (concentração 0,1 -1%) Exemplos: Óxido de sílica coloidal Cápsulas de gelatina dura ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas I) EXCIPIENTES Molhante: facilitar o umedecimento da substância farmacêutica pelos líquidos gastrintestinais, ampliar a dissolução de fármacos pouco solúveis. Quando a gelatina se dissolve, o líquido precisa deslocar o ar que circunda o pó seco dentro da capsula e penetrar no fármaco antes que o conteúdo da cápsula seja disperso e dissolvido. Fármacos pouco solúveis flutuam na superfície do líquido, quando o umedecimento não é imediato, a dissolução é retardada. Exemplos: LSS LSS até 2% neutralizar forças eletrostáticas e facilitar o processo de encapsulação Cápsulas de gelatina dura ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas I) EXCIPIENTES Aglutinantes: são excipientes que melhoram as propriedades de adesão entre as partículas do pó possibilitando a formação de grânulos Exemplos: Solução de glicose, sacarose, amido, gelatina, polivinilpirrolidona, carboximetilcelulose Grânulos que têm melhores propriedades de fluxo que os pós. Cápsulas de gelatina dura ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas II) REDUÇAO DO TAMANHO DAS PARTÍCULAS “Tamanho de partículas semelhantegarante mistura de pós uniforme” Moinho de bolas = indústria farmacêutica (martelos, pinos e facas) Trituração Gral + pistilo = farmácia de manipulação Cápsulas de gelatina dura ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas III) TAMISAÇAO “Uniformização do tamanho de partículas evita segregação dos pós” IV) PESAGEM E MISTURA DOS PÓS Cápsulas de gelatina dura ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Cápsulas de gelatina dura ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Placa encapsuladora Farmácia Magistral IV) ENCAPSULAÇAO Tamanho Volume de enchimento (mL) 5 0,13 4 0,20 3 0,28 2 0,37 1 0,48 0 0,67 00 0,95 000 1,36 Cápsulas de gelatina dura ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Escolher a menor cápsula de acordo com a dosagem Escolha do tamanho da cápsula: O tamanho da cápsula varia com o volume de enchimento. A escolha depende do volume ocupado pela massa de pó por cápsula. Exercício: Como determinar o tamanho da cápsula para enchimento do fármaco A? Escolher o tamanho da cápsula na tabela baseando-se no volume Para v= 0,21mL escolher capsula n°3 (v = 0,28mL) Completar o 0,07mL com diluente Utilizar a densidade da lactose (0,62g/mL) para calcular a massa do diluente Pesar o fármaco e o diluente, misturar e encher as cápsulas. Formulação: Fármaco A------- 200mg Preparar 20 cápsulas Massa de fármaco (m) = 0,2 g (por cápsula) Densidade do fármaco (d) = 0,95 g/mL d = m/v Volume (d) = 0,21mL d = m/v 0,62 = m/0,07 mL m = 0,0434g Cápsulas de gelatina dura ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Exercício: Como determinar o tamanho da cápsula para enchimento do fármaco A? Escolher o tamanho da cápsula na tabela baseando-se no volume Para v = ? mL escolher capsula n° ? (v = ? mL) Completar o ? mL com diluente Utilizar a densidade da lactose (0,62 g/mL) para calcular a massa do diluente Pesar o fármaco e o diluente, misturar e encher as cápsulas. Formulação: Fármaco A------- 400 mg Preparar 20 cápsulas Massa de fármaco (m) = 0,4g (por cápsula) Densidade do fármaco (d) = 0,75g/mL d = m/v Volume (v) = ? mL d = m/v 0,62 = m/ ? mL m= ? g Cápsulas de gelatina dura ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Cápsulas de gelatina dura ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Operação para enchimento manual: Cápsulas são abertas manualmente; O corpo é colocado nos orifícios da placa; Pó é distribuído sobre a superfície com o auxílio de uma espátula; Cápsulas são fechadas com a tampa, retiradas da placa e limpas. Farmácia Magistral: Tamanho ideal de partículas; Caráter hidrofílico da massa de pós; Solubilidade do fármaco e adjuvantes; Adição de adjuvantes de dissolução, molhantes, desintegrantes; Homogeneização adequada da mistura (uniformidade de dose); Cálculos e escolha da cápsula; Enchimento das cápsulas. Cápsulas de gelatina dura ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Cápsulas de gelatina dura ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Indústria farmacêutica: Máquinas de enchimento de cápsulas com pós ou grânulos. GRÂNULOS: têm melhor propriedade de fluxo do que os pós e são mais fáceis de encapsular Produção: 200.000 cápsulas por hora Cápsulas Fonte: Brasil. Vocabulário Controlado de Formas Farmacêuticas, Vias de Administração e Embalagens de Medicamentos, 1ª Edição/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2011. VANTAGENS • Permitem a administração de drogas de sabor desagradável; • Permitem o revestimento gastroresistentes do medicamento; • Liberam mais rapidamente o princípio ativo da droga; • Produção mais simples que comprimidos; ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Cápsulas Fonte: Brasil. Vocabulário Controlado de Formas Farmacêuticas, Vias de Administração e Embalagens de Medicamentos, 1ª Edição/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2011. • Restrição à pacientes com dificuldade de deglutição; • Por ser de fácil abertura (cápsula dura), algumas pessoas com dificuldade para engolir cápsulas, acabam retirando o pó e engolindo, fazendo com que muitas vezes seu efeito seja alterado; • Possibilidade de aderência no esôfago. DESVANTAGENS ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Cápsula de gelatina mole Cápsula constituída de um invólucro de gelatina, de vários formatos, mais maleável do que o das cápsulas duras. Normalmente é preenchida com conteúdos líquidos ou semi-sólidos, mas pode ser preenchida também com pós e outros sólidos secos. Fonte: Brasil. Vocabulário Controlado de Formas Farmacêuticas, Vias de Administração e Embalagens de Medicamentos, 1ª Edição/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2011. Cápsula constituída de invólucro gelatinoso, flexível e hidrossolúvel; Forma elíptica ou esférica; Parede pode ser colorida ou transparente; Matriz líquida ou semi-sólida. Cápsulas de gelatina mole ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Cápsulas de gelatina mole ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Que tipos de formulações podem ser encapsuladas? Limitações: formulações com alto teor de água (soluções)que rompem a parede. Preenchimento de Cápsulas Moles Exemplos de material de enchimento de cápsulas de gelatina mole: 1. Líquidos voláteis e não-voláteis imiscíveis com a água (óleos vegetais e aromáticos) ; 2. Sólidos na forma de soluções em solvente apropriado; 3. Suspensões; ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Conteúdo: Fármacos líquidos, em solução ou suspensão; Alternativa para cápsula dura: substâncias voláteis ou suscetíveis à deterioração em contato com o ar Líquidos não miscíveis em água, voláteis e não voláteis, como óleos vegetais e aromáticos, hidrocarbonetos aromáticos e alifáticos, hidrocarbonetos clorados, éteres, ésteres, álcoois e ácidos orgânicos. Cápsulas de gelatina mole ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Conteúdo: Líquidos miscíveis em água e não voláteis como PEGs e agentes tensoativos não iônicos de superfície, como polissorbato 80. Compostos miscíveis em água e relativamente não voláteis, como propilenoglicol e álcool isopropílico, dependendo de fatores como concentração e condições de embalagem. Cápsulas de gelatina mole ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas VANTAGENS Grande capacidade industrial; Atraentes e facilmente deglutidos; Excelente estabilidade (fármaco protegido pela matriz e cápsula); Melhor biodisponibilidade para alguns fármacos; Cápsulas de gelatina mole ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Formulação: Gelatina (63 – 47%) Plastificante (29-48%) – glicerina, propilenoglicol Modificador (X-Y%) – TiO2, corantes Água (5-8%) Operações: 1) Preparação das fitas de gelatina mole 2) Injeção da formulação entre as fitas 3) Corte e lacre 4) Ejeção, lavagem e secagem da cápsula Cápsulas de gelatina mole ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Produção Cápsulas de gelatina mole ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cápsulas Cápsulas de liberação modificada Retardada Repetida Prolongada Formas Farmacêuticas - Sólidos Comprimidos Forma farmacêutica mais utilizada por via oral; Formas farmacêuticas sólidas obtidas: 1) Pela compressão de pós ou grânulos utilizando matriz e punções; 2) Pela moldagem forçando o material umedecido no molde (triturados para serem usados no preparo de outra formulação) ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Comprimidos Comprimidos Variação: tamanho, forma, espessura, coloração (identificação), dureza, desintegração e liberação (imediata, retardada, repetida e sustentada) ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Comprimidos Comprimidos Classificação Liberação imediata Deglutição com água e desintegração no estômago, para liberação das partículas do fármaco que sofrem dissolução nos fluidos do TGI e posterior absorção no intestino. Ex: Aspirina , AAS, Anador Dispersíveis O comprimido é colocado num copo com água sofrendo desintegração e solução formada é deglutida Problemas de dores estomacais e gastrite, crianças e idosos que tem dificuldade de deglutir comprimidos Ex: Biofenac dispersível, cataflan D. ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Comprimidos Classificação Mastigáveis Administrados na cavidade bucal, sendo a desintegração rápida e suave devido ao ato da mastigação. Indicação: crianças e idosos com dificuldade de deglutição. Ex.: Polivitamínicos e vermífugos (desintegração e dissolução bucal e ação intestinal ou sistêmica). Antiácidos: (desintegração bucal e ação estomacal). ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Comprimidos Classificação Bucal ou pastilhas O comprimido sofre desintegração lenta, o fármaco é liberado lentamente para ação na cavidade bucal. Indicação: administração local (tópica) Ex.: nistatina para tratamento de candidíase bucal Anestésicos e antibióticos para amidalite ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Comprimidos Classificação Sublingual O comprimido é colocado na mucosa abaixo da língua e sofre desintegração imediata para liberação do fármaco. Mucosa sublingual: muito úmida, fina e ricamente vascularizada Ação cardíaca: após absorção o fármaco vai direto para o coração Ex.: nitroglicerina para tratamento da angina ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Comprimidos Classificação Intravaginal Administração de fármacos na mucosa vaginal Ex.: Naxogin (nistatina, nimizarol e cloranfenicol) Efervescentes Apresentam um sistema ácido-base (ácido cítrico-bicarbonato) que em contato com a água produz gás (CO2) que facilita a desintegração do comprimido e dissolução do fármaco (início da ação mais rápida). Obtidos por compressão dos sais na forma de grânulos ou substâncias que liberam gases em contato com a água. Ex: paracetamol, aspirina efervescente, antiácidos (sonrisal) ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Comprimidos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Comprimidos Comprimidos Comprimidos obtidos por múltipla compressão Permite veiculação de fármacos incompatíveis em compartimentos diferentes Melhora a aceitação do produto (Estratégia de Marketing) Existem 2 tipos de sistemas: Sistema de dupla camada: Sistemareservatório: Ex.: Coristina D ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Comprimidos Formas farmacêutica sólida mais estável que a líquida; Excelente conservação (baixo teor de umidade inibe crescimento microbiano). Fáceis de serem produzidas em larga escala, o que torna o produto barato. Doses precisas, quando bem produzidos. Possibilidade de revestimento para proteção do fármaco, liberação modificada (retardada ou repetida). Facilidade de transporte, administração simples, conveniente, segura. Vantagens ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Comprimidos Fármacos pouco solúveis apresentam baixa absorção (Classificação Biofarmacêutica: Classe IV). Desintegração pode causar problemas de irritação gástrica. Desvantagens Comprimidos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Comprimidos Comprimidos Revestidos Forma Farmacêutica sólida, administrada por via oral, contendo um ou associações de princípios ativos, dose única, obtida por compressão, revestidos com finalidade de modificar sua liberação ou proteger o fármaco. • Ex.: Comprimidos de Liberação Prolongada, Comprimidos de Liberação Retardada, Sustentada. Liberação Modificada ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Comprimidos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Comprimidos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Comprimidos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Comprimidos ALLEN JR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª ed – Porto Alegre: Artmed, 2007, AULTON, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Comprimidos Controle de Qualidade Comprimidos Comprimido e cápsula devem conter a concentração correta do fármaco. A aparência do comprimido e da cápsula deve ser elegante, e seu peso, suas dimensões e sua aparência devem ser constantes. O fármaco deve ser liberado de modo controlado e reprodutível. O comprimido deve possuir resistência mecânica suficiente para resistir à fratura e à erosão no seu manuseio.