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A tecnica de MelAnie KLEIN

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PSICOLOGIA
Conceitos – A Técnica de Melanie Klein
DEBORA OLIVEIRA ALBUQUERQUE
SUZANA ELISA SANTANA
THAMIRES VILAS BAOS CONCEIÇÃO
PSICOTERAPIA INFANTIL
UNG - Campus Centro
2018São Paulo/2009
Campus Light
DEBORA OLIVEIRA ALBUQUERQUE
SUZANA ELISA SANTANA
THAMIRES VILAS BAOS CONCEIÇÃO
 
PSICOLOGIA
Conceitos – A Técnica de Melanie Klein
Trabalho apresentado no curso de Bacharel em Psicologia, da Universidade Guarulhos – UNG, como requisito para a obtenção de aprovação na disciplina de psicoterapia Infantil, orientado pelo Prof.ª Talita Somensi.
UNG - Campus Centro
2018São Paulo/2009
Campus Light
Os Fundamentos
Á técnica de Melanie Klein é psicanalítica e se fundamenta com rigor nos conceitos psicanalíticos freudianos, no contexto formal clássico, oferecem se aos seus pacientes em média cinco sessões semanais de cinquenta minutos; com o paciente deitado no divã e o analista sentado atrás dele, pedindo ao paciente que associe livremente, onde o terapeuta interpreta suas associações.
As interpretações se centralizam na situação transferencial, referindo se imparcialmente a manifestações de transferência positiva ou negativa.
Percebe-se que a transferência referida aqui, não é apenas importante no presente (aqui-agora) com o analista, mas também na relação com o analista, incluindo vivencias e relações do passado, que são transferidas ao analista, de suas figuras internas no mundo interior do paciente. Melanie Klein segue o modelo clássico psicanalítico de Freud.
Em 1920, porém, Melanie Klein iniciou trabalhos com crianças, e pressupôs que o método freudiano, podia ser aplicado a crianças, unicamente com aquelas alterações, que não modificam a essência da relação psicanalítica e do processo interpretativo. 
Como as crianças não verbalizam com facilidade, o brincar foi o principal meio e veiculo de expressão que Klein utilizou com seus pacientes infantil. Ela utilizava a técnica do brincar ou atividades lúdicas com seus pacientes, que era equivalente as associações livres de um adulto. Constatando assim que a comunicação de crianças, através das sessões lúdicas revelaram seus conflitos inconscientes com muita clareza.
O Conceito de Fantasia 
A fantasia inconsciente surge diretamente dos instintos e da polaridade dos mesmos e dos conflitos entre eles. Susa Isaacs (1948) defini-a como “correlato mental dos instintos” ou “o equivalente psíquico dos instintos” .
 No conceito de fantasia, ao que tudo indica, Melanie Klein foi além, ampliando-o no que se refere a sua utilização na clínica bem como a sua conceituação. Para ela, a fantasia está presente na vida psíquica do sujeito desde muito cedo e se faz presente ainda que o mesmo não seja frustrado pela realidade. Ela desenvolveu esta noção ao longo do trabalho com crianças, descobrindo principalmente que as crianças fantasiam constantemente, mesmo quando não são frustradas pela realidade externa. Spillius (2007) coloca que Melanie considera a fantasia como atividade mental básica, presente de forma rudimentar do nascimento em diante e essencial para o crescimento mental, embora possa ser utilizada de forma defensiva. Enquanto Freud ressalta o aspecto fictício da fantasia usado em grande escala para satisfação de um desejo, Melanie Klein enfatiza o aspecto imaginativo da mesma.
A Primeira Sessão
Nas sessões, todas as comunicações do paciente, são vistas como contento um elemento de fantasia, mesmo que se refira a respeito de fatos externos que não apresentam controvérsia. No mundo da fantasia do analisando, a figura mais importante é a pessoa do analista. Na técnica Kleniana a interpretação da transferência é muitas vezes mais fundamental do que a técnica clássica.
Na compreensão do papel central desempenhado pela fantasia inconsciente e pela transferência afeta o curso da analise desde a primeira sessão.
Um paciente que se submete à psicanalise forçosamente vem para a primeira sessão repleto de esperanças e recuos e certamente formou fantasias acerca do analista assim que entrou em contato com ele, ou até antes por este motivo a interpretação da transferência faz se necessário desde o início da análise. (caso da menina com esquizofrenia).
Uma interpretação completa de uma fantasia inconsciente envolve todos seus aspectos. Deve se ir em busca de fonte instintual original, para se descobrir os impulsos que estão por baixo da fantasia.
Ao mesmo tempo deve ser considerado os aspectos defensivos da fantasia, sendo necessário descobrir as raízes entre a fantasia e a realidade externa no passado e no presente.
Melanie Klein e seus colaboradores afiram que a aplicação desses princípios na análise de crianças, adultos e também em pacientes psicóticos, permitiram atingir comandos mais profundos do inconsciente, que por sua vez devem ser levadas em consideração, para que se possa compreender as ansiedades do analisando e sua estrutura do seu mundo interno, cuja a base fora estabelecida na primeira infância. Isso explica o fato de que interpretações em um nível oral ou anal e de mecanismos introjetivos e projetivos desempenham um papel muito maior do que na técnica clássica. 
 
A Posição Paranóide-Esquizóide
Melanie Klein descreve dois estágios na fase oral, correspondendo grosseiramente aos estágios pré-ambivalentes e ambivalentes de Abraham. Ela os denomina posições paranóide-esquizóide e depressiva e descreve dois tipos diferentes de organização do ego e da relação objetal pertencentes a estes dois estágios. Na posição paranóide-esquizóide, o bebê não tem conceito de uma pessoa como um todo. Ele se relaciona com objetos parciais, primariamente o seio. Também não vivencia nenhuma ambivalência. Seu Objeto é dissociado em um objeto ideal e outro persecutório, e a ansiedade prevalente nesta etapa é de natureza persecutória, o medo de que os perseguidores possam invadir e destruir o eu.
Um mecanismo importante envolvido na posição paranóide-esquizóide é o da identificação projetiva. Na identificação projetiva, uma parte do ego do paciente é projetado, em fantasia, no objeto, controlando-o, usando-o, e projetando nele suas próprias características.
A Posição Depressiva
Inicia-se quando o bebê começa a reconhecer sua mãe. Ao longo da posição paranóide-esquizóide, os processos normais de maturação são ajudados por, e por sua vez ajudam, o impulso psicológico de integração, e finalmente, é alcançada uma integração suficiente para que o bebê possa reconhecer sua mãe como um objeto total. O conceito de objeto dissociado em bom e mau. Ele gradualmente percebe que é o mesmo bebê, ele mesmo, que tanto ama como odeia a mesma pessoa, sua mãe. Ele vivencia a ambivalência. Esta modificação em suas relações objetais provoca uma alteração no conteúdo de suas ansiedades. Se anteriormente temia ser destruído por seus perseguidores, agora receia que sua própria agressão vá destruir o objeto amado ambivalentemente. Sua ansiedade deixou de ser paranóide para ser depressiva.
Como nesta etapa as fantasias do bebê são sentidas como onipotentes, ele é exposto à experiência de que sua agressão destruiu sua mãe, deixando no rastro sentimento de culpa, perda irrecuperável, e luto. A ausência de sua mãe muitas vezes é vivenciada como uma morte.
Melanie Klein vias estas ansiedades depressivas como parte do desenvolvimento normal e um corolário inevitável para o processo de integração.
No ponto de vista clássico, a doença melancólica envolve ambivalência em relação a um objeto interno e regressão a uma fixação oral (Freud 1917, Abraham 1912), mas o luto normal envolve apenas a perda de um objeto externo. No ponto de vista Kleiniano, a ambivalência em relação a um objeto interno e as ansiedades depressivas associadas a ela são uma etapa normal do desenvolvimento e são reavivadas no luto normal.
As Defesas Maníacas
A intensidade da dor e da ansiedade na posição depressiva mobiliza defesas novas e poderosas, a saber, o sistema de defesas maníacas. As defesas maníacas envolvem uma regressãoá dissociação, negação, idealização, e projeção, basicamente mecanismos esquizoides, porém organizadas em um sistema para proteger o ego da experiência de ansiedade depressiva. A ansiedade depressiva surge do reconhecimento, por parte do bebê, da mãe como objeto total do qual ele depende e em relação ao qual ele vivencia ambivalência e a posterior culpa e medo de perda. Por esta razão, toda a relação tem que ser negada. 
As defesas maníacas conduzem a um círculo vicioso. A depressão resulta do ataque original ao objeto; as defesas maníacas afastam do ego a experiência de depressão, mas também evitam uma elaboração da posição depressiva e tornam necessário outro ataque ao objeto mediante a negação, o triunfo, e o desprezo, sendo assim, aumentando a depressão escondida. Quando há uma doença depressiva presente devemos procurar os sistemas inconscientes de defesa maníaca, que impedem a elaboração dos sentimentos depressivos.
 Do ponto de vista Kleiniano, o triunfo sobre o objeto interno, que Freud descreve como um aspecto da doença melancólica, é uma parte das defesas maníacas, perpetuando uma situação de depressão.
 
 O Complexo de Édipo
Pontos importantes sobre complexo de Édipo: O menino deseja possuir sua mãe e substituir o seu pai, que a criança vê como um rival pelo afeto da mãe. O complexo de 
Édipo ocorre na fase fálica do desenvolvimento psicossexual entre a idades de 3 e 5 anos. A fase fálica serve como um ponto importante na formação da identidade sexual.
Melanie Klein descobriu na analise de crianças pequenas que o complexo de Édipo tem raízes muito antigas na fase oral. Quando ela mais tarde desenvolveu o conceito de posição depressiva, tornou-se claro que o complexo de Édipo inicia nessa mesma etapa. Isto está, na realidade, implícito na definição da posição depressiva. Se o bebê se torna consciente que sua mãe como uma pessoa, vivendo uma vida própria, tendo outras relações, ele imediatamente é exposto à experiência do ciúme sexual. O fato de que seu mundo ainda esta colorida pelas suas projeções onipotentes aumenta o seu ciúme porque quando sente o vinculo emocional entre os seus pais, ele a fantasia como dando um ao outro exatamente aquelas satisfações que deseja a si mesmo. Desta forma ira vivenciar seus ciúmes primariamente em termos orais, mas a situação triangular ira ter a configuração e a intensidade do complexo de Édipo descrito por Freud.
 A Elaboração
Do ponto de vista Freud, nenhum objeto pode ser abandonado sem ser introjetado no ego. Do ponto de vista kleiniano, esta introjeção faz parte do processo depressivo. Nenhum objeto pode ser abandonado com êxito sem um processo completo de luto, como na posição depressiva, terminando com a introjeção de um objeto interno bom, fortalecendo o ego. A dor na situação do luto mobiliza novas defesas maníacas e esquizoides, mas com cada experiência repetida o ego é fortalecido, o objeto bom mais seguramente estabelecido, e a necessidade de recorrer a novas defesas diminui. O processo de elaboração se completa quando algum aspecto do objeto foi abandonado desta forma.
A análise das ansiedades orais primitivas levou Melanie Klein a crer que a inveja tem raízes muito primarias e desempenha um papel primordial na relação do bebê com o seio. Ela distinguiu a inveja da voracidade e do ciúme e considerou-a mais primitiva do que o ciúme. O ciúme se fundamenta no amor e tem como objetivo a posse do objeto amado e a remoção do rival. A inveja é uma relação dupla na qual o sujeito inveja o objeto por alguma posse ou qualidade. O ciúme é necessariamente um relacionamento objetal total, a inveja é essencialmente vivenciada em termos de objetos parciais, embora persista nas relações objetais totais.
Término de Análise
Levar a repressão, insight (compreensão interna), liberar o paciente de suas fixações e inibições primarias, e capacita-lo a formar relações pessoais completas e satisfatórias.

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