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ANCILOSTOMÍASE Amarelão, opilação, doença do Jeca Tatu Filo Nemathelminthes Classe Nematoda Espécies Ancylostoma duodenale Necator americanus ANCILOSTOMÍASE • Ancylostoma duodenale: Europa, Ásia e norte da África - Ancylostoma – boca com ganchos (“dentes”) - cápsula bucal com 2 pares de dentes • Necator americanus: África tropical, América e ilhas do Pacífico - Necator – matador, assassino - cápsula bucal com lâminas (placas) • parasitas exclusivos do homem • ovos de ancilostomídeos em múmias – parasitose muito antiga Morfologia - verme adulto • verme adulto: ♀ 1,0 – 1,3 cm, extremidades afiladas ♂ 0,5 – 0,9 cm, extremidade posterior expandida • Ap. digestivo: cápsula bucal (bomba aspirante), abertura oral, esôfago muscular/glandular (anticoagulante), intestino e ânus • Ap. reprodutor: ♀ 2 ovários – ovidutos – 2 úteros – vagina - vulva ♂ 1 testículo tubular – canal deferente – vesícula seminal – canal ejaculador – cloaca (2 espículos acessórios + bolsa copuladora) • habitat: intestino delgado do homem • nutrição: sangue (Necator – 0,05 mL/ Ancylostoma – 0,2 mL, por dia) e tecido necrótico Bolsa copuladora -♂ Ovo Cápsula bucal Ovo Cápsula bucal A. duodenale N. americanus Ovo a Larva L3 •Ovo • ovóides/ elípticos, com casca fina e transparente, 60 a 70 μm • oviposição: Ancylostoma – 20.000 a 30.000/ dia e Necator – 9.000/ dia • desenvolvimento no solo úmido/ 20 a 30°C – eclosão da larva depois de 2 a 3 dias. • larva rabditóide (L1 - 250 μm) → nutrição (bactérias) → L2 (500 μm) → larva filarióide L3* •L3 – larva filarióide é forma infectante, penetração ativa • solo: larva rabditóide – larva filarióide = 10 dias • longevidade da larva no solo: até 1 ano Ovo e larvas •larva filarióide L3* (geotropismo, hidrotropismo, termotropismo) – penetração ativa na pele – circulação – alvéolos pulmonares (L4) – retorno até faringe – esôfago – intestino (L5 - verme adulto) • ciclo completo: 6 semanas • longevidade verme adulto: em geral 2 anos (máx. 5 - 6 anos) - Necator: obrigatório ciclo pulmonar - Ancylostoma: normalmente ciclo pulmonar. Pode apresentar transmissão oral (s/ ciclo pulmonar) ou amamentação Ciclo Biológico 1. ovos saem com as fezes do hospedeiro em ambiente propício (oxigenado, úmido e quente). 2. ovo eclode, liberando a larva L2 3. Larva L2, no solo transforma-se em larva L3 (forma infectante). 4. Larva L3 de locomoção ativa penetram no hospedeiro, caindo na circulação. Após passar pelo coração, a larva chega no pulmão, onde rompe o capilar, seguindo para o alvéolo. Sofre nova muda (L4) e migra para a faringe; Expulsão da larva por expectoração ou deglutição da mesma. Nesse trajeto do pulmão, tráqueia, laringe, sofre novo muda transformando em L 5; 5. Larva L5 atinge novamente o duodeno transformando-se em adulto (Macho ou Fêmea). Fêmeas, após a cópula com o macho eliminam os ovos que caem na luz intestinal e são eliminados com as fezes. Relação Parasito-Hospedeiro • destruição das larvas (3/4): pele, gânglios linfáticos e pulmões • relação étnica: negros + resistentes • parasetemia baixa - pode estar relacionado ao sistema imune ou aos hábitos - reações de hipersensibilidade (teste intradérmico) Patologia Ancylostoma duodenale no íleo período de latência: cerca 2 meses • lesão ↔ carga parasitária/ espécie • penetração: assintomático ou prurido • intestinal: lesões na mucosa (necrose) – úlceras ação espoliativa (sangue) nutrição do verme e pontos hemorrágicos – anemia ancilostomótica - anemia crescente (perda Fe > ingestão Fe) - anemia e déficit nutricional: típica em grandes infestações. • Fase aguda: - prurido e eritema na pele - tosse seca e febre - eosinofilia (30% – 60%) - mal-estar abdominal, vômitos, diarréia, cansaço e perda de peso - crianças subnutridas: anemia grave – insuf. cardíaca – morte • Fase crônica: - anemia (palidez, mucosas descoradas, cansaço, tonturas, dores musculares) - crianças: déficit crescimento e mental - Ex. “Jeca Tatu” Sintomatologia • Clínico: É fácil na fase crônica • Parasitológico: exame de fezes: busca de ovos nas fezes - quantificação (40 ovos/grama de fezes = 1 fêmea) • Imunológico: reação intra-dérmica (permanece positiva por anos mesmo após cura) Diagnóstico • mebendazol: 100mg/ 2x/dia por 3 dias ou 500mg dose única • albendazol: 400 mg dose única • pirantel:10mg/kg/dia/ 3 dias Tratamento •Distribuição mundial. Ocorre, preferencialmente, em crianças com mais de 6 anos, adolescentes e em indivíduos mais velhos, independente da idade. No Brasil, predomina nas áreas rurais, estando muito associada a áreas sem saneamento e cujas populações têm o hábito de andar descalças. •OMS: - mundo:1,25 bilhão portadores, com 151 milhões sofrendo da doença - Brasil: 24 milhões de casos positivos - índices mais altos: Pará, Maranhão, Piauí e litoral de São Paulo Epidemiologia Ancylostoma duodenale Necator americanus • uso de calçado • tratamento em massa periodicamente em regiões endêmicas • saneamento básico (tratamento de esgoto) • educação sanitária – higiene Controle
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