PIM V Gestão do agronegócio

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RESUMO
A pesquisa tem como objetivo apresentar uma análise da utilização das práticas obtidas partir do conhecimento das matérias de Cadeias Produtivas I, Matemática Financeira e Movimentação e Armazenagem. A Santa Colomba, alvo do estudo esta sediada na cidade cocos- BA, onde atua desde 2000 no setor agrícola, onde faz o plantio, colheita e venda das culturas, em especial café, milho, soja. A disponibilidade das informações pela empresa possibilitou a análise de suas cadeias produtivas bem como a identificação das práticas financeiras, controle da empresa e sua organização em relação à movimentação e armazenagem no que tange respeito a sua estrutura.
Palavra chave: Agronegócio, agrícola, organização, estrutura.
ABSTRACT
The research aims to present an analysis of the use of the practices obtained from the knowledge of the subjects of Productive Chains I, Financial Mathematics and Handling and Storage. Santa Colomba, the target of the study, is based in the city of Cocos (BA), where it operates since 2000 in the agricultural sector, where it grows, harvests and sells crops, especially coffee, corn, soybeans. The availability of information by the company made it possible to analyze its productive chains as well as the identification of the financial practices, control of the company and its organization in relation to the movement and storage with respect to its structure.
Keyword (s): Agribusiness, agricultural, organization, structure.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
O presente trabalho vem apresentar análise de uma empresa do setor do Agronegócio localizada na cidade de cocos-BA, a escolha desta empresa se deu pelo fato de possuir contato próximo e conhecimento dos serviços prestados pela mesma.
Iniciando será a bordado um pouco sobre a empresa, sua missão e seus objetivos. Será apresentado resultados obtidos e os aspectos voltados à produção agrícola, compreendendo a apresentação da empresa Santa Colomba bem como os serviços prestados, ainda aspectos como o porte da empresa, sua visão sistêmica, etapas de elaboração da produção, e sua estrutura em relação as suas cadeias produtivas. As análises tendem para identificação das atividades no campo e suas ferramentas, descrevendo alguns aspetos das prestações do serviço, como também dados e fatos sobre a origem da organização.
No segundo capitulo é compreendido pela análise financeira da empresa com relação à correção monetária do dinheiro, suas aplicações e balanço patrimonial.
Finalizando o trabalho é abordado o tema movimentação e armazenagem onde é apresentada a estrutura de como a empresa faz toda a sua movimentação de mercadorias, distribuição e recebimento de carga e um plano de como poderia melhorar e aumentar sua produtividade.
A EMPRESA
A Santa colomba é uma empresa agrícola fundada no ano de 2000, mas sua origem teve inicio no ano de 1976 com a aquisição de terras, as sedes produtivas estão localizadas nas cidades de Cocos-Bahia e Mambaí-Goiás, e uma sede corporativa na cidade de São Paulo-São Paulo. Sua razão social dá-se por SOCIEDADE EMPRESARIA LIMITADA, possui 675 funcionários próprios e 420 terceirizados. O administrador e dono apelidado de comandante teve papel importante no inicio da empresa, planejando as estratégias a serem adotadas pela empresa, incluindo a missão, valores do negócio, organização de toda a estrutura para a execução dos procedimentos, direção para a concretização das metas pré-estabelecidas, visando alcançar os resultados, além do controle e verificação de todo o processo, que hoje conseguiu levar o empreendimento ao caminho do sucesso.
Sendo hoje uma empresa sólida no mercado, possui capacidade de produção e fornecimento em grande escala e com um alto nível de mecanização focada em irrigação e a cada ano vem expandido cada vez mais, é uma empresa com grande conhecimento na área
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Agrícola e de renome no mercado, possui três principais seguimentos, café, grãos e business to business.
Business to business é o comércio eletrônico que ocorre entre as empresas ou corporações, diferenciado principalmente por ter apenas pessoas jurídicas envolvidas no processo, pode ser entendido por companhias conduzindo negócios uma com a outra por meio do World Wide Web, o B2B permite que dezenas de milhares de companhias conectem-se com outras dezenas de milhares companhias, por meio de uma rede virtual. Atualmente torna- se um diferencial competitivo para as organizações, pois essa tecnologia pode aperfeiçoar o gerenciamento da cadeia de suprimentos, à medida que, torna mais eficiente e eficaz as práticas internas de aquisições e aperfeiçoa as relações com fornecedores e clientes (NUNES, 2015).
A Santa Colomba é pioneira no setor agrícola com praticas que conciliam a produção com respeito ao meio ambiente procurando sempre excelência em seus serviços, para que isso ocorra são acompanhadas todas as etapas da produção, do plantio ao armazenamento, para manter o alto nível de qualidade. Com uma equipe treinada. Tem como objetivo buscar pela excelência em servir para transformar as relações do agronegócio.
Busca sempre novas parcerias e projetos que possam agregar novos valores, desde sua origem, sempre valorizando as pessoas para que possam ter sempre uma boa estrutura e oportunidade de crescimento profissional e pessoal.
CADEIAS PRODUTIVAS I
A cadeia produtiva leva em consideração a produção de elementos para o consumo humano, desde seu inicio até o destino final (mesa do consumidor). No aspecto produtivo ainda no campo, tanto na produção de espécies animais quanto na produção de alguns grãos. A Cadeia Produtiva é um conjunto de etapas consecutivas, ao longo das quais os diversos insumos sofrem algum tipo de transformação, até a constituição de um produto final. Trata-se, portanto, de uma sucessão de operações (ou de estágios técnicos de produção e de distribuição) integradas, realizadas por diversas unidades interligadas como uma corrente, desde a extração e manuseio da matéria-prima até a distribuição do produto. O conteúdo de cadeia produtiva da unidade estudada no PIM V destaca muito a cadeia produtiva na produção de animais e forragens, mas aqui demonstraremos a cadeia produtiva da Santa Colomba no aspecto do cultivo de grãos.
A santa colomba esta inserida no mercado na produção agrícola que nada mais é que “todo o conjunto de atividades desenvolvidas na zona rural, as quais são necessárias ao preparo do solo, ao monitoramento do desenvolvimento da plantação, à colheita, à armazenagem interna da produção e ao gerenciamento das propriedades produtivas”
(SILVA,2014). As cadeias produtivas da Santa Colomba são voltadas ao agronegócio e suas especializações são a produção de grãos como: café, soja e milho. Quase toda a produção de 7.600 hectares irrigados e é exportada para outros países como EUA e toda a Europa.
Para iniciar o cultivo, o preparo do solo é muito importante saber se esta apta para plantio, assim é necessário fazer a analise do solo, segundo Silva (2014), os solos tropicais são ácidos e com poucos nutrientes, dessa forma a correção de pH e fornecimento de nutrientes é imprescindível para que haja uma boa produção agrícola, para essa correção pode ser utilizado calcário e fertilizantes para que haja a correção do solo e fornecimento de nutrientes, fundamental a analise laboratoriais para que se obtenha sucesso na execução dos processos agropecuários.
No plantio, dependendo da cultura são utilizadas sementes diretamente no solo ou por mudas após sua germinação em viveiros que são transplantadas e podem ser classificadas como anuais e perenes. As anuais são “espécies que completam seu ciclo de vida (germinação-emergência-crescimento-frutificação-produção de sementes-morte) em um período inferior ou igual há 12 meses” (FONTES et al, 2003). Já as perenes são “as espécies cujo ciclo é superiores há 24 meses são definidas como perenes, ainda que existam outras classificações em um grupo intermediário: as semiperenes (ciclo de vida entre 2 e10anos). Entretanto, o ciclo pode ser alterado em função das condições ambientais e do manejo (FONTES et al, 2003).
O milho e a soja são culturas anuais, e o plantio é feito diretamente no solo, em algumas culturas já são adubadas na hora do plantio para melhor eficiência, para as outras culturas como o café uma cultura perene é feita muda em viveiros e só depois de desenvolvidas são transplantadas no solo, se plantada diretamente no solo não sobreviria.
Após o plantio cuidados são tomados para que as culturas se desenvolvam de acordo com o esperado para se obter uma boa colheita. A colheita é toda mecanizada, cada cultura disponibiliza de maquinários específicos, para uma melhor eficiência e aproveitamento, após a colheita são armazenadas as culturas para que ocorra a secagem e seleção dos melhores produtos, para só assim serem transportados e vendidos.
Partindo do principio, para começar a sua produção são elaboradas “planos de plantio” uma boa ação faz toda a diferença, planejam como será realizado a próxima produção em relação do milho e soja, o que será plantado naquela época, já que o café é uma cultura permanente, e quais são as melhores sementes e insumos a serem usados, sempre pesquisando e analisando o melhor que o mercado tem a oferecer, como possuem áreas irrigadas são feitas plantios durante todo o ano.
Após os planos traçados são enviados para o setor de compras onde as ordens de compras são elaboradas e efetuadas para dar inicio a solicitação dos insumos, após o recebimento das mercadorias são encaminhadas para os lugares a serem usados.
Café
A empresa é pioneira da cafeicultura na região, sendo a primeira empresa a cultivar café do tipo arábica no cerrado baiano. Atualmente produzem a variedade Catuaí Vermelho. Essa espécie apresenta ampla capacidade de adaptação e elevada produção, contudo é suscetível a ferrugem. Apresenta por baixo, maturação dos frutos média e desuniforme, bienalidade de produção peneira media acima de 16 e frutos de cor vermelha (FERRAO et al 2009).
E para ter o melhor café algumas exigências devem ser cumpridas: As exigências climáticas do café arábica são de altitude entre 450 a 800 m, temperatura de 18º a 22º C. Solo deve ter profundidade mínima de 1 m, não ser pedregoso ou excessivamente arenoso, de preferência fértil e de boa drenagem. Áreas de baixada são inaptas ao plantio mesmo com sistema de drenagem artificial.
As sementes ou estacas para formação de mudas devem ser colhidos de plantas matrizes oriundas de cafezais produtivos e isentos de doenças.
O viveiro é feito com cobertura superior e lateral de sombrite (tela plástica). Os recipientes (sacolas plásticas) utilizados no viveiro para mudas de seis meses são de 10 x 20 x 0,006 cm, apresentam furos na sua metade inferior. Para enchimento dos recipientes é utilizado o substrato: 700 litros de terra, 300 litros de esterco de curral ou 15 litros de torta de mamona, 5 kg de superfosfato simples, 0,5 kg de cloreto de potássio e 1,5 kg de calcário. É tratar o substrato após a mistura com brometo de metila para controlar pragas e doenças.
No viveiro a irrigação, tendo-se o cuidado de que não haja excesso nem falta de água; adubação foliar nitrogenada após o aparecimento do segundo par de folhas, em duas aplicações com intervalo de 21 dias, eliminação de ervas daninha e controle químico de insetos e doenças quinzenalmente. Manter as mudas a meia sombra durante o desenvolvimento, retirando-a trinta dias antes do plantio para aclimatação.
As Mudas na formação de estaca são indispensáveis mantê-las em ambiente úmido principalmente no período inicial de enraizamento. Neste sistema, as estacas são mantidas a meia sombra em viveiros com microaspersão que são instalados dentro de um viveiro. As estacas podem ser enviveiradas nos próprios recipientes plásticos e são feitos todos os tratos fitossanitários necessários. As estacas são obtidas de ramos ortotrópicos de matrizes selecionadas. Normalmente se obtém de 80 a 95% de pegamento no café conilon. Na formação de mudas por estaca a sempre a orientação de um técnico.
A área para plantio deve ser plana ou suavemente ondulada. Não é aconselhável o uso de terrenos com declividade acima de 18%. Na preparação do solo vai depender da cobertura vegetal da área, é usada a mecanização para incorpora a matéria orgânica no solo e a aração do solo feita à profundidade de 20 a 30 cm caso esteja compactada. Os espaçamentos variam de
1.5 a 2,5 m entre plantas e 3,0 a 4,0 m entre linhas. O coveamento é feita mecanicamente nas dimensões de 40 x 40 x 40cm, separando-se a terra mais fértil retirada da cova para misturar
com adubo no momento do plantio das mudas. O plantio das mudas é realizado no período mais chuvoso com mudas de quatro a seis pares de folhas aclimatadas ao sol.
Adubação é realizada tanto no plantio como nos anos subsequentes de acordo com análise química de solo para orientar adequadamente a calagem e a adubação. Adubação Foliar é realizar duas a três vezes ao ano para corrigir deficiências de micronutrientes. É sempre, realizada de acordo os resultados anuais de análises de solo e folha.
Muitas doenças incidem sobre o cafeeiro nas fases de viveiro e campo. A ferrugem causada pela Hemileia vastatrix é a mais grave. O controle químico é feito com aplicação de fungicidas cúpricos. Cercosporiose também conhecida por Mancha de olho pardo causa desfolha em plantações e viveiros. Controle preventivo: evitar viveiros em locais úmidos e utilizar substratos ricos na formação das mudas. Controle químico: com fungicidas cúpricos. Rizoctoniose, conhecida por doença do “tombamento” é comum em viveiros. Controle preventivo: evitar sua formação em locais com alta umidade e muito sombreados. Controle químico com fungicidas cúpricos.
A poda é uma prática que requer muitos cuidados. É utilizada para corrigir o fechamento do cafezal, o qual provoca queda de produção, dificulta os tratos culturais e colheita. É também importante na eliminação de ramos pouco produtivos. A poda pode ser: de formação (2º a 3º ano), produção (a partir dos 3 anos) e poda de renovação (decepa da parte aérea da planta a uma altura de 20 a 40 cm do solo).
Colheita é realizada quando as maiores partes dos frutos estão maduros. Em geral, quando se tem 70% dos mesmos na fase denominada de cereja. O café verde causa prejuízo quanto ao tipo e qualidade da bebida e interfere no valor do produto. A colheita é realizada por colheitadeiras de café, rendimento do café Conilon gira em tono de 40 a 45 scs/hectare. O beneficiamento, a secagem é feita em terreiros ou com auxílio de secadores. A massa de café durante a secagem não deve alcançar temperatura superior a 45º C. A umidade ideal para armazenamento é de 13%. Após a secagem são armazenadas em sacas nos armazéns até serem despachadas para as fabricas ou para os portos.
A qualidade do café é garantida através do acompanhamento rigoroso de todas as etapas da cadeia produtiva: após a colheita, os grãos são cuidadosamente selecionados e beneficiados em um processo que tem como resultado um produto de excelência. O café Santa Colomba é certificado com os selos UTZ e Rainforest que asseguram as melhores práticas em todo ciclo produtivo.
3.2 Soja E Milho
Unindo trabalho, tecnologia e condições climáticas favoráveis, asseguram uma produtividade elevada nos cultivos de soja e milho. A Santa Colomba produz grãos com padrão de exportação, os mesmos passam por processos de pré-limpeza, secagem e armazenagem em estruturas próprias da companhia.
Para que tudo isso ocorra devem-se ser tomados medidas e acompanhamento em todos
os processos, o primeiro processo é a escolha das sementes, em seguida o preparo do solo feito por tratores, à adubação vai depender da analise realizada no solo, para saber a quantidade ideal de adubação para fazer calagem.
Após o preparo do solo é feita o plantio podendo ser na mesma época plantado soja e milho ou uma após a colheita da outra, como é áreas irrigadas por pivôs centrais, não há a preocupação por falta de chuva,mas sim pelo excesso de agua que pode ocorrer em consequência da irrigação mal feita.
O controle de pragas e plantas invasoras em ambas as culturas é feita mecanizada com o uso de herbicidas e pesticidas.
As colheitas de ambas as culturas é toda mecanizada, A soja é colhida após a queda das folhas, com haste e vagens secas e com 14% de umidade nos grãos. O milho é colhido com cerca de 160 a 180 dias após a semeadura. O milho deve é colhido quando a planta esta bem saca e os grãos não devem apresentar mais de 15% de umidade. Se houver chuvas durante a colheita, é esperando que as espigas tornem a secar na própria planta e depois reinicia a colheita, para impedir que as espigas sejam armazenadas úmidas.
Foram Plantados 3.300 hectares de soja e a produtividade atingiu a marca de 50 sacas/ha, com nossos pivôs mais antigos (de 2º ano apenas) chegando a 60 sacas/ha. No milho, foram plantados 2.900 hectares e a produtividade foi de 163 sacas/ha. Em soja, projetam uma produtividade de 58 sacas/ha, sendo que pivôs de 3º ano devem atingir 67 sacas. No milho, projetam uma produtividade de 169 sacas, com pivôs de 3º ano chegando a 180 sacas/há para o próximo ano.
Depois da colheita é feita uma pré-limpeza toda mecanizada para serem secadas, após secos, são armazenadas em silos até serem transportadas por caminhões para serem exportadas.
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Em 2016 teve início da implantação do Módulo II com início em 2017, que contempla a instalação de 22 pivôs, 2 estações de captação de água e 22 quilômetros de canais e 13,2 quilômetros de adutoras. Esse módulo pode elevar a área agricultável da SCA para 7,6 mil hectares. Os investimentos aprovados para esse módulo perfazem aproximadamente R$100 milhões.
Atualmente a Empresa possui um total de 116.276 hectares de área disponível por meio de fazendas próprias e arrendadas, com declividade reduzida (menos de 6%), permitindo a mecanização da produção. Essa área é cortada pelos rios Itaguari e 11 Carinhanha, sendo que a Empresa é detentora de outorgas para a extração de água desses rios.
Fecharam 2016 com uma receita líquida de R$41,3 milhões, +4,9x maior que 2015, um lucro bruto positivo de R$5,6 milhões e uma melhora significativa no fluxo de caixa operacional da Companhia.
Tabela 1- Balanço patrimonial Santa colomba
Tabela 2- demonstrações de resultados/ em milhares de reais
Tabela 3- demonstrações de resultados abrangentes/ em milhares de reais
Tabela 4- demonstrações das mutações do patrimônio liquido/ em milhares de reais
Tabela 5 – demonstrações dos fluxos de caixa/ método indireto
Os itens incluídos nas demonstrações financeiras da Empresa são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico no qual a SCA opera ("a moeda funcional").
As operações com moedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional, utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação, na qual os itens são remensurados. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações, quando aplicável, são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto quando reconhecidos no patrimônio.
As operações em moeda estrangeira da Empresa decorrem substancialmente de seu contrato com a PMB (faturamento) e de instrumentos financeiros derivativos.
A taxa de câmbio do encerramento do exercício foi de R$3,2591 equivalente a US$1,00.
Equivalentes de caixa
Tabela 6- Equivalência de caixa
O saldo de caixa e bancos compreende os depósitos em conta corrente disponíveis para uso imediato. Os referidos saldos decorrem da estratégia e do fluxo normal das operações da Empresa e sua controlada.
As aplicações financeiras correspondem a Certificados de Depósitos Bancários (CDB) com rendimentos atrelados à variação dos Certificados de Depósitos Interbancários (CDI) com rentabilidade média de 99,26% do CDI (99% do CDI em 2015).
Investimentos
A Empresa possui participação de 99,99% no capital votante e total da Cingrepe
- Cia. Ind. De Agric. e Pecuária, cujo saldo em 31 de dezembro de 2016 totalizava R$35.297 (R$35.287 em 2015). A Cingrepe é uma fazenda não operacional com sede no município de Côcos - BA, fazenda Canguçu, com área total de 21.365 hectares. Além da participação na Cingrepe, a Empresa possui participações minoritárias (conforme descrito na nota 2.2), que são empresas de controle do sócio controlador SCIA. Essas empresas são mantidas ao custo histórico de R$ 1.
Os quadros abaixo apresentam um sumário das informações financeiras da Cingrepe em 31 de dezembro de 2016 e 2015:
	
	 	Ativo
	 Passivo e Patrimônio líquido
	
	 	2016	2015
	 	2016	2015
	 Ativo Circulante	
	
	
	 Passivo nãocirculante	
	
	Caixa e equivalentes de caixa
	15	5
	
	
	
	
	Clientes e outros recebíveis
	 	2	1 
	Passivo fiscal diferido	 	17.777	17.777
	
	17	6
	17.777	17.777
	
	
	
	 Patrimônio Líquido	
	
	
	
	
	Capital social
	1.493
	1.347
	 Ativo não circulante	
	
	
	
	Ajustes de avaliação patrimonial
	34.508
	34.508
	Imobilizado
	 	53.059 
	53.059
	
	Prejuízos acumulados	 	
	(702)
	(567)
	
	 	53.059
	53.059
	 	35.299 
	35.288
	Total do ativo
	 	53.076 
	53.065
	
	Passivo e patrimônio líquido	 	
	53.076 
	53.065
Através do tempo veio investindo em bens como: imóveis, terrenos, investimentos em frota de caminhões, maquinários que são utilizados desde o plantio a colheita e transporte, além de possuir vários pivôs de irrigação que é o seu grande forte. De acordo com SANTOS (2012, p.39) os investimentos são participações societárias de caráter permanente, o investimento em sociedade controlada é registrado e avaliado pelo método da equivalência patrimonial e foi reconhecido inicialmente pelo custo.
Fornecedores
Os saldos de fornecedores são apresentados no quadro a seguir:
Tabela 8- Fornecedores
A elevação dos saldos dos fornecedores decorre do crescimento da operação da Empresa no exercício de 2016.
Empréstimos E Financiamentos
A posição dos empréstimos e financiamentos em 31 de dezembro de 2016 é apresentada a seguir:
	
	 	
	 	Controladora
	e consolidado
	
	Taxa de juros
	
	
	
	 	anual	
	 	2016
	 	2015
	
	
	
	(Não auditado)
	Cédula de Créditos Rural
	6,5% a 9,5%
	1.698
	12.400
	FINAME
	3,5% a 21,27%
	12.387
	10.561
	Célula de créditos bancários
	5,30% a 21,02%
	 	35.687
	 	20.987
	
	
	 	49.772
	43.948
	
	
	
	
	Circulante
	
	9.971
	14.945
	Não circulante
	
	39.801
	29.003
Tabela 9- Empréstimos E Financiamentos
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
A comercialização dos produtos agrícolas é realizada integralmente no mercado interno. Os preços que vigoram nesse mercado, com exceção ao contrato com a PMB, são historicamente cíclicos e sujeitos a flutuações significativas em períodos curtos, em decorrência de vários fatores relacionados à demanda mundial por grãos, às estratégias adotadas pelos grandes produtores de alimentos e à taxa de câmbio.
A santa colomba esta inserida no mercado na produção agrícola que nada mais é que “todo o conjunto de atividades desenvolvidas na zona rural, as quais são necessárias ao preparo do solo, ao monitoramento do desenvolvimento da plantação, à colheita, à armazenagem interna da produção e ao gerenciamento das propriedades produtivas” (SILVA,2014).
Para que chegue ao destino final passa por todo um processo logístico, inicialmente é feita a aquisição das matérias primas os insumos agrícolas e maquinários por meio do departamento de compras, são adquiridos sementes, adubos, mudas, defensivos, pivôs, bombas de irrigação, maquinários, desde o preparo do solo até a colheita, a maior parte dos maquinários é própria da empresa, como também o transporte até os portos são feitos por caminhões próprios. Antes das vendas os produtos geralmente são armazenados em silos no caso da soja e milho, para o café é armazenados em sacas em armazéns, a movimentação das mercadoriasnos silos é feita por caminhões, nos armazéns por empilhadeiras elétricas até os caminhos.
A venda dos produtos é feita pelo departamento de vendas que são responsáveis por entrar em contato com os compradores e fazerem a negociação com os clientes, sempre mantendo contato e um bom relacionamento, visando ainda qual melhor estratégia a serem prestadas para que o cliente fique sempre satisfeito, e claro fornecendo produtos de qualidade para que haja sempre um bom relacionamento entre as partes, não basta apenas ter bons produtos, mas também aquele diferencial na qualidade do atendimento para que os clientes se sintam sempre bem na compra.
A Santa Colomba possui um ótimo controle para poder ter uma ótima produção, mas conta com alguns empecilhos que não depende da empresa, no caso das rodovias, em especial na estrada de Mambai-GO até a fazendo sendo 80km em estrada de chão, assim dificultando mais ainda o escoamento da produção principalmente em épocas de chuva, fazendo com que haja atraso nas entregas de mercadorias e muitas vezes caminhoneiros desistindo de fazer entrega de insumos para a fazenda por conta do risco de perda e prejuízos de peças dos caminhos. Muitos caminhoneiros optam por não entregar, onde é mais viável não entregar do que ter avarias que não compensa a entrega, assim a única alternativa para aumentar a produtividade da Santa Colomba seria melhorias nas rodovias para que tudo seja comprido no
prazo e de acordo com os planejamentos sem avarias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho possibilitou o contato com a prática da gestão agroindustrial no segmento de produção agrícola irrigado em grande escala e também algumas das ferramentas utilizadas em todo o seu processo desde a produção, logístico até chega ao consumidor final.
Ficou evidente que um bom planejamento das etapas de produção possibilita bom resultados neste segmento tão variado que é o agronegócio.
Destaca-se também a preocupação da empresa com a qualidade dos produtos que sempre estão em busca de melhor qualidade e medidas para diminuir custos.
Analise do ambiente da empresa verifica-se que possuem um bom fluxo de caixa, e o aumento da produção e investimentos que por consequência (se bem administrada tem bons resultados) maior fluxo de caixa e lucro liquido. Além da prestação de serviços diferenciado para seus clientes
A realização da pesquisa proporcionou uma experiência prática do que ocorre no mercado de trabalho em frente a uma empresa de grande porte, estimulando ainda mais a busca do conhecimento. Além de agregar mais conhecimento do que está sendo estudado no momento com a integração das disciplinas como forma de pesquisa.
REFERÊNCIAS
SILVA, C.R.R. Introdução a agronegócio. São Paulo: Editora Sol, 2014.
NUNES, R.M.S. Analise da contribuição do business to business na gestão de cadeias suprimentos. São Paulo: Universidade Paulista, 2015.
FONTES, J. R. A.; SHIRATSUCHI, L.S.; NEVES, J.L.; JULIO, L.D.; FILHO, J. Manejo
integrado de plantas daninhas. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2003.
FERRÃO, M.A.G.; FERRÃO, R.G.; FORMAZIS,M.J.; ET AL. Técnicas de produção de
café arábica. Vitoria: INCAPER, 2009.
SANTOS, E.M. Contabilidade. São Paulo: Editora Sol, 2012.