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ANA STORCH FARMACOLOGIA I FARMACOCINÉTICA INTRODUÇÃO O objetivo do tratamento medicamentoso é prevenir, curar ou controlar doenças. Para alcançar esse objetivo, doses adequadas de fármaco devem ser oferecidas aos tecidos-alvo, de forma a serem obtidos níveis terapêuticos, porem não tóxicos. A farmacocinética estuda o movimento de um fármaco no organismo durante um determinado período. O clinico precisa reconhecer que a velocidade do inicio da ação, a intensidade do efeito e a duração da ação do fármaco são controladas por quatro vias fundamentais do movimento e da modificação do fármaco no organismo. Primeiro, a absorção do fármaco desde o local de administração permite o acesso do agente terapêutico no plasma. Segundo, o fármaco pode, então, reversivelmente sair da circulação sanguínea e distribuir-se nos líquidos intersticial e intracelular. Terceiro, o fármaco pode ser biotransformado no fígado, rins ou em outros tecidos. Finalmente, os fármacos e seus metabolitos são eliminados do organismo na urina, bile ou fezes. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FARMACOS A via de administração e determinada primariamente pelas propriedades do fármaco e pelos objetivos terapêuticos. Há duas vias principais de administração de fármacos, enteral e parenteral. ENTERAL ORAL: A administração do fármaco pela boca é a via mais comum , mas também e a mais variável e envolve o caminho mais complicado ate os tecidos. Alguns fármacos são absorvidos no estomago; contudo o duodeno e o principal local de entrada na circulação sistêmica devido a sua maior superfície absortiva. A biotransformação de primeira passagem, no intestino ou fígado, limkita a eficácia de vários fármacos quando administrados via oral. SUBLINGUAL: A colocação sob a língua permite ao fármaco difundir na rede capilar e, por isso, entrar diretamente na circulação sistêmica. RETAL: A via retal é usada comumente para a administração de fármacos antieméticos. PARENTERAL A administração parenteral é usada para fármacos que são pouco absorvidos no TGI e para aqueles que são instáveis no TGI. INTRAVASCULAR: A injeção intravenosa (IV). Com a administração IV, o fármaco evita o TGI e, por conseguinte, a biotransformação de primeira passagem pelo fígado. Essa via permite um efeito rápido e um grau de controle máximo sobre os níveis circulantes do fármaco. INTRAMUSCULAR (IM): Fármacos administrados por via IM podem ser soluções aquosas ou preparações especializadas de deposito, A absorção de fármacos em soluções aquosas é rápida, enquanto a das preparações tipo deposito é mais lenta. A medida que o veiculo difunde para fora do musculo, o fármaco precipita no local da injeção. O fármaco, então, se dissolve lentamente, fornecendo uma dose sustentada durante um período de tempo extendido. SUBCUTANEA (SC): Essa vida de administração, como a IM, requer absorção e é um pouco mais lenta do que a via IV. A injeção SC minimiza os riscos associados a injeção IV. OUTRAS INALAÇAO: A inalação assegura a rápida oferta do fármaco através da ampla superfície da membrana mucosa do trato respiratório e do epitélio pulmonar, produzindo um efeito quase tao rapido como com a injeção IV. INTRANASAL. INTRATECAL/INTRAVENTRICULAR TOPICO TRANSDERMAL (ADESIVO CUTANEO) ABSORÇÃO DE FARMACOS Passagem do medicamento do local de introdução até a corrente sanguínea sistêmica. *Fármacos lipofílicos são mais absorvidos. A concentração do fármaco na corrente sanguínea sistêmica é menor do que a sua concentração administrada devido às perdas durante o processo de absorção, a não ser que a via de introdução seja endovenosa, visto que o fármaco não passará pela fase de absorção. Absorção-difusão Não usa carreador Não gasta energia Vai a favor de um gradiente de concentração é a forma mais comum de absorvermos medicamentos De acordo com a Lei de Fick, quanto maior a dose do medicamento, maior o gradiente de concentração e a absorção. Ionização de ácidos fracos e bases fracas Molécula ionizada – Atrai dipolos de água -> pouco lipossolúvel. Ácidos: doadores de H+ Bases: receptores de H+ ÁCIDOS FRACOS BASES FRACAS BIODISPONIBILIDADE DOS FARMACOS Biodisponibilidade sistêmica é a fração da droga administrada que chega à corrente sanguínea sistêmica de forma inalterada. FATORES QUE INLUFIENCIAM A BIODISPONIBILIDADE: Biotransformação hepática de primeira passagem. Solubilidade do fármaco: fármacos muito hidrofílicos são pouco absorvidos devido a sua inabilidade em atravessar as membranas celulares ricas em lipídeos. Instabilidade química. Natureza da formulação do fármaco. A maioria dos fármacos alcança seus locais de ação a partir da circulação sistêmica; Na administração intravenosa a quantidade administrada é igual à que alcança a circulação sistêmica (biodisponibilidade = 1); Para as outras vias de administração ela é menor que 1. DISTRIBUIÇÃO DOS FARMACOS A absorção corresponde à entrada do fármaco na circulação sanguínea. Para chegar ao tecido alvo, o fármaco necessita sair da corrente sanguínea, este processo corresponde à distribuição. Ou seja, é o processo pelo qual o fármaco sai da circulação sistêmica e alcança diversos tecidos. Esse fármaco pode então ficar restrito ao interstício ou conseguir atravessar a barreira celular. A condição básica para que o medicamento cruze a membrana celular é a lipossolubilidade. A ligação reversível às proteínas plasmáticas fixa os fármacos na forma não difusível e retarda sua transferência para fora do compartimento vascular BIOTRANSFORMAÇÃO DOS FARMACOS Os rins não conseguem eliminar os fármacos lipofílicos de maneira eficiente Atravessam facilmente as membranas celulares e são facilmente reabsorvidos nos túbulos contorcidos distais dos rins Fármacos lipossolúveis precisam ser primeiramente biotransformados em substâncias mais polares Importância: Fisiológica: determinar o término da atividade biológica da droga; Farmacológica: determinar a intensidade e a natureza do efeito farmacológico, além do aparecimento ou não de toxicidade. O fígado é a principal sede do processo de metabolização, mas existem outros sítios como o pulmão, TGI, rins e plasma. Fases da biotransformação Na primeira fase, os fármacos sofrem ação de enzimas que promovem oxidação, redução ou hidrólise. Alguns fármacos quando passam por alguma dessas transformações se tornam hidrossolúveis e já podem ser excretados. Mas outros podem passar também pela fase II, a etapa de conjugação, para que tenham hidrossolubilidade suficiente para serem excretados. Alguns fármacos, por sua vez, passam direto para a fase II. FASE II Ligação covalente a um grupo substituinte Citosol Metabólito geralmente inativo (hidrossolúvel) FASE I Exposição/introdução de grupo funcional Retículo endoplasmático liso (microssoma) Metabólito geralmente ativo, tóxico ou inativo (geralmente lipossolúvel) Tipos de reações O objetivo da fase I é tornar o fármaco mais polar para ser eliminado. As enzimas microssomais dessa fase são: Citocromo P450: é a enzima que mais metaboliza fármaco NADPH – Citocromo P450 redutase Flavina monooxigenases (FMO) Já a fase II quer tornar o fármaco muito polar através de conjugação, com isso é preciso de enzimas sintetases: desidrogenases, MAO, peroxidases, hidrolases do epóxido, esterases, etc – enzimas não microssomais. Indutores X Inibidores Indutores: REDUÇÃO TEMPO DE EFEITO Induzem a atividade de enzimas do CYP450 Aumentam a velocidade da excreção Diminuem a biodisponibilidade Inibidor: AUMENTO TEMPO DE EFEITO Diminui a atividade da enzima Diminui a velocidade do metabolismo do substrato Aumenta a concentração do substrato no sangue A inibição pode ser competitiva ou não: no processo inibidor há redução da concentração das enzimas P450, reduzindo, por consequência, a concentração de metabólitos e aumentando o fármaco ativo. Esse mecanismo pode acontecer por competição dos sítios de formação da P450, ou não. Já induçãopode ocorrer por administração repetitiva, aumento da síntese ou diminuição da degradação de enzimas microssômicas. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS É o fenômeno farmacológico onde os efeitos de um fármaco podem ser modificados pela administração anterior ou concomitante a outro. Certos fármacos são capazes de aumentar a síntese de enzimas do citocromo P450 - INDUTORES Aumento na biotransformação de fármacos Redução na concentração plasmática dos fármacos Diminui o efeito de fármacos Ex: fenobarbital pode diminuir efeito do etinilestradiol, diazepam Outros substratos inibem a atividade enzimática do citocromo P450 – INIBIDORES Diminuem a metabolização/biotransformação de fármacos Aumenta a concentração plasmática de fármacos Aumentam o efeito ou risco de efeito colaterais DEPURAÇÃO DE FARMACOS PELOS RINS Eliminação de fármaco pela urina é a via de saída do fármaco do organismo mais importante Pacientes com disfunção renal podem ser incapazes de excretar os fármacos Risco de acúmulo e efeitos adversos FARMACODINÂMICA ANTAGONISTAS: Prendem-se aos receptores mas não os ativam. Impedem que os agonistas ativem os receptores Podem ser: Antagonistas competitivos: Se ligam reversivelmente ao mesmo sítio do agonista no receptor (Ex: beta bloqueador) Antagonista não competitivo: Se ligam irreversivelmente ao mesmo sítio do agonista no receptor (Ex: aspirina) RECEPTOR Qualquer molécula biológica à qual um fármaco se fixa e produz uma resposta mensurável Podem ser enzimas, ácidos nucléicos ou proteínas estruturais A maioria dos receptores são proteínas que transduzem sinais extra celulares em respostas intracelulares Canais iônicos disparados por ligantes; Receptores acoplados à proteína G; Receptores ligados à enzimas; Receptores intracelulares. AMPLIFICAÇÃO DE SINAIS Característica dos receptores ligados à proteína G e enzimas Um único complexo agonista-receptor pode interagir com várias proteínas G Isso multiplica várias vezes o sinal original Devido a essa amplificação de sinal apenas uma fração do total de receptores precisa estar ocupada para evocar a resposta máxima Receptores reserva DESENSABILIZAÇÃO DE RECEPTORES Quando um receptor é exposto à administrações repetidas de um agonista pode ser dessensibilizado por: fosforilação ou internalização na células. ANTI HIPERTENSIVOS Resumindo HAS: Condição clínica de natureza multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial acima ou igual a 140 e/ou 90 mmHg Brasil: 32% de indivíduos adultos 60% dos idosos Contribui direta ou indiretamente para 50% de morte por DCV Essencial: 90% dos casos Secundária: 10% - estenose de artérias renais, COA, FEO 2 ou mais medidas em consultório sob condições ideais e confirmada por MAPA ou por MRPA (2 medições antes do desjejum e 2 antes do jantar em 7 dias) Mecanismos de regulação da PA: PA regulada dentro de uma estreita faixa para prover perfusão sem causar lesões ao endotélio Barorreceptores e sistema nervoso simpático Sistema renina-angiotensina-aldosterona BARORRECEPTORES: Atuam alterando a atividade do sistema nervoso simpático Regulação rápida da PA Queda na PA menor estiramento percebido pelos barorreceptores aumento na descarga simpática Aumento na PA maior estiramento percebido pelos barorreceptores diminuição na descarga simpática SRAA: Rins são responsáveis pelo controle da PA ajustando o volume sanguíneo Barorreceptores do rim respondem à PA reduzida e à estimulação simpática de adrenoceptores Beta liberando a enzima renina FARMACOS ANTI HIPERTENSIVOS: DIURETICOS: Inibem a reabsorção de Na em diferentes partes do néfron Ocorre aumento da perda urinária de Na juntamente com água que é carregada passivamente para manter o equilíbrio osmótico Aumentam volume urinário Diminuem o volume sanguíneo Diminuem débito cardíaco Exemplos: furosemida, hidroclorotiazida, espironolactona.. BETA BLOQUEADORES Bloqueiam receptores beta cardíacos, diminuindo a FC e contratilidade cardíaca e diminuindo assim o DC e a pressão arterial. Exemplos: atenolol, propranolol, metoprolol, carvedilol.. BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CALCIO Concentração intracelular de Ca tem papel importante na manutenção do tônus da cél muscular lisa e na contração do miocárdio O Ca entra nas céls musculares através de canais de Ca Os bloqueadores dos canais de Ca bloqueiam a entrada de Ca no coração e nos músculos lisos dos vasos coronarianos e arteriolares periféricos Isso causa o relaxamento do músculo liso vascular, dilatando as arteríolas Diminui a entrada de Ca nas céls musculares lisas vasculares arteriais Vasodilatação Diminuição da RVP Diminui a pressão arterial Exemplos: Nifedipress (nifedipino), norvasc (anlodipino), verapamil, diliazem.. INIBIDORES DA ECA Bloqueiam a enzima conversora de angiotensina a qual transforma angiotensina I em angiotensina II Ocorre vasodilatação das arteríolas e veias Diminui produção de aldosterona ECA também degrada bradicinina A inibição da ECA causa aumento da bradicinina (vasodilatador) que irrita a arvore brônquica. Exemplos: captopril e enalapril. BLOQUEADORES DOS RECEPTORES DE ANGIOTENSINA Bloqueiam os receptores de angiotensina Dilatação arteriolar e venosa e bloqueio da secreção de aldosterona, diminuindo assim a PA Não aumentam os níveis de bradicinina. Exemplos: losartana, valsartana, atacand.. BETA LACTÂMICOS Compostos que possuem anel beta lactâmico: PENICILINAS CEFALOSPORINAS MONOBACTÂMICOS CARBAPENENS MECANISMOS DE AÇÃO DOS BETA LACTÂMICOS: Inibem a síntese da parede celular bacteriana Camada externa rígida exclusiva das bactérias Composta de polissacarídeos e peptídeoglicanos Ligam-se às PBPs, interrompem a síntese do peptideoglicano e a bactéria morre MECANISMOS DE RESISTENCIA AOS ANTIBIOTICOS BETA LACTAMICOS: Produção de beta lactamases PENICILINAS: Penicilinas naturais Penicilinas antiestafilocócicas Penicilinas de espectro estendido Penicilinas antipseudomonas PENICILINAS NATURAIS: Penicilina G (IV) – meia vida curta Penicilina V (VO) – indicada para infecções menos graves devido à sua baixa biodisponibilidade Penicilina benzatina (IM) –formas de depósito – absorção lenta provocando níveis prolongados de fármacos Ativas principalmente em Gram positivos Suscetíveis à inativação pelas penicilinases USO DA PENICILINA BENZATINA Dose única : faringite estreptocócica Sífilis primária: 2 doses de penicilina benzatina Sífilis secundária: 4 doses Sífilis terciária e sífilis latente: 6 doses Neurossífilis: penicilina cristalina IV PENICILINA ANTIESTAFILOCÓCIAS Somente IV Resistentes às beta lactamases produzidas por Stahylococcus Droga de escolha para S. aureus S oxacilina PENICILINA DE ESPECTRO ESTENDIDO - AMOXICILINA: Administrada VO Sensíveis às beta lactamases ITU Infecções do trato respiratório inf - AMPICILINA: Sensíves às beta lactamases Adminsitrada IV Enterococcus Listeria PENICILINA ANTIPSEUDOMONAS Piperacilina Ticarcilina Apenas preparações IV (intra-hospitalar) Usadas na prática com inibidores de beta lactamase INIBIDORES DE BETA LACTAMASES: Ác clavulânico, sulbactam e tazobactam Formulações fixas com penicilinas específicas Amoxicilina + clavulanato Ampicilina + sulbactam Piperacilina + tazobactam REAÇÕES ADVERSAS A PENICILINAS Hipersensibilidade Desconforto gastrintestinal e diarreia Nefrite Toxicidade hematológica Tromboflebite CEFALOSPORINAS Beta lactâmicos muito relacionadas funcional e estruturalmente com as penicilinas Também inibem a síntese da parede celular Mais estáveis em relação às beta lactamases Primeira, segunda, terceira e quarta geração Ineficazes contra MRSA, Enterococo, Listeria e Clostridium 1º GERAÇÃO Cefalexina, cefazolina e cefalotina Streptococcus e Staphylococcus Resistentes à penicilinase do Staphilo Atividade contra Proteus, E.coli Infecções de pele e tecidos moles causadas por S. aureuse S pyogenes Cefazolina: Fármaco de escolha para profilaxia cirúrgica Infecções do trato urinário principalmente na gravidez 2º GERAÇÃO Maior atividade contra Haemopilus, Enterobacter e Neisseria Pneumonias, sinusites, otites Cefoxitina: atividade contra anaeróbios e Gram neg. Pode ser usada em infecções intra-abdominais, pélvicas e ginecológica 3º GERAÇÃO Atividade aumentada contra bacilos Gram negativos IV Boa penetração SNC Ceftriaxone: Pneumonia comunitária e ITU complicada. Meningite (exceto Listeria) Dose única de ceftriaxone: tratamento da gonorréia Ceftazidima: Pseudomonas aeruginosa 4º GERAÇÃO Conservam a ação sobe bactéria Gram neg incluindo Pseudomonas Atividade contra Gram pos, incluindo S. aureus sensível à oxacilina Pneumonias hospitalares, neutropênicos febris REAÇÕES ADVERSAS Á CEFALOSPORINA Alergia Irritação local Nos pacientes com reação de hipersensibilidade grave às penicilinas evitar o uso MONOBACTÂMICOS Gram negativos aeróbicos Inclusive Pseudomonas Não tem atividade contra Gram pos e anaeróbios IV ou IM CARBAPENÊMICOS Amplo espetro. Infecções hospitalares causadas por bactérias multi R Resistem à hidrólise pela maioria das beta lactamases Cobertura para bactérias Gram pos, Gram neg e anaeróbios Ertapenem: não é ativo contra Pseudomonas e Acinetobacter Imipenem em altas doses pode causar convulsões Ef adversos: náuseas, vômitos, diarréia, exantema cutâneo e reação no local da infusão PAPEL DA TERAPIA ELASTICA NA IVP E DROGAS UTILIZADASNAS DOENÇAS ARTERIAIS E VENOSAS PERIFERICAS RESUMINDO SISTEMA VENOSO.. Dividido em superficial, profundo e perfurante Retorno do sangue à veia cava e ao coração após sua passagem pelo sistema arterial e rede capilar Retorno venoso ocorre contra força da gravidade Veias são dotadas de válvulas que impedem o refluxo de sangue Contração muscular dos músculos da panturrilha atua como bomba INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA (IVP) Conjunto de manifestações clínicas causadas pelas anormalidades (refluxo, obstrução ou ambos) do sistema venoso periférico Patologia bastante prevalente que atinge 5 a 30% da população adulta Em torno de 20% dos pacientes com insuficiência venosa crônica desenvolvem úlceras. FATORES DE RISCO PARA IVP Idade Sexo feminino Número de gestações Obesidade Histórico familiar FISIOPATOLOGIA Hipertensão venosa Ocorrência de varizes primárias Coluna de sangue formada gera uma pressão hidrostática maior Edema Estímulo local de resposta inflamatória através de macrófagos e neutrófilos Aumento a permeabilidade local com extravasamento de macromoléculas e elementos figurados do sangue Lise de hemácias libera hemoglobina no espaço extracelular que é degradada a hemossiderina – dermatite ocre Hemossiderina é irritante para os tecidos: eczema de estase, ressecamento, descamação e adelgaçamento da pele Endurecimento e fibrose da pele – lipodermatoesclerose O agravamento da condição tecidual proporciona destruição da pele e solução de continuidade com os tecidos mais profundos- úlceras de estase ou úlceras varicosas SINAIS E SINTOMAS Formigamento Dor Queimação Edema Cãimbras Sensação de peso Prurido Cansaço e fadiga nas pernas Sintomas ausentes na parte da manhã e mais presentes à tarde TELEANGIECTASIAS Veias aracniformes Pequenas veias dilatadas com menos de 1 mm. Localizadas próximo à superfície da pele Formam padrões lineares, ramificados ou em teias de aranha azul, arroxados ou vermelhos VEIAS RETICULARES Veias dilatadas, tortuosas e não palpáveis com diâmetro entre 1 e 3mm. VEIAS VARICOSAS Veias dilatadas, salientes e tortuosas superficiais que medem maior de 3 mm de diâmetro DERMATITE OCRE Hemoglobina que permanece no interior tissular transforma-se em hemossiderina que dá coloração acastanhada à pele LIPODERMATOESCLEROSE Combinação de endurecimento, deposição de hemossiderina e inflamação Alteração devido à substituição progressiva da pele e do tecido subcutâneo pela fibrose ÚLCERAS DE ESTASE Inicia-se de forma espontânea ou traumática Tamanho e profundidade variáveis Curas e recidivas são frequentes Geralmente não são dolorosas Geralmente aparecem na face medial da perna próximas ao maléolo medial Impacto sócio-econômico Prejuizo social Rasa, caracterizada por uma borda irregular uma base com tecido de granulação e presença de exsudato ULTRASSOM COM DOPPLER: Ferramenta de diagnostico útil. TRATAMENTO DA IVP NÃO FARMACOLOGICO: Perda de peso Atividade física Membros elevados Evitar períodos prolongados de ortostatismo Uso de meias elásticas TRATAMENTO DA IVP – COMPRESSÃO ELASTICA: Compressão é peça chave no tratamento conservador Atua através da diminuição no diâmetro do vaso, aproximando os folhetos das válvulas, suprimindo ou atenuando o refluxo Induz menor dilatação das veias superficiais e profundas Melhora da ação da bomba da panturrilha Menor edema e diminuição da pressão venosa ELASTOCOMPRESSÃO Terapia isolada de longa duração em pacientes sem úlcera leva a descontinuação do tratamento de 30% em 2 anos e 50% em 3 anos Maior dificuldade em gestantes, obesos, idosos, sequelas neurológicas Observado melhora dos sintomas e qualidade de vida Em casos com ulceração de pele a compressão elástica promoveu cicatrização mais eficientes TERAPIA DE COMPRESSÃO ELÁSTICA MEIAS DE COMPRESSÃO ELASTICA FLEBOTÔNICOS: O uso das medicações flebotônicas pode ser considerado para minimizar sintomas e edema dos membros inferiores na IVC FLAVONÓIDES: FFPM Fração flavonóica micronizada purificada 90% diosmina 10% hesperidina Potencial antioxidante e anti-inflamatório Diminuem o edema DIOSMIN (diosmina + hesperidina) MELILOTUS: Fitocomplexo contendo flavonoides e cumarina Redução do edema e inflamação Vecasten DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFERICA (DAOP) Distúrbio clínico no qual há uma estenose ou obstrução arterial Causa mais comum: aterosclerose Maior prevalência entre sexta e sétima décadas de vida Associada a alto risco de morbimortalidade cardiovascular Sintoma mais frequente: claudicação intermitente CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE Dor, desconforto, queimação ou câimbra em panturrilha, coxa ou região glútea produzida durante exercício e que melhora com repouso Desaparece após 10 min de repouso A estenose arterial impede o aumento do suprimento de sangue e oxigênio ao músculo Sofrimento físico, psicológico e social para pacientes idosos e sua família Comprometimento da qualidade de vida do pacientes FATORES DE RISCO Hipertensão Diabetes Tabagismo Histórico de doença cardiovascular Idade Dislipidemia ACHADOS FISICOS: Diminuição ou ausência de pulsos distais à obstrução Queda de pêlos, unhas espessadas, pele fria e brilhante Diminuição da temperatura cutânea e palidez ou cianose Nos pacientes com isquemia crítica pode ocorrer úlcera ou gangrena. PROGRESSÃO DA DAOP Úlceras isquêmicas Necrose dos dedos As úlceras de origem arterial se localizam a nível dos dedos do pés, são particularmente pálidas ou com aspecto de necrose, pouco sangrantes, secas e com atrofia da pele nos bordos DIAGNÓSTICO: Exame clínico: Teste de Buerger: pé fica pálido quando elevado a 30 graus Palpação de pulsos: aórtico, femoral, poplíteo, pedioso e tibial posterior Medição do ITB Eco doppler é um excelente método não invasivo para localizar e definir lesões CALCULO DO ITB: Valores menores que 0,9 indicam a presença de doença arterial obstrutiva TRATAMENTO DAOP NÃO FARMACOLOGICO Controle do peso Abandono do tabagismo Abandono do sedentarismo Controle da hipertensão Correção da dislipidemia Controle do DM TRATAMENTO DAOP FARMACOLOGICO Objetivo: Diminuir a ocorrência de eventos cardíacos, cerebrais ou isquêmicos dos MMII por prevenção da progressão da doença aterosclerótica Hipolipemiantes Antiagregante plaquetário Tentativa de estabilização da placa aterosclerótica TRATAMENTO VASODILATADOR E HEMORRÉOLOGO: Pentoxifilina Cilostazol FARMACOS ANTIPLAQUETARIOS: Paciente com evidência de doença cardiovascular:AAS Paciente sem evidência de doença cardiovascular: clopidogrel FARMACOS ANTIPLAQUETARIOS INIBIDORES DE COX 1: Ácido acetilsalicílico Mecanismo de ação: Inibe irreversivemente a cicloxigenase 1, que converte ácido aracdônico em prostaglandinas e tromboxano O tromboxano A2 induz a mudança da forma das plaquetas, sua agregação e liberação de seus grânulos. Efeito inibitório persiste por toda a vida da plaqueta que é de 7 a 10 dias aproximadamente Ef colaterais: aumento de incidência de AVC hemorrágico e sangramento gastrintestinal Clopidogrel Mecanismo de ação: Bloqueia de modo irreversível o receptor de ADP (P2Y12)(indutor da agregação plaquetária) nas plaquetas FARMACOS HIPOLIPEMIANTES: Meta: LDL < 100 Estudos evidenciaram que o tratamento com estatinas e a redução do colesterol foi relacionado com redução da mortalidade Pode modificar evolução clínica da doença ESTATINAS: Mecanismo de ação: Atuam inibindo a HMG Coa redutase inibindo assim a síntese de colesterol pelo hepatócito CLAUDICAÇÃO: Uso de Cilostazol. Antiagregante plaquetário que também tem ação vasodilatadora Mecanismo de ação: Inibe a fosfodiesterase, prevenindo degradação de AMPc O aumento do AMPc previne aglutinação das plaquetas e promove vasodilatação Ef adversos: cefaléia e sintomas gastrintestinais ANEMIAS HEMATOPOIESE Produção de céls tronco indiferenciadas que darão origem aos eritrócitos, plaquetas e leucócitos circulantes Medula óssea Suprimento constante de 3 nutrientes essenciais: ferro, ácido fólico e vitamina B12 DEFINIÇÃO DE ANEMIA Concentração plasmática de hemoglobina abaixo do normal OMS: Hb<13 nos homens e <12 nas mulheres Perdas sanguíneas agudas Diminuição na produção dos eritrócitos Diminuição na sobrevida dos eritrócitos IMPORTÂNCIA ANEMIA Um dos principais problemas de saúde pública mundial Afeta mais de ¼ da população do planeta Metade dos casos por deficiência de Ferro SINDROME CLINICA Cansaço Taquicardia Adinamia Dispnéia aos esforços Sonolência Sensação de peso ou dor nas pernas Palidez ERITOGRAMA VCM: volume corpuscular médio - tamanho médio das hemácias (Microcítica, normocítica e macrocítica) CHCM: Concentração de hemoglobina corpuscular média – porcentagem da hemácia que é ocupada pela hemoglobina (normocrômica, hipocrômica ou hipercrômica) RDW: índice de anisocitose – informa variação no tamanho das hemácias Reticulócito: hemácia que acabou de nascer FERRO Deficiência de Fe é a causa mais comum de anemia Núcleo do anel heme de ferroporfirina que com cadeias de globina forma a hemoglobina Hb liga-se reversivelmente ao oxigênio e o transporta ANEMIA FERROPRIVA: PREDISPOSIÇÃO Populações com carência nutricionais Ingestão ou absorção inadequada de ferro Hábitos vegetarianos Dietas com muito chá ou café Sem vitamina C Baixo nível sócio econômico e educacional Presença de infestações endêmicas Gestantes e crianças menores de 2 anos ANEMIA FERROPRIVA Pequenos eritrócitos com Hb insuficiente Anemia microcítica hipocrômica Fe sérico: inicialmente normal, depois reduzido Ferritina: baixa Capacidade total de ligação da transferrina: aumentada Índice de saturação de transferrina: baixa Causa mais comum: perda de sangue, baixa ingesta de Fe, diminuição na absorção SINTOMAS ESPECIFICOS Pica Coiloníquia Dor e rachadura nos cantos da boca TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO Alimentos ricos em fontes de Fe: carnes vermelhas, vísceras, carne de aves, peixes e hortaliças verde escuras Alimentos ricos em vitamina C Evitar chá ou café Ferro heme é derivado da hemoglobina e mioglobina das carnes, peixes e aves – maior absorção Ferro não heme -85% : vegetais como cerais, tubérculos e leguminosas Ferro nos alimentos: forma ferrosa (Fe2+) ou forma férrica (Fe3+) A forma ferrosa mais biodisponível que a férrica Cálcio interfere na absorção do Fe não heme TRATAMENTO DA ANEMIA FERROPRIVA Suplementação de Fe elementar oral de 120 a 180 mg ao dia 2 ou 3 tomadas diárias 3 meses a 6 meses Preparações de ferro via oral ou parenteral VO: Sulfato ferroso, gliconato ferroso e fumarato ferroso Suplementação oral mais comum Baixo preço Boa eficácia Sulfato ferroso: 20% de Fe elementar – comp de 250 e 300 mg (50 e 60mg de Fe elementar) Alimentos diminuem a absorção dos sais ferrosos Ingerido com estômago vazio Fe ferroso pode ser oxidado a Fe 3+ na luz intestinal gerando radicais livre que provocam dano celular: (esofagite, gastrite, duodenite, úlceras) Ef colaterais: náuseas, desconforto epigástrico, cólicas abdominais, constipação e diarréia, fezes enegrecidas Fe parenteral: pacientes incapazes de tolerar ou absorver Fe oral ou sem resposta após 8 semanas de tratamento Doença inflamatória intestinal, pacientes em quimoterapia ou diálise Toxicidade grave dependente da dose Sacarato de hidróxido férrico: IV ou IM (100mg Fe ) Dose administrada em unidade hospitalar Ef colaterais: febre, cefaléia, tontura, náuseas, vômitos, rubor, urticária, broncoespasmo e , raramente, anafilaxia e morte CRITERIOS DE BOA RESPOSTA Redução ou desaparecimento dos sintomas Maior tolerância à atividade física Reticulocitose Aumento do valor da Hb pelo menos 2g/dL após 3 a 4 semanas de tratamento Ferritina acima de 30 Tratar por 6 meses após Hb normalizar ANEMIA MEGALOBLASTICA Os folatos e vit B12 são indispensáveis na síntese de timidina um nucleotídeo que compõe o DNA Grupo de alterações caracterizadas por defeito da síntese de DNA Afeta as céls de renovação rápida como os precursores hematológicos Desequilíbrio entre crescimento e divisão celular (desenvolvimento citoplasmático normal e divisão celular lenta) Desproporção entre o tamanho de núcleo e o citoplasma Pode ser causada falta de vitamina B12 ou ácido fólico VITAMINA B12 (COBALAMINA) Atua como cofator de diversas reações bioquímicas essenciais nos seres humanos Síntese de DNA Deficiência: anemia megaloblástica, sintomas gastrintestinais e anormalidades neurológicas Fonte nutricional: carne(fígado), leite, ovos Absorvida após formar complexo com fator intrínseco produzido pelas céls parietais do estômago Deficiência nutricional rara: vegetarianos estritos DEFICIENCIA DE VITAMINA B12 Anemia megaloblástica macrocítica (VCM elevado) Associada à leucopenia ou trombocitopenias leves Parestesias dos membros periféricos e fraqueza, dificuldade na marcha evoluindo para espasticidade e ataxia ACIDO FOLICO Atua como fonte do tetra-hidrofolato necessário à síntese de purina e DNA Encontrado nos vegetais frescos, fígado, rins e frutas Necessidade altas Reservas corporais pequenas Deficiência: anemia megaloblástica Avaliada pelos níveis de folato sérico Causas: ingestão inadequada, dependentes de álcool e doença hepática Deficiência materna de ácido fólico: defeitos no tubo neural Bem absorvido via oral TRATAMENTO DA ANEMIA MEGALOBLASTICA Suplementação da vitamina específica Def de vit B12: hidroxi ou cianocobalamina na dose de 1000U Como principal fator etiológico da deficiência é a absorção deficiente é preconizado tratamento IM ou IV Comprimidos: ingestão deficiente (vegetarianismo) Def de ácido fólico: suplementação vitamínica oral de 5 mg até correção da anemia e eliminação do fator etiológico ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEREOIDAIS INFLAMAÇÃO Resposta normal de proteção às lesões teciduais causadas por trauma físico, agentes químicos ou microbiológicos nocivos FARMACOS ANTI INFLAMATORIOS São fármacos utilizados para reduzir ou prevenir um ou mais componentes da reação inflamatória COMO OS ANTI INFLAMATORIOS DIMINUEM A INFLAMAÇÃO? COX 1 Responsável pela produção fisiológica de prostanóides Enzima constitutiva Regula processos celulares normais Estômago, mucosa duodenal Rim Plaquetas COX 2 Provoca aumento na produção de prostanóides em local de doença e inflamação crônicas. Produzida após estimúlo (induzida) por cél inflamatórias Expressa de maneira constitutiva em tecidos como endotélio, cérebro e rins AÇÕES FISIOLOGICAS DAS PROSTAGLANDINAS Mucosa duodenal:produção de muco, redução de HCl (COX1) Rins: aumento do fluxo sanguíneo (COX 1 e 2) EFEITOS PATOLOGICOS DAS PROSTAGLANDINAS Inflamação: PGE2 e PGI2 - aumento do fluxo sanguíneo, permeabilidade vascular e infiltração leucocitária Dor: Prostaglandinas PGE2 e PGI2 promovem hiperalgesia e irritação das fibras nervosas locais Febre: Citocinas aumentam síntese de PGE2 na área hipotalâmica elevando temperatura corporal MECANISMO DE AÇÃO DO AINE Inibe a cicloxigenase diminuindo a produção de prostaglandinas USOS CLINICOS DOS AINES Distúrbios músculo-esqueléticos Artrite reumatóide Osteoartrite Espondilite anquilosante Dismenorréia primária Enxaqueca Dor pós operatória EFEITOS COLATERAIS Risco de ulcerações e sangramento GI Fármacos mais seletivos para COX 1: maior risco de eventos TGI Insuficiência renal em pacientes com predisposição pela diminuição do fluxo renal Cefaléia, zumbido e tontura Alteração nas provas de função hepática Asma Exantema, prurido ACIDO ACETIL SALICILICO Efeito anti-inflamatório em dosagens relativamente altas Inibidor IRREVERSíVEL da cicloxigenase Efeito antiagregante plaquetário persiste por toda a vida da plaqueta PARACETAMOL Inibe a síntese de prostaglandinas no SNC Antipirético e analgésico Inativado perifericamente Menor efeito sobre as cicloxigenases nos tecidos periféricos Em altas dosagens pode causar lesão hepática AINES EXEMPLOS Diclofenaco Ibuprofeno Cetoprofeno Piroxicam Meloxicam Nimesulida Celecoxib O QUE FAZER PARA EVITAR OS EFEITOS GASTROINTESTINAIS DOS AINES? AINES INIBIDORES SELETIVOS DE COX 2 Maior segurança TGI Celecoxib Maior incidência de eventos trombóticos cardiovasculares ANTICOAGULANTES HEMOSTASIA Processo dinâmico de manter a fluidez do sangue, visando ao reparo da lesão vascular e à limitação da perda de sangue, enquanto evita ocorrência de trombos Sangramento excessivo ou trombose representam descontrole do mecanismo hemostático DISTURBIOS TROMBOTICOS Infarto agudo do miocárdio Trombose venosa profunda Embolia pulmonar Acidente vascular encefálico isquêmico agudo Condições são tratadas com anticoagulantes e fibrinolíticos COAGULAÇÃO DO SANGUE Consiste em duas vias inter-relacionadas: o sistema intrínseco e o sistema extrínseco O sistema extrínseco se inicia pela ativação do fator VII pelo fator tecidual (proteína de membrana que normalmente é separada do sangue pela cél endotelial) O sistema intrínseco é iniciado pela ativação do fator XII e isso acontece quando o sangue entra em contato com o colágeno na parede lesada de um vaso sanguíneo FORMAÇÃO DO COAGULO Estimulação local da cascata de coagulação resulta na formação de trombina (fator IIA) Trombina catalisa a hidrólise do fibrinogênio em fibrina que é incorporada no coágulo. Ligações cruzadas de fibrina estabilizam o coágulo FATORES ANTICOAGULANTES Importante que a coagulação fique restrita ao local da lesão vascular Endogenamente vários inibidores dos fatores de coagulação: Proteína C, S, antitrombina III e inibidor da via do fator tissular FARMACOS ANTICOAGULANTES Varfarina Heparina não fracionada e de baixo peso molecular Inibidores seletivos do fator Xa Inibidores diretos da trombina VARFARINA Mecanismo de ação: Antagonizam a ação da vit K como cofator de coagulação (ativa fatores II, VII, IX e X) Via oral. Fornecida pelo SUS Biodisponibilidade de 100% Início de ação lento. 1/2 vida prolongada. Índice terapêutico estreito Contraindicação: gestantes Acompanhamento laboratorial cuidadoso RNI entre 2 e 3. Ajuste inicial leva cerca de 1 semana Numerosas interações que podem potencializar ou atenuar seu efeito anticoagulante Reversão do efeito: vitamina K (antídoto) Efeito adverso: sangramento HEPARINA Anticoagulante injetável de ação rápida (via SC e IV) Usado para interferir agudamente na formação de trombos Heparina não fracionada Heparina de baixo peso molecular HEPARINA NÃO FRACIONADA Mistura de polissacarídeos Mecanismo de ação: Ligam-se à anti-trombina III e aumentam a inativação do fator Xa e da trombina Acelera inativação dos fatores de coagulação Monitorização laboratorial intensa Via SC ou IV HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR Produzida por despolimerização enzimática da heparina (cerca de 1/3 do tamanho) Mecanismo de ação: Complexam com a antitrombina III e inativam o fator Xa Não exigem a mesma monitorização laboratorial intensa da heparina Mesma eficácia em relação à heparina não fracionada Maior biodisponibilidade Administradas via SC EFEITOS COLATERAIS DAS HEPARINAS O principal efeito colateral é o sangramento As preparações de heparina são obtidas de suínos e assim podem ser antigênicas (febre, calafrios, urticária e choque anafilático) Uso a longo prazo: osteoporose e fraturas espontâneas Trombocitopenia induzida por heparina, principalmente a heparina de alto peso. Formação de anticorpos contra a heparina que pode provocar destruição e agregação plaquetária e ocasionar eventos trombóticos Antagonista específico da heparina: sulfato de protamina DABIGATRANA Mecanismo de ação: Inibidor direto da trombina por via oral Cautela em pacientes com insuf renal ou acima de 75 anos Efeitos adversos: hemorragia, dispepsia, dor abdominal e sangramento gastrointestinal Sem antídoto Sem monitorização laboratorial INIBIDORES DO FATOR XA (RIVAROXABANA E APIXABANA) Mecanismo de ação: Inibem diretamente o fator Xa prevenindo a conversão de protrombina em trombina São administrados em doses fixas e não precisam de monitorização Rápido início de ação Não possuem antídoto Efeitos adversos: sangramento TUBERCULOSE Doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis Bacilo aeróbio em forma de bastonete Crescimento lento Parede celular rica em lipídeos (ácido micólico) Patógenos intracelulares Descoberto em 1882 por Robert Koch Pode acometer vários órgãos 90% pulmonar Tuberculose continua sendo um importante problema de saúde O Brasil está entre os 30 países de alta carga para TB e TB-HIV considerados prioritários pela OMS para o controle da doença no mundo Doença curável Principal causa de morte por doença infecto contagiosa no mundo DIFICULDADES Os doentes só procuram Unidade de Saúde depois de 3 meses de sintomas quando já disseminaram o bacilo pelos contatos Pacientes que não concluem tratamento da forma adequada TBMR DETECÇÃO DE CASOS Diagnosticar e tratar são as principais medidas para o controle da doença Tuberculose transmitida pela via aérea Doentes bacilíferos são a principal fonte de infecção Sintomático respiratório 60% dos casos de TB pulmonar são bacilíferos Coletar 2 amostras de escarro SINTOMAS Tosse persistente produtiva ou não (com muco e eventualmente sangue) Febre vespertina Emagrecimento Sudorese noturna DIAGNÓSTICO Pesquisa do bacilo álcool ácido resistente (BAAR) Quadro clínico Exame radiológico TRATAMENTO DROGAS: rifampicina R isoniazida H Pirazinamida Z Etambutol E Fase intensiva 2 meses RHZE (150/75/400/275) 4 comprimidos em doses fixas COXCIP Fase manutenção 4 meses RH (150/75) 4 comprimidos em doses fixas RIFAMPICINA Maior poder bactericida Mecanismo de ação: inibe a síntese de RNA bacteriano Profilaxia da doença meningocócica e da meningite por Haemophylus Confere coloração alaranjada à urina, suor e lágrimas Ef colaterais: náuseas, vômitos e urticária, hepatite, anemia hemolítica, trombocitopenia, nefrite intersticial Induz citocromo P450, o que aumenta eliminação de vários fármacos ISONIAZIDA Mecanismo de ação: Inibe a síntese de ácidos micólicos Juntamente com rifampicina tem o maior poder bactericida Indicada também no tratamento da TB latente Promove excreção de piridoxina podendo causar neuropatia periférica Efeitos colaterais: Neuropatia periférica, hepatite, psicose e convulsões PIRAZINAMIDA Mecanismo de ação: Rompe o metabolismo e as funções de transporte da membrana celular do bacilo Atividade bacteriostática Ef. colaterais: lesão hepática, náusea, vômito, hiperuricemiae rabdomiólise ETAMBUTOL Inibe síntese da parede celular micobacteriana Atividade bacteriostática Utilizado com medicamentos mais potentes para prevenir emergência de bacilos resistentes Efeitos adversos: neurite óptica REAÇÕES ADVERSAS MENORES Mudança da coloração da urina (todos) Intolerância gástrica (40%) Alterações cutâneas (20%) Icterícia (15%) Dores articulares (4%) REAÇÕES ADVERSAS MAIORES Exantema ou hipersensibilidade de moderada a grave (R) Psicose, crise convulsiva (H) Neurite óptica (E) Hepatotoxicidade (Z,H,R) Trombocitopenia, leucopenia, anemia hemolítia (R) Nefrite intersticial (R) Rabdomiólise (Z) BRONCODILATORES E CORTICOIDES ASMA Doença inflamatória crônica das vias aéreas Episódios de broncoconstrição aguda Hiperesponsividade brônquica Obstrução reversível Obstrução ao fluxo aéreo decorrente de: Broncoconstrição por contração de músculo liso brônquico Inflamação da parede brônquica Aumento na secreção de muco SINTOMAS Crises de falta de ar Sensação de aperto no peito Sibilos Tosse Respiração ruidosa e rápida EXPIROMETRIA Diagnóstico de limitação ao fluxo aéreo Demonstração de reversibilidade após inalação com broncodilatador TRATAMENTO DA ASMA Espaçadores Nebulizadores Inaladores dosimetrados FARMACOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DA ASMA Beta agonistas Agentes antimuscarínicos Corticóides inalatórios Beta 2 agonistas adrenérgicos: Mecanismo de ação: Estimulam a adeniliciclase e aumentam a síntese da AMPc e relaxam a musculatura lisa das vias aéreas. Beta agonistas de curta ação: Início de ação em 5 a 30 min Usados no tratamento sintomático do broncoespasmo Rápido alívio da broncoconstrição aguda Todos os pacientes asmáticos e com DPOC na crise Monoterapia para os pacientes com asma intermitente e DPOC pouco sintomática Efeitos colaterais: Tremor de musculatura esquelética mediado por Beta 2, taquicardia (efeito direto dos receptores Beta 2 atriais), redução nos níveis de K. Salbutamol, Fenoterol e Terbutalina Efetivos quando inalados ou adminstrados via oral Terbutalina disponível para injeção subcutânea (emergência) Beta agonista de longa ação – BALA ou LABA Salmeterol e Formoterol Proporcionam broncodilatação por pelo menos 12 horas Não devem ser usados para alívio rápido de ataque de asma Mesmo mecanismo de ação dos de curta ação Agentes antimuscarínicos – Mecanismo de açãoBrometo de ipratrópio Bloqueiam os receptores colinérgicos Bloqueia a contração de músculo liso e secreção de muco mediadas pelo vago A adição de ipratrópio amplifica a broncodilatação produzida pelo salbutamol no tratamento das crises de broncoespasmo Ef adversos: xerostomia e boca amarga Tiotrópio: antimuscarínico da ação mais longa aprovado na terapia de manutenção da DPOC Melhora a capacidade funcional Diminui as exacerbações Corticoesteroides Fármacos de escolha para controle a longo prazo da asma persistente Mecanismo de ação: Inibem a expressão de múltiplos genes inflamatórios, inibe a fosfolipase A2 diminuindo a formação de ácido aracdônico Efeito anti-inflamatório direto nas vias aéreas diminuindo a cascata inflamatória, a permeabilidade dos capilares e inibindo a liberação de leucotrienos Terapia de controle: via inalatória As vias oral e parenteral são reservadas para tratamento de urgência Ex: beclometasona, budesonida, fluticasona Corticoesteroides – indicação: Nenhuma medicação é tão eficaz quanto os corticoides inalatórios na terapia a longo prazo Para o controle da inflamação devem ser usados regularmente Deve ser prescrito para os pacientes que necessitem de inalações frequentes com beta agonistas para alívio dos sintomas Efeitos colaterais do uso inalatório: Candidíase de orofaringe. Disfonia Lavar a boca e fazer gargarejo Farmacologia clínica dos fármacos usados no tratamento da asma Pacientes com sintomas ocasionais: Beta 2 agonista de curta ação nas crises Tratamento de resgate necessário mais de 2 vezes por semana, sintomas noturnos mais de 2X por mês: indicação de corticóide inalado Asma mais grave e sintomas não controlados com corticóide inalado: adicionar um Beta agonista inalado de ação prolongada (salmeterol ou formoterol) Tratamento da crise aguda de broncoespasmo Crise leve: Beta agonista inalatório de curta ação Crises graves: oxigenoterapia, beta agonista inalatório (+ brometo de ipratropio), tratamento sistêmico com corticóide FARMACOS OPIOIDES DOR Sensação desagradável Pode ser aguda ou crônica Consequência de processos neuroquímicos complexos do SNC e SNP Subjetiva Médico deve basear na percepção e descrição do paciente Dor grave ou crônica, maligna e não maligna: opióides OPIÓIDES Opióide : compostos relacionados ao ópio Ópio –(termo grego para suco) é obtido da papoula (Papaver somnifera) Fármacos naturais, semi-sintéticos ou sintéticos, derivados da morfina Produzem efeitos tipo morfina Agem ligando-se a receptores opioides específicos no SNC Produzem efeitos que imitam a ação de neurotransmissores peptídeos endógenos (endorfinas, encefalinas e dinorfinas) Propriedades analgésicas mediadas pelos receptores mi EXEMPLOS DE FARMACOS OPIOIDES Morfina Heroína Codeína Tramadol Fentanil MORFINA Principal fármaco analgésico presente no ópio bruto Protótipo do agonista mi potente Interagem com receptores opioides nas membranas de certas células do SNC Análogos da morfina: heroína e codeína Diminui a liberação da substância P que modula a percepção da dor na medula espinhal Inibe a liberação de vários transmissores excitatórios dos terminais nervosos que levam a estímulos noiciceptivos Forte sensação de contentamento e bem estar Depressão respiratória pela dessensibilização ao CO2 do neurônios do centro respiratório Depressão do reflexo da tosse Pupila puntiforme MORFINA – EFEITOS COLATERAIS Estimula diretamente a zona quimiorreceptora disparadora causado emese Diminui a motilidade intestinal e causam constipação Libera histamina dos mastócitos, urticária e vasodilatação Altas doses: hipotensão Tolerância e dependência TOLERANCIA E DEPENDENCIA Com administração frequente e doses repetidas observa-se perda gradual da eficiência Dependência física: Sd de abstinência quando o fármaco é interrompido SINTOMAS NA SINDROME DE ABSTINENCIA Ansiedade, hostilidade, calafrios, hiperventilação, hipertermia, midríase, dores musculares, vômitos, diarreia. CODEINA Também está presente no ópio bruto Analgésico fraco Ação analgésica é derivada da conversão em morfina Menor afinidade aos receptores mi Comumente usada com paracetamol para controle da dor Boa atividade antitussígena em doses que não causam analgesia TRAMADOL Analgésico de ação central Análogo sintético da codeína Se liga ao receptor opioide mi fracamente Parte do seu efeito é produzido por inibição da recaptação de serotonina e noradrenalina Manejo da dor moderada ou intensa Menor atividade depressora respiratória que morfina Interação medicamentosa com antidepressivos Toxicidade: convulsões, náuseas e tonturas FENTANIL Opióide sintético 100 vezes a potência analgésica da morfina Usada em anestesia Altamente lipofílica- rápido início de ação e curta ação ANTAGONISTAS OPIOIDE – NALOXONA Usada para reverter o coma e a depressão respiratória causados pela dose excessiva de opioides Reverte o efeito da dose excessiva de morfina Administrada via intravenosa MACROLIDEOS E VANCOMICINA MACROLÍDEOS – Eritromicina, Azitromicina e Claritromicina Mecanismo de ação: Inibem a síntese proteica através da ligação em receptores localizados na porção 50S do ribossomo Geralmente considerados bacteriostáticos, podem ser bactericidas em altas doses Agem contra Gram + e Gram -, treponemas e espécies atípicas ERITROMICINA Ativa contra cepas suscetíveis de Gram + Pode ser usada em alérgicos à penicilina Fármaco de escolha na difteria Coqueluche Inibe a biotransformação de vários fármacos (inibe citocromo P450) 4 tomadas diárias Efeitos colaterais: anorexia, náuseas, vômitos ediarreia, hepatite DIFTERIA Doença transmissível aguda Causada por bacilo toxigênico Gram positivo : Corynebacterium Diphteriae Febre, prostração, placas pseudomembrandosas, pescoço taurino Soro anti diftérico inativa toxina diftérica Eritomicina VO Prevenível por vacina COQUELUCHE Doença infecciosa aguda que acomete o sistema respiratório Paroxismos de tosse seca com "guincho" Causada pela Bordetella pertussis Tratamento: eritromicina CLARITROMICINA Ativa contra Haemophilus influenza e patógenos celulares como clamídia, Moraxella e Helicobacter pylori Longa meia vida. Vantagens: menos intolerância gastrintestinal e doses menos frequentes (2X ao dia) Inibe a biotrasnformação de vários fármacos (inibe citocromo P450) Ef colaterais: gastrintestinais AZITROMICINA Dosagem única Administrada 1 hora antes ou duas horas após refeições Meia vida longa e maior volume de distribuição Mais ativa contra H. influenzae, Moraxella e Chlamydia Tratamento de escolha para uretrites por Chlamydia, cancro mole, pneumonias amigdalites e sinusites Efeitos colaterais: gastrintestinais Uretrite por clamídia Infecções de vias aéreas e pneumonias Cancro mole EFEITOS COLATERAIS DOS MACROLIDEOS Disturbios Gastrintestinais Icterícia Ototoxicidade GLICOPEPTIDEOS- VANCOMICINA Inibem a síntese da parede celular da bactéria Ativo contra bactérias Gram positivas Stahylococos resistentes à oxacilina (MRSA) Uso intravenoso Acúmulo importante na insuficiência renal Ef adversos: flebite, calafrios e febre, ototoxicidade, nefrotoxicidade, sd do homem vermelho ANTIFUNGICOS E ANTIHISTAMINICOS CARACTERISTICAS DOS FUNGOS Eucariontes Imóveis Paredes celulares rígidas que contém quitina ao invés de peptideoglicano Membrana plasmática contém ergosterol INFECÇÕES FUNGICAS – MICOSES Superficiais (se limitam a epiderme) Subcutâneas Sistêmicas ANFOTERICINA Mecanismo de ação: liga-se ao ergosterol e forma poros, alterando a permeabilidade (extravasam eletrólitos e pequenas moléculas resultando) na morte das células Fungicida Antifúngico de mais amplo espectro de ação Candidemia, Cryptococcus, histoplasma, Aspergillus Uso intravenoso. Antifúngico de escolha nas infecções sistêmicas que ameaça a vida EFEITOS COLATERAIS: Relacionados à infusão: calafrios, cefaléia, febre, hipotensão, toxicidade cumulativa: comprometimento renal e anormalidades da função hepática. AZÓIS Compostos sintéticos que podem ser classificados como imidazóis ou triazóis Mecanismo de ação: Inibição da enzima14alfa desmetilase (citocromo P450) fúngicas - resultando na diminuição da síntese do ergosterol Desorganiza a estrutura e função da membrana, inibindo o crescimento da cél fúngica Propensos a interações medicamentosas – inibem citocromo P450 dos mamíferos também Teratogênicos – devem ser evitados em gestantes Imidazóis – cetoconazol e miconazol (menos seletivos para enzimas do citocromo P450 dos fungos) Triazóis – itraconazol, fluconazol, voriconazol e posaconazol (mais seletivas para citocromo P450 dos fungos) CETOCONAZOL Maior propensão a inibir citocromo P450 dos mamíferos Afeta o metabolismo de outros fármacos Amplo espectro mas a toxicidade restringe seu uso Interfere na síntese de hormônios esteróides Hepatotoxicidade ITRACONAZOL IV ou VO Potente atividade antifúngica Amplo espectro Baixa biodisponibilidade Escolha na histoplamose, esporotricose, paracococidioidomicose Bastante usado no tratamento da dermatofitose e onicomicose Ef colaterais: náuseas, vômitos, urticária, hepatotoxicidade ESPOROTRICOSE Causada por um fungo Sporothrix schenkii Inoculação traumática, mordedura de gatos Nódulos ulcerados e linfangite nodular ascendente Tratamento: itraconazol por 3 a 6 meses PARACOCOCIDIOIDOMICOSE Micose profunda de caráter sistêmico e progressivo Causada pelo fungo dimórfico Paracococidioides brasiliensis Tratamento: itraconazol FLUCONAZOL Boa penetração líquorica (meningite criptocócica) Alta biodisponibilidade Via oral e IV Altamente ativo para criptococcus neoformans e candida albicans Dose única para tratamento de vulvovaginites Náuseas, vômitos, cefaleia, urticária e hepatotoxicidade VORICONAZOL Triazol sintético similar ao fluconazol Oral e IV Escolha na aspergilose invasiva Toxicidade: exantema, elevação de enzimas hepáticas, turvação visual ASPERGILOSE Aspergillus: fungo de distribuição universal Fonte de contágio: via aérea Infecção grave com risco e vida em imunodeprimidos Tratamento: voriconazol 6 a 12 semanas POSACONAZOL Mais novo triazól Similiar ao itraconazol Candida e Aspergillus Mucormicose MUCORMICOSE Infecção oportunística grave Causada por fungos da ordem Mucorales Comprometimento rinocerebral, cutâneo, pulmonar Fungo angioinvasivo TERBINAFINA Via oral e tópico Baixa biodisponibilidade Tratamento da dermatofitose, em especial onicomicose Interfere na síntese do ergosterol, causando aumento na permeabilidade da membrana e morte da cél fúngica (fungicida) Ef colaterais: desconforto gástrico e cefaleia, hepatotoxicidade TINHA DE COURO CABELUDO Terbinafina Itraconazol Fluconazol TINHA CORPORIS Tratamento tópico Itraconazol Terbinafina TINHA PEDIS Terbinafina Itraconazol Tratamento tópico ONICOMICOSE Terbinafina Itraconazol Fluconazol HISTAMINA Autacóide Grego (autos)- próprio e (akos) – remédio Hormônio de ação local Produzida principalmente pelos mastócitos Medeia ampla quantidade de respostas celulares como: Reações alérgicas e inflamatórias Secreção de ácido gástrico (produzida pelas céls enterocromafins) Também atua como neurotransmissor no cérebro Combina-se com receptores específicos da membrana celular 4 tipos de receptores: de H1 a H4 H1 e H2 alvos de fármacos com utilidade clínica AÇÕES DA HISTAMINA NO RECEPTOR H1 Poderoso estimulante das terminações nervosas sensitivas, sobretudo nas que medeiam a dor e o prurido Ação vasodilatadora direta sobre arteríolas –Rubor, sensação de calor e cefaleia Edema – separação das céls endoteliais – ação nos receptores H1 das céls endoteliais Broncoconstrição – ação nos receptores H1 da musculatura lisa dos brônquios AÇÕES DA HISTAMINA NO RECEPTOR H2: Secreção ácida gástrica – H2 ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H1 Divididos em primeira e segunda gerações Primeira geração: efeitos sedativos fortes Segunda geração: mesma eficácia com menor sedação (não atravessam a barreira hematoencefálica)– custo mais elevado ANTIHISTAMINICOS 1º GERAÇÃO: Hidroxizine, prometazina, dimenidrinato. ANTIHISTAMINICOS 2º GERAÇÃO: Cetirizina, loratadina, desloratadina, fexofenadina. MECANISMOS DE AÇÃO DOS ANTAGONISTAS H1: Bloqueiam receptores H1 USO CLINICO DOS ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H1: Prevenção ou tratamento das reações alérgicas como rinite alérgica, urticária Cinetose e distúrbios vestibulares: ação anti nauseante e antiemetica (difenidramina e prometazina) EFEITOS ADVERSOS DOS ANTAGONISTAS H1 Sedação (primeira geração), fadiga, falta de coordenação Potencializam efeitos dos depressores do SNC Cefaléia (segunda geração)
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