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TÉCNICAS MODERNAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA DRENAGEM AUTÓGENA Método de controle da respiração que mobiliza secreções de diferentes gerações brônquicas, por meio da maior variação possível do fluxo expiratório, sem provocar a compressão das vias aéreas; Uma vez aprendida, pode ser realizada em diferentes momentos das AVDs 2 DRENAGEM AUTÓGENA Técnica ativa: requer TREINAMENTO e colaboração do indivíduo para realização de modo independente Feedback sensorial e auditivo: importante para o autocontrole da técnica Posicionamento: paciente assentado, ereto, relaxado, cabeça em neutro, mãos apoiadas sobre o tórax para auxiliar na desinsuflação pulmonar (pode ter auxílio do fisioterapeuta) Uma vez aprendida, pode ser realizada em diferentes momentos das AVDs 3 DRENAGEM AUTÓGENA Fase do descolamento (repetir de 4 a 5 ciclos) Inspiração a baixo volume, percentuais do VC Pausa pós-inspiratória (2 a 3 segundos) Expiração oral lenta, percentuais do VRE (forçada) 2) Fase da coleta: Inspiração nasal a médio volume, recrutando percentuais maiores de VC Pausa pós-inspiratória (2 a 3 segundos) Expiração oral lenta, percentuais do VRE 3) Fase da eliminação (requer respiração diafragmática) Inspiração nasal a alto volume, percentuais de VRI Pausa pós-inspiratória (2 a 3 segundos) Expiração oral, nível de VC Huffing (altos volumes) ou tosse 4 DRENAGEM AUTÓGENA “desprender” “coletar” “expectorar” VRI VRE DA modificada: para pacientes que têm dificuldade de respirar a baixos volumes pulmonares Inspiraçao nasal, percentuais VRI e expiração nivel de VRE, tosse quando sentir secreções nas vias aéreas centrais 5 DRENAGEM AUTÓGENA OBSERVAÇÕES Uso de bocal durante a expiração oral: manter a glote aberta Importante realizar o controle do fluxo expiratório para evitar o fechamento precoce das vias aéreas A tosse deve ser reprimida durante as 3 fases Importante garantir a perviedade das vias aéreas superiores (inspiração nasal) Cada fase da técnica deve ser repetida 4 a 5 vezes, sem intervalos Duração total: de 30 a 45 minutos, 2 vezes ao dia DRENAGEM AUTÓGENA INDICAÇÕES CLÍNICAS Adultos, adolescentes e crianças a partir dos 5 ou 6 anos de idade, com retenção de secreções nas vias aéreas periféricas Pacientes cooperativos e motivados, boa concentração e que consigam controlar a respiração sem fadiga Pacientes hipersecretivos e broncorreativos, baixa tolerância a expirações forçadas CONTRAINDICAÇÕES Pacientes instáveis hemodinamicamente Pós-operatório recente de toracotomia e/ ou laparotomia Doença respiratória aguda (dispneia) Pacientes pouco cooperativos e que controlam mal sua respiração CICLO ATIVO DA RESPIRAÇÃO Ciclos repetidos de controle respiratório, expansão torácica e TEF Incorpora os exercícios de expansão torácica e períodos de controle da ventilação ao TEF (Huffing) Paciente deve estar sentado ou em decúbitos ou posições específicas de drenagem CICLO ATIVO DA RESPIRAÇÃO FASES (Paciente em Decúbito Dorsal) 1) Controle da respiração: Paciente deve relaxar a região torácica superior e ombros e respirar calmamente usando o tórax inferior; Inspirações e expirações em nível de VC (respiração diafragmática suave – feedback visual: mãos) Repetir de 3 a 4 vezes Objetivo: previne-se o aumento da obstrução ao fluxo aéreo (paciente encontra-se relaxado e gasta o mínimo de energia) e prevenção de broncoespasmos ameniza quadros de DISPNEIA 9 CICLO ATIVO DA RESPIRAÇÃO FASES: 2) Exercícios de expansão torácica Inspiração nasal lenta e profunda, nível de VRI; Pausa pós-inspiratória de 2 a 3 segundos (melhor tempo de troca) Expiração oral em nível de VC Repetir de 3 a 4 vezes OBS: durante a expiração, podem ser realizadas as técnicas de tapotagem e vibração Objetivo: ventilação de canais colaterais; pausa é importante para distribuir homogeneamente o fluxo (equalizar as pressões) CICLO ATIVO DA RESPIRAÇÃO FASES: Técnica de expiração lenta Inspiração nasal a VC; Expiração oral lenta com a glote aberta (importante auxilio de bocal (glote aberta) e uso ativo da musculatura abdominal - forçada) Objetivo: mobilizar secreções das vias aéreas médias em direção às vias aéreas centrais Expiração a baixos volumes: PIP mais próximo das vias aéreas centrais, evitando o colabamento alveolar 11 Controle Respiração Controle Respiração Controle Respiração Expansão Torácica Expiração Lenta Expiração Lenta Controle Respiração Huffing CICLO ATIVO DA RESPIRAÇÃO Exemplificação de uma versão do ciclo ativo Ciclo deve ter as 3 fases; pode-se privilegiar higiene bronquica, p.ex 12 CICLO ATIVO DA RESPIRAÇÃO Recomenda-se a realização por no mínimo 10 minutos, na posição que melhor favorecer a desobstrução; A técnica deve ser interrompida quando a tosse apresentar-se seca após 1 ou 2 huffings em um período de 30 minutos; A técnica pode ser aprendida pelo paciente (realizar quantas vezes julgar necessário, de forma autônoma e segura) CICLO ATIVO DA RESPIRAÇÃO INDICAÇÕES: Pacientes idosos, jovens e crianças cooperativos e com bom entendimento da técnica; Pacientes em pós-operatório Pacientes com DPOC CONTRAINDICAÇÕES Pacientes não cooperativos Pacientes extremamente doentes EXPIRAÇÃO LENTA TOTAL COM A GLOTE ABERTA EM INFRALATERAL PRINCÍPIOS FISIOLÓGICOS: Desinsuflação do pulmão infralateral auxilia no deslocamento das secreções brônquicas com o fluxo expiratório lento: AUXILIAM NA DESINSUFLAÇÃO DO PULMÃO Ação da gravidade sobre a pressão intrapleural Peso do mediastino sobre o pulmão infralateral Compressão das vísceras em direção cefálica (durante exp) EXPIRAÇÃO LENTA TOTAL COM A GLOTE ABERTA EM INFRALATERAL ELTGOL Pode ser realizada pelo paciente com a colaboração do fisioterapeuta ou de modo independente; Paciente posiciona-se em DL stricto, colocando a região a ser tratada INFRALATERALMENTE; Fisioterapeuta posiciona-se posteriormente ao paciente - mão (inferior) na região abdominal; mão (superior) no terço inferior do tórax; A técnica deve ser repetida até que se observe melhora da ausculta e mobilização de secreção bronquial CABEÇA À ESQUERDA DO FISIOTERAPEUTA 16 EXPIRAÇÃO LENTA TOTAL COM A GLOTE ABERTA EM INFRALATERAL PASSOS... Inspiração nasal em nível de VC; Expiração oral lenta com a glote aberta em nível de VR (uso de bocal) Compressão no sentido diagonal durante a expiração (torção) (favorece a desinsuflação do pulmão infralateral) EXPIRAÇÃO LENTA TOTAL COM A GLOTE ABERTA EM INFRALATERAL INDICAÇÕES CLÍNICAS: Adultos e adolescentes a partir de 10 anos de idade cooperativos, com acúmulo de secreções bronquiais em vias aéreas médias; Pacientes broncorreativos; CONTRAINDICAÇÕES: Pacientes não cooperativos; Patologias cavitárias; Pacientes com descompensação cardiorespiratória; EXERCÍCIOS DE FLUXO INSPIRATÓRIO CONTROLADO EDIC Utiliza a queda da pressão pleural + EXPANSÃO posicionamento expansão passiva dos alvéolos Região pulmonar a ser ventilada: posição SUPRALATERAL PRINCÍPIO FISIOLÓGICO: assemelha-se à espirometria de incentivo EXERCÍCIOS DE FLUXO INSPIRATÓRIO CONTROLADO EDIC INDICAÇÕES Adultos, adolescentes e crianças, maiores de 4 anos de idade, cooperativos; Ausculta pulmonar: sons respiratórios diminuídos ou abolidos e presença de sons bronquiais (sugere consolidação); Pneumonias; Atelectasias; Condições clínicas que cursam com déficit ventilatório CONTRA-INDICAÇÕES Pacientes não cooperativos; Dor Hiper-reatividade brônquica Som Bronquial: audível na área de projeção da traquéia, estetoscópio é colocado sobre a região supra-esternal ausculta-se inspiraçãointensa, bem audível, rude INS e EXP com mesma intensidade e duração; pausa inspiratória OBS: quando auscultado em outro local representa uma transmissão melhorada do som provenientes de vias aéreas centrais; indica consolidação pulmonar (há pouca ventilação no local consolidado) 20 EXERCÍCIOS DE FLUXO INSPIRATÓRIO CONTROLADO EDIC DESCRIÇÃO DA TÉCNICA: Inspiração lenta e profunda recrutando VRI; Pausa pós-inspiratória de 3-5 segundos; Expiração oral em nível de VC; NÃO EXISTE UM TEMPO DEFINIDO PARA A REALIZAÇÃO: deve-se realizar até que ocorra melhora da ventilação pulmonar (ausculta e percussão diagnóstica – realizadas durante a pausa) Som Bronquial: audível na área de projeção da traquéia, estetoscópio é colocado sobre a região supra-esternal ausculta-se inspiração intensa, bem audível, rude INS e EXP com mesma intensidade e duração; pausa inspiratória OBS: quando auscultado em outro local representa uma transmissão melhorada do som provenientes de vias aéreas centrais; indica consolidação pulmonar (há pouca ventilação no local consolidado) 21 EXERCÍCIOS DE FLUXO INSPIRATÓRIO CONTROLADO EDIC POSICIONAMENTO DO PACIENTE POSTEROLATERAL: Paciente em DL, com tronco ligeiramente inclinado anteriormente, e pelve perpendicular ao plano de apoio; Estímulos proprioceptivos locais (durante inspiração) ANTEROLATERAL Paciente em DL stricto, com membro superior fletido (mão na região occipital – favorece alongamento da musculatura peitoral Alongamento deve ser realizado pelo fisioterapeuta Som Bronquial: audível na área de projeção da traquéia, estetoscópio é colocado sobre a região supra-esternal ausculta-se inspiração intensa, bem audível, rude INS e EXP com mesma intensidade e duração; pausa inspiratória OBS: quando auscultado em outro local representa uma transmissão melhorada do som provenientes de vias aéreas centrais; indica consolidação pulmonar (há pouca ventilação no local consolidado) 22 Técnicas modernas de fisioterapia respiratória: muito utilizadas e há necessidade de mais estudos Fatores como capacidade de entendimento, adesão e cooperação determinantes da efetividade do tratamento TÉCNICAS MODERNAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA