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TEORIA GERAL E HISTÓRIA DO PENSAMENTO JURÍDICO II 1 – Quais são os elementos da obrigação? sujeitos ativo e passivo vínculo existente entre eles (liame subjetivo) objeto da relação jurídica 2 – Qual é o objeto da obrigação? Genéricas – têm por objeto coisa determinada pelo seu gênero, quantidade, ou qualidade Específicas – têm por objeto coisa específica. Alternativas – são aquelas em que o devedor, para liberar-se, deve realizar uma dentre duas ou mais prestações previstas no vínculo obrigacional (ex. ou o cavalo X ou cavalo Y). Facultativas – o devedor está obrigado a realizar apenas uma prestação, mas a ele é facultado liberar-se da obrigação efetuando outra prestação. Ex. entregar o cavalo X ou pagar multa de R$ 10.000,00. 3 – Existe obrigação sem responsabilidade e responsabilidade sem obrigação? Dê um exemplo. Uma existe, via de regra, seguida da outra, mas há exceções: débito sem responsabilidade – dívida de jogo, dívida prescrita (é obrigado, mas não é responsável). responsabilidade sem débito – fiador (é responsável, mas não é obrigado, o obrigado é o inquilino). 5 – O que se entende por concentração nas obrigações alternativas? É o devedor poder optar por qualquer das prestações. 6 – Quais são as fontes da solidariedade? Lei ou vontade das partes. 7 – Quais são os requisitos da solidariedade? Pluralidade de credores ou de devedores; Identidade de prestação (devedores) ou de pretensão (credores); deve surgir de forma única, instantânea, sem intervalos. 8 – O que é caso fortuito? Evento necessário e inevitável (irresistível) decorrente de acontecimento da natureza, sem qualquer intervenção da vontade humana, que impossibilita o cumprimento da obrigação. Ex: raio mata cavalo, etc. 9 – O que é força maior? Evento necessário e inevitável (irresistível) decorrente de atuação humana, que impossibilita o cumprimento da obrigação. Ex: assalto etc. 10 – O que é purgação da mora? "Purgar a mora é o mesmo que quitar uma dívida, deixando de ser inadimplente." 11 – Quais são as fontes da obrigação? Contrato – acordo de vontades Quase-contratos – sem acordo de vontades (ex. gestão de negócios) Delito – ilícito doloso Quase-delito – ilícito culposo 12 – O que são as arras confirmatórias? As arras confirmatórias representavam uma confirmação da realização do contrato. 13 – O que são as arras penitenciais? As arras são ditas penitenciais quando são utilizadas como pagamento de indenização pelo arrependimento e não conclusão do contrato. 14 – Quais são as formas de extinção das obrigações que dependem das vontades das partes? “Solutio” - era o pagamento da obrigação, seu modo natural de extinção. “Compensatio” - a compensação pressupunha a existência de mais de uma obrigação entre as partes, sendo elas, ao mesmo tempo, credor e devedor uma da outra. Tais obrigações recíprocas extinguiam-se pela compensação quando equivalentes. “Novatio” - a novação era a extinção da obrigação com sua substituição por uma nova, com o mesmo conteúdo da anterior, com prestação idêntica. Acordo entre as partes - quando as partes, de comum acordo e livremente, decidiam extinguir a obrigação. 15 - Quais são as formas de extinção das obrigações que independem das vontades das partes? Impossibilidade - quando o cumprimento se torna impossível, exceto se a impossibilidade for causada pelo devedor. Morte - em certos casos, a morte das partes extinguia a obrigação. “Capitis Deminutio” do devedor, exceto nas obrigações ex delicto. “Confusio” - a confusão é representada quando credor e devedor passam a ser a mesma pessoa; é o caso do herdeiro universal de seu credor. “Concursus Duarum Causarum Lucrativum” - pelo cumprimento de uma de duas obrigações a título gratuito, com o mesmo objeto. Como o objeto é o mesmo, o cumprimento de uma das obrigações extingue a outra. Prazo - pelo decurso do prazo de vigência convencionado pelas partes ou determinado por lei. Condição Resolutiva - pela verificação da condição resolutiva nas obrigações sujeitas a essa espécie de condição. Obrigação Acessória - a extinção da obrigação principal extingue a acessória. Ordem Legal - quando uma ordem legal extingue uma obrigação a título de penalidade. Quando, por exemplo, o credor se apossa de bens do devedor. 16 – Qual a diferença entre contratos reais e consensuais? No contrato consensual o aperfeiçoamento depende apenas do consentimento das partes. Já nos contratos reais o aperfeiçoamento depende não apenas do consentimento mútuo dos contratantes, mas também da entrega da coisa. 17 – O que é contrato unilateral? Nesse contrato somente uma das partes se responsabiliza com obrigações e deveres. Ex: contrato de doação pura. 18 – O que é contrato bilateral ? É o que gera obrigações para ambos os contraentes de formas simultânea e recíproca, de modo que ambos são credores e devedores uns dos outros. Ex: contrato de compra e venda. 19 – Qual a diferença entre mútuo e comodato? A diferença é que enquanto no caso mútuo o bem recebido é consumível, e a pessoa deve restituir na mesma quantidade e qualidade; no comodato a pessoa deve devolver a mesma coisa que foi emprestada. 20 – Qual a diferença entre compra e venda, permuta e doação? Permuta e doação é uma parte transferir um bem para a outra gratuitamente. Já quando se trata de um contrato de compra e venda ela transfere esse bem mediante o pagamento de certo preço em dinheiro ou valor fiduciário correspondente. 21 – No contrato de compra e venda o que se entende por evicção e vícios redibitórios? Vício redibitório é o vício oculto. Já a evicção é a perda de um determinado bem em razão de uma sentença judicial que reconhece o direito a um terceiro em decorrência de uma causa jurídica preexistente ou contrato celebrado com o alienante. 22 – Qual a diferença entre locação de serviços, empreitada e mandato? Na locação de serviços colocava-se a disposição de outrem os próprios serviços contra o recebimento de um salário. Já na empreitada alguém obrigava-se a produzir uma determinada obra, mediante a retribuição em dinheiro. Por fim o mandato era o contrato mediante o qual uma parte se obrigava a praticar um ato gratuitamente, mediante as instruções do mandante. 23 – Qual a diferença entre mandato e gestão de negócios? A diferença é que na gestão de negócios o gestor se prontificava espontaneamente e de boa-fé, a praticar determinada atividade no interesse de outrem. 24 – Qual a diferença entre crimina e delicta? A diferença é que crimina é a violação das normas jurídicas de relevante importância social, cuja iniciativa da ação cabia exclusivamente ao Estado, e a Delicta é a violação de normas de interesse individual onde cabia somente ao lesado apresentar-se ao poder público dando início ao processo. 25 – Qual a diferença entre parricidium e dano injustamente causado? A diferença era que o dano injustamente causado tratava sobre matar ou ferir animal ou escravo de outrem enquanto o parricidium tratava sobre o homicídio de um homem livre. 26 – Qual a diferença entre furto e roubo? A diferença é que no roubo ocorre o uso da violência e no furto não. 27 – O que se entende por perduellio? Traição contra o Estado. 28 – Qual a diferença entre dano injustamente causado e injúria? Diferente do dano injustamente causado que se tratava de ferir ou matar escravo ou animal de outrem, a injúria era toda a ofensa ilícita causada à pessoa, no sentido físico ou moral, ativa ou passivamente. 29 – O que é parentesco agnatício? O parentesco agnatício se transmite apenas pelo paterfamílias: membros de uma família ligados por um paterfamilias comum (filho, pai e avô). Dele você descende. 30 – 0 que é parentesco cognatício? O parentesco cognatício se propaga pelo sangue, tanto por via masculina, quanto feminina (família em sentido amplo). 31 – Em tema de parentesco o que se entende por linhas e graus? Linha – é a série de pessoas que descendem umas das outras (linha reta), ou que, embora não descendam umasdas outras, derivam de um antepassado comum (linha colateral). Grau – é a distância que vai de uma geração à outra. 32 – Classifique você, quanto ao grau de parentesco, em relação a seu: a) pai – 1º grau – parente em linha reta b) avô – 2º grau – parente em linha reta c) bisavô – 3º grau – parente em linha reta d) trisavô – 4º grau – parente em linha reta e) filho – 1º grau – parente em linha reta f) neto – 2º grau – parente em linha reta g) bisneto – 3º grau – parente em linha reta h) irmão – 2º grau – parente em linha colateral i) tio – 3º grau – parente em linha colateral j) primo – 4º grau – parente em linha colateral k) sogra – é parente por afinidade em 1º grau l) cunhado – é parente por afinidade em 2º grau m) mãe – 1º grau – parente em linha reta 33 – O que é parentesco por afinidade? É o vinculo estabelecido entre um cônjuge e os parentes cognados do outro, determinado pelo casamento. 34 – Os parentes por afinidade do seu cônjuge também são seus parentes? Não. 35 – Qual a diferença entre adoptio, adrogatio e conventium in manum? Adrogatio – pessoa sui iuris que passa a ser alieni iuris em outra família; subordinação simultânea de todos os dependentes do paterfamilias adrogado Adoptio – pessoa alieni iuris: continua a ser alieni iuris, mas em outra família. Conventio in manum – vem a fazer parte da família a mulher do pater famílias ou de um de seus descendentes. 36 – Quais são os mecanismos de aquisição da manus sobre a mulher na família romana? “Confarreatio” - cerimônia religiosa formal com a presença de testemunhas. “Coemptio” - cerimônia que simulava uma compra e venda da esposa através do “mancipatio”. “Usus” - o usucapião do marido sobre a mulher (após 1 ano). 37 – Quem poderia se tornar pater famílias na família romana? Somente um cidadão romano, alguém dotado de status civitatis. 39 – Qual a diferença entre pátria potestas e manus? O pátria potestas era poder sobre os filhos e netos dos filhos masculinos, já o manus era o poder sobre as mulheres casadas com o mesmo pater famílias ou com seu descendente. 40 – Quais são os requisitos para o casamento romano? Idoneidade física - + de 14 anos - homens e + de 12 anos - mulheres. “Conubium” - capacidade jurídica para contrair bodas: ser livre e cidadão romano. Consenso - manifestação da vontade dos nubentes e do “pater familias”, caso não fossem “sui iuris”. 41 – O que são esponsais? Era a promessa de contrair matrimônio. 42 – Quais são os impedimentos matrimoniais do casamento romano? loucura; existência de um matrimônio anterior (monogamia); consanguinidade na linha reta e na linha colateral até o 3º grau; parentesco adotivo enquanto existente; diferença de classes; condição de soldado em campanha; relação jurídica entre tutor e sua pupila; governador de províncias e de outros magistrados com mulheres residentes no território onde exerciam jurisdição. 43 – O que é dote? O “dos” era uma quantidade de bens que o pai da noiva dava para o noivo por ocasião do casamento.
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