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Gestão de Pessoas 1ª edição 2017 Gestão de Pessoas 6 3 Unidade 6 Processo de Manter Pessoas: saúde e medicina do trabalho Para iniciar seus estudos Olá, caro aluno! O que você sabe sobre higiene e segurança no trabalho? Qual a diferença entre esses dois elementos? Quais as normas que regu- lamentam a higiene e segurança no trabalho? E a qualidade de vida no trabalho, o que ela pode fazer pelos funcionários e pela empresa? Que programas podem ser implementados para assegurar a qualidade de vida no trabalho? Nesta unidade você encontrará a resposta a todas estas perguntas! Aqui iremos tratar de importantes conceitos como estes. Acompanhe! Objetivos de Aprendizagem • Discorrer sobre os aspectos da Higiene e Segurança do Trabalho diante das Normas Regulamentadoras. • Apresentar as características dos programas de Qualidade de Vida no Trabalho. 4 Gestão de Pessoas | Unidade 6 - Processo de Manter Pessoas: saúde e medicina do trabalho 6.1 Higiene e segurança do trabalho Quando falamos em higiene e segurança no trabalho, o que nos vem à mente? Um local de trabalho que seja adequado à saúde do funcionário e onde ele possa desenvolver suas funções de forma segura, não é mesmo? Mas esta combinação higiene + segurança vai muito além disso... Higiene e segurança do trabalho são duas atividades que se inter-relacionam, pois existem para garantir condi- ções pessoais e materiais de trabalho capazes de manter certo nível de saúde dos funcionários. Segundo Chiavenato (2015), programas de segurança e de saúde são atividades paralelas entre si e de extrema importância para garantir boas condições físicas e psicológicas dos funcionários, primando por melhores condi- ções da saúde daqueles que trabalham e, indiretamente, de sua família. Figura 6.1 – Higiene e segurança no trabalho Legenda: Higiene e segurança no trabalho Fonte: Disponível em: <https://pt.123rf.com/photo_48393526_construction-worker-repairman-thumb-up-safety-first- -health-and-safety-warning-signs-vector-illustrat.html>. A higiene do trabalho é, portanto, um agrupamento de normas e procedimentos que objetiva proteger o fun- cionário dos riscos inerentes ao cargo e ao ambiente físico em que está inserido. 5 Gestão de Pessoas | Unidade 6 - Processo de Manter Pessoas: saúde e medicina do trabalho Para conhecer noções básicas de saúde e segurança no trabalho, sugerimos a leitura da carti- lha “Noções básicas de segurança e saúde no trabalho”. Ela apresenta informações sucintas sobre as Normas Regulamentadoras de Segurança do Trabalho, leis e decretos da Previdência Social e do Corpo de Bombeiros em Minas Gerais. Vale a leitura! Disponível em: <http://www7. fiemg.com.br/Cms_Data/Contents/central/Media/Documentos/Produtos/2014/SESI/SST/ SS-0033-14-CARTILHA-ORIENTATIVA-SST_A5-PRESIDENTE.pdf>. Acesso em: 03 mar. 2017. De acordo com Chiavenato (2015), para colocar um plano de higiene em prática, a empresa deve observar as seguintes premissas: 1. Plano organizado: além de serviços médicos, é preciso que a empresa disponha de enfermeiros e auxi- liares em tempo integral/parcial, o que vai variar em razão do tamanho da empresa. 2. Serviços médicos: exames médicos pré-admissionais e periódicos, cuidados em relação a danos pesso- ais causados por doenças profissionais, consultas médicas e primeiros socorros, controle de áreas nocivas à saúde, registros médicos, supervisão em relação à higiene e saúde, colaboração com as famílias dos funcionários, acesso à rede de hospitais de qualidade. 3. Prevenção de riscos à saúde: prevenir riscos como intoxicações, dermatoses industriais (químicos), baru- lho excessivo, altas temperaturas, radiações (físicos) e agentes biológicos, micro-organismos (biológicos). 4. Serviços adicionais: programas que incentivem a qualidade de vida dos funcionários, convênios de pres- tação de serviços de recreação, como leituras e filmes, análises entre departamentos da empresa para verificar a necessidade de alterações no tipo de trabalho, cobertura financeira por doença ou acidente, seguro médico e de vida e extensão desses serviços médicos aos aposentados, planos de pensão ou apo- sentadoria. Como premissa fundamental de empresas inovadoras e que se preocupam com seus funcionários, a higiene do trabalho carrega consigo alguns objetivos que justificam sua adoção. Ainda de acordo com Chiavenato (2015), veja abaixo alguns destes objetivos: a. Exclusão das causas das doenças acometidas no ambiente de trabalho; b. Diminuição dos efeitos que prejudicam o trabalhador já doente ou deficiente físico; c. Prevenção de doenças e lesões; d. Preservação da saúde dos funcionários e ampliação da produtividade por meio do monitoramento do ambiente de trabalho. 6 Gestão de Pessoas | Unidade 6 - Processo de Manter Pessoas: saúde e medicina do trabalho A higiene do trabalho também recebe o nome de higiene ocupacional e pode ser dividida em quatro etapas: antecipação dos riscos, reconhecimento dos riscos, avaliação dos riscos e controle dos riscos. Acompanhe, a seguir, cada uma dessas etapas em detalhes. Isso o aju- dará a raciocinar sobre os aspectos relacionados aos riscos de trabalho. Antes de tratarmos das etapas da higiene ocupacional, é preciso que você entenda o que é um risco. De acordo com o dicionário online Priberam (2017), risco pode ser, por exemplo: “[...] perigo; inconveniente; golpe com ins- trumento cortante; expondo-se a correr o risco, estar exposto a perigo”. Figura 6.2 – Perigos e riscos no trabalho Legenda: Perigos e riscos no trabalho Fonte: Disponível em: <https://pt.123rf.com/photo_53801172_ilustra%C3%A7%C3%A3o-do-vetor-da-zona-de-perigo- -e-placa-com-caveira-e-ossos-cruzados..html>. Conhecendo as definições de risco, fica mais fácil você entender o que empresas e organizações devem observar para implantar um programa de higiene ocupacional. Acompanhe abaixo as etapas para implantação do pro- grama (EDITORA INTERSABERES, 2014): • 1ª etapa - antecipação dos riscos: riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais, se presentes no processo de trabalho, devem ser analisados. • 2ª etapa – reconhecimento dos riscos: aqui são reunidas todas as informações possíveis sobre o ambiente de trabalho, a fim de detectar riscos presentes e promover seu controle. É importante que a empresa conheça a tecnologia de produção, a planta das instalações fabris, a matéria-prima, o processo produtivo e seus riscos, as condições climáticas, as propriedades físico-químicas dos produtos e sua toxi- cologia, as atividades que os funcionários exercem na empresa, os programas de manutenção, além das avaliações ambientais, biológicas e clínicas do processo produtivo. 7 Gestão de Pessoas | Unidade 6 - Processo de Manter Pessoas: saúde e medicina do trabalho • 3ª etapa – avaliação dos riscos: reconhecidos os riscos, é hora de avaliá-los. Essa avaliação se dá por meio de medições ou coleta de amostras que traduzam a real situação em que os funcionários estão suscetíveis. Nesta etapa, é fundamental conhecer sobre técnicas de amostragem e metodologias de ava- liação de riscos, bem como fazer estimativas da probabilidade do agravo e o grau de exposição do dano ocorrido. • 4ª etapa – controle dos riscos: avaliados os riscos, é hora de controla-los, ou seja, minimizar/eliminar os riscos presentes no local de trabalho. Para isso, é fundamental adotar medidas de prevenção coletiva nas máquinas, nos equipamentos e nos funcionários, por meio dos equipamentos de proteção individual (EPIs). Em se tratando da segurança no trabalho, segundo Chiavenato (2015), esta temática representa um: conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas empregadas para prevenir acidentes, eliminando condições inseguras do ambiente ou instruindo e convencendo as pessoas da implantação e uso de práticas preventivas(CHIAVENATO, 2015, p. 150). Nos dias de hoje, as empresas têm se preocupado em oferecer condições seguras de trabalho a seus emprega- dos, criando seus próprios serviços de segurança, seguindo normas e procedimentos adequados, colocando em prática os recursos que dispõem para prevenir acidentes e controlar os resultados alcançados. Figura 6.3 – Segurança no trabalho Legenda: Segurança no trabalho Fonte: Disponível em: <https://pt.123rf.com/photo_44065066_friendly-builder-with-helmet-carrying-a-level-bubble- -and-a-belt-with-tools.html>. Cabe a cada gestor de área se responsabilizar pela segurança de sua área, embora na empresa deva existir um órgão de segurança (staff) para assessorar todas as chefias em relação a isto. 8 Gestão de Pessoas | Unidade 6 - Processo de Manter Pessoas: saúde e medicina do trabalho sta·fe (inglês staff) substantivo masculino: 1. Conjunto de pessoas que constituem um grupo de trabalho de uma entidade, organização, evento etc. 2. Grupo formado pela direção e pelos quadros superiores de uma empresa e os dirigentes de uma organização. = EQUIPA, GRUPO. Glossário Acompanhe pela figura a seguir: Figura 6.4 – Segurança como responsabilidade de linha e função de staff. Legenda: Fluxo do órgão de segurança da empresa com as demais áreas: admi- nistração, gerência, supervisão, funcionários e CIPA. Fonte: Chiavenato (2015, p. 151). 9 Gestão de Pessoas | Unidade 6 - Processo de Manter Pessoas: saúde e medicina do trabalho A CIPA é formada por representantes da empresa e dos funcionários e seu objetivo é asse- gurar e preservar a saúde e a integridade física dos empregados e de todas as pessoas que interagem com a empresa. É imposta por lei e está presente na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). À CIPA compete identificar os atos inseguros dos funcionários e as condições de insegurança (CHIAVENATO, 2015). São três as áreas principais de atuação da segurança do trabalho: prevenção de acidentes, de roubos e de incên- dios (CHIAVENATO, 2015). Portanto, entendendo as premissas de higiene e segurança do trabalho, você, futuro gestor, estará preparado para assegurar condições de saúde e bem-estar de seus funcionários, minimizando assim as condições insalu- bres e periculosas às quais possam vir a ficar expostos no ambiente de trabalho. 6.2 Normas Regulamentadoras de Higiene e Segurança do Trabalho Para implantar um programa de higiene e segurança do trabalho, a empresa deve estar atenta às normas e legis- lações pertinentes à área. Mesmo que as empresas sigam as legislações, muitos acidentes ainda acontecem. Essas legislações são pautadas em três pilares: Figura 6.5 – Pilares das normas regulamentadoras de higiene e segurança do trabalho Legenda: Pilares das normas regulamentadoras de higiene e segurança do trabalho Fonte: Adaptada de Editora InterSaberes (2014, p. 166). 10 Gestão de Pessoas | Unidade 6 - Processo de Manter Pessoas: saúde e medicina do trabalho Observe que a pirâmide é formada por três camadas ou pilares que sustentam as normas de higiene e segurança: na base as Normas Regulamentadoras, no meio a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e no topo a Constitui- ção Federal Brasileira. Mas que normas são essas? São as Normas Regulamentadoras (NRs), que se classificam em genéricas e específi- cas. Conheça, a seguir, essas normas (EDITORA INTERSABERES, 2014, p. 167): • Genéricas: são normas que visam tornar o ambiente de trabalho adequado, reduzindo os riscos que pos- sam estar presentes. São elas: » NR 01 – Disposições gerais; » NR 02 – Inspeção prévia; » NR 03 – Embargo ou interdição; » NR 04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT); » NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA); » NR 06 – Equipamentos de proteção individual (EPI); » NR 08 – Edificações; » NR 11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais; » NR 12 – Máquinas e equipamentos; » NR 13 – Caldeiras e vasos sob pressão; » NR 14 – Fornos; » NR 15 – Atividades e operações insalubres; » NR 16 – Atividades e operações perigosas; » NR 17 – Ergonomia; » NR 19 – Explosivos; » NR 20 – Líquidos combustíveis e inflamáveis; » NR 21 – Trabalho a céu aberto; » NR 23 – Proteção contra incêndios; » NR 24 – Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho; » NR 25 – Resíduos industriais; » NR 26 – Sinalização de segurança; » NR 27 – Registro profissional do técnico de segurança do trabalho no Ministério do Trabalho; » NR 28 – Fiscalização e penalidades; » NR 33 – Ambientes confinados; » NR 35 – Trabalho em altura. 11 Gestão de Pessoas | Unidade 6 - Processo de Manter Pessoas: saúde e medicina do trabalho • Específicas: se subdividem em estruturantes e não estruturantes. São elas: a. Estruturantes: estabelecem uma estrutura central: » NR 07 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO); » NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). b. Não estruturantes: direcionadas aos ramos de atividades específicas, seguem as NRs 07 e 09: » NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade; » NR 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção; » NR 22 – Segurança e saúde ocupacional na mineração; » NR 29 – Segurança e saúde no trabalho portuário; » NR 30 – Segurança e saúde no trabalho aquaviário; » NR 31 – Segurança e saúde no trabalho na agricultura, na pecuária, na silvicultura, na exploração flo- restal e na aquicultura; » NR 32 – Segurança e saúde no trabalho nos serviços de saúde; » NR 34 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e reparação naval. Para você conhecer, na íntegra, cada NR, sugerimos a matéria “Normas Regulamentadoras” (BRASIL, 2015), disponível no link: <http://trabalho.gov.br/index.php/seguranca-e-saude- -no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras>. Neste endereço eletrônico, o Ministério do Trabalho traz a relação de todas as normas. Vale a leitura! 6.3 Qualidade de Vida no Trabalho Se o trabalhador tem qualidade de vida no ambiente de trabalho, ele consegue satisfazer suas necessidades ao desenvolver suas atividades na empresa. Contudo, para que isso aconteça, a empresa deve adotar ações (ou pro- gramas) para o desenvolvimento pessoal e profissional, que gere qualidade de vida no trabalho. É fato que quem promove o sucesso das empresas e organizações é o fator humano. Com base nisso, podemos afirmar que pessoas saudáveis contribuem para o sucesso da empresa nos seus mercados de atuação. 12 Gestão de Pessoas | Unidade 6 - Processo de Manter Pessoas: saúde e medicina do trabalho Figura 6.6 – Qualidade de vida no trabalho Legenda: Qualidade de vida no trabalho Fonte: Disponível em: <https://pt.123rf.com/photo_37665493_good-work-vector-flat-illustration.html>. Nos dias de hoje, a qualidade de vida no trabalho está inserida no âmbito organizacional como parte de ações estratégicas que visem promover a produtividade, a saúde do trabalhador, o clima dentro da empresa e, ainda, a redução dos custos da empresa (SCHOR, 2013). A adoção de programas de qualidade de vida no trabalho é fundamental para empresas que possuam gestão administrativa e que escolham, entre tantas outras coisas, valorizar a vida e as capacidades de seus funcionários, sobretudo pensando no bem coletivo. Há modelos de qualidade de vida no trabalho criados com o intuito de reunir indicadores que expliquem as carac- terísticas individuais com as situacionais (ROMERO; SILVA; KOPS, 2013). Os autores citam o Modelo Walton, um dos mais completos, o qual dispõe sobre oito categorias conceituais e seus indicadores de qualidade de vida no trabalho, listados a seguir: 1. Compensação justa e adequada: equidade interna/externa, justiça na compensação,compartilha- mento dos ganhos de produtividade, salários proporcionais. 2. Condições de trabalho: jornada de trabalho adequada, ambiente físico seguro e saudável, salubridade. 3. Desenvolvimento de capacidades: autonomia, autocontrole relativo, qualidades múltiplas, informa- ções sobre o processo de trabalho. 13 Gestão de Pessoas | Unidade 6 - Processo de Manter Pessoas: saúde e medicina do trabalho 4. Oportunidade de crescimento e segurança: possibilidade de ascensão na carreira, crescimento pes- soal, possibilidade de avanços salariais e segurança no emprego. 5. Integração social: ausência de preconceitos, igualdade, mobilidade, relacionamento e senso comuni- tário. 6. Constitucionalismo: direitos de proteção ao funcionário, privacidade pessoal, liberdade de expressão, tratamento imparcial e direitos trabalhistas. 7. Trabalho e espaço de vida: papel balanceado no trabalho, horários de trabalho estáveis, poucas mudan- ças geográficas, tempo para lazer familiar. 8. Relevância social do trabalho na vida: imagem da organização, responsabilidade social da organização, responsabilidade pelos produtos e práticas de emprego. Conheça a seguir quais ações e programas de qualidade de vida podem ser adotados pelas empresas. 6.4 Programas de Qualidade de Vida no Trabalho Dentre os muitos fatores que implicam a melhoria na qualidade de vida no trabalho, seguem abaixo algumas ações que podem ser implantadas (BRASIL, 2017): a. acesso para portadores de deficiência física, b. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, c. controle da jornada de trabalho, d. ergonomia (equipamentos e mobiliário), e. ginástica laboral e outras atividades, f. grupos de apoio antitabagismo, alcoolismo, drogas e neuroses diversas, g. orientação nutricional, h. salubridade dos ambientes e i. saúde ocupacional. O que essas ações podem fazer para fomentar a qualidade de vida no trabalho? O que a adoção de programas de qualidade de vida no trabalho pode fazer pelo bem-estar dos funcionários? 14 Gestão de Pessoas | Unidade 6 - Processo de Manter Pessoas: saúde e medicina do trabalho Para que a implantação de um programa de qualidade de vida seja aplicado com assertividade, o gestor deve conhecer as fases a serem percorridas e que os caracterizam (ROMERO; SILVA; KOPS, 2013). Acompanhe conosco: • 1ª fase – sensibilização: a alta gerência descobre que é preciso implantar um programa de qualidade de vida. Os gestores da empresa passam a ser coagentes dessa mudança de paradigma, ou seja, juntos têm a missão de implementar o programa na empresa. • 2ª fase – planejamento: deve-se escolher as estratégias que serão utilizadas para conduzir o programa. É o momento, também, de compor a equipe do projeto, criando modelos, instrumentos e cronogramas de execução do programa. • 3ª fase – diagnóstico: é hora de coletar as informações sobre a natureza e o sistema de gestão de pes- soas da empresa. Também é o momento de criar pesquisas diagnósticas sobre satisfação em qualidade de vida no trabalho. • 4ª fase – execução/implementação: com base nas informações coletadas, tabuladas e analisadas, esta- belece-se as prioridades no cronograma de ações estratégicas, sobretudo em relação aos indicadores que apresentaram necessidades de melhoria na pesquisa diagnóstica. Assim, é hora de botar o programa em ação. • 5ª fase – avaliação/manutenção: é o momento do feedback, ou seja, avaliar o programa em si e seus benefícios para a empresa e para os funcionários. Após avaliado e detectadas as necessidades de ajuste, é hora de manter o programa em funcionamento, pois a manutenção é fundamental para o sucesso da implementação de programas de qualidade de vida no trabalho. Se você deseja conhecer um pouco mais sobre programas e ações de qualidade de vida no trabalho, sugerimos a leitura do artigo “Programas e ações em qualidade de vida no tra- balho”. Neste artigo, os autores trazem uma discussão interessante e com exemplos práticos sobre o desenvolvimento e a manutenção da motivação e o comprometimento dos traba- lhadores. Vale a leitura! Disponível em: <http://www.revistas.sp.senac.br/index.php/ITF/arti- cle/viewFile/168/180>. Acesso em: 04 mar. 2017. Chegamos ao final desta unidade de estudo. Agora, a nova concepção que você tem sobre o processo de manter pessoas coroa esta trajetória de aprendizagem e desenvolvimento. Ao final desse estudo você pôde concluir que o processo de manter pessoas saudáveis e satisfeitas no trabalho está para além do cumprimento de normas e legislações, mas é também um processo de conscientização por parte das empresas e organizações de que fun- cionários saudáveis e satisfeitos promovem o sucesso das empresas e organizações. Portanto, adotar programas de qualidade de vida no trabalho e se pautar nas premissas de higiene e segurança no trabalho são praticamente pré-requisitos para empresas e organizações bem-sucedidas. 15 Considerações finais Concluímos a unidade relativa ao processo de manter pessoas sob o enfo- que da higiene e segurança de trabalho e programas de qualidade de vida. Aqui você teve a oportunidade de: • aprender que a higiene do trabalho é um agrupamento de nor- mas e procedimentos que objetiva proteger o funcionário dos ris- cos inerentes ao cargo e ao ambiente físico em que está inserido; • entender que para se colocar um plano de higiene em prática é preciso observar quatro premissas básicas: organização do plano, oferta de serviços médicos, prevenção de riscos à saúde e oferta de serviços adicionais; • conhecer as etapas de implantação de um plano de higiene ocupa- cional: antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos; • aprender que a segurança do trabalho é um conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas empregadas para prevenir acidentes, eliminando condições inseguras do ambiente ou instruindo e convencendo as pessoas da implantação e uso de práticas preventivas; • entender que as normas regulamentadoras da higiene e segu- rança do trabalho são pautadas em três pilares que as sustentam: na base as Normas Regulamentadoras, no meio a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e no topo a Constituição Federal Brasileira; • aprender que as Normas Regulamentadoras (NRs) se classificam em genéricas e específicas e que, dentre as específicas, temos as normas estruturantes e as não estruturantes; • entender o papel da qualidade de vida no trabalho, o qual consiste em: pessoas saudáveis contribuem para o sucesso da empresa nos seus mercados de atuação; • conhecer o Modelo Walton de qualidade de vida no trabalho e suas oito categorias; • conhecer as fases para implantação de programas de qualidade de vida no trabalho. Referências bibliográficas 16 ALVES, E. F. Programas e ações em qualidade de vida no trabalho. Inter- facEHS-Revista de Saúde, Meio Ambiente e Sustentabilidade, v. 6, n. 1, 2011. Disponível em: <http://www.revistas.sp.senac.br/index.php/ITF/ article/viewFile/168/180>. Acesso em: 04 mar. 2017. Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NR-6: Equipamento de proteção individual – EPI. Disponível em: <https://www.pncq.org.br/uplo- ads/2016/NR_MTE/NR%206%20-%20EPI.pdf>. Acesso em: 04 mar. 2017. BRASIL – Ministério do Trabalho. Normas Regulamentadoras. 2015. Dispo- nível em: <http://trabalho.gov.br/index.php/seguranca-e-saude-no-traba- lho/normatizacao/normas-regulamentadoras>. Acesso em: 04 mar. 2017. BRASIL – Ministério do Meio Ambiente. Qualidade de vida no ambiente de trabalho. 2017. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/responsa- bilidade-socioambiental/a3p/eixos-tematicos/qualidade-de-vida-no- -ambiente-de-trabalho>. Acesso em: 04 mar. 2017. CHIAVENATO, I. Remuneração, benefícios e relações de trabalho: como reter talentos na organização. 7. ed. rev. e atual. Baureri, SP: Manole, 2015.EDITORA INTERSABERES. Saúde e Segurança. Orgs. Curitiba: InterSabe- res, 2014. Federação das Indústrias de Minas Gerais – FIEMG. Noções básicas de segurança e saúde no trabalho. Disponível em: <http://www7. fiemg.com.br/Cms_Data/Contents/central/Media/Documentos/Produ- tos/2014/SESI/SST/SS-0033-14-CARTILHA-ORIENTATIVA-SST_A5-PRE- SIDENTE.pdf>. Acesso em: 03 mar. 2017. RISCO. In: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. 2017. Disponível em: <https://www.priberam.pt/dlpo/risco>. Acesso em: 04 mar. 2017. Referências bibliográficas 17 ROMERO, S. M. T; SILVA, S. F. C.; KOPS, L. M. Gestão de pessoas: conceitos e estratégias. Curitiba: InterSaberes, 2013. SCHOR, N. Guia de qualidade de vida: saúde e trabalho. 2. ed. – Barueri, SP: Manole, 2013. STAFE. In: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. 2017, Disponível em: <https://www.priberam.pt/dlpo/stafe>. Acesso em: 04 mar. 2017.
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