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Avaliação Linguística Avançada

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Avaliação Linguística Avançada 
Unidade I
PERGUNTA 1
Sabe-se que Bakhtin se opõe à concepção de língua proposta por Saussure, como sistema de normas rígidas e imutáveis, ou seja, o teórico vai na direção contrária ao objetivismo abstrato. Marque a alternativa que reforça o exposto quanto ao posicionamento bakhtiniano: 
A língua é um objeto abstrato ideal
A língua é um sistema sincrônico e homogêneo
Valoriza a fala, a enunciação, reforçando sua natureza social e não individual 
As condições da comunicação não se ligam às estruturas sociais
A fala não está ligada às condições da comunicação
PERGUNTA 2
A AD surge na França a partir de uma dupla fundação: Dubois e Pêcheux. Embora atuem em esferas distintas, ambos teóricos apresentam interesses pela política e pelo marxismo que influenciaram seus estudos acerca da língua. A língua como efeito de sentido. Pode-se afirmar, portanto, que essa teoria linguística se diferencia: 
 
Por relacionar a língua com o exterior, porém a partir do assujeitamento do enunciador
Por tomar a língua como um sistema fechado, sem levar em conta os fatores sociológicos, históricos e psicológicos dos sujeitos que a enunciam
Por conceber a língua enquanto sistema fechado relacionado aos fatores exteriores, tais como: sociológico e psicanalítico
Por relacionar a língua com o exterior, não a vendo como um sistema, considerando os fatores sociológicos, históricos e psicológicos dos sujeitos que a enunciam
Por não levar em consideração os sujeitos que enunciam a língua, apenas o que é enunciado sem observações ideológicas
PERGUNTA 3
Sabe-se que na constituição da linguística como ciência, Saussure observou a distinção entre língua e linguagem e evitou o retorno da concepção de língua enquanto referência, mas o que foi inovador na teoria saussuriana?
Foi o tratamento da língua como sistema concreto, que deve ser estudado de acordo com as estruturas externas à língua.
Foi o tratamento da língua como sistema abstrato, que deve ser estudado de acordo com as estruturas externas à língua.
Foi o tratamento da língua como sistema concreto, que deve ser estudado de acordo com suas estruturas internas.
Foi o tratamento da língua como sistema abstrato, que deve ser estudado de acordo com suas estruturas internas e o que externo à língua.
Foi o tratamento da língua como sistema abstrato, que deve ser estudado de acordo com suas estruturas internas.
PERGUNTA 4
Da reconfiguração da teoria do discurso Pêcheux nomeia a AD-2 com a articulação de três regiões do conhecimento: o materialismo histórico, a linguística e a teoria do discurso, que se entrelaçam na teoria, sendo atravessadas por uma teoria da subjetividade de natureza psicanalítica. Essa reformulação da teoria marca a entrada da noção de formação discursiva, ressignificada por Foucault. Podemos afirmar sobre as diferenças entre as teorias de Pêcheux e Foucault, em relação à formação discursiva: 
Para Foucault a formação discursiva está ligada à definição de uma regularidade nos discursos e para Pêcheux as formações discursivas são determinantes dos sentidos
Para Foucault a posição ideológica dos sujeitos da enunciação está ligada à definição de regularidade do discurso, determinando os sentidos
Para Pêcheux a formação discursiva está ligada à definição de uma regularidade nos discursos e para Foucault são determinantes dos sentidos
Para Pêcheux a posição ideológica dos sujeitos da enunciação está ligada à definição de regularidade do discurso, determinando os sentidos
Para Pêcheux as formações discursivas são determinantes dos sentidos por estarem ligadas à regularidade dos discursos e das ideologias dos sujeitos enunciadores, enquanto Foucault toma a formação discursiva ligada à determinação dos sentidos ideológicos
PERGUNTA 5
O CLG nos apresenta os pressupostos da linguística, definindo o objeto de estudo linguístico através do chamado corte saussuriano, instaurando uma nova fase nos estudos. Tal corte separou a linguagem em: 
Sintagma e paradigma 
Forma e substância 
Significado e significante 
Diacronia e sincronia 
Língua e fala
PERGUNTA 6
No gerativismo chomskyano a gramática universal é um conjunto de princípios inatos na mente de todo falante, o que possibilita o desenvolvimento do mecanismo da língua. É CORRETO afirmar acerca da teoria de Chomsky, em relação às línguas naturais que: 
As línguas naturais são aprendidas e não adquiridas
Não se preocupa com a capacidade humana de produzir linguagem
Dá importância ao uso que o falante ideal faz da língua
A aprendizagem é o motivo do sucesso evolutivo do homem
Não se preocupa com o aspecto social da língua, apenas com a aquisição de linguagem.
PERGUNTA 7
A dupla fundação da AD é atribuída a Dubois e Pêcheux, grandes expoentes da geração de pensadores franceses. Muitas são as diferenças entre esses pensadores, embora tenham um horizonte em comum. Segundo Maldidier (1997, p.18) é o “[...] o modo como se posicionam em relação à teoria [...]” que os diferencia. Pode-se, portanto, afirmar que: 
Ambos combinaram o modelo estrutural com o novo modelo ressignificando o objeto de estudo
Dubois ressignificou o objeto de estudo, enquanto Pêcheux combinou o modelo estrutural com um novo modelo
Ambos tomam como ruptura da passagem do estudo da palavra para o enunciado, bem como com os métodos estatísticos
Ambos ressignificaram o objeto de estudo
Dubois pensa de maneira natural a passagem do estudo da palavra para o enunciado e Pêcheux trata como ruptura com os métodos estatísticos utilizados. 
PERGUNTA 8
No campo da pragmática Austin formula a noção dos atos de fala: ilocucionário, perlocucionário e locucionário, sustentando a ideia de que a língua é uma forma de ação. Marque a alternativa que apresenta a base da visão de Austin para o desenvolvimento dos atos de fala: 
São considerados, apenas, os elementos linguísticos como fator constitutivo da significação dos enunciados
Considera as práticas sociais, mas não as relaciona à significação dos enunciados
São desconsiderados os elementos contextuais por não tomarem parte das práticas sociais
Não estuda profundamente as práticas sociais, portanto, desconsidera a exterioridade
Relaciona as práticas sociais com a linguagem, levando em consideração os elementos contextuais
PERGUNTA 9
Sabe-se que o interesse grego no conceito de língua girava em torno do debate sobre a natureza da linguagem e é, também, através dos gregos que surgem os estudos gramaticais normativos. Com a evolução dos estudos tem-se a descoberta do Sânscrito e com esse uma nova linguística, nomeada: 
Comparada 
Normativa 
Social 
Do texto 
Aplicada 
PERGUNTA 10
Grice, diferentemente, de Austin estabelece um conjunto de regras que devem reger o ato conversacional, pois para o teórico a linguagem é um instrumento para o locutor comunicar ao seu destinatário suas intenções, onde está embutido o sentido. Pode-se, portanto, afirmar que a ideia de intencionalidade de Grice: 
Concebe um sujeito social e inconsciente de seus atos de fala
Concebe a ideia de assujeitamento
Concebe um sujeito psicológico, individual e consciente
Concebe um conjunto de regras, nas quais os integrantes não se integram na conversa
Concebe um conjunto de regras que não podem ser violadas
Unidade II
PERGUNTA 1
Podemos afirmar que a linguagem é usada em uma estrutura social determinada, o que faz com que os diversos gêneros textuais sejam produzidos de acordo com as necessidades sociais de comunicação. Barbisan (1995) considera texto como linguagem funcional que desempenha um papel em um contexto. 
Essa consideração do autor nos permite afirmar sobre o texto: 
Como não restrito ao registro linguístico, sendo uma unidade que estabelece um diálogo com tudo que está além do registro verbal
É restrito ao registro linguístico,
pois não estabelece relação com o que vai além do verbal, pois o sentido é constituído por outra via
É entendido como tudo que está no entorno imediato do contexto, estabelecendo o sentido 
Não possui relação com o que está para além do verbal, pois não é nessa relação que o sentido é construído
É entendido como tudo que está no entorno imediato do contexto, não estabelecendo o sentido
PERGUNTA 2
Guimarães, retomando Ducrot e Bakhtin, diz que a enunciação deve ser tratada como um acontecimento histórico, um acontecimento de linguagens perpassado pelo interdiscurso. A partir desse posicionamento podemos afirmar quanto à enunciação: 
Se caracteriza, apenas, no texto escrito 
O autor não assume as palavras como dele 
Aborda, apenas, as situações de fala 
Não diz respeito, apenas, à situação de fala 
É homogênea 
PERGUNTA 3
Para Bakhtin o dialogismo se instaura em um processo de percepção e recepção de um enunciado, ou seja, em esferas nas quais o discurso não é observado em um contexto de incomunicabilidade. Portanto, é possível afirmar que: 
O diálogo não engloba qualquer transmissão oral
O dialogismo está presente, apenas, nas obras impressas
O processo de interação não toma parte no processo dialógico
Os participantes de uma conversação elaboram um fluxo dialógico ao posicionarem o ato da linguagem em uma interação frente a frente
No dialogismo não há um mecanismo de interação textual
PERGUNTA 4
Kock e Travaglia (1993) afirmam que a coerência é um princípio de interpretabilidade do texto. É um todo que possibilita estabelecer alguma forma de unidade ou relação no texto.
Partindo dessa noção podemos dizer a respeito da coerência: 
É superficial e não tem relação com a produção do texto, pois não se relaciona com o entendido pelo interlocutor
Não toma parte na continuidade de sentidos perceptível no texto, pois não está presente no funcionamento semântico e pragmático, bem como na dimensão sintática, que não toma parte na organização global e hierarquizadora dos elementos textuais
É a continuidade de sentidos perceptível no texto a partir de um funcionamento semântico e pragmático, bem como de dimensão sintática, sendo uma organização global e hierarquizadora dos elementos textuais
Não toma parte na hierarquização dos traços do texto, mesmo que esses garantam os resultados dos processos cognitivos entre os usuários
É o resultado da hierarquização de meros traços do texto que garantem os resultados dos processos cognitivos entre os usuários
PERGUNTA 5
 Beaugrande e Dressler (1981) dizem que os elementos que garantem a textualidade são a coesão e a coerência relacionados ao material conceitual e linguístico de um texto: intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade. 
Isso posto, podemos afirmar sobre a noção de textualidade: 
Está na aceitabilidade, situacionalidade e intertextualidade relacionadas ao produtor do texto
Que se relaciona com um conjunto de características que fazem com que um texto seja texto relacionado aos fatores pragmáticos envolvidos no processo sócio comunicativo, e não um amontoado de frases
Está na intencionalidade relacionada ao aspecto sócio comunicativo e semântico
Está na aceitabilidade, situacionalidade e intertextualidade relacionadas ao destinatário do texto
Que não se relaciona com um conjunto de características que fazem com que um texto seja texto, pois esse não se relaciona aos fatores pragmáticos envolvidos no processo sócio comunicativo
PERGUNTA 6
Dentre as teorias linguísticas que elegeram o texto como objeto de análise, ressalta-se a enunciação. Benveniste, seu fundador, diz que se passa da frase para a enunciação, afastando-se da noção estrita de língua como sistema. Pode-se, portanto, afirmar que a teoria da enunciação
Supõe o locutor e o contexto, sem o interlocutor 
Supõe, apenas, interlocutores 
Supõe o contexto de situação 
Supõe interlocutores sem contexto de situação 
Supõe interlocutores e contexto de situação 
PERGUNTA 7
Tem-se que o dialogismo se refere às conversações que estruturam uma linguagem e que a polifonia à diversidade de vozes no interior de um texto, ou seja, a existência de outras obras no interior da construção de um discurso. Pode-se afirmar que, então a respeito da polifonia: 
As palavras são como signos neutros, não afetadas pelos conflitos históricos e sociais 
Não é essencial à enunciação 
Se refere a outras vozes, porém essas não condicionam o discurso do sujeito
Se refere a variadas falas que intervêm no texto
Não há a presença do outro 
PERGUNTA 8
Ducrot em seus estudos sobre a língua observa a relação entre enunciado e enunciação, abordando os fatos não trabalhados por Bakhtin, desconstruindo a ideia de unidade do sujeito enunciador. Pensando na heterogeneidade do enunciado e nos diferentes lugares sociais representados na enunciação, podemos afirmar que Ducrot sustenta que a subjetividade: 
Não se constitui na língua e não é marcada na superfície linguística
Está na heterogeneidade e unidade do sujeito
Não pode ser observada quando tomada a partir de contradições históricas
Faz parte da formalização semântica das línguas naturais
É constituída na língua e marcada na superfície linguística
PERGUNTA 9
Sabe-se que Bakhtin revisa a noção de signo distanciando-se das noções propostas por Saussure e por Chomsky, valorizando a fala ligada às condições da comunicação que estão ligadas às estruturas sociais. Para o teórico a representação simbólica só é capaz de materializar-se a partir do signo. Pode-se, portanto, afirmar que o objeto central do estudo bakhtiniano é: 
A língua, enquanto cognição 
A língua, enquanto desempenho 
A linguagem sem ideologia 
A língua, enquanto sistema 
O signo, enquanto manifestação da linguagem na sociedade 
PERGUNTA 10
Nas teorias enunciativas o enunciador também é chamado de locutor, sendo o autor do enunciado e organizador das vozes anônimas que o habitam. Para Barros (1997) o enunciador é o manipulador responsável pelos sentidos do enunciado, levando o enunciatário a crer e a fazer. Podemos, portanto, afirmar: 
A manipulação do enunciador é um modo de persuasão e ao enunciatário cabe interpretar a estratégia de persuasão através das marcas enunciativas
A manipulação do enunciatário não é percebida pelo enunciador. Esse não é capaz de interpretar a estratégia de persuasão através das marcas enunciativas
As marcas enunciativas não são suficientes para que o enunciador manipule o enunciatário
As marcas enunciativas não são suficientes para que o enunciatário manipule o enunciador
A manipulação do enunciatário é um modo de persuasão e ao enunciador cabe interpretar a estratégia de persuasão através das marcas enunciativas 
Unidade III
PERGUNTA 1
Bakhtin afirma que ao falante são dadas as formas de enunciado, de gêneros do discurso. E esses, ainda que dotados de relativa estabilidade, são mais flexíveis que as formas da língua. Pode-se então afirmar que: 
Aprender a falar significa aprender enunciados para se falar por orações, mesmo essas não sendo concretas. 
Aprender a falar é saber aplicar a língua em seus enunciados concretos. 
Aprender a falar é aprender a enunciar a partir de orações concretas. 
Aprender a falar não tem relação com aprender enunciados, pois são distintos. 
Aprender a falar significa aprender enunciados, pois fala-se por enunciados concretos, e não por orações ou palavras. 
PERGUNTA 2
Segundo Bakhtin a função e as condições de comunicação discursiva geram certos gêneros do discurso, pois as condições específicas e finalidades de cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis. Podemos, portanto, afirmar sobre o enunciado que: 
Não pode ser denominado gênero do discurso
É a real unidade da comunicação discursiva. 
Não reflete
a condição específica de produção
Não funda a noção de gênero do discurso
É a condição específica de produção
PERGUNTA 3
Maingueneau reformula a noção de formação discursiva de Foucault com o intuito de integrar uma nova noção que é a de comunidade discursiva, na qual há uma organização de grupos, no interior dos quais são gerados os textos e esses dependem da formação discursiva. Pode-se, portanto, afirmar que a formação discursiva é para Maingueneau: 
É uma unidade não tópica na medida em que os discursos não são organizados pela FD não estando filiados a um aparelho ideológico. 
Definida pelo fato de haver fronteiras institucionais de determinem seu funcionamento. 
Definida pelo fato de haver fronteiras institucionais de determinem seu funcionamento, exatamente, por estarem filiados a um aparelho ideológico. 
É uma unidade tópica na medida em que os discursos organizados pela FD estão filiados a um aparelho ideológico. 
Definida pelo fato de não haver fronteiras institucionais de determinem seu funcionamento. 
PERGUNTA 4
O discurso e a ideologia em Pêcheux nascem conforme a proposta pêcheuxtiana parte de uma disciplina de entremeio, pois parte da junção entre três áreas dando origem a uma tríplice aliança. Esse entrecruzamento parte: 
Da língua (gramática), ideologia de foucaultiana, sujeito em Althusser. 
Da língua (para a gramática), da história (marxismo – inspirado em Lacan) e do sujeito (para Althusser). 
Sujeito(althusseriano), sentido e história. 
Linguística (língua), marxismo e gramática (comparada). 
Da língua (para a linguística), da história (marxismo – inspirado em Althusser) e do sujeito. 
PERGUNTA 5
Há uma analogia entre os gêneros do discurso estabelecida por Bakhtin. Sobre a língua, o teórico reflete sobre o fato de que o falante aprende, reconhece e utiliza a língua mesmo antes de entrar em contato com sua teorização. O que o autor reflete sobre o discurso em analogia ao dito sobre a língua? 
Os gêneros do discurso são mobilizados pela situação comunicativa e não pelo falante, a partir de seu próprio repertório, pois não existe a vontade discursiva. 
Não cabe ao falante a escolha do gênero do discurso que será utilizado em dada situação de comunicação. 
Pela limitação do repertório próprio do falante não se torna possível a vontade discursiva. 
Os gêneros do discurso são mobilizados pelo falante a cada situação de comunicação a partir de um repertório próprio, mesmo sem saber o que são os gêneros. 
A vontade discursiva se constitui fora repertório de gêneros do falante. 
PERGUNTA 6
Sabemos que os gêneros são tomados por Bakhtin como primários e secundários e que há uma diferença essencial entre eles: os primários se formam nas condições comunicativas imediatas e os secundários em condições de convívio cultural mais complexo e, predominantemente escrito. Marque a alternativa que apresenta o tipo de relação estabelecida entre esses 2 tipos de gêneros: 
Primário e secundário estabelecem uma relação mútua, na qual o primário se vale do secundário. 
Estabelecem uma relação mútua, na qual um não funciona sem o outro. 
Estabelecem uma relação mútua já que de ambos temos um conhecimento intuitivo. 
Estabelecem uma relação mútua, na qual o secundário perde sua relação com o real ao ser empregado. 
Primário e secundário estabelecem uma relação mútua, na qual o secundário se vale do primário. 
PERGUNTA 7
O poder para Foucault está em todo lugar, pois é exercido não, simplesmente, como um fenômeno que ocorre de cima para baixo. Ou seja, circula pela sociedade não necessariamente, de forma hierarquizada. Portanto, podemos afirmar que para Foucault o poder: 
Está intrinsecamente ligado ao discurso, sendo a fonte e a origem desse. 
Não opera através do discurso, pois esse não sendo nem fonte, nem origem, não permite que a linguagem perpetue o poder. 
Se confunde com o discurso, na medida em que não se sabe por qual meio opera. 
É a noção central da teoria foucaultiana, estando intrinsecamente ligada à noção de discurso, não sendo nem fonte nem origem desse, mas sim alguma coisa que opera por meio do discurso. 
É a noção central da teoria, embora não se consiga delinear as relações com o discurso e sua produção. 
PERGUNTA 8
Bakhtin apresenta as diferenças entre as noções de oração e enunciado, embora para algumas teorias linguísticas tais diferenças não sejam tomadas. O teórico diz que a oração é uma unidade de língua e o enunciado é uma unidade discursiva e que é na alternância entre os sujeitos do discurso que a oração é convertida em enunciado. Marque a alternativa CORRETA em relação a essa distinção: 
Os enunciados assim como as orações estão sempre ligados a certo gênero do discurso. 
 
Os enunciados, ao contrário das orações, são impessoais e não direcionados a alguém. 
As palavras não têm valor em si mesmas, mas sim quando mobilizadas em uma oração. 
Os enunciados são recursos linguísticos que adquirem aspecto expressivo nas orações concretas. 
As orações, ao contrário dos enunciados, são impessoais, não direcionadas a ninguém. 
PERGUNTA 9
Dentre as novas tendências em análise do discurso temos a proposta de Maingueneau que propõe explicitar o método de trabalho da AD. O autor afirma certas dimensões de análise, a saber: textos produzidos em instituições que restringem a enunciação, textos nos quais se cristalizam conflitos históricos, sociais entre outros, textos que delimitam um espaço próprio no exterior de um interdiscurso. Essa proposta de Maingueneau é possível: 
Diante de uma dimensão incompleta que gera deficiência na proposta de análise anterior, tornando a nova proposta completa e suficiente. 
Diante de um posicionamento, até certo ponto de radicalismo linguístico, proposto pelo autor ao identificar que todo e qualquer discurso pode ser analisado, independentemente de sua dimensão. 
A partir de como o autor entende a análise do discurso no momento em que a pensa, justificando por exemplo, o fato de não tomar conversas de bar como dimensão possível de análise. Ressaltando que a necessidade de precisar a definição do método da análise ocorreu no final da década de 1980. 
A partir de como o autor entende a análise do discurso vinda do pensamento anterior ao dele, justificando por exemplo, o fato de não tomar conversas de bar como dimensão possível de análise. Ressaltando que a necessidade de precisar a definição do método da análise ocorreu no final da década de 1970. 
A partir de como o autor entende a análise do discurso no momento em que a pensa, justificando por exemplo, o fato de tomar conversas de bar como dimensão possível de análise. Ressaltando que a necessidade de precisar a definição do método da análise ocorreu no final da década de 1970. 
PERGUNTA 10
Foucault entende o discurso como um todo e por isso, em sua noção de formação discursiva afirma que os discursos são dispersos e que se faz necessário buscar as regras de formação que definam a regularidade em enunciados. A partir dessa colocação é CORRETO afirmar, segundo Foucault: 
O teórico entende o discurso como um conjunto de enunciados que se apoiam em uma mesma formação discursiva, que possui uma história. 
O discurso não é visto como um conjunto de enunciados já que esses não podem ser descritos ou analisados por uma regularidade definida. 
O autor diz ser importante observar as relações entre os enunciados, mas que isso não possibilita perceber o processo de formação discursiva. 
O autor defende que os enunciados se agrupam, mas não orienta sobre os processos de agrupamento. 
O teórico entende o discurso como um conjunto de enunciados que se apoiam em uma mesma formação discursiva, que possui, apenas, um sentido ou uma verdade.
Unidade IV
PERGUNTA 1
As marcas discursivas são passíveis de serem analisadas
por haver a materialização de personagens e características no plano da linguagem de certo gênero discursivo. Analisar tais marcas do sujeito significa analisar tudo que é materialmente produzido para gerar interpretações. A respeito do sentido de um discurso pode-se afirmar: 
O sentido de um discurso depende de um sujeito que o interprete e com ele estabeleça uma relação dialógica. 
O sentido de um discurso é inerente. 
O sentido está no próprio discurso, independentemente do sujeito que o interprete. 
O sentido de um discurso não está na relação dialógica com o sujeito que o interpreta. 
O sentido de um discurso depende, exclusivamente, do sujeito para o qual é produzido. 
PERGUNTA 2
Ramos (2015) diz que a cultura é o resultado de um processo em constante transformação analisados em seus movimentos históricos e sociais. O que nos permite afirmar que: 
A cultura é transformação que se limita ao espaço da interpretação. 
A cultura, embora em processo de transformação, não permite a criticidade. 
A cultura é transformação que se limita ao espaço da criticidade. 
Criticidade e interpretação não se relacionam com a cultura. 
A cultura é transformação com espaço para a criticidade e interpretação e não apenas reprodução. 
PERGUNTA 3
Na teoria do discurso há a noção de ordem do discurso que trata de uma continuidade de discursos que se encadeiam sem um limite final ou início definido. Nos estudos enunciativos trata-se da função responsiva. O que essa função indica? 
Que os discursos não têm relação de dependência com os outros discursos com os quais dialogam. 
Que alguns discursos estão inseridos em uma cadeia de discursos, enquanto outros estão em relação de dependência com os sujeitos que os enunciam. 
Que todo discurso está inserido em uma cadeia de discursos que o antecederam e que ajudam a situá-lo em relação ao sentido que sobre ele pode ou deve ser produzido. 
Que os discursos por estarem em constante diálogo com outros discursos não constroem relação de sentido. 
 
Que os discursos não dialogam uns com os outros por dependerem dos sujeitos que os enunciam. 
PERGUNTA 4
Os variados gêneros discursivos têm uma estrutura própria que já indica seu modo de interpretação sejam os gêneros orais, escritos ou não verbais terão um padrão que determinará a linguagem, as informações e o modo. 
Marque a alternativa que reforça esse pensamento: 
Os gêneros de discurso trazem em sua estrutura, marcas que situam o sujeito a respeito do modo, formulação e interpretação. 
Cada gênero possui sua estrutura o que impossibilita que o sujeito identifique as marcas discursivas. 
As marcas discursivas não podem ser previamente determinadas por causa de sua relação social. 
As marcas discursivas não podem ser previamente determinadas por causa de sua relação histórica. 
Os gêneros de discurso não trazem marcas que situam o sujeito em relação ao modo, formulação e interpretação. 
PERGUNTA 5
Para Orlandi (2002) não há a hipertrofia do sujeito, na qual esse está centrado por inteiro e nem a sua completa submissão, pois o sujeito não é, apenas, um reprodutor de sentidos, uma vez que é capaz de alterá-los e produzir novos sentidos. Portanto é possível considerar: 
O sujeito de, totalmente, submisso à ideologia e sua relação constitutiva pela história. 
O sujeito do discurso é o sujeito a que se refere ao sujeito inconsciente que o constitui. 
O sujeito do discurso é o sujeito de que representa a submissão à ideologia. 
O sujeito de, totalmente, submisso à ideologia e sua relação constitutiva com a língua. 
Que o sujeito do discurso tem a peculiaridade de ao mesmo tempo ser sujeito de e estar sujeito a. 
PERGUNTA 6
A interpretação de um texto utilizado por um sujeito na formulação de seu discurso será feita por outro sujeito que deve perceber a relação desse discurso com outros que, podem ou não estar inseridos na mesma formação discursiva, no processo de formação de sentido. Segundo essa visão, a respeito do sentido, é possível dizer: 
Como efeito ideológico é originado por um ato coletivo, independentemente, da utilização da língua. 
O processo de produção de sentido está inserido na mesma formação discursiva. 
Como efeito ideológico, será originado por um ato individual de utilização da língua por um sujeito para expressar determinado sentido que lhe convém. 
O processo de produção de sentido independe dos outros discursos com os quais dialoga. 
Como efeito ideológico, não seria originado por um ato individual de utilização da língua por um sujeito para expressar determinado sentido que lhe convém. 
PERGUNTA 7
Em relação à noção de cultura na AD deve-se observar o sujeito, que acredita ser livre em suas escolhas, mas que não é, pois está limitado às determinações da formação social na qual está inserido e da cultura que o constitui. Marque a alternativa que reforça esse posicionamento: 
Os traços referenciáveis de uma cultura demarcam o afastamento em culturas estrangeiras. 
O sujeito determinado pela ideologia e afetado pelo inconsciente está, intrinsecamente, ligado à produção de sentido e sua relação com a cultura. 
Os traços referenciáveis de uma cultura não são comuns entre culturas estrangeiras. 
O sujeito e suas condições de existência não podem ser mediados pelo simbólico. 
O sujeito é livre em suas escolhas, escapando das determinações da formação social. 
PERGUNTA 8
Para a compreensão da produção de sentidos, na análise do discurso, se faz essencial a noção Jakobson. A alternativa CORRETA sobre a proposta pêcheuxtiana a respeito do discurso é: 
Efeito de sentidos entre locutores. 
É o efeito produzido por quem enuncia. 
É o efeito produzido por quem recebe o discurso. 
É o efeito produzido pelo código presente no discurso. 
É o efeito produzido pelo locutor ou o interlocutor. 
PERGUNTA 9
Orlandi (2012, p. 43) diz que há um “traço ideológico” presente nos discursos e “[...] o estudo do discurso explicita a maneira como linguagem e ideologia se articulam, se afetam em sua relação recíproca [...]. Essa colocação de Orlandi propicia afirmar: 
Que os sentidos de um discurso sempre são determinados ideologicamente. 
Que discurso e ideologia seguem caminhos oposto. 
Que o traço ideológico não é suficiente para a produção de sentido. 
 
Que a ideologia não faz parte do sentido que permeia o discurso. 
Que a diferença entre o pensar, o dizer e o ser não tomam parte do discurso ideológico. 
PERGUNTA 10
Kawachi (2011) expõe uma relação estreita entre cultura e a língua de determinadas comunidades ou regiões, na qual a língua é um dos veículos de transmissão de cultura. Marque a alternativa que reafirma esse posicionamento: 
Só se pode entender cultura a partir das alterações em que termos são substituídos por outros. 
Cultura é um pertencimento a uma comunidade discursiva que compartilha um espaço social, uma história e imaginários comuns. 
Cultura é um construto que não tem abrangência histórica e nem social. 
Cultura não pode ser entendia como processo evolutivo que ocorre socialmente no âmbito linguístico. 
Cultura é um construto diacrônico, apenas, artístico.

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