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ENTRE NÓS PSICOPATAS NA SOCIEDADE.

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso de Psicologia - Swift 
 
 
 
 
 
ALEF MOREIRA RA: C6302C-2 
ANA FLAVIA DA SILVA RA: C47FBH-8 
ÉDIPO REIS TORRES RA: C54911-8 
GIOVANA SAMPAIO DRESDI RA: C556CH-1 
LILIAN PEREIRA SANTOS RA: C51DJJ-1 
MICHELLE DOS SANTOS DE FREITAS RA: C51EDB-9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENTRE NÓS: PSICOPATAS NA SOCIEDADE. 
 Uma revisão bibliográfica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINAS/SP 
2019 
7 
 
ALEF MOREIRA 
ANA FLAVIA DA SILVA 
ÉDIPO REIS TORRES 
GIOVANA SAMPAIO DRESDI 
LILIAN PEREIRA SANTOS 
MICHELLE DOS SANTOS DE FREITAS 
RA: C6302C-2 
RA: C47FBH-8 
RA: C54911-8 
RA: C556CH-1 
RA: C51DJJ-1 
RA: C51EDB-9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENTRE NÓS: PSICOPATAS NA SOCIEDADE. 
Uma revisão bibliográfica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão apresentado ao 
Curso de Psicologia da Universidade 
Paulista – UNIP, como requisito parcial 
para obtenção do título de Psicólogo (a). 
 
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Simone Mayer 
Sanches Mendes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINAS/SP 
2019 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 5 
1.1 A Psicopatia ....................................................................................................................................................... 5 
1.2 Aspectos Biológicos .......................................................................................................................................... 7 
1.3 Diagnóstico ......................................................................................................................................................... 8 
1.4 TRATAMENTO ................................................................................................................................................ 12 
1.5 Psicopatas na Sociedade ............................................................................................................................... 13 
2. OBJETIVOS ....................................................................................................................................................... 16 
2.1 Objetivo Geral .................................................................................................................................................. 16 
2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................................................... 16 
3. MÉTODO ............................................................................................................................................................... 17 
3.1 Procedimentos ................................................................................................................................................. 17 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................................................... 21 
4.1 A Caracterização da Psicopatia .................................................................................................................... 21 
4.2 Caracterização dos aspectos biológicos ..................................................................................................... 24 
4.3 Diagnóstico x Tratamento .............................................................................................................................. 24 
4.4 Psicopatas na Sociedade. ............................................................................................................................. 27 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................................. 28 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................................... 30 
APÊNDICE .................................................................................................................................................................. 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos as nossas famílias, amigos e aos 
nossos professores por toda colaboração e 
paciência durante o desenvolvimento deste 
trabalho. 
 
 
“De todas as criaturas já feitas, o homem é a 
mais detestável. De toda a criação, ele é o 
único, o único que possui malícia. São os 
mais básicos de todos os instintos, paixões, 
vícios – os mais detestáveis. Ele é a única 
criatura que causa dor por esporte, com 
consciência de que isso é dor”. 
 
 
 (Mark Twain) 
7 
 
 AGRADECIMENTOS 
 
“A gratidão é a memória do coração 
Agradeço а todos os professores por proporcionarem e transmitirem seu conhecimento. 
Agradeço aos meus companheiros de TCC, por aturarem e dividirem momentos e dores 
de cabeça. A todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte da minha formação. Muito 
obrigado”. 
 (Alef Moreira) 
 
"Agradeço a Deus primeiramente por me permitir chegar até aqui, e em especial minha 
irmã Fernanda por ter me apoiado em tudo àquilo que me faz bem. E não poderia 
esquecer todas as pessoas que de alguma forma fizeram parte dessa caminhada.” 
 (Ana Flavia) 
 
"Gostaria de agradecer aos membros do grupo que fizeram esse trabalho ser possível, 
mesmo através de trancos e barrancos continuamos juntos." 
 (Édipo Reis) 
 
“Agradeço aos parceiros do grupo pela compreensão e discussões calorosas nessa 
jornada. Aos meus familiares que souberam conviver com minha ausência e aos 
mestres pelo empenho nas orientações e ensinamentos” 
 (Giovana Dresdi) 
 
"Agradeço a minha família por todo o apoio e carinho desde o início do curso, aos 
colegas que participaram deste trabalho pela determinação em concluí-lo, aos 
professores que se dedicaram tanto em nos passar um pouco do seu conhecimento e a 
professora Simone por nos orientar e acompanhar todo o nosso caminho até a 
conclusão do nosso trabalho." 
 (Lilian Santos) 
 
“Agradeço primeiro a Deus. E também a minha família e amigos por terem me 
incentivado e dado forças a cada vez que eu pensei em desistir. Aos mestres que 
sempre tiveram paciência e dedicação conosco ao longo desses quase 05 anos, em 
especial a prof.ª Simone, que teve muita paciência com cada um dos nossos atrasos. A 
todos que tiveram que aguentar as minhas crises de mau humor e stress, que eu sei 
não eram nada bonitas. E por fim, mas não menos importante aos meus companheiros 
de grupo que me suportaram ao longo desses anos. Meu muito obrigada.” 
 (Michelle Freitas) 
 
 
 RESUMO 
 
MOREIRA,Alef; SILVA, Ana Flavia da; TORRES, Édipo Reis; DRESDI, Giovana 
Sampaio; SANTOS, Lilian Pereira; FREITAS, Michelle dos Santos de; SANCHES, 
Simone Meyer (orientadora). Entre Nós: Psicopatas na Sociedade. Uma revisão 
bibliográfica. Apresentação do Trabalho de Pesquisa, Curso de Psicologia, 
Instituto de Ciências Humanas, UNIP – Campinas, 2019. 
 
 
 
Muito se fala do psicopata mal sucedido, que é aquele que efetivamente comete 
crimes, porém, o presente trabalho tem como objetivo estudar o psicopata bem 
sucedido, ou seja, aquele que não comete crimes. Dessa forma, foi realizada uma 
revisão de literatura que, teve como objetivo analisar como se da à inserção do 
psicopata não criminal na sociedade. Como método, foram analisados 16 artigos 
com temas relacionados ao estudo, onde foi realizada a leitura criteriosa do 
material. Buscamos analisar o que é a psicopatia, seus aspectos biológicos, 
diagnóstico, tratamento e como o indivíduo psicopata é visto na sociedade. Por 
meio da pesquisa bibliográfica foi possível perceber que esses indivíduos não 
criminais são inexistentes para a sociedade, uma vez que quase nunca são 
comentados ou citados. Diante desse quadro consideramos que é de suma 
importância que hajam mais pesquisas e publicações a respeito desses indivíduos, 
principalmente na área da psicologia que esta tão diretamente inserida no contexto 
da saúde mental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras-chave: Psicopatia e Transtorno de Personalidade Antissocial 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Poucos transtornos são tão incompreendidos quanto o transtorno de 
personalidade Antissocial, e por isso o presente trabalho tem o intuito de elucidar um 
pouco sobre a vida de pessoas que convivem com o nível mais grave desse 
transtorno, os chamados psicopatas. Apesar de para alguns o transtorno de 
personalidade antissocial e a psicopatia serem a mesma coisa, para Gomes e 
Almeida (2010), todo indivíduo psicopata é antissocial, mas nem todo indivíduo 
antissocial é psicopata. 
 
 
Através dessa pesquisa bibliográfica, abordaremos algumas características 
que pessoas com o transtorno de psicopatia podem apresentar e quais fatores 
podem levar alguém sofrer dessa psicopatologia. 
 
Temos por intuito também desconstruir os estereótipos comumente atribuídos 
a palavra psicopata. 
 
 
 
1.1 A Psicopatia 
 
O termo “psicopata” foi inventado em 1891, pelo psicólogo alemão Koch, que 
o utilizou pela primeira vez em sua obra As inferioridades psicopáticas. 
 
Segundo Hare e Neumann (2008), conceito de psicopatia tem origem grega, e 
significa “Psiquicamente doente”. Esse conceito surgiu dentro da medicina, e era 
utilizado pelos médicos inicialmente para classificar criminosos que apresentavam 
características agressivas e cruéis. 
 
A psicopatia é um distúrbio mental grave, onde o indivíduo é incapaz de sentir 
sentimentos como empatia, remorso ou arrependimento. O psicopata é incapaz de 
amar e manter laços afetivos profundos com outras pessoas, possuindo ainda um 
egocentrismo extremo e comportamentos narcisistas. A psicopatia também é 
conhecida como transtorno de personalidade antissocial. 
 
 
 
Ela está incorporada dentro do grupo de transtornos de personalidade, sendo 
uma forma de “ser” que se particulariza pelo controle, domínio por meio da ameaça, 
pela incapacidade de sentimento de culpa, remorso pelo que faz e pela manipulação 
para alcançar os seus próprios interesses. Uma pessoa com o transtorno de 
personalidade antissocial é alguém extremamente racional, não vai cometer um 
crime passional, por exemplo, pois é incapaz de sentir emoções. 
 
 
A definição clara de psicopatia é algo fundamental, devido às suas 
implicações na investigação, diagnóstico, avaliação, intervenção e 
replicabilidade de resultados na área de estudo referente às perturbações 
da personalidade. Atendendo à importância de uma clara definição deste 
conceito, serão analisados, no presente artigo, os aspectos mais relevantes 
que surgem associados a esta problemática. (SOEIRO; GONCALVES 2008, 
apud GONÇALVES, 2010). 
 
 
 
Esse tipo de distúrbio, geralmente é ligado a comportamentos agressivos que 
podem resultar até em crimes hediondos, mas indivíduos com características de 
psicopatia, nem sempre são criminosos. 
 
Diferente do que se acredita a psicopatia não é sinônimo de violência, assim 
como o contrário também é válido. Uma pessoa que seja psicopata não 
necessariamente ira cometer um crime, assim como, ser uma pessoa sem uma 
psicopatia não isenta ninguém de cometer um crime 
 
Para Vaugh e Howard (2005), a psicopatia e outros transtornos são 
popularmente tratadas como se fosse a mesma coisa, e muito disso se deve ao fato 
de a história desses termos estar intimamente relacionada. É muito importante que 
seja esclarecida as devidas diferenças entre esses termos, pois apesar de terem 
algumas características similares são patologias diferentes. 
 
 
Em resumo, as principais características que definem 
detalhadamente um perfil psicopata são: charme superficial, boa 
inteligência, ausência de delírios e de outros sinais de pensamento 
irracional, ausência de nervosismo e de manifestações psiconeuróticas, 
falta de confiabilidade, deslealdade ou falta de sinceridade, falta de remorso 
ou pudor e tentativas de suicídio. Comportamento antissocial 
inadequadamente motivado, capacidades de insight, julgamento fraco, 
incapacidade de aprender com a experiência, egocentrismo patológico, 
incapacidade de sentir amor ou afeição, vida sexual impessoal ou 
pobremente integrada e incapacidade de seguir algum plano de vida 
também fazem parte dessas características. E ainda: escassez de relações 
afetivas importantes, comportamento inconveniente ou extravagante após a 
 
 
ingestão de bebidas alcoólicas, ou mesmo sem o uso destas, e 
insensibilidade geral a relacionamentos. (ANDRADE, 2018 ) 
 
 
 
No caso da psicose, o indivíduo possui um transtorno mental grave, que o faz 
viver em um mundo de pesadelos criados por ele mesmo. O psicótico sofre 
alucinações e delírios, podendo ouvir vozes, ter visões e possuir crenças incomuns e 
estranhas. Diferente dos psicopatas, que aparentam serem pessoas normais e 
racionais, mesmo quando levam vidas secretas assustadoras, os psicóticos 
correspondem à concepção geral de loucura. Esquizofrenia e paranoia são as 
principais formas de psicose. 
 
 
 
1.2 Aspectos Biológicos 
 
Para uma explicação mais notória desse transtorno mental necessitamos do 
apoio da genética e da biologia, e quando pensamos nisso nos deparamos com a 
seguinte questão, o que ha de diferente no cérebro dessas pessoas em relação as 
pessoas ditas normais? 
 
 
Antônio Serafim, psiquiatra Brasileiro, em 2001 aplicou vários testes em 
presidiários no sistema carcerário do estado de São Paulo e chegou a 
seguinte constatação: ao apresentar cenas de pessoas sofrendo, tristonha, 
passando fome, torturadas, ou gemidos enlouquecidos, os prisioneiros ditos 
normais se sentiam mal, enquanto os psicopatas não tinham nenhum tipo de 
reação, sendo para eles tudo normal. (MOTZKIN, 2011) 
 
 
Nosso cérebro possui um sistema que controla nossas emoções, sendo ele o 
sistema límbico, que inclui o fórnix, o hipocampo, a amigdala, o septo o hipotálamo, 
partes do tálamo partes do córtex dos lobos frontais e temporal, a agressividade esta 
diretamente ligada com a amigdala e o septo. 
 
De acordo com MOTZKIN, (2011) Pesquisas realizadas em animais resultam 
que quando há estimulação na amigdala estes apresentam comportamentos mais 
agressivos, e quando tiveram o septo removido tendem a atacar qualquer coisa que 
se aproximarem deles.MOTZKIN (2011), ainda nos diz que as estruturas do sistema límbico, tais 
como o hipotálamo e as amigdalas sejam instrumentais no comportamento 
emocional, as emoções humanas são controladas diretamente pelo córtex cerebral, 
especialmente pelo lóbulo frontal. Nos psicopatas não há alterações nas 
integrações das emoções, não possuem lesão no córtex pré-frontal, no entanto 
pessoas que apresentam esse tipo de lesão possuem sim características 
psicopatas devido ao fato de não se importarem com os outros. Não se adaptando 
muitas vezes as rotinas que lhe são impostas como, por exemplo, trabalho, escola. 
Sendo que os portadores de personalidade antissocial conseguem se adaptar a 
rotina e cada passo que dão é milimetricamente articulado e planejado. 
 
 
 
1.3 Diagnóstico 
 
De acordo com Hauck Filho, Teixeira e Dias (2009). A psicopatia não é um 
diagnóstico clínico reconhecido em manuais nosográficos como o DSM, embora o 
TPAS tenha sido criado para avaliar o que se considera personalidade psicopática. 
 
 
Entre os instrumentos construídos para avaliar psicopatia destaca-se 
o Psychopathy Checklist-Revised (PCL-R; Hare, 1991), o instrumento mais 
usado em estudos empíricos. Esse instrumento possui 20 itens, para os 
quais o avaliador deve atribuir um escore de 0 a 2, conforme ausência, 
presença moderada ou forte de cada uma das características descritas 
pelos itens. (HAUCK FILHO, TEIXEIRA e DIAS, 2009) 
 
O diagnóstico utilizando o PCL só pode ser feito por um profissional treinado. 
É atribuída uma nota de 0 a 2 a cada um dos tópicos, a partir da avaliação clinica e 
do histórico do paciente. A soma dos pontos é comparada em uma escala que 
determina o grau de psicopatia. O PCL-R é uma ferramenta de diagnóstico utilizada 
para identificar tendências e comportamentos antissociais e psicopatia em uma 
pessoa. 
 
 
O ponto de corte não é estabelecido de forma rígida, mas um 
resultado acima de 30 pontos traduziria um psicopata típico.
15
 Os 20 
elementos que compõem a escala são os seguintes: 1) loquacidade/charme 
superficial; 2) auto-estima inflada; 3) necessidade de estimulação/tendência 
ao tédio; 4) mentira patológica; 5) controle/manipulação; 6) falta de remorso 
ou culpa; 7) afeto superficial; 8) insensibilidade/falta de empatia; 9) estilo de 
vida parasitário; 10) frágil controle comportamental; 11) comportamento 
sexual promíscuo; 12) problemas comportamentais precoces; 13) falta de 
metas realísticas em longo prazo; 14) impulsividade; 15) irresponsabilidade; 
 
 
16) falha em assumir responsabilidade; 17) muitos relacionamentos conjugais 
de curta duração; 18) delinqüência juvenil; 19) revogação de liberdade 
condicional; e 20) versatilidade criminal. (MORANA, STONEIII e ABDALLA-
FILHO, 2006) 
 
 
 
O conceito de psicopatia de HARE refere-se mais se refere mais aos 
traços de personalidade do que às condutas antissociais. Ou seja, esse 
instrumento prioriza a análise da estrutura da personalidade, sem deixar de 
relacionar a conduta explícita do sujeito examinado. E é essa questão que 
confere ao seu instrumento a elevada validade e aceitação dos seus 
investigadores. (MORANA, 2003). 
 
O PCL-R que se trata de um instrumento diagnóstico, e não um teste, inicia-se 
com uma entrevista semiestruturada com o indivíduo examinado. A escala Hare 
exige um grande número de informações a respeito da vida do sujeito, não podendo 
ser realizada em apenas uma entrevista. O indivíduo é pontuado em 20 itens, por 
meio de uma entrevista semiestruturada e uma validade estimada do grau onde o 
sujeito examinado se enquadra no conceito tradicional de psicopatia. 
Os 20 itens a serem pontuados através da escala PCL-R são: 
 
1) Encantamento simplista e superficial; 
2)Auto-estimagrandiosa (exageradamente elevada); 
3) Necessidade de estimulação; 
4) Mentira patológica; 
5) Astúcia e manipulação; 
6) Sentimentos afetivos superficiais; 
7) Insensibilidade e falta de empatia; 
8) Controles comportamental fraco; 
9) Promiscuidade sexual; 
10) Problemas de comportamento precoce; 
11) Falta de metas realistas a longo prazo; 
12) Impulsividade; 
13) ações próprias; 
14) Incapacidade de aceitar responsabilidade diante de compromissos; 
15) Relações afetivas curtas (conjugais); 
16) Delinquência juvenil; 
17) Revogação de liberdade condicional; 
18) Versatilidade criminal; 
 
 
19) Ausência de remorso ou culpa; 
20) Estilo de vida parasitária. 
 
Apesar da ferramenta PCL-R ser o instrumento de avaliação mais aceito para 
identificar a psicopatia em um indivíduo, para diversos autores, o seu uso tem fins de 
investigação ou jurídico, sendo utilizada principalmente em criminosos ou pessoas 
acusadas de crimes. 
Importante destacar que o PCL-R não permite o diagnóstico clínico de 
psicopatia, mas a verificação, através de um método padronizado, de 
características de personalidade e condutas que permitem a identificação de 
sujeitos que apresentam as características prototípicas da psicopatia e que 
desta forma são mais sujeitos a reincidência criminal. (MORANA, 2003). 
 
Fora do âmbito jurídico, a forma de identificação da psicopatia em um 
indivíduo, se da por meio de conversa e observação de um profissional. Para que 
uma pessoa seja diagnosticada com transtorno de personalidade antissocial, ela 
deve apresentar ao menos três comportamentos antissociais do Manual Diagnóstico 
e estatístico de Transtornos Mentais (DSM). 
 Incapacidade de se adaptar às normas sociais com respeito a 
comportamentos dentro da lei, conforme indicado pela repetição de atos que 
são motivos para prisão. 
 enganosidade, indicado por mentiras repetidas, uso de pseudônimos ou 
enganar os outros para fins de lucro pessoal ou prazer. 
 Impulsividade ou incapacidade de planejar antecipadamente; 
 Irritabilidade e agressividade, indicado por agressões físicas e brigas 
repetidas. 
 Desrespeito imprudente pela própria segurança e de outros; 
 Irresponsabilidade consistente, indicada por falhas repetidas na manutenção 
de trabalho consistente ou de honrar suas obrigações financeiras; 
 
Para que uma pessoa seja diagnosticada com transtorno de personalidade 
antissocial, ela deve apresentar ao menos três comportamentos antissociais do 
Manual Diagnóstico e estatístico de Transtornos Mentais (DSM-VI-R; Associação 
Psiquiátrica Americana [APA], 2002). 
 
 
 
 
 
 Incapacidade de se adaptar às normas sociais com respeito a 
comportamentos dentro da lei, conforme indicado pela repetição de atos que 
são motivos para prisão.

 enganosidade, indicado por mentiras repetidas, uso de pseudônimos 
ou enganar os outros para fins de lucro pessoal ou prazer.

 Impulsividade ou incapacidade de planejar antecipadamente;

 Irritabilidade e agressividade, indicado por agressões físicas e 
brigas repetidas.

 Desrespeito imprudente pela própria segurança e de outros;

 Irresponsabilidade consistente, indicada por falhas repetidas na manutenção 
de trabalho consistente ou de honrar suas obrigações financeiras;

 Falta de remorso, indicada pela indiferença ou o uso de racionalizações 
ao fato de ter ferido, maltratado ou roubado de outras pessoas;
 

 
Porem nem sempre o diagnóstico de TPAS coincide com a definição de 
psicopatia. O conceito desta seria mais amplo, envolvendo características 
como falta de empatia, arrogância e vaidade excessiva, que não são 
consideradas nos critérios diagnósticos operacionaispropostos pelo 
DSMIV (BLAIR, 2003). 
 
 
 
O individuo também deve ter pelo menos 18 anos e uma história de 
transtorno da conduta antes dos 15 anos. 
 
A chamada psicopatia é diagnosticada, portanto, na idade adulta. A conduta 
desses indivíduos é pautada pela indiferença pelo outro, a falta de empatia e de 
remorso. 
 
Por fazer parte dos transtornos de personalidade, a psicopatia só pode ser 
diagnosticada a partir dos dezoito anos de idade. É importante ressaltar que 
os transtornos de personalidade não são propriamente doenças, mas 
anormalidades do desenvolvimento psicológico que perturbam a 
integração psíquica de forma persistente e ocasionam no indivíduo 
padrões profundamente entranhados, inflexíveis e mal ajustados, tanto 
em relação a seus relacionamentos, quanto à percepção do ambiente e 
de si mesmos. (GOMES, ALMEIDA, 2010) 
 
 
 
O diagnostico do psicopata, não é simples, pois os seus sintomas não ficam 
evidentes, o psicopata não entra em surto como o psicótico, por exemplo. Muito 
pelo contrario, muitas das vezes eles aparentam ser pessoas perfeitamente 
 
 
“normais”. Porém em dados momentos, eles podem sair desse “papel ensaiado” e 
tomar atitudes que não condizem com as pessoas que aparentam ser, e é nesses 
momentos que as pessoas mais próximas a ele podem perceber que ele não tem o 
equilíbrio mental esperado. 
 
 
No caso dos psicopatas que cometem crimes, por ser um transtorno que 
precisa de um olhar muito mais atento para ser fechado um diagnostico, os seus 
sintomas podem ser confundidos com características de criminosos comuns. 
 
Não existe um consenso geral, em relação à causa da psicopatia. Mas, para 
Morana, Stone e Abdalla-Filho (2006) há evidencias de que os aspectos biológicos 
(fatores genéticos, hereditários e lesões cerebrais), psicológicos e sociais estão 
associados ao transtorno. 
 
 
De acordo com Morana, Stone e Abdalla-Filho (2006), há um desinteresse 
dos psiquiatras na questão de pessoas com transtornos de personalidade, 
entenderem que patologias desse tipo, por serem permanentes e refratárias a 
tratamento, não compensam o atendimento especializado. O que muitas vezes 
dificulta o diagnóstico. 
 
Existe algumas evidência sugerindo que pessoas que preenchem critérios 
plenos para psicopatia não são tratáveis por qualquer forma de terapia 
disponível na atualidade. O seu egocentrismo em geral e o desprezo pela 
psiquiatria em particular dificultam muito o seu tratamento (MORANA, 
STONE e ABDALLA-FILHO 2006) 
 
 
1.4 TRATAMENTO 
 
Os psicopatas geralmente não têm motivação para procurar tratamento, e 
podem não ser cooperativos com a terapia. 
 
 
Já a possibilidade de um tratamento farmacológico, é ainda mais difícil, pois 
não há tratamento medicamentoso para: 
 
 
 Insensibilidade
 
 Agressividade instrumental/planejada

 Falta de empatia
 
 

 Egocentrismo/narcisismo

 Mentira patológica

 Perversidade

 Comportamentos manipulativos

 Dificuldade em aprender com erros
 
O DSM (DSM-VI-R; Associação Psiquiátrica Americana [APA], 2002) não 
diferencia sociopata de psicopata, porém entende-se que o nível de insensibilidade 
diferencia a psicopata do antissocial. 
 
 
1.5 Psicopatas na Sociedade 
 
Em contrapartida do que a crença popular costuma disseminar, nem todo 
psicopata é violento e muito menos criminoso. O senso comum fez do psicopata a 
categoria na qual enquadram todo e qualquer um que não se enquadre nos moldes 
de moral da sociedade. 
 
 
É importante ressaltar que a criminalidade não é um componente essencial 
da definição da psicopatia, mas sim o comportamento anti-social. O 
comportamento anti-social pode incluir crimes ou a infração das leis, mas 
não se resume a isto. Abrange comportamentos de exploração nas relações 
interpessoais que não chegam a ser considerados infrações penais. Por 
isso, as concepções modernas de psicopatia consideram fundamental a 
inclusão das características de personalidade que estão na base do 
comportamento anti-social de tipo psicopático. (Hare & Neumann, 2008). 
 
Diferente do que se acredita psicopatia não é sinônimo de violência, também 
o contrário é valido. Uma pessoa que seja psicopata não necessariamente ira 
cometer um crime. E ser uma pessoa sem uma psicopatia não isenta ninguém de 
cometer um crime tão hediondo como qualquer psicopata. 
 
 
Uma pessoal “normal” se difere de um psicopata no quesito de que ela pode 
sentir remorso, empatia, consegue pensar em alguém além de si próprio. Uma 
pessoa psicopata é alguém extremamente racional, não vai se deixar dominar por 
emoções e que não cometerá um crime passional por exemplo, pois é incapaz de 
sentir emoções. 
 
Alguns autores usam a terminologia mal-sucedidos para psicopatas 
criminosos (leia-se capturados pela justiça) e bem-sucedidos para aqueles 
 
 
com altos escores em medidas de psicopatia, mas sem registros criminais 
(Raine e colaboradores,2004 apud HAUCK FILHO, TEIXEIRA; DIAS, 2009 ). 
 
 
Em vez de criminosos, os psicopatas utilizam de suas características tais 
como a ousadia e carisma para alcançar sucesso profissional, muitos destes estão 
inseridos na sociedade em posições que inspiram respeito, tais como política, 
negócios de risco, esfera judicial, serviço militar, e profissões de alto risco. 
 
 
os traços psicopáticos podem ser adaptativos em contextos específicos. Em 
um ambiente de competição, por exemplo, pode ser positivo ser frio, não-
empático e agressivo para com os oponentes. Os ditos psicopatas bem-
sucedidos, pessoas da população geral, parecem apresentar traços 
interpessoais e afetivos psicopáticos (HAUCK FILHO, TEIXEIRA; DIAS, 
2009) 
 
 
Muitas das pessoas que vivem e convivem com o transtorno de personalidade 
psicopática levam uma vida normal, usando seus traços de personalidade diferentes 
da maioria para conseguir o que querem, mesmo que por muitas das vezes façam 
isso à custa de outros. Contudo, um psicopata só será um criminoso se estiver na 
cadeia, caso contrário, ele é tão “inocente” quanto você. 
 
 
Para Garcia (1958 apud Araújo, 2012), existem três tipos de psicopatas, 
definidos, como psicopatas leves, que são caracterizados, como aqueles que 
aplicam pequenos golpes nas pessoas, os moderados, que se envolvem mais com 
as vítimas dos golpes que são aplacados são em maior proporção e geralmente 
envolvem dinheiro, e os psicopatas graves que são os que cometem assassinatos 
sem o menor escrúpulo. 
 
Ao observarmos a lacuna bibliográfica que existe com esse tema, com 
características tão presentes no nosso dia a dia, acreditamos que com essa revisão 
bibliográfica, podemos contribuir socialmente para demonstrar que nem todos os 
psicopatas são perigosos, com relevância social de maneira que se esclareça que 
pessoas que apresentam essa sintomatologia podem passar desapercebidos, se 
constituindo como membros social, trabalhando, estudando e constituindo família. 
 
 
 
 
Segundo fontes do IBGE cerca de 2% da população brasileira sofre deste 
transtorno, podendo apresentar características típicas, descritas nesta patologia, no 
entanto, podem nunca serem diagnosticados. 
 
 
Além das lacunas, que geraram oportunidade desse projeto, existe a 
motivação pessoal dos autores, esses, estudantes de psicologia, que pretendem 
esclarecer sobre a temática escolhida, desmistificando a ideia de senso comum que 
todos os psicopatas, cometem crimes. 
 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo Geral 
 
Investigar como se da a inserção do psicopata não criminal na sociedade. 
 
 
2.2 Objetivos Específicos 
 
 Compreender como é o psicopata, além da visãoestereotipada 
da sociedade.

 Como é a literatura a respeito do psicopata não criminal.

 Identificar os critérios e como se da o diagnóstico.
 
 
3. MÉTODO 
 
A exemplo de outros trabalhos de psicologia que adentram o terreno da 
Psicopatia, a presente investigação é de cunho qualitativo, Denzin e Lincoln (2006 
apud Augusto; Souza; Dellagnelo; Cario 2013) a pesquisa qualitativa envolve uma 
abordagem interpretativa do mundo, o que significa que seus pesquisadores 
estudam as coisas em seus cenários naturais, tentando entender os fenômenos em 
termos dos significados que as pessoas a eles conferem. 
 
O propósito chave que sustenta sua aplicação é o de demonstrar que sujeitos 
que sofrem de Transtorno de Personalidade Antissocial conseguem viver 
normalmente em sociedade, sem apresentar comportamentos danosos e criminosos, 
sendo assim Richardson (1999 apud Augusto, 2013) acrescenta que a pesquisa 
qualitativa é especialmente válida em situações em que se evidencia a importância 
de compreender aspectos psicológicos cujos dados não podem ser coletados de 
modo completo por outros métodos, devido à complexidade que encerram (por 
exemplo, a compreensão de atitudes, motivações, expectativas e valores). 
 
Enquanto procedimento, este trabalho será realizado por meio de pesquisa 
bibliográfica. a pesquisa utilizará de livros e artigos acadêmicos. Segundo Gil (2007), 
a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao 
investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que 
aquela que poderia pesquisar diretamente, complementando assim, a busca e 
processamento de informações. 
 
 
3.1 Procedimentos 
 
Usando como base Bardin (2006), foram buscadas publicações com o termo 
“psicopatia” e “Transtorno de Personalidade Antissocial”, em língua portuguesa, de 
acordo com o nosso objetivo de investigar a inserção do psicopata não criminal na 
sociedade Os resultados dessa pesquisa bibliográfica podem ser resumidos no 
quadro a seguir: 
 
 
Palavras-chave: Psicopatia e Transtorno de Personalidade Antissocial 
 
 
 
BANCO DE DADOS: BIBLIOTECA DIGITAL DE TRABALHOS ACADÊMICOS 
(USP) 
 PALAVRAS-CHAVES NÚMERO DE NÚMERO DE 
 BIBLIOGRAFIAS BIBLIOGRAFIAS 
 ENCONTRADAS ANALISADAS 
 
 Psicopatia 04 0 
 Transtorno de 04 0 
 Personalidade 
 Antissocial 
 
 BANCO DE DADOS: BIBLIOTECA UNESP 
 
 PALAVRAS-CHAVES NÚMERO DE NÚMERO DE 
 BIBLIOGRAFIAS BIBLIOGRAFIAS 
 ENCONTRADAS ANALISADAS 
 
 Psicopatia 10 01 
 Transtorno 03 01 
 de personalidade 
 Antissocial 
 
 BANCO DE DADOS: SPELL 
 
 PALAVRAS-CHAVES NÚMERO DE NÚMERO DE 
 BIBLIOGRAFIAS BIBLIOGRAFIAS 
 ENCONTRADAS ANALISADAS 
 
 Psicopatia 01 0 
 Transtorno de 0 0 
 Personalidade 
 Antissocial 
 
 BANCO DE DADOS: MEDLINE 
 PALAVRAS-CHAVES NÚMERO DE NÚMERO DE 
 BIBLIOGRAFIAS BIBLIOGRAFIAS 
 ENCONTRADAS ANALISADAS 
 Psicopatia 18 02 
 Transtorno de 02 0 
 Personalidade 
 Antissocial 
 
 
 
 
 
 
BANCO DE DADOS: BIBLIOTECA UNICAMP 
PALAVRAS-CHAVES NÚMERO DE NÚMERO DE 
 BIBLIOGRAFIAS BIBLIOGRAFIAS 
 ENCONTRADAS ANALISADAS 
 
 
Psicopatia 33 01 
 
Transtorno de 01 0 
Personalidade 
Antissocial 
 
 BANCO DE DADOS: SCIELO 
PALAVRAS-CHAVES NÚMERO DE NÚMERO DE 
 BIBLIOGRAFIAS BIBLIOGRAFIAS 
 ENCONTRADAS ANALISADAS 
Psicopatia 17 03 
Transtorno de 01 01 
Personalidade 
Antissocial 
 
 BANCO DE DADOS: PEPSIC 
PALAVRAS-CHAVES NÚMERO DE NUMERO DE 
 BIBLIOGRAFIAS BIBLIOGRAFIAS 
 ENCONTRADAS ANALISADAS 
Psicopatia 22 06 
Transtorno de 0 0 
Personalidade 
Antissocial 
 
 
Na biblioteca digital de trabalhos acadêmicos da USP, foram encontrados 
quatro artigos com as palavras-chave as escolhidas, sendo elas “Psicopatia” e 
“Transtorno de Personalidade Antissocial", mas nenhum artigo selecionado, uma 
vez que não nos cabia de acordo com a proposta e tema escolhido. 
 
 
 
A biblioteca UNESP apresentou 10 artigos com a palavra-chave psicopatia, 
tendo entre eles 1 artigo selecionado. A palavra chave transtorno de personalidade 
antissocial apresentou 3 resultados, sendo 1 deles selecionado. 
 
 
 
O banco de dados SPELL (Scientific Periodicals Electronic Library) só 
mostrou um único resultado com a palavra psicopatia, que foi descartado por não ser 
de acordo com o tema abordado em nosso projeto. A palavra chave transtorno de 
personalidade antissocial não obteve nenhum resultado. 
 
 
No banco de dados MEDLINE, 18 resultados foram encontrados a partir da 
palavra chave psicopatia, tendo apenas dois artigos selecionados. Transtorno de 
personalidade antissocial só apresentou dois artigos que foram descartados. 
 
 
Na pesquisa realizada pela biblioteca digital Unicamp, encontramos 33 artigos 
 
utilizando psicopatia como palavra chave, mas apenas um deles nos foi relevante ao 
tema. Já a palavra chave transtorno de personalidade antissocial, apenas um 
resultado foi apresentado, porém descartado por não se encaixar no que 
procuramos. 
 
 
O banco de dados SCIELO, apresentou 17 resultados, tendo entres eles três 
artigos selecionados, enquanto o restante foi descartado por irrelevância diante do 
tema. A palavra chave transtorno de personalidade antissocial apresentou um 
resultado que foi selecionado, pois contribui para o tema abordado. 
 
 
Por fim, o banco de dados PEPSIC nos trouxe 22 resultados para a palavra 
chave psicopatia, onde foi possível selecionar os seis artigos mais relevantes. 
Enquanto transtorno de personalidade antissocial não nos trouxe nenhum resultado. 
 
 
 
Desse modo, somando todas as bases de dados, foram encontrados 105 
registros com o termo “psicopatia” e 11 registros com o termo “Transtorno de 
 
Personalidade Antissocial”. 
 
 
Desse total, 101 publicações foram excluídas por seguirem um caminho oposto 
do desejado, por se tratarem da psicopatia na questão criminosa, assim não sendo 
relevantes para esta pesquisa. Desta forma, foram utilizados 15 artigos científicos 
dessas bases, por preencherem os critérios da pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Após a leitura e análise dos artigos selecionados e categorizados em anexo, 
desenvolvemos aos resultados e discussão a seguir. Separamos para a análise os 
assuntos por temas em categorias para uma maior compreensão de cada um dos 
aspectos encontrados. 
 
 
4.1 A Caracterização da Psicopatia 
 
Em entrevista ao portal Tribuna do Paraná, Robert Hare, professor a 40 anos na 
Universidade de Columbia e conselheiro do FBI os 7 bilhões de pessoas que vivem no mundo 
pelo menos 1% é considerada psicopata. As características da psicopatia podem ser 
encontradas em qualquer indivíduo, embora ainda possua pontos controversos a 
respeito do assunto. Da porcentagem apresentada abrangem-se mais indivíduos 
homens do que mulheres, porém os estudos não relatam qual seria o motivo desta 
diferença de porcentagem referente aos sexos. 
 
A psicopatia é mais abrangente do que as imagens sensacionalistas usadas pela 
mídia. Com uma análise histórica é possível ver que o termo “psicopata” era utilizado 
para se referir há comportamentos que na época eram moralmente repugnantes, uma 
discussão sobre o assunto se iniciou no fim do séc. XVIII, quando filósofos e psiquiatras 
começaram a estudar qual seria a relação do Livre arbítrio e a transgressão moral. Foi 
somente em 1801, que Philippe Pinel foi o primeiro a notas que alguns pacientes, 
envolvidos em atos impulsivos e autodestrutivos,mantinham sua habilidade de 
raciocínio intacta e consciência dos atos que estavam cometendo. A principal 
característica da psicopatia é a alteração do caráter. 
 
Anos após a descoberta de Philippe, Cleckley foi capaz de identificar, na década 
de 40, 16 características que compõem o perfil clinico do psicopata. O psicopata 
diferente da psicose não rompe com a realidade tendo em vista que o indivíduo é bem 
articulado, inteligente e é passível de convivência em sociedade. 
 
Por se tratarem de pessoas extremamente sedutoras, inteligentes e com boa 
articulação para com suas conversas, é dificultoso para os demais indivíduos 
reconhece-los em sociedade, tendo em vista que para a grande maioria os psicopatas 
 
 
são somente aqueles que em algum determinado momento de sua vida cometeram 
algum crime. As características descobertas por Cleckley (1941) são, em suma: 
a) Charme superficial e boa inteligência; 
b) Ausência de delírios e outros sinais de pensamento irracional (por isso a 
psicopatia não deve ser considerada doença mental, mas sim um transtorno 
mental); 
c) Ausência de nervosismo; 
d) Falsidade e falta de sinceridade 
e) Não confiável; 
f) Ausência de remorso ou vergonha; 
g) Comportamento antissocial inadequadamente motivado; 
h) Julgamento deficitário e falha em aprender com a experiência; 
i) Egocentrismo patológico e incapacidade de amar; 
j) Deficiência geral nas reações afetivas principais; 
k) Perda específica de insight; 
l) Falta de resposta nas relações interpessoais gerais; 
m) Comportamento fantástico e desagradável com, e às vezes sem, bebida; 
n) Suicídio raramente concretizado; 
o) Vida sexual e interpessoal trivial e deficitariamente integrada 
p) Fracasso em seguir um plano de vida. 
Pouco ainda se sabe sobre as diferenças cerebrais de um psicopata e um 
indivíduo normal, entretanto sabe-se que através de alguns estudos constatou-se que o 
indivíduo psicopata possui menos ligação entre o córtex pré-frontal ventromedial, (que é 
a parte responsável pelo sentimento de empatia e culpa), e a Amígdala (responsável 
pelo medo e ansiedade), que pode acarretar também em comportamentos agressivos e 
dissociativos. 
 
Danos nestas regiões podem ser de extremo comprometimento, tendo em vista 
que são responsáveis pela tomada de decisões, possibilidade de resolução de 
problemas, capacidade de planejamento e autoconsciência, o que pode vir possibilitar 
os traços antissociais. 
 
 
 
Para os estudiosos tais partem nestes indivíduos não funcionam exatamente 
como deveriam, como é o caso dos outros indivíduos que apresentam esses 
sentimentos, porém vale salientar que tais estudos ainda não possuem afirmativas 
referentes ao assunto. 
 
Diante da população que não conhece sobre o assunto, além do que lhe é 
apresentado através da televisão ou livros ficcionais, existe alguns equívocos que 
podem ser percebidos: 
 
a) Todo psicopata é criminoso e/ou violentos. 
b) Todo psicopata sofre de psicose. 
c) A psicopatia não possui tratamento. 
 
Observando os seguintes equívocos, podemos concluir através dos textos analisados 
que: 
 
 Nem todo indivíduo que apresenta traços da psicopatia, necessariamente irá 
cometer um crime seja físico ou sexual, muitos desses indivíduos vivem toda vida 
em sociedade sem cometer qualquer tipo de delito, e alguns até vivem sem saber 
que apresentam tais traços. 
 A psicose refere-se à doença mental onde o individuo foge da realidade, onde 
ocorre a fuga da racionalidade, diferentemente do psicopata que se encontra 
dentro da realidade, e possui racionalidade diante dos seus atos, ou seja, o 
indivíduo tem consciência dos seus atos, porém não apresentam sentimento de 
empatia e remorso, tendo em vista que tais atos causam sofrimento em outro 
indivíduo. 
 Uma pesquisa apontou que assim como qualquer outro indivíduo, o psicopata 
pode se beneficiar de terapia, para que ao longo do processo possa aprender a 
cumprir regras dentro da sociedade, porém salientando que nesses casos ha 
certa dificuldade na adequação. 
 
 
 
 
 
4.2 Caracterização dos aspectos biológicos 
 
 
Explicar o comportamento de um psicopata e descrever que ele vive comumente 
entre nós não é tarefa simples, e para descrever esse comportamento de forma 
científica é necessário nos ampararmos na genética e biologia. 
 
Os sentimentos relacionados às emoções impulsionam a viver e geram reações 
diversas na relação do homem consigo e com o meio, esses estados emocionais podem 
envolver diversas áreas do sistema límbico, podendo ocasionar o comportamento 
desajustado apresentado no quadro dessa patologia. 
 
As emoções humanas são controladas diretamente pelo córtex cerebral, 
especialmente pelo lóbulo frontal. Nos psicopatas não há alterações nas integrações 
das emoções, não possuem lesão no córtex pré-frontal. No entanto pessoas que 
apresentam esse tipo de lesão possuem sim características psicopatas devido ao fato 
de não se importarem com os outros, não se adaptando muitas vezes as rotinas que lhe 
são impostas como, por exemplo, trabalho, escola. Os portadores de personalidade 
antissocial conseguem se adaptar a rotina e cada passo que dão é milimetricamente 
articulado e planejado 
 
Motzkin (2011) descreveu um teste realizado em uma penitenciaria pelo 
psiquiatra Brasileiro Antônio Serafim, que define de forma simplificada o comportamento 
de um psicopata; Ao apresentar figuras de pessoas sofrendo, tristonha, passando fome, 
torturadas, ou gemidos enlouquecidos, os prisioneiros ditos normais se sentiam mal, 
enquanto os psicopatas não tinham nenhum tipo de reação sendo para eles tudo 
normal. 
 
 
4.3 Diagnóstico x Tratamento 
 
O método mais aceito para o diagnóstico de psicopatia é através da escala Hare, 
que é uma ferramenta utilizada para identificar tendências e traços de psicopatia em um 
indivíduo. Entretanto o uso desse instrumento, é mais voltado para o âmbito forense e 
jurídico, sendo utilizado no diagnóstico de criminosos ou suspeitos de algum crime. O 
 
 
instrumento utiliza 20 itens para avaliação, incluindo uma entrevista estruturada sobre os 
diversos aspectos da vida do sujeito entrevistado. 
 
A criação de instrumentos de avaliação de psicopatia trouxe avanços para a 
área, pois exigiu que os pesquisadores estabelecessem critérios operacionais 
para definir o construto. Além disso, o uso de instrumentos possibilitou que a 
estrutura do construto fosse analisada através de técnicas estatísticas como 
análises fatoriais exploratórias e confirmatórias. E por fim, mas não menos 
importante, as medidas de psicopatia têm permitido estabelecer correlações 
entre o construto e outras variáveis psicológicas e diversos marcadores 
biológicos relevantes. (HAUCK FILHO; TEIXEIRA; DIAS, 2009). 
 
 
Fora do âmbito criminal, a identificação da psicopatia em um indivíduo pode ser 
realizada através de observação e conversa feita por um profissional, onde o sujeito 
deve apresentar ao menos três comportamentos antissociais do Manual Diagnóstico e 
estatístico de Transtornos Mentais (DSM).É necessário que o indivíduo possua no 
mínimo 18 anos para que o diagnóstico possa ser realizado. 
 
O diagnóstico dos transtornos de personalidade é ainda hoje de difícil 
identificação pelos psiquiatras. Esse fato é agravado pelo desinteresse que 
muitos deles manifestam pelos transtornos dessa natureza, por entenderem que 
patologias desse tipo, por serem permanentes e refratárias a tratamento, não 
compensam o atendimento especializado.
10
 Não raramente, o diagnóstico é 
lembrado somente quando a evolução do transtorno mental tratado é 
insatisfatória. (MORANA; STONE;ABDALLA-FILHO, 2006). 
 
 
Relacionado aos possíveis tratamentos que a literatura apresenta, nos 
deparamos com varias opiniões diferentes sobre o tratamento e como proceder com o 
indivíduo psicopata, sempre relacionado ao meio criminal. A maioria dos autores 
entende que a melhor maneira seria o confinamento e o controle desse indivíduo uma 
vez que não acredita em uma melhora, sendo bem comum encontrar que não se tem 
tratamento para o transtorno. 
 
Terapias especializadas e remédios fazem parte da tentativa de reabilitação do 
sujeito psicopata, exames periódicos acompanham a evolução do examinado, mas 
ainda em casos criminais. A psicopatia é uma situação complexa da personalidade, 
pode se dizer que é um modo de ser. 
 
 
 
No lugar de tratamento, é direcionada a prevenção, se o problema for detectado 
cedo, ainda na infância, é possível obter melhora na condição, o tratamento infantil 
consiste na tentativa de mudar o comportamento da criança, ensinando-a ter noção 
daquilo que é “mal”, que é “errado”, com base no bom senso. Caso o diagnóstico seja 
feito na adolescência as chances de cuidados caem drasticamente, e se percebido na 
vida adulta o transtorno simplesmente não tem cura registrada. 
 
Uma vez que o psicopata não sente que tem um problema devido as suas 
peculiaridades e já possui ideias formadas, o tratamento se torna inviável com a falta de 
cooperação, muito menos existe a procura pelo sujeito. 
 
Existem algumas evidências sugerindo que pessoas que preenchem critérios 
plenos para psicopatia não são tratáveis por qualquer forma de terapia 
disponível na atualidade. O seu egocentrismo em geral e o desprezo pela 
psiquiatria em particular dificultam muito o seu tratamento (MORANA; STONE; 
ABDALLA-FILHO 2006). 
 
 Com Gonçalves (2007), entendemos que no caso dos psicopatas o tratamento 
não deve ser abrangente no sentido de tentar mudar a personalidade do indivíduo, mas 
sim ser um tratamento focal, objetivando apenas um aspecto. O confinamento do 
individuo não é a medida ideal para nenhum tipo de criminoso, pontuando o 
encarceramento como agravante das características criminosas. 
 
Tratamentos tiveram resultados pobres, terapias, medicamentos e outras técnicas 
que podem ser utilizadas para tratar o transtorno pode gerar o efeito contrário, por vezes 
piora a condição do sujeito. 
 
A relação da criminalidade com a psicopatia está enraizada com a própria 
história, estigmatizada. Entender a psicopatia vinculada à criminalidade parece ser um 
equívoco generalizador, ao passo que alguns autores expõem o fato de que nem todos 
os indivíduos psicopatas são necessariamente criminosos, que é o foco de nossa 
discussão. 
 
 
 
 
 
 
 
4.4 Psicopatas na Sociedade. 
 
No contexto social Hauck Filho, Teixeira E Dias (2008) afirmam que o termo 
psicopatia se estabeleceu como um rotulo útil para pessoas que apresentavam certos 
tipos de quadros comportamentais e afetivos. Durante o anos o termo psicopatia esteve 
associado a população carcerária e de pacientes de manicômios judiciários. Essa 
associação a prisioneiros, juntamente com o quadro pintado pela mídia, principalmente 
os filmes de Hollywood criou no imaginário da sociedade, que todo psicopata é 
necessariamente um criminoso. E que todo criminoso obviamente tem o possui o 
transtorno de psicopatia. O que na verdade não é real. Ainda de acordo com Hauck 
Filho, Teixeira E Dias ( 2008) muitos psicopatas levam vidas normais, e adaptando suas 
características psicopatas a contextos específicos conseguem atingir o sucesso. 
 
Para Raine e colaboradores (2004 apud Hauck Filho, Teixeira; Dias, 2009) no contexto 
jurídico os termos mal sucedido e bem sucedido são utilizados para designar 
respectivamente o psicopata criminal e o não criminal, o que nos mostra que nem todo 
psicopata é um criminoso como somos levados a acreditar. 
 
Para Garcia (1958 apud Araújo 2012), os psicopatas podem ser divididos em três 
categorias, leve, moderada e grave, sendo que apenas na ultima delas se enquadra os 
psicopatas assassinos que tanto tememos. 
 
Ao analisar os artigos pudemos perceber que muito do que temos em nosso 
imaginário a respeito do psicopata, é apenas isso, imaginação. Uma vez que ele não 
apenas pode, mas vive em nossa sociedade de maneira harmônica na maioria das 
vezes. 
 
É mais fácil atribuir a culpa a um transtorno, para justiçar crimes hediondos do 
que aceitar que pessoas “NORMAIS” podem ser tão cruéis quanto os monstros que 
povoam nossos pesadelos. 
 
 
 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Tendo em vista que a psicopatia é representada como uma patologia de 
alteração de caráter, onde o indivíduo tem mais facilidade em manipular e controlar as 
pessoas ao seu redor, o que o torna prejudicial para a sociedade. 
 
 
Tal patologia os incapacita de sentir remorso, empatia, demonstram 
comportamento agressivo e/ou transtornos de conduta, amoral, inescrupulosos, 
transgressores de regras sociais, e não demonstram constrangimento diante de seus 
atos, sendo por vezes interpretado como dissimulados, agindo conforme seu próprio 
interesse. 
 
O indivíduo não apresenta nenhuma desorientação, alucinações, fuga da 
realidade, porém existem evidências de que anormalidades cerebrais podem 
estar relacionadas com o aparecimento de comportamentos semelhantes ao 
do psicopata. (GOMES, e ALMEIDA, 2010) 
 
 
Contudo, o indivíduo pode apresentar sintomas ou comportamentos que se 
assemelham, ou seja, descritos em um psicopata, porém não necessariamente é 
diagnosticado como tal, ou comete algum tipo de crime. 
 
 
A hipótese é que mesmo, que o indivíduo apresente todos os comportamentos 
esperados, pode facilmente passar despercebido ou não ser diagnosticado, não 
cometem crimes hediondos, podendo viver em sociedade. 
 
 
Uma pessoa com traços de psicopatia, pode não apresentar um perfil criminosos, 
como também um criminoso pode não apresentar características psicopatas. Na 
sociedade é comum um psicopata ser confundido com um criminoso , porém o que os 
diferencia, é a sutileza que eles não criarão um universo paralelo para justificar seus 
comportamentos desajustados. 
 
As principais características da psicopatia são: inteligência, falta de empatia, falta 
de remorso entre outros, sintomas, que os mostram que eles não tem a capacidade de 
se importar ou conectar com os outros. 
 
 
 
A ciência vai contribuir de forma que nos ajuda a explicar porque um psicopata 
mesmo em cenas de tortura, não esboçam nenhuma reação, diferente das pessoas 
ditas normais, sendo a amigdala a principal responsável por esse comportamento 
estando relacionada ao controle de nossas emoções. 
 
O diagnostico desse transtorno é de difícil conclusão, uma vez que não pode ser 
feita baseado em um único aspecto. 
 
Mesmo que o indivíduo apresente todos os comportamentos esperados de um 
psicopata, ainda sim pode passar uma vida inteira sem ser diagnosticado. Uma vez 
que em geral são muito inteligentes e dissimulados o que faz com que tenham 
facilidade em enganar e assim simular as reações que se espera que tenham. 
 
Quando começamos as pesquisas imaginamos que haveria um vasto arsenal 
de literatura, porem pudemos perceber que a temática da psicopatia não criminal é 
praticamente ignorada no âmbito acadêmico da psicologia, uma vez que quase todo 
artigo encontrado é falando dos psicopatas criminosos. 
 
Mesmo fora da Psicologia, o tema é difícil de ser encontrado, o que nos leva a 
perceber que à necessidade de um maior interesse sobre o tema pela comunidade 
acadêmica, pois encontramos pouquíssimas publicações a respeito da pessoa quetem a psicopatia e não comete crimes, o que contribui para que o estereótipo do 
psicopata serial killer possa ser cada vez mais perpetuado na sociedade. 
 
Esperamos que esse estudo tenha importância para futuras pesquisas na área 
da Psicologia, pois como dito anteriormente ainda é escassa a literatura a respeito do 
tema. 
 
 
“A maioria de nós cruzará com pelo ao menos uma figura psicopata em um dia normal. 
Carismáticos e espertos eles seduzem pelo charme e fluência verbal, apenas para usar 
impiedosamente suas vítimas segundo seus próprios fins.” Susan Andrews 
 
 
 
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metodológico 
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ANDRADE, Ana Helena Rister. Serial killers: psicopatas homicidas no âmbito 
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Chico Picadinho. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 
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Acesso em: 16 abr. 2018. 
 
ARAUJO, 2012. Publicado o artigo cientifico: Psicólogo em Curitiba. 
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252. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE 
 
 
CATEGORIZAÇÃO 
Categoria 01: Fatores causadores da psicopatia. 
 
 
 
SOEIRO, Cristina e GONCALVES, 
Rui Abrunhosa.O estado de arte do 
conceito de psicopatia. Aná. 
Psicológica [online]. 2010, vol.28, n.1, 
pp.227-240. ISSN 0870-8231. 
De um modo geral, os estudos 
indicam que a psicopatia se 
manifesta numa série de condutas 
que são resultado de factores 
biológicos e da personalidade, 
relacionados com uma série de 
antecedentes familiares e outros 
factores ambientais. No entanto, a 
definição do conceito de psicopatia, e 
o impacto que esta perturbação 
apresenta nos contextos forense e 
clínico, implicam o desenvolvimento 
de mais investigações. 
 
 
 
GOMES, Cema Cardona; ALMEIDA, 
Rosa Maria Martins de. Psicopatia 
em homens e mulheres. Arq. bras. 
psicol., Rio de Janeiro , v. 62, n. 1, p. 
13-21, abr. 2010 . 
 
Um dos fatores responsáveis pela 
formação da psicopatia é o 
ambiental. Acredita-se que esse 
fator, somado a condições 
econômicas precárias, possa estar 
superando fatores genéticos na 
formação dos psicopatas atuais. A 
maioria dos psicopatas faz parte das 
populações carcerárias. Estes 
indivíduos vivenciaram, geralmente, 
situações de pobreza, desamparo e 
desamor nas quais seus familiares, 
por vezes, se tornaram seus maiores 
“inimigos”. Isto pode estar facilitando 
o desvio de conduta e, 
consequentemente, favorecendo a 
instalação deste transtorno. 
 
 
Pontifícia Universidade Católica do 
Rio Grande do Sul. Personalidade e 
psicopatia: implicações diagnósticas 
na infância e adolescência; Estudos 
de Psicologia, 17(3), setembro- 
dezembro/2012, p. 453-460 
 
Ainda que os traços de psicopatia 
possam não ser absolutamente 
estáveis ao longo do 
desenvolvimento, especialmente na 
passagem da adolescência para a 
idade adulta, muitos pesquisadores 
acreditam que este pode ser umproblema comum na avaliação de 
traços de personalidade. Para 
Selekin e Frick (2005) essa 
variabilidade na Personalidade e 
psicopatia 458 trajetória do transtorno 
 
 
 psicopático ao longo do 
desenvolvimento, ao invés de um 
obstáculo, poderia ser útil para a 
investigação dos fatores que 
favorecem ou aumentam esta 
estabilidade, considerando também o 
reconhecimento dos fatores 
protetores para a criança ou 
adolescente. 
 
 
 
HAUCK FILHO, Nelson; TEIXEIRA, 
Marco Antônio Pereira; DIAS, Ana 
Cristina Garcia. Psicopatia: o 
construto e sua avaliação. Aval. 
psicol., Porto Alegre , v. 8, n. 3, p. 
337-346, dez. 2009 . 
 
A psicopatia também tem sido 
relacionada a modelos 
compreensivos dimensionais de 
personalidade (Jackson & Richards, 
2007). Um dos modelos mais 
utilizados para esse propósito é o 
modelo dos Cinco Grandes Fatores 
(CGF). Alguns estudos analisaram a 
relação entre a psicopatia e os CGF 
(Derefinko & Lynam, 2007; Jackson & 
Richards, 2007; Lynam & Widiger, 
2007). Os resultados indicam, de um 
modo geral, uma relação positiva 
com extroversão e abertura à 
experiência, e negativa com 
escrupulosidade (ou 
conscienciosidade, realização) e 
socialização. As relações com as 
diferentes facetas do neuroticismo 
são divergentes. Relata-se relação 
negativa com depressão e relação 
positiva com afeto hostil direcionado 
a outros (Lynam & Widiger, 2007). 
 
 
 
 
 
Cleckley, Hervey M. (Hervey Milton), 
1903-1984. (1941). The mask of sanity; 
an attempt to reinterpret the so-called 
psychopathic personality .. St. Louis 
:The C.V. Mosby Company, 
 
 
 
 
 
Eu não acredito que a causa do 
transtorno do psicopata tenha sido 
ainda descoberto e demonstrado. Até 
que tenhamos mais e melhores 
evidências do que presente disponível, 
vamos admitir a incompletude do nosso 
conhecimento e 
modestamente prosseguir o nosso 
inquérito 
 
 
 
 
Categoria 02: Diagnóstico 
 
 
AMARAL, Gabriella. Personalidade 
psicopática: implicação no âmbito do 
direito penal. Revista Jus Navigandi, 
ISSN 1518-4862, Teresina, ano 22, 
n. 5239, 4 nov. 2017. 
Desta forma, nas palavras de Ilana 
Casoy, criminóloga e escritora 
brasileira, “as doenças mentais 
interferem na capacidade de 
julgamento do indivíduo, como nos 
casos em que a pessoa apresenta 
casos de delírio de perseguição”. Ela 
afirma, também, que, no caso de 
assassinos em série, a doença 
mental não está ligada como principal 
causa para o agente cometer crimes 
em série, pois “dentre os criminosos 
condenados por homicídios que não 
apresentam um diagnóstico de 
doença mental é possível identificar 
que a ausência de sentimentos éticos 
e altruístas, unidos à falta de 
sentimentos morais, impulsiona esses 
indivíduos a cometer crimes” 
 
 
DAVOGLIO, Tárcia Rita; GAUER, 
Gabriel José Chittó; JAEGER, João 
Vitor Haeberle e TOLOTTI, Marina 
Davoglio. Personalidade e psicopatia: 
implicações diagnósticas na infância 
e adolescência. Estud. psicol. (Natal) 
[online]. 2012, vol.17, n.3 [citado 
2018-09-25], pp.453-460. 
Pesquisas que tentaram associar 
possíveis traços de psicopatia com 
diagnósticos nosográficos já 
consolidados para a infância e 
adolescência também fortaleceram a 
aplicabilidade do construto às 
populações jovens. 
 
 
HAUCK FILHO, Nelson; TEIXEIRA, 
Marco Antônio Pereira e DIAS, Ana 
Cristina Garcia. Psicopatia: o 
construto e sua avaliação. Aval. 
psicol. [online]. 2009, vol.8, n.3 
[citado 2018-11-24], pp. 337-346 
Os novos critérios diagnósticos 
enfocaram apenas os aspectos 
comportamentais da antisocialidade, 
que são mais fáceis de avaliar, 
aumentando a concordância entre 
diferentes avaliadores (Kosson, 
Lorenz, & Newman, 2006; Vaugh & 
Howard, 2005). Dessa forma, tornou- 
se mais precisa a identificação dos 
critérios diagnósticos nos pacientes e 
mais confiável o diagnóstico do 
TPAS. 
 
 
 
 
MORANA, Hilda C P; STONE, 
Michael H e ABDALLA-FILHO, 
Elias. Transtornos de personalidade, 
psicopatia e serial killers. Rev. Bras. 
Psiquiatr. [online]. 2006, vol.28, 
suppl.2 [citado 2019-04-29], pp.s74- 
s79 
O diagnóstico dos transtornos de 
personalidade é ainda hoje de difícil 
identificação pelos psiquiatras. Esse 
fato é agravado pelo desinteresse 
que muitos deles manifestam pelos 
transtornos dessa natureza, por 
entenderem que patologias desse 
tipo, por serem permanentes e 
refratárias a tratamento, não 
compensam o atendimento 
especializado.10 Não raramente, o 
diagnóstico é lembrado somente 
quando a evolução do transtorno 
mental tratado é insatisfatória. 
 
 
SOEIRO, Cristina; GONCALVES, Rui 
A definição clara de psicopatia é algo 
fundamental, devido às suas 
implicações na investigação, 
diagnóstico, avaliação, intervenção e 
 
 
Abrunhosa. O estado de arte do 
conceito de psicopatia. Aná. 
Psicológica, Lisboa , v. 28, n. 1, p. 
227-240, jan. 2010 
replicabilidade de resultados na área 
de estudo referente às perturbações 
da personalidade (Gonçalves, 
1999b). Atendendo à importância de 
uma clara definição deste conceito, 
serão analisados, no presente artigo, 
os aspectos mais relevantes que 
surgem associados a esta 
problemática. 
GOMES, Cema Cardona; ALMEIDA, 
Rosa Maria Martins de. Psicopatia 
em homens e mulheres. Arq. bras. 
psicol., Rio de Janeiro , v. 62, n. 1, p. 
13-21, abr. 2010 
 
Outro fator que contribui para 
dificultar o diagnóstico dos 
transtornos de personalidade em 
geral, mas principalmente o da 
psicopatia, é o fato de existirem 
várias graduações dentro desta, 
fazendo com que nem todos os 
psicopatas apresentem níveis de 
agressividade e intensidade de 
comportamentos iguais.

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