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TCC 1 - 10-06-19 FINAL

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UNIALFA - CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
Esther Santos Benke 
 
 
 
 
 
 
REVITALIZAÇÃO DO PARQUE ITATIAIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2019 
2 
 
 
UNIALFA - CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
Esther Santos Benke 
 
 
 
 
 
 
REVITALIZAÇÃO DO PARQUE ITATIAIA 
 
 
 
 
Trabalho final de graduação apresentado à 
Banca Examinadora do Curso de 
Arquitetura e Urbanismo, do Centro 
universitário Alves Faria - UNIALFA, como 
exigência parcial para obtenção do título 
de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, 
sob orientação da Profº. Esp. Artur Basílio. 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2019 
 
3 
 
 
 
Esther Santos Benke 
 
 
 
REVITALIZAÇÃO DO PARQUE ITATIAIA 
 
 
 
 
 
Trabalho final de graduação apresentado à 
Banca Examinadora do Curso de 
Arquitetura e Urbanismo, do Centro 
universitário Alves Faria - UNIALFA, como 
exigência parcial para obtenção do título 
de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, 
sob orientação da Profº. Esp. Artur Basílio. 
 
 
 
 Goiânia de de . 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
 . 
Profº. Esp. Artur Basílio 
Orientador e presidente da banca 
 
 
 . 
1º Membro avaliador 
 
 
 
 . 
2º Membro avaliador 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a minha mãe 
Tatianhi dos Santos (in memorian) 
e minha avó Sanvalda Santos. 
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AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente agradeço a Deus a oportunidade de realizar esse sonho com 
todas as providencias que foram necessárias para esse fim. Agradeço a Ele por ter 
me concedido graça, saúde e força para conclusão de mais uma etapa das muitas 
que ainda virão na vida acadêmica; 
 Ao meu orientador, Arthur Basílio, por disponibilizar seu tempo, conhecimento, 
apoio e paciência a favor da realização deste trabalho de conclusão de curso; 
 Aos professores Aline Miranda, Jairo Pires, Marília Guimarães, Carlos 
Henrique, Luciana Rodrigues, Izaura Nascimento, Nayara Monteles e Paola Regina 
aos quais agregaram conhecimento, ideias e incentivaram ao longo da graduação, 
profissionais aos quais levarei comigo por toda a vida; 
 Agradeço as arquitetas Lorena Caixeta e Maria Amélia por me proporcionarem 
a oportunidade de estagiar na Agência Municipal do Meio Ambiente, por todo 
conhecimento passado e agregado, pela visão ampliada do urbanismo visando o bem 
maior para a sociedade, pela amizade, apoio e confiança cedidos a mim; 
 Agradeço a minha avó Sanvalda e aos meus familiares pelo incentivo, 
paciência incondicional proporcionado por todos esses anos, obrigada por sonhar 
meus sonhos e nunca me desamparar; 
 Agradeço aos amigos concedidos por Deus durante a graduação, em especial 
ao Ricard Moreira e Rebert Lopes, pelas incontáveis noites em claro, crises pessoais 
e acadêmicas aos quais me fortaleceram, pelo carinho e paciência que tiveram, sem 
vocês essa caminhada seria muito mais árdua e sem graça, muito obrigada; 
 Agradeço a todos meus amigos e irmãos de fé por compreenderem os 
momentos de ausência e pelo incentivo constante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Se me perguntassem se prefiro criar jardins 
coletivos ou particulares, sem pestanejar 
respondo que gosto que meus projetos sejam 
usufruídos pela coletividade. Sempre tive 
medo de viver e não contribuir com alguma 
coisa, porque o que conta mesmo é o trabalho 
que deixamos. ” 
(Roberto Burle Marx) 
7 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho está relacionado a pesquisa, indagação e averiguação, é parte 
componente a fim de compor o Trabalho de Conclusão de Curso. Tendo como objetivo 
a elaboração do estudo preliminar, anteprojeto e projeto executivo para o parque 
Itatiaia localizado na região norte de Goiânia. A metodologia aplicada está baseada 
em leitura bibliográfica, fundamentação das diversas teorias e legislação pertinente; 
estudos de caso, análise de dados estatísticos de probabilidade quantitativa, coleta 
de dados secundários, observação indireta e análise documental. O público alvo é a 
sociedade como um todo da cidade de Goiânia e visa-se a revitalização da área 
existente e a utilização da mesma de forma harmônica com o meio ambiente e 
construído ao qual está inserido. 
 
Palavras-chave: Revitalização. Parque. Urbano. Sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
ABSTRACT 
 
The present work is related to research, inquiry and investigation, is part component 
in order to compose the Work of Conclusion of Course. With the objective of preparing 
the preliminary study, draft and executive project for the Itatiaia park located in the 
northern region of Goiânia. The applied methodology is based on bibliographical 
reading, foundation of the diverse theories and pertinent legislation; case studies, 
analysis of statistical data of quantitative probability, collection of secondary data, 
indirect observation and documentary analysis. The target public is the society as a 
whole of the city of Goiânia and it is aimed at the revitalization of the existing area and 
the use of it in a harmonic way with the built environment and to which it is inserted. 
 
Keywords: Revitalization. Park. Urban. Society. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 01 – Inauguração do Parque Cascavel, 2009 – Goiânia .................................24 
Figura 02 – Atualmente Parque Cascavel, 2018 – Goiânia ........................................24 
Figura 03 – Paradise Art Wonderland ........................................................................34 
Figura 04 – Localização - Paradise Art Wonderland ..................................................35 
Figura 05 – Entrada principal - Paradise Art Wonderland ..........................................35 
Figura 06 – Setorização - Paradise Art Wonderland ..................................................36 
Figura 07 – Flor de Romã - Paradise Art Wonderland ................................................36 
Figura 08 – Parque comunitário - Paradise Art Wonderland ......................................37 
Figura 09 – Parque Infantil - Paradise Art Wonderland ..............................................37 
Figura 10 – Mobiliários - Paradise Art Wonderland ....................................................38 
Figura 11 – Mobiliários - Paradise Art Wonderland ....................................................38 
Figura 12 – Mobiliários - Paradise Art Wonderland ....................................................38 
Figura 13 – Localização – Praça Pancras ..................................................................39 
Figura 14 – Área remodelada ....................................................................................40 
Figura 15 – Croqui de criação – Praça Pancras .......................................................40 
Figura 16 – Setorização – Praça Pancras ................................................................41
Figura 17 – Corte esquemático – Praça Pancras .......................................................41 
Figura 18 – Mobiliário recuo da cascata – Praça Pancras ........................................42 
Figura 19 – Mobiliários - bancos – Praça Pancras .....................................................42 
Figura 20 – Cascatas – Praça Pancras ......................................................................42 
Figura 21 – Cascatas – Praça Pancras ......................................................................42 
Figura 22 – Floração – Praça Pancras .......................................................................43 
Figura 23 – Floração – Praça Pancras .......................................................................43 
Figura 24 – Floração – Praça Pancras .......................................................................43 
Figura 25 – Área comercial – Praça Pancras .............................................................43 
Figura 26 – Área de alimentação – Praça Pancras ....................................................43 
Figura 27 – Localização – Praça Victor Civita ............................................................44 
Figura 28 – Localização – Praça Victor Civita.............................................................45 
Figura 29 – Antigo Incinerador de Pinheiros – Praça Victor Civita ........................... 45 
Figura 30 – Cooperativa de reciclagem – Praça Victor Civita .....................................46 
Figura 31 – Área destinada a educação ambiental ....................................................46 
Figura 32 – Corte longitudinal ....................................................................................47 
10 
 
 
Figura 33 – Corte transversal ....................................................................................47 
Figura 34 – Corte longitudinal ....................................................................................47 
Figura 35 – Corte longitudinal ....................................................................................47 
Figura 36 – Deck suspenso .......................................................................................48 
Figura 37 – Deck suspenso .......................................................................................48 
Figura 38 – Deck suspenso .......................................................................................48 
Figura 39 – Ciclo de coleta da água - Deck – Praça Victor Civita ...............................48 
Figura 40 – Água de Reuso – Praça Victor Civita .......................................................49 
Figura 41 – Planta e programa – Praça Victor Civita ..................................................50 
Figura 42 – Centro da Terceira Idade - Deck – Praça Victor Civita .............................51 
Figura 43 – Arena coberta - Deck – Praça Victor Civita ..............................................51 
Figura 44 – Museu da Reabilitação - Deck – Praça Victor Civita ................................51 
Figura 45 – Placa informativa - Deck – Praça Victor Civita ......................................52 
Figura 46 – Placa indicativa - Deck – Praça Victor Civita ...........................................52 
Figura 47 – Brasil – Goiás – Goiânia ..........................................................................54 
Figura 48 – Goiânia – Regiões Metropolitanas – Vila Itatiaia ...................................54 
Figura 49 – Planta de aprovação Conjunto Vila Itatiaia ............................................55 
Figura 50 – Inserção urbana. Con. Vila Itatiaia (2010) ...............................................56 
Figura 51 – Evolução urb. Con. Vila Itatiaia (2002) ....................................................57 
Figura 52 – Evolução urb. Con. Vila Itatiaia (2007) ....................................................57 
Figura 53 – Evolução urb. Con. Vila Itatiaia (2012) ....................................................57 
Figura 54 – Evolução urb. Con. Vila Itatiaia (2019) ....................................................57 
Figura 55 – Reitor Edward Madureira Brasil ..............................................................58 
Figura 56 – Biblioteca Campus I – Praça Univer. .......................................................58 
Figura 57 – Campus Jataí - GO .................................................................................59 
Figura 58 – Campus Catalão - GO .............................................................................59 
Figura 59 – Planta de aprovação Conjunto Vila Itatiaia ............................................60 
Figura 60 – Etapas do projeto de loteamento da Vila Itatiaia ......................................60 
Figura 61 – Etapas do projeto de loteamento da Vila Itatiaia ......................................60 
Figura 62 – Mapa 01 – Ventos predominantes ..........................................................61 
Figura 63 – Mapa 02 – Topografia .............................................................................62 
Figura 64 – Conjunto Vila Itatiaia – Localização do corte topográfico ........................62 
Figura 65 – Corte topográfico ....................................................................................63 
Figura 66 – Tabela 01 - Projeto do Conjunto Vila Itatiaia – Arborização ....................63 
11 
 
 
Figura 67 – Arborização diversa ............................................................................... 63 
Figura 68 – Arborização – Trepadeira Bougainvillea .................................................63 
Figura 69 – Arborização – Trepadeira Bougainvillea .................................................64 
Figura 70 – Arborização diversa ................................................................................64 
Figura 71 – Mapa 03 – Tipologia vegetal ...................................................................64 
Figura 72 – Curso hídrico – Ribeirão João Leite ........................................................65 
Figura 73 – Curso hídrico – Ribeirão João Leite ........................................................65 
Figura 74 – Curso hídrico – Ribeirão João Leite ........................................................65 
Figura 75 – Curso hídrico – Ribeirão João Leite ........................................................65 
Figura 76 – Mapa 04 – Ocupação na APP .................................................................68 
Figura 77 – Mapa 05 – Área de Proteção Permanente e Unidade de conservação…68 
Figura 78 – Av. Esperança – Uso comercial ..............................................................69 
Figura 79 – Igreja Nossa Senhora da Assunção – Uso institucional ..........................69 
Figura 80 – Produção modas – Uso comercial ...........................................................69 
Figura 81 – Posto Pelicano – Uso comercial ..............................................................69 
Figura 82 – Mapa 06 – Uso do solo ............................................................................70 
Figura 83 – Mapa 07 – Ocupação do solo ..................................................................72 
Figura 84 – Mapa 08 – Padrão construtivo ................................................................73 
Figura 85 – Av. Esperança e Av. Planície ..................................................................74 
Figura 86 – Uso do solo proposto no projeto – Vila Itatiaia ......................................75 
Figura 87 – Gráfico 01 – Rendimento mensal domiciliar .........................................75 
Figura 88 – Tabela 02 - População Conjunto Vila Itatiaia – 2010 ...........................76 
Figura 89 – Tabela 03 - Crescimento da população Conjunto Vila Itatiaia
– 2000 á 
2010 ........................................................................................................................ ...76 
Figura 90 – Falta de canalização do terraço fluvial ....................................................77 
Figura 91 – Via com pavimentação inadequada ........................................................77 
Figura 92 – Mapa 09 – Esgoto e abastecimento de água ........................................77 
Figura 93 – Mapa 10 – Rede de energia elétrica secundária ...................................77 
Figura 94 – Av. Serra Dourada .................................................................................78 
Figura 95 – Av. Esperança .......................................................................................78 
Figura 96 – Mapa 11 – Hierarquia viária ....................................................................79 
Figura 97 – Tabela 04 – Transporte coletivo ...................... ......................................80 
Figura 98 – Mapa 12 – Ponto de ônibus ....................................................................81 
Figura 99 – Acessibilidade e calçamento ...................................................................81 
12 
 
 
Figura 100 – Acessibilidade e calçamento .................................................................81 
Figura 101 – UFG – Eq. Educação ............................................................................82 
Figura 102 – Igreja Batista - Eq. Religioso .................................................................82 
Figura 103 – C. P. M. G. Waldemar Mundim ..............................................................82 
Figura 104 – Centro de saúde da família ...................................................................82 
Figura 105 – Mapa 13 – Equipamento urbano ...........................................................83 
Figura 106 – Mapa 14 – Equipamentos de mobiliário ................................................84 
Figura 107 – Sede adm. e associação de esportes ...................................................84 
Figura 108 – Campo de futebol 1 ...............................................................................84 
Figura 109 – Campo de futebol 2 ...............................................................................85 
Figura 110 – Quadra poliesportiva 1 ..........................................................................85 
Figura 111 – Quadra poliesportiva 2 ..........................................................................85 
Figura 112 – Parque infantil 1 ....................................................................................85 
Figura 113 – Parque infantil 2 ....................................................................................85 
Figura 114 – Estação de ginástica 1 ..........................................................................85 
Figura 115 – Estação de ginástica 2 ..........................................................................86 
Figura 116 – Estação de ginástica 3 ..........................................................................86 
Figura 117 – Estação de ginástica 4 ..........................................................................86 
Figura 118 – Pista de caminhada ..............................................................................86 
Figura 119 – Área de estar 1 ......................................................................................86 
Figura 120 – Área de estar 2 ......................................................................................86 
Figura 121 – Posto da guarda municipal ....................................................................87 
Figura 122 – Pista de skate .......................................................................................87 
Figura 123 – Pórtico de acesso principal ...................................................................87 
Figura 124 – Área de alimentação 1 ..........................................................................87 
Figura 125 – Área de alimentação 2 ..........................................................................87 
Figura 126 – Área de alimentação 3 ..........................................................................87 
Figura 127 – Bancos pré-moldados existentes ..........................................................88 
Figura 128 – Bancos de madeira existentes ..............................................................88 
Figura 129 – Bancos pré-moldados existentes ..........................................................88 
Figura 130 – Bancos pré-moldados existentes ..........................................................88 
Figura 131 – Bancos pré-moldados existentes ..........................................................88 
Figura 132 – Iluminação pré-moldados existentes ....................................................88 
Figura 133 – Iluminação refletores existente .............................................................89 
13 
 
 
Figura 134 – Iluminação refletores existente .............................................................89 
Figura 135 – Lixeira existente ....................................................................................89 
Figura 136 – Coleta de lixo improvisada ....................................................................89 
Figura 137 – Parque Itatiaia .......................................................................................90 
Figura 138 – Tabela 05 – Problemas e potencialidades existentes ...........................91 
Figura 139 – Tabela 06 – Porcentagem de usos do Conjunto Vila Itatiaia .................92 
Figura 140 – Malha urbana bairro Vila Itatiaia ............................................................93 
Figura 141 – Mapa 15 – Entorno imediato .................................................................93 
Figura 142 – Caminho traçado por usuários ..............................................................94 
Figura 143 – Caminho traçado por usuários ..............................................................94 
Figura 144 – Caminho pista de skate .........................................................................96 
Figura 145 – Caminho saída para edificações ...........................................................96 
Figura 146 – Fachada voltada para o parque .............................................................98 
Figura 147 – Fachada voltada para o parque .............................................................98 
Figura 148 – Tabela 07 – Quadro síntese das diretrizes gerais .................................99 
Figura 149 – Tabela 08 – Problemas e potencialidade existentes e solução............100 
Figura 150 – Tabela 09 – Programa de necessidades .............................................102 
Figura 151 – Tabela 10 – Quadro de áreas – Lazer I ...............................................104 
Figura 152 – Tabela 11 – Quadro de áreas – Comunidade .....................................104 
Figura 153 – Tabela 12 – Quadro de áreas – Lazer II ..............................................105 
Figura 154 – Tabela 13 – Quadro de áreas geral ..................................................105 
Figura 155 – Organograma .....................................................................................106 
Figura 156 – Organograma lazer ativo e passivo; Interesse ....................................106 
Figura 157 – Fluxograma e funcionograma .............................................................107 
Figura 158 – Setorização dos módulos ....................................................................110 
Figura 159 – Módulo Lazer I ....................................................................................111 
Figura 160 – Módulo
Comunidade – Parte 1 ............................................................112 
Figura 161 – Módulo Comunidade – Parte 2 e Módulo Lazer II ................................113 
Figura 162 – Setorização geral ................................................................................114 
Figura 163 – Módulo Lazer I ....................................................................................115 
Figura 164 – Módulo Comunidade – Parte 1 ............................................................116 
Figura 165 – Módulo Comunidade – Parte 2 e Módulo Lazer II ................................117 
Figura 166 – Volumetria ..........................................................................................120 
Figura 167 – Volumetria ..........................................................................................121 
14 
 
 
Figura 168 – Volumetria ..........................................................................................121 
Figura 169 – Volumetria ..........................................................................................121 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
AMMA – Agencia Municipal do Meio Ambiente 
APP – Área de Preservação Permanente 
CAOMA - Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente 
CF – Constituição Federal 
COHAB-GO - Companhia de Habitação Popular do Município de Goiânia 
ENEL - Ente nazionale per l'energia elétrica (Órgão nacional de eletricidade) 
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
RMTC – Rede Metropolitana de Transporte Coletivo 
SANEAGO - Saneamento de Goiás 
SECIMA - Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura 
Cidades e Assuntos Metropolitanos 
SEMA - Secretaria Especial do Meio Ambiente 
SEUC - Sistema Estadual de Unidades de Conservação 
SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza 
UC – Unidade de Conservação 
UFG – Universidade Federal de Goiás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 01 – Rendimento mensal domiciliar .............................................................52 
 
LISTA DE MAPAS 
 
Mapa 01 – Figura 62 - Ventos predominantes ..........................................................61 
Mapa 02 - Figura 63 – Topografia ............................................................................62 
Mapa 03 – Figura 71 – Tipologia vegetal ...................................................................64 
Mapa 04 – Figura 76 – Ocupação na APP .................................................................68 
Mapa 05 – Figura 77 – Área de Proteção Permanente e Unidade de conservação…68 
Mapa 06 – Figura 82 – Uso do solo ............................................................................70 
Mapa 07 – Figura 83 – Ocupação do solo ..................................................................72 
Mapa 08 – Figura 84 – Padrão construtivo ................................................................73 
Mapa 09 – Figura 92 – Esgoto e abastecimento de água ........................................77 
Mapa 10 – Figura 93 – Rede de energia elétrica secundária ...................................77 
Mapa 11 – Figura 96 – Hierarquia viária ....................................................................79 
Mapa 12 – Figura 98 – Ponto de ônibus ....................................................................81 
Mapa 13 – Figura 105 – Equipamento urbano ...........................................................79 
Mapa 14 – Figura 106 – Equipamentos de mobiliário ................................................83 
Mapa 15 – Figura 141 – Entorno imediato .................................................................94 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 01 - Figura 66 – Projeto do Conjunto Vila Itatiaia – Arborização ....................63 
Tabela 02 - Figura 88 – População Conjunto Vila Itatiaia – 2010 ...............................76 
Tabela 03 - Figura 89 – Crescimento da população Conjunto Vila Itatiaia – 2000 á 
2010 ........................................................................................................................ ...72 
Tabela 04 – Figura 97 – Transporte coletivo ...................... ......................................76 
Tabela 05 – Figura 138 – Problemas e potencialidades existentes ...........................80 
Tabela 06 – Figura 139 – Porcentagem de usos do Conjunto Vila Itatiaia .................92 
Tabela 07 – Figura 148 – Quadro síntese das diretrizes gerais .................................99 
Tabela 08 – Figura 149 – Problemas e potencialidade existentes e solução............100 
Tabela 09 – Figura 150 – Programa de necessidades .............................................102 
17 
 
 
Tabela 10 – Figura 151 – Quadro de áreas – Lazer I ...............................................104 
Tabela 11 – Figura 152 – Quadro de áreas – Comunidade .....................................104 
Tabela 12 – Figura 153 – Quadro de áreas – Lazer II ..............................................105 
Tabela 13 – Figura 154 – Quadro de áreas geral ..................................................105 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 21 
2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 24 
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 26 
3.1 Unidades de Conservação no Brasil ........................................................... 28 
3.2 Unidades de Conservação em Goiás .......................................................... 29 
3.3 Unidades de Conservação em Goiânia ....................................................... 29 
4 HIPÓTESES ......................................................................................................... 30 
5 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 31 
5.1 Objetivos específicos ................................................................................... 31 
6 METODOLOGIA ................................................................................................... 32 
7 ESTUDOS DE REFERENCIAS............................................................................. 33 
7.1 Estudo de caso indireto ............................................................................... 33 
7.1.1 Paradise Art Wonderland – Hefei, China ......................................................... 33 
7.1.2 Praça Pancras – Londres, Reino Unido........................................................... 38 
7.1.3 Praça Victor Civita: Espaço Aberto da Sustentabilidade – São Paulo, Brasil ... 43 
7.2 Relação dos estudos de referências e a aplicação projectual ............................ 52 
8 ESTUDO DO SÍTIO DA INTERVENÇÃO .............................................................. 53 
8.1 Localização ................................................................................................... 53 
8.2 Histórico ........................................................................................................ 54 
8.2.1 Evolução urbana ..........................................................................................
56 
8.2.2 Projeto Conjunto Vila Itatiaia ........................................................................ 58 
8.3 Caracterização do Parque Itatiaia ................................................................ 60 
8.3.1 Aspecto Físico – Ventos predominantes e insolação ................................... 60 
8.3.2 Aspecto Físico – Topografia ........................................................................ 61 
8.3.3 Aspecto Físico – Tipologia vegetal .............................................................. 62 
8.3.4 Aspecto Físico – Tipologia hídrica ............................................................... 64 
8.3.5 Aspecto Físico – Ocupação na Área de Preservação Permanente .............. 65 
8.4 Estrutura urbana ........................................................................................... 68 
8.4.1 Uso do solo.................................................................................................. 68 
8.4.2 Ocupação do solo ........................................................................................ 69 
8.4.3 Padrão construtivo ....................................................................................... 71 
8.4.4 Aspectos socioeconômicos .......................................................................... 73 
19 
 
 
8.4.5 População local ........................................................................................... 75 
8.4.6 Infraestrutura urbana ................................................................................... 75 
8.4.7 Hierarquia viária .......................................................................................... 77 
8.4.8 Mobilidade urbana ....................................................................................... 78 
8.4.9 Mobilidade urbana – Acessibilidade e calçamento ....................................... 80 
8.4.10 Equipamentos urbanos .............................................................................. 81 
8.4.11 Equipamentos de mobiliário do Parque Itatiaia .......................................... 82 
8.4.12 Mobiliários do Parque Itatiaia ..................................................................... 86 
8.5 Diagnóstico da área de intervenção ............................................................ 88 
8.6 Problemas e potencialidades ...................................................................... 89 
9 DIRETRIZES GERAIS DE REVITALIZAÇÃO DO PARQUE ITATIAIA .................. 91 
9.1 Relações e dimensões dos espaços públicos e privados ......................... 91 
9.2 Elementos da estrutura urbana e seus aspectos gerais............................ 92 
9.2.1 Usos e atividades ........................................................................................ 92 
9.2.2 Relações morfológicas ................................................................................ 92 
9.2.3 Elementos de centralidade .......................................................................... 94 
9.2.4 Patrimônio cultural e natural ........................................................................ 94 
9.2.5 Sistemas de circulação ................................................................................ 95 
9.2.6 Limites e território ........................................................................................ 96 
9.2.7 Conectores urbanos .................................................................................... 97 
9.3 Quadro-síntese das Diretrizes gerais .......................................................... 97 
10 PROGRAMA DE NECESSIDADES..................................................................... 99 
10.1 Concepção urbanística conceitual .......................................................... 101 
10.2 Quadro de áreas ....................................................................................... 102 
10.3 Organograma ............................................................................................ 105 
10.4 Fluxograma e funcionograma .................................................................. 105 
11 ESTRUTURAÇÃO DA PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO .................................. 107 
11.1 Conceito .................................................................................................... 107 
11.2 Partido ....................................................................................................... 108 
12 INTERVENÇOES PROJETUAIS ....................................................................... 109 
12.1 Módulo – Lazer I, Comunidade e Lazer II ................................................ 110 
12.2 Intervenção no fluxo viário e acessos .................................................... 114 
13 CONDICIONANTES LEGAIS ............................................................................ 117 
14 MEMORIAL JUSTIFICATIVO ............................................................................ 119 
20 
 
 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 121 
ANEXO .................................................................................................................. 128 
APÊNDICE ............................................................................................................ 130 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A palavra “parque” “[...] provém do baixo-latim parricum, pelo francês parc – 
indicando as diferenças de dimensões, formas de tratamento, funções e 
equipamentos”. (CASTELNOU NETO, 2005, p.297). Os parques urbanos surgiram ao 
final do século XVIII na Inglaterra como espaços públicos de lazer, aos quais se 
desenvolveram de formar expansiva no decorrer do século XIX nas cidades europeias 
devido a urbanização e a Revolução Industrial. Devido ao grande aumento da 
população no meio urbano, consequentemente o desenvolvimento desordenado da 
ocupação e da infraestrutura urbana. 
No Brasil, o início da implementação dos parques é marcado pela transferência 
da capital do país de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763, onde foram construídos 
os três primeiros parques públicos: Passeio Público – 1783, Campo de Santana – 
1873 e o Jardim Botânico – 1880. 
 Em Goiânia esses espaços estavam previstos desde a escolha do local da nova 
capital na década de 30, quando o então governador Pedro Ludovico de Teixeira 
determinou as condições para a nova capital: “clima bom, boa situação topográfica e 
mananciais de água fáceis de serem aproveitados e que pudessem abastecer uma 
cidade de população acima dos 500 mil habitantes” (GOIÂNIA SOB UM NOVO 
OLHAR, 2014). 
 O plano original de Goiânia foi traçado por Atílio Correa Lima, posteriormente 
acrescentado por Armando de Godoy após seu falecimento. Atílio tirou partido da 
topografia, centro administrativo, avenidas comerciais (Av. Goiás, Av. Araguaia e Av. 
Tocantins) e a definição de “zonas e subzonas de atividades, parques com a finalidade 
de preservar as matas ciliares, zonas de esportes e divertimentos, zona universitária, 
espaços de lazer e divertimento” (GOIÂNIA SOB UM NOVO OLHAR, 2014). 
 A Lei Complementar Nº 171, de 29.05.2007 caracterizada como o Plano Diretor 
do município de Goiânia ressalta os parques urbanos e naturais como Patrimônio 
Cultural da cidade, inserida no Título II - Das Estratégias de Desenvolvimento Urbano, 
Capítulo II – Das Estratégias de Sustentabilidade Socioambiental. Tais estratégias 
compõem o Programa de Implantação e Preservação de Áreas Verdes (Art. 13º, Inciso 
III) visando a manutenção permanente do mesmo. 
 A legislação ambiental municipal de Goiânia
é consolidada pelo Código 
Ambiental Municipal e pelo Plano Diretor de Arborização Urbana, em ambos são 
22 
 
 
adotados conjuntos de métodos e medidas visando a preservação, manejo e 
expansão das áreas verdes, codificando todas as normas e regulamentando diretos e 
obrigações em prol da melhoria e recuperação do Meio Ambiente no Município de 
Goiânia. 
 Nesse cenário os parques desenvolvem várias funções no decorrer do 
crescimento do meio urbano visto como equipamento para lazer, contemplação e 
visando interesse de crescimento da cidade e de especulações imobiliárias. Mediante 
a essas implicações visa-se a revitalização do projeto arquitetônico para o Parque 
Itatiaia, localizado na região Norte na cidade de Goiânia, capital do estado de Goiás. 
 A capital do estado de Goiás no ano de 2014 recebeu o título de “Capital Verde 
do Brasil” sendo considerada ainda a segunda mais bem arborizada do mundo no ano 
de 2008 segundo a Organização Mundial de Saúde, entretanto mediante a explosão 
demográfica da cidade nos últimos anos esse título vem se perdendo. Contudo os 
projetos arquitetônicos para parques na cidade muitas vezes não recebem 
manutenção por parte do poder público, ao qual, a estrutura inicialmente elaborada é 
degradada com o passar do tempo, seja por causas naturais ou pela ação de 
vândalos. Outrora, não saem do papel mediante a inúmeros problemas como a falta 
de investimento público, especulação imobiliária e a inviabilidade de proposta 
arquitetônica. 
 Afim de suprir essa problemática pretende-se a revitalização do projeto 
arquitetônico de um parque urbano ao qual vise a integração a miscigenação de 
âmbitos socioeconômicos, ambientais e urbanos existentes na imediação da área; Vila 
Itatiaia, Res. Morada do Bosque, Vila Jardim São Judas Tadeu, Vila Jardim Pompéia 
entre outros. Objetiva-se utilizar a área a qual já fora criada pela prefeitura de acordo 
com a Lei N° 7.671/1996 caracterizada como Parque Itatiaia, ao qual encontra-se em 
estado de degradação material e espacial. 
 Visando a apresentação da metodologia assentada inicialmente na exposição 
das concepções a respeito dos parques e revitalizações no meio urbano, realizou-se 
introdutoriamente a partir de leitura bibliográfica a fundamentação das diversas teorias 
e legislações pertinentes a respeito do mesmo afim de garantir o melhor entendimento 
do tema de estudo proposto. A pesquisa consiste também em dados estatísticos de 
probabilidade, de forma quantitativa obtidos através da Agencia Municipal do Meio 
Ambiente – AMMA e pela Prefeitura de Goiânia; e a realização de estudos de caso 
sendo eles o o Hefei Wantou & Vanke Paradise Art Wonderland – China, Pancras 
23 
 
 
Square – Reino Unido e Praça Victor Civita - Brasil, com a finalidade de associação 
de casos existentes para se entender os fatos que levaram a concepção e 
desenvolvimento dos parques e revitalizações urbanas, de forma descritiva visa se 
relatar esses fatos e associa-los ao terreno escolhido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
2 JUSTIFICATIVA 
 
Os parques urbanos ocupam importância cada vez maior dentro da cidade 
promovendo o equilíbrio das áreas de lazer externas aos edifícios, recuperação da 
fauna e flora degradadas pelo crescimento desordenados das cidades e a interação 
da sociedade com o desenvolvimento cultural, artístico e urbano. Atualmente segundo 
levantamento da AMMA, Goiânia possui 191 parques/bosques decretados, a maioria 
deles localizados nas regiões Sudoeste e Noroeste da capital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Entretanto os mesmos parques aos quais estão decretados, entre eles constam 
140 parques/bosques sem infraestrutura, visto que, de nada adianta o decreto sem 
infraestrutura para a utilização tornando-os então espaços subutilizados, invadidos e 
até mesmo degradados pela a sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Curta Mais 
Figura 01 – Inauguração do Parque Cascavel, 2009 – Goiânia 
Figura 02 – Atualmente Parque Cascavel, 2018 – Goiânia 
Fonte: O Popular 
25 
 
 
 
Visa-se a elaboração de um projeto arquitetônico e urbanístico executivo do 
Parque Itatiaia, ao qual já teve um projeto antecedente elaborado (Cartilha Explicativa 
do planejamento arquitetônico do Parque Municipal do Conjunto Itatiaia 
disponibilizada pela AMMA) e implantado mediante controversas do projeto proposto. 
Entretanto através da análise espacial e estudo de lugar realizado na disciplina de 
Planejamento Urbano Regional detectou-se e a necessidade de revitalização da área 
do parque. O mesmo está sem manutenção pública, tornando uma área obsoleta na 
capital, sem aproveitamento expressivo de lazer e conservação ambiental. 
Situado na região norte da capital especificado como Unidade de Conservação 
mediante a Lei N° 7.671/1996, sendo viável uso público como parque urbano. 
Localiza-se nas redondezas de grandes marcos urbanos como a Universidade 
Federal de Goiás – Campus Samambaia, Clube dos Bancários, Euro Plaza Hotel, 
Aeroporto de Goiânia entre outros. Abrangendo os bairros ao redor como o bairro Vila 
Itatiaia, Res. Dos Ipês e Vila Jardim Pompéia, onde encontra-se um déficit 
considerável de áreas verdes com estrutura adequada para atender a população, 
visando assim a falta de interação social tornando uma área inicialmente 
marginalizada. 
Contudo, o parque tornaria uma área verde pública com tratamento especifico 
para a área de conservação juntamente com o uso de lazer promovendo a 
conservação da unidade existente de mata estipulando o uso público e valorizando o 
local inserido. O espaço de implantação contempla uma área de 97.952,52 m² 
localizado no Conjunto Itatiaia, Av. Serra Dourada, Ruas R-1, R-3, R-5, R-40, R-41, 
R-43, R-44, R-46 e R-48. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Inicialmente a idealização do plano original do traçado de Goiânia foi realizado 
por Atílio Correa Lima no ano de 1933, ao qual posteriormente fora complementado 
pelas ideias de Armando de Godoy. Dentro desse contexto o parque urbano foi 
inserido como forma de ligação entre a malha urbana e as áreas verdes propostas. 
As mesmas supriam na época a necessidade da cidade, a qual planejada para 
50 mil pessoas. Contudo, o aumento da população e o crescimento da cidade na 
década de 1960 ultrapassaram essa expectativa, sendo então as diretrizes originais 
do traçado abandonadas e esquecidas por multíplices motivos como o crescimento 
repentino da mesma. 
O parque urbano faz-se importante na inserção da cidade devido ao fato de se 
estabelecer como os “pulmões verdes” do meio construído como citado por Le 
Corbusier, expressa em seu livro “A carta de Atenas” que em geral, é insuficiente as 
áreas verdes existentes na cidade, expressas como a “sobrevivência das cidades”, os 
“pulmões” da cidade. Entretanto com o desenvolvimento desordenado das cidades, 
essas áreas foram se “sufocando” e sendo extinguidas, onde passaram a ser 
ocupadas por grandes imóveis. 
 
“Outrora os espaços livres não tinham outra razão de ser senão o prazer de 
alguns privilegiados. Não interviera ainda o ponto de vista social, que dá hoje 
um sentido novo à sua destinação. Eles podem ser os prolongamentos 
“diretos ou indiretos” da moradia; diretos se cercam a própria habitação; 
indiretos se estão concentrados em algumas grandes superfícies menos 
imediatamente próximas. ” (CORBUSIER, Le Corbusier A Carta de Atenas, 
1993, p. 36.) 
 
 Tais espaços contemplam áreas de lazer e recreação para todas as idades,
refúgio para a fauna e flora degradadas pelo crescimento desordenados das cidades, 
tornando-se parte do cotidiano dos cidadãos e promovendo o equilíbrio das áreas de 
lazer externas aos edifícios, Cullen (1971) ressalta a ideia de equilíbrio entre a 
paisagem e os edifícios em seu livro Paisagem urbana mencionando que: 
 
“Um conjunto de edifícios adquire um poder de atração visual, nele ocorrem 
fenômenos que dificilmente poderão ser verificados em um edifício isolado… 
uma construção isolada no meio do campo dá-nos a sensação de estarmos 
perante uma obra de arquitetura, mas um grupo de construções 
imediatamente sugere a possibilidade de criar uma arte diferente”. (CULLEN, 
1971) 
 
 Sendo visível a relação que o traçado da cidade e seus edifícios devem 
demonstrar ao se relacionar de forma harmoniosa, sem que nenhum se sobressaia 
27 
 
 
ou altere a paisagem urbana. A forma torna-se parte direta na concepção da paisagem 
urbana, de fato como citado por Frank Lloyd “A forma segue a função”, entretanto 
deve haver a interação com os ecossistemas existentes na paisagem e a conexão 
com o planejamento urbano, o usuário deve se sentir parte do mesmo, tendo a 
integração como os elementos existente e com a paisagem urbana. Como ressalta 
Nucci (2008) relatando sobre a paisagem e a interação no meio urbano. 
 
“Pode ser realmente complicado trabalhar no meio urbano com metodologias 
utilizadas em outras áreas de ciências, como, por exemplo, a análise 
sistêmica utilizada em Ecologia. Por outro lado, não se pode negar que o 
ambiente urbano também necessita ter sua utilização planejada, pois a 
utilização desordenada conduz a uma queda da qualidade de vida”. (NUCCI, 
2008, p. 4) 
 
 As áreas verdes urbanas estão diretamente ancoradas legalmente em caráter 
federal ao direito à cidade relacionado com o Estatuto da Cidade (Lei N° 10.257/2001) 
no Art. 2°, inciso I, entende-se por essa diretriz que todos, de forma igual, devem ter 
acesso ao que a cidade oferece, como: saneamento básico, transporte e serviços 
públicos. Não somente ser exclusivo a cidade formal. Sendo executado de forma 
sustentável sem degradação ao meio ambiente e ao desenvolvimento da cidade. 
 
“Art. 2° A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento 
das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as 
seguintes diretrizes gerais: I – garantia do direito a cidades sustentáveis, 
entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento 
ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao 
trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações; ” 
(Lei N° 10.257/2001, Estatuto da Cidade) 
 
 Por meio dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade e no Plano Diretor 
de Goiânia pode-se aplicar a “Operação Urbana Consorciada”. 
 
“Art. 160. A Operação Urbana Consorciada compreende um conjunto de 
medidas e intervenções, coordenadas pelo Poder Executivo Municipal, com 
a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e 
investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área, 
transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização 
ambiental, aplicável em áreas de interesse urbanístico”. (Lei Complementar 
Nº 171, de 29.05.2007, Plano Diretor de Goiânia) 
 
Sendo parceria de execução público-privada visando intervenções e medidas 
urbanísticas para a preservação, recuperação ou transformação de áreas urbanas, 
sendo que os cidadãos exercem papel fundamental nas escolhas das melhorias 
sociais propostas a serem realizadas. 
 
28 
 
 
Em geral, observou-se que á dois prolongamentos da interação social com as 
áreas de lazer, as quais se resumem na mesma finalidade, sendo as atividades típicas 
da juventude e conceder espaços voltados para a distração do meio caótico em que 
se vive. Os usuários sendo os cidadãos da cidade, devem sugerir o que a área em 
questão poderá proporcionar a eles, a fim de que estejam satisfeitos com os diversos 
usos possíveis. 
Os mesmos devem saber a importância da área de implantação do parque 
urbano, sendo a área proposta uma Unidade de Conservação, as quais são de grande 
valor ambiental regidas no Brasil por meio da Lei Nº 9.985/2000 (BRASIL, 2009c) e 
do Decreto 4.340/2002 (BRASIL, 2009b) instituído pelo SNUC. Como ressalta Pizzol 
(2006) que “deve haver sempre, a participação do cidadão no destino que é dado aos 
recursos naturais a sua volta, e sua conscientização que estes recursos fazem parte 
de sua existência e de seus projetos de vida” (PIZZOL, 2006, p. 3) 
 
3.1 Unidades de Conservação no Brasil 
 
 No Brasil as Unidades de Conservação (UC) são expressas como: “espaço 
territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com 
características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com 
objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, 
ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção;” (Art. 2º, I, Lei No 9.985, de 18 
de Julho de 2000.). 
Visando a preeminência do meio ambiente, estabelecendo o direito 
fundamentado na CF (Constituição Federal) Art. 225. Todos têm direito ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. 
Antes da criação SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação) no 
país, as UC´s eram gerenciadas pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais Renováveis) que abrange o IBDF (Instituto Brasileiro de 
Desenvolvimento Florestal) e a SEMA (Secretaria Especial do Meio Ambiente) ambos 
sendo órgãos públicos exercendo função de fiscalização visando que as funções do 
Código Florestal Brasileiro (Lei 12.651, de 25 de Maio de 2012) fossem aplicadas e 
efetivas no meio. 
29 
 
 
 No ano de 2000 o SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação) foi 
aprovado no Poder Legislativo, visando “promover a utilização dos princípios e 
práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento” (Art. 4°, V, Lei 
No 9.985, de 18 de Julho de 2000.). Esclarece conceitos de Proteção Integral e Uso 
Sustentável, sendo que, no Uso Sustentável é permitido a exploração do meio 
ambiente de forma que, a perenidade dos recursos ambientais renováveis seja 
garantida e se mantenha a biodiversidade ecológica. 
 
3.2 Unidades de Conservação em Goiás 
 
As UC em Goiás são instituídas pelo SEUC (Sistema Estadual de Unidades de 
Conservação) Lei Nº 12.247/02, regulamentada pelo Decreto Estadual N° 5.806/03, 
caracteriza a UC como “áreas territoriais, incluindo seus recursos ambientais, com 
características naturais relevantes, criadas e protegidas pelo Poder Público com 
objetivos de conservação. 
“Elas contribuem para a conservação de espécies e atividades educativas 
que visem à sensibilização ambiental. São divididas em dois grupos: 
Unidades de proteção integral e Unidades de uso sustentável. As unidades 
de proteção integral objetivam preservar a natureza, sendo admitido somente 
o uso indireto dos seus recursos naturais. As Unidades de uso sustentável: 
têm por objetivo aliar a conservação da natureza com o uso sustentável de 
parte dos seus recursos naturais. ” (SECIMA, 2019). 
 
3.3 Unidades de Conservação em Goiânia 
 
 No município de Goiânia cabe a AMMA (Agência Municipal do Meio Ambiente) 
a responsabilidade de criar, administrar e proteger a UC a diretoria de áreas verdes e 
unidades de conservação integra a estrutura organizacional e administrativa das 
mesmas. Sua atuação está voltada a “finalidade de planejar, coordenar, orientar, 
acompanhar e controlar
a elaboração de estudos e projetos e a execução de obras de 
conservação, preservação e recuperação do meio ambiente, assim como a gestão 
das áreas verdes e unidades de conservação do Município”. 
 Na capital as legislações pertinentes quanto as UC são descritas na coletânea 
de legislação ambiental disponibilizada pela SEPLAM no site da Prefeitura de Goiânia, 
segue como uma série de instruções normativas relatadas nas condicionantes legais 
redigidas no corpo deste trabalho. 
 
 
 
30 
 
 
4 HIPÓTESES 
 
A elaboração do anteprojeto de revitalização de um parque urbano tenciona-se 
ao se sujeitar que o mesmo seja mais aconselhável a nova elaboração projectual, pois 
ao observar o projeto implantado pelos órgãos públicos identificou-se a má 
distribuição dos espaços, falta de interligação com o espaço urbano já edificado e a 
destinação errônea da unidade de conservação existente no local de implantação. 
De fato, torna-se mais sensato que seja desempenhado a prática de 
reelaboração do projeto, juntamente com a AMMA, incorporando princípios 
urbanísticos, ambientais e sociais. Bem como a arquitetura social, de modo a 
evidenciar novas propostas de uso e materiais sustentáveis e mais acessíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
5 OBJETIVO GERAL 
 
O objetivo geral deste projeto de pesquisa é criar a concepção de um 
anteprojeto de projeto arquitetônico e urbanístico do parque urbano Itatiaia, visando a 
aproximação da sociedade a unidade de conservação com uso de lazer e 
contemplação, visando ressaltar a importância dos espaços públicos no espaço 
urbano. 
 
5.1 Objetivos específicos 
 
Os objetivos específicos relatam-se em: 
 A proteção da unidade de conservação; 
 Projetar espaços que viabilizem atividades que atendam a todas faixas etárias; 
 Verificar a possibilidade de revitalizar o parque com novas técnicas 
disponibilizadas com a evolução da tecnologia e dos materiais possíveis a 
serem implantados; 
 Proporcionar espaços mais adequados e a associação dos espaços comerciais 
existentes para o melhor aproveitamento e valorização da região; 
 Realizar um projeto urbano de revitalização do parque urbano visando o 
mesmo para a criação de novos espaços para o público do bairro Conjunto Vila 
Itatiaia e setores adjacentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
6 METODOLOGIA 
 
A metodologia de pesquisa está assentada inicialmente na exposição das 
concepções a respeito do parque urbano e como o equipamento público se comporta 
no meio edificado. Realizou-se introdutoriamente a partir de leitura bibliográfica a 
fundamentação das diversas teorias e legislações pertinentes a respeito do parque, 
afim de garantir o melhor entendimento do tema de estudo proposto. 
 De forma explicativa, pelo fato que, os parques públicos estão esquecidos na 
capital, tanto pela população e pelo governo municipal, caso que não somente se 
sujeita ao presente estado de Goiás, tanto para os demais estados da federação 
brasileira. Inicialmente foram escolhidos 3 estudos de caso sendo eles: o Hefei 
Wantou & Vanke Paradise Art Wonderland – China, Pancras Square – Reino Unido e 
Praça Victor Civita - Museu Aberto da Sustentabilidade – Brasil, com a finalidade de 
associação de casos existentes para se entender os fatos que levaram a concepção, 
desenvolvimento e aplicação no meio urbano construído, de forma descritiva visa se 
relatar esses fatos e associa-los aos tipos de parque existentes e pertinentes ao uso 
da capital goiana. 
 A pesquisa consiste também em coleta de dados secundários obtidos pela 
AMMA por forma de observação indireta de análise documental realizada no estágio 
obrigatório em 2019/1. De modo que, o meio urbano não consiste em somente na 
materialização projectual, de forma clara que está continuamente nos estudos tão bem 
colocados e nos projetos por vezes mal especificados, está no presente como forma 
de acompanhamento da evolução da tecnologia e do ser humano, e estará no futuro 
como forma de aplicabilidade real. 
Ressaltando que o presente se retorna ao passado para que se torne possível 
aprimorar o futuro como expressado por Azevedo (2003), como forma de que cada 
lugar é único e por isso ele se comporta como patrimônio da sociedade em sua 
totalidade. 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
7 ESTUDOS DE REFERENCIAS 
 
 Os estudos de referências expõem as prováveis aplicações dentro da proposta 
conceitual do projeto elaborado, sendo estudos de casos indiretos de natureza 
exploratória e descritiva. 
 
7.1 Estudo de caso indireto 
 
 São elaborados visualmente através de pesquisas bibliográficas afim de 
levantar a análise crítica quanto a implantação do parque no meio urbano, seu 
conceito e partido e disposição sobre a área delimitada para execução do mesmo. 
 
7.1.1 Paradise Art Wonderland – Hefei, China 
 
 Localização: Distrito de Xin Zhan Hefei - China 
 Projeto: Parque urbano 
 Arquitetos: ASPECT Studios 
 Área: 15.100 m² 
 Ano do projeto: 2017 
 Arquitetura: Shanghai TianHau Architecture Design 
 Paisagismo: Shenzhen Pudao Landscape 
 Localizado na zona sudoeste do distrito de Xin Zhan, o projeto é resultante da 
aplicação de uma nova proposta projectual para a comunidade, resultando em uma 
praça aberta. Os espaços projetados (Figura 3 e 4) proporcionam diferentes 
sensações no usuário, de forma que, em um mesmo projeto se possa ter a praça, o 
parque, espaços cívicos e de lazer, com o intuito de unir os usuários em um lugar 
social urbano. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 03 – Paradise Art Wonderland 
 
Fonte: Landezine 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tais instalações são dispostas para todas as faixas etárias e voltadas para a 
interação social das edificações existentes em seu entorno. Os elementos urbanos 
instalados remetem a cultura local, onde, a entrada principal (Figura 5) está 
demarcada pela grande luminária instalada, a qual se refere à flor da cidade, a Romã, 
contudo as cores, formas e composição seguem a mesma linha de criação e 
inspiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O parque é distribuído em três setores: o Pocket Park Urbano, o Parque Infantil 
e o Parque comunitário (Figura 6), a ligação entre os mesmos é direta o que ressalta 
a conectividade permitindo a interação de todos os elementos. 
Figura 04 – Localização -Paradise Art Wonderland 
 
Fonte: Landezine 
Figura 05 – Entrada principal - Paradise Art Wonderland 
 
Fonte: Landezine 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os setores possuem características específicas as quais transmitem para o 
usuário diversas sensações, como no Parque comunitário. O principal elemento do 
mesmo é a escultura de luz inspirada nos estames da flor de Romã (Figura 7 e 8), 
pela forma representada pelas pétalas, com bordas de assentamentos que se 
conectam, proporcionando a conectividade social e interação direta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Landezine – editado por Esther Benke, 2019. 
Figura 06 – Setorização - Paradise Art Wonderland 
 
Figura 07 – Flor de Romã - Paradise Art Wonderland 
 
Fonte: Landezine 
36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O Parque infantil oferece aos usuários uma gama de experiências diversas 
como a observação da mudança de coloração dos elementos que simulam rochas, 
diferentes níveis na topografia envolvida por tapetes aos quais simulam
as cores dos 
rios e florestas estimulando a curiosidade e interação ambiental, e as atividades físicas 
sendo proposta através de elementos fixos (Figura 9) para estimular a convivência 
social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O espaço do pocket parque é caracterizado pela multifuncionais sendo o 
fechamento com os mobiliários (Figuras 10, 11 e 12) ergonômicos que, com curvas a 
altos encostos promovem outra sensação, do parque ser circundado por edificações, 
passando assim segurança ao usuário. 
 
 
Fonte: Landezine 
Figura 09 – Parque Infantil - Paradise Art Wonderland 
 
Figura 08 – Parque comunitário - Paradise Art Wonderland 
 
Fonte: Landezine 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 – Mobiliários - Paradise Art Wonderland 
 
Fonte: Landezine 
Figura 11 – Mobiliários - Paradise Art Wonderland 
 
Fonte: Landezine 
Figura 12 – Mobiliários - Paradise Art Wonderland 
 
Fonte: Landezine 
38 
 
 
7.1.2 Praça Pancras – Londres, Reino Unido 
 
 Localização: King's Cross, Londres, Reino Unido 
 Projeto: Praça Pancras 
 Arquitetos: Townshend 
 Área: 4.000 m² 
 Ano do projeto: 2015 
 Arquitetura e Paisagismo: Townshend 
 Localizada (Figura 13) entre as estações ferroviárias St. Pancras Internacional 
e King´s Cross, o projeto foi desenvolvido pelo Townshend Arquitetos Paisagistas, a 
qual faz parte da restruturação da King´s Cross, uma área de 72 hectares remodelada 
(Figura 14) a partir do plano diretor visando o crescimento e desenvolvimento da área, 
onde mais de 40% da área passou a ser via de pedestre e espaço público aberto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13 – Localização – Praça Pancras 
 
Fonte: Landezine – editado por Esther Benke, 2019. 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O projeto iniciado em 2014 e finalizado e inaugurado em 2015, a Praça Pancras 
marca a entrada da avenida King´s Cross, sua concepção projectual (Figura 15) foi 
influenciado pelas praças de cidades continentais, as quais favorecem a circulação 
dos pedestres e a diminuição no tráfego de veículos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A praça urbana está envolta por edifícios comerciais, a qual exerce o papel 
como uma válvula de escape da rotina pedrificada do meio urbano. Marcada pela 
linearidade e seguimento da cascata (Figura 16 e 17) disposta em camadas suaves, 
que proporciona ao ambiente movimento, sons remetidos da natureza e melhor 
conforto térmico no espaço físico. 
 
 
 
Fonte: Landezine – editado por Esther Benke, 2019. 
Figura 15 – Croqui de criação – Praça Pancras 
Fonte: Landezine 
Figura 14 – Área remodelada 
 
Av. King´s Cross 
40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os acessos são circundantes em toda a praça permitindo diversas formas de 
entradas, sendo a principal demarcada pela árvore Pin Oak. Os mobiliários (Figura 18 
e 19) foram instalados principalmente nos recuos da cascata, dispostos de forma 
ampla e diversificada proporcionando grandes espaços para recreação e descanso. A 
queda d´água das cascatas (Figura 20 e 21) evidencia a disposição dos níveis, onde 
que as mesmas, refletem os edifícios do entorno contrapondo a iluminação da praça. 
 
Fonte: Landezine – editado por Esther Benke, 2019. 
Figura 16 – Setorização – Praça Pancras 
 
Figura 17 – Corte esquemático – Praça Pancras 
 
Fonte: Landezine 
41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O paisagismo implantado na praça é diversificado (Figuras 22, 23 e 24) como 
a presença de herbáceas, arbustos, bulbos de florações entre outros. De forma que 
as diversas espécies implantadas possuem distintas florações no decorrer do ano, 
verificando que sempre há florações como um todo, permitindo a análise crítica que a 
praça possui algum ponto florido. 
 
Figura 18 – Mobiliário Recuo da Cascata – Praça 
Pancras 
 
Figura 19 – Mobiliários - Bancos – Praça Pancras 
 
Fonte: Landezine 
Figura 20 – Cascatas – Praça Pancras 
 
Figura 21 – Cascatas – Praça Pancras 
 
Fonte: Landezine 
42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A área de alimentação e comercial (Figuras 25 e 26) da praça é composta pelos 
edifícios existentes ao redor, mesclada restaurantes, cafés e lojas comerciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 22 – Floração – Praça Pancras 
 
Figura 23 – Floração – Praça Pancras 
 
Figura 24 – Floração – Praça Pancras 
Fonte: Landezine 
Figura 25 – Área comercial – Praça Pancras 
 
Figura 26 – Área de alimentação – Praça Pancras 
 
Fonte: Landezine 
43 
 
 
7.1.3 Praça Victor Civita: Espaço Aberto da Sustentabilidade – São Paulo, Brasil 
 
 Localização: São Paulo, SP, Brasil 
 Projeto: Urbanismo 
 Arquitetos: Levisky Arquitetos Associados e Anna Julia Dietzsch 
 Área: 13.600 m² 
 Ano do projeto: 2007 
 Paisagismo: Benedito Abbud 
 Localizada (Figura 27) entre a Rua Sumidouro e a Av. das Nações Unidas no 
bairro de Pinheiros na zona Oeste de São Paulo capital, em seu contexto urbano se 
destacam como marcos principais (Figura 28) a Estação de Metrô de Pinheiros, o 
Centro de práticas esportivas da USP (CEPEUSP), o Museu de Microbiologia do 
Instituto Butantã, SESC Pinheiros e o Mercado Municipal de Pinheiros. O projeto foi 
proposto pelo escritório Levisky Arquitetos e Anna Dietzsch arquiteta e urbanista, em 
parceria com o Grupo Abril, Banco Itaú, Even Construtora, Petrobrás, coordenada 
Prefeitura de São Paulo por meio da subprefeitura de Pinheiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 27 – Localização – Praça Victor Civita 
 
Fonte: Google Earth – editado por Esther Benke, 2019. 
44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sua implantação iniciou no ano de 2006 sendo inaugurada em 2008, a proposta 
projectual consiste na revitalização da área que era ambientalmente insalubre para o 
contato humano direto. A mesma era insalubre devido ao fato que, entre os anos de 
1949 a 1989 abrigava o Incinerador de Pinheiros (Figura 29) onde era queimado cerca 
de 200 toneladas de resíduos hospitalares e domiciliares ao dia, este grande volume 
com o passar do tempo se sedimentou no solo deixando o terreno insalubre para a 
proximidade. Após ser desativado a área passou a ser ocupada por cooperativas de 
reciclagem (Figura 30) até o final do ano de 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Prefeitura de São Paulo 
Figura 29 – Antigo Incinerador de Pinheiros – Praça Victor Civita 
 
Fonte: Google Earth 
Figura 28 – Localização – Praça Victor Civita 
 
45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A revitalização da praça parte da proposição de técnicas sustentáveis, visando 
diversas diretrizes propostas desde sua construção até a manutenção futura, como a 
redução dos entulhos e manutenção da permeabilidade do solo. A praça é 
caracterizada como Museu Aberto por reunir atividade educativa (Figura31) mediante 
a informações sobre o projeto, tecnologias utilizadas e soluções para a recuperação 
da área contaminada.
O conceito adotado de praça suspensa parte da necessidade de elevação do 
terreno (Figura 32 ao 35) em aproximadamente 1,00 metro no nível do solo existente 
Figura 30 – Cooperativa de reciclagem – Praça Victor Civita 
 
Fonte: Viva Decora 
Figura 31 – Área destinada a educação ambiental – Praça Victor Civita 
 
Fonte: Paisagismo em foco 
46 
 
 
e a sobreposição de 50 centímetros de terra para a o isolamento do solo contaminado, 
optando assim em permanecer a história do espaço edificado. Proporcionando um 
deck suspenso (Figura 36 e 37) de acordo com a topografia do terreno, como forma 
de mobilidade na praça, sendo a maior preocupação das arquitetas que a madeira 
fosse legalizada relacionando assim o projeto com o conceito de sustentabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 32 – Corte longitudinal – Praça Victor Civita 
 
Figura 33 – Corte transversal – Praça Victor Civita 
 
Fonte: Vitruvius 
Figura 34 – Corte longitudinal – Praça Victor Civita 
 
Figura 35 – Corte longitudinal – Praça Victor Civita 
 
Fonte: ArchDaily 
47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A sustentabilidade no projeto é abordada por diversas maneiras como a 
sustentabilidade ecológica, contemplando soluções sustentáveis desde o início da 
construção até atualmente em sua manutenção, como a estrutura de sustentação do 
deck suspenso (Figura 38) feita de metal reciclado pré-fabricado gerando menos 
resíduos na obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ArchDaily 
Figura 38 – Deck suspenso – Praça Victor Civita 
 
Figura 36 – Deck suspenso – Praça Victor Civita 
 
Figura 37 – Deck suspenso – Praça Victor Civita 
 
Fonte: Vitruvius 
48 
 
 
A produção de energia limpa através de espécies florais implantadas pelo 
arquiteto Benedito Abbud, sendo espécies com funções fitoterápicas, orgânicas ou 
passíveis de utilização na produção de energia limpa (é a energia que ao ser 
produzida não lança gases/resíduos tóxicos poluentes na atmosfera e no meio 
ambiente, sendo renováveis) ou biodiesel (combustível obtido através de matérias-
primas vegetais ou animais, sendo biodegradável, não tóxico e pouco poluente ao 
meio ambiente), as construções existentes na praça como o espaço da terceira idade 
e o centro de educação ambiental foram construídos por estrutura seca de Light Steel 
Frame (Armação de aço leve) e placas cimentícias gerando agilidade e baixa geração 
de resíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A água da chuva é captada através do deck (Figura 39) e utilizada para a 
manutenção da praça, a água utilizada nos sanitários passa por um processo de 
biotratamento prosseguindo para o processo de decantação em um espelho d´água 
inserido na mesma (Figura 40) e sendo reutilizada na rega das áreas arborizadas do 
local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 40 – Água de Reuso – Praça Victor Civita 
 
Figura 39 – Ciclo de coleta da água - Deck – Praça Victor Civita 
 
Fonte: Vitruvius 
Fonte: Arch Daily 
49 
 
 
O partido econômico adentra o projeto através da parceria público-privada 
promovendo a modificação e a revitalização do espaço público. Visando o uso de 
caráter cultural a praça oferece espaço comunitário e educacional (Figura 41) 
oferecendo o Centro da Terceira Idade (Figura 42), Arena coberta (Figura 43) área 
para shows e apresentações, Oficina de Educação Ambiental, Museu da Reabilitação 
(Figura 44) contando a história do local, técnicas sustentáveis utilizadas na concepção 
do projeto e em sua execução, entre outras áreas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As instalações propostas para a praça a tornaram um referencial para 
realização de shows e pesquisas, possuindo o Laboratório de Plantas, o público que 
a utiliza é diversificado e as atividades atendem a todos com a mesma importância. 
 
 
 
Figura 41 – Planta e programa – Praça Victor Civita 
Fonte: Vitruvius 
50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 42 – Centro da Terceira Idade - Deck – Praça Victor Civita 
 
Figura 43 – Arena coberta - Deck – Praça Victor Civita 
Figura 44 – Museu da Reabilitação - Deck – Praça Victor Civita 
Fonte: Áreas verdes da cidade – editado por Esther Benke, 2019. 
51 
 
 
 A praça possui linearidade em sua circulação de modo que, o usuário percorre 
parte considerável das instalações propostas, com placas educativas (Figuras 45 e 
46) demonstrando as técnicas aplicadas no projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Áreas verdes da cidade 
Figura 45 – Placa informativa - Deck – Praça Victor Civita 
Figura 46 – Placa indicativa - Deck – Praça Victor Civita 
Fonte: Áreas verdes da cidade 
52 
 
 
7.2 Relação dos estudos de referências e a aplicação projectual 
 
 A relação estabelecida entre os estudos de caso dar-se-á através das mais 
diversas modalidades de lazer aplicados em ambos, sua localidade na parte central 
da cidade de forma que compõem a malha urbana. No programa de necessidades de 
ambos também apresentam semelhanças pela forma que o parque interage com o 
usuário, com sua distinta ambientalização de paisagismo projetado. 
Os mesmos são considerados os maiores de sua região possuindo um leque 
de atividades sendo possível apanhar algumas propostas conceituais como as 
oficinas de educação ambiental e o paisagismo característico da região de 
implantação, entretanto aplicadas para o cerrado e a aplicabilidade de novos 
conceitos e tecnologia nos materiais e técnicas de execução da obra relacionado a 
Praça Victor Civita - Museu Aberto da Sustentabilidade – Brasil. A praça Hefei Wantou 
& Vanke Paradise Art Wonderland – China com a interação entre os espaços 
propostos a praça, o parque, espaços cívicos e de lazer tornando diversos uso em um 
parque somente; e a praça Pancras Square – Reino Unido localizada na parte central 
do bairro King´s Cross ressaltando a importância da área de lazer localizada no meio 
da centralidade urbana a fim de se relacionar de forma direta com o entorno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
8 ESTUDO DO SÍTIO DA INTERVENÇÃO 
 
 A escolha da área de intervenção e o estudo circundante da mesma é de suma 
importância no projeto de urbanismo. Deve-se se conhecer a fundo as necessidades 
da área e a partir da análise entende-se que o projeto virá a favorecer o entorno, os 
tópicos a seguir visam atender esses objetivos. 
 
8.1 Localização 
 
 A área de estudo escolhida é o Parque Itatiaia, de acordo com estudos 
realizados está inserido na região Norte de Goiânia, Brasil (Figura 47 e 48). A mesma 
possui uma área de 213.300,00 m², cadastrada pela Lei Municipal N° 7.671 de 
29.11.96, e inaugurado no dia 22 de nov. 2006 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 47 – Brasil – Goiás – Goiânia 
GO 
Goiânia 
Região 
Norte 
Região 
Oeste 
Região 
Noroeste 
Região 
Leste 
Região 
Sudoeste 
Região 
Central 
Região 
Sul 
Fonte: Editada por Esther Benke, 2019. 
Fonte: Editada por Esther Benke, 2019. 
 
Figura 48 – Goiânia – Regiões Metropolitanas

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