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RESUMO SEMIOLOGIA
Semiologia: É o segmento da patologia que pesquisa sintomas com o objetivo de formar base clínica para o diagnóstico, prognostico e tratamento. 
Anamnese Exame físico Exame complementar Diagnostico 
 Tratamento 
Exame clínico: É o conjunto de procedimentos executados pelo clinico de forma metódica e sistemática visando o estabelecimento de um diagnóstico presuntivo. É uma busca de informações.
Exame geral: Como está a saúde geral do animal e qual o provável local da doença. Exame clinico geral: Observa-se o nível de consciência, postura, locomoção, condição física/score corporal, pelame, formato abdominal, características respiratórias e etc. Métodos semiológicos: Inspeção (comportamento, anatômico, consciência), palpação, auscultação, percussão. 
Condição física: Observa-se o score corporal, a postura do animal, o comportamento – em bovinos muito importante fazer a inspeção do abdômen. 
Score corporal: Em bovinos varia de 1 a 5, observar costelas aparentes, proeminências ósseas, a inserção da calda, a garupa (em formato de V score menor ou igual a 3 produzira menos, formato de U maior ou igual a 3,5 Terá mais saúde, menores problemas, formato reto maior ou igual a 4 maior chance de DA, RP, CE, FG e baixos índices de problemas reprodutivos). 
OBS: Há variações ideais nas condições corporais durante a vida produtiva de vacas leiteiras. 
	PERIODO
	CONDIÇÃO CORPORAL
	Período seco
	3,25 a 3,5
	Parto
	3,0 a 3,25
	Pico de lactação
	2,5 a 2,75
	Meio lactação
	3,0 a 3,25
Score corporal em equinos: Observar Crista do pescoço, a Cernelha, o Lombo, a Inserção da cauda, a Região torácica e a Espádua, varia basicamente de 0 a 4 ou 1 a 5 ou 1 a 9. 
PARAMETROS VITAIS NORMAIS
Temperatura corporal: Exame muito importante, pouco invasivo, baixo risco de dano à saúde do animal, rápida obtenção do resultado e baixíssimo custo financeiro.
Termômetros –cuidado com termômetros de mercúrio que podem quebrar dentro do reto. Esperar defecação e pressionar o termômetro lateralmente contra a parede do reto. Não os deixar em lugares quentes e expostos ao sol. Introduzir cerca de 1/3 do termômetro.
Variações: circadiana, alimentação, beber água, sexo (femeas no cio e gestantes), estado nutricional (animais desnutridos possuem temp mais baixas), temperatura ambiental e esforço físico.
OBS: Animais de porte menor e mais jovens tendem a terem a temp corporal maior. 
Normotermia: temperatura normal;
Hipertermia: temperatura elevada;
Hipotermia: baixa temperatura. 
Mucosas: Observar se há corrimento, coloração, e realizar o TPC (tempo de preenchimento capilar – observar mucosa nasal, ocular, vulvar) 
TPC: Sadio: 1-2’, Desidratado: 3-4’, Gravemente desidratado: >5’
Aspecto das mucosas: Róseas -normal
Cianóticas – excesso de hemoglobina conjugada. Deficiência respiratória ou cardíaca, substâncias cianogênicas (ácido cianídrico da mandioca brava)
Ictéricas – aumento de bilirrubina. Bilirrubina direta é conjugada no fígado e é hidrossolúvel, bilirrubina indireta é lipossolúvel. 
Pré-hepáticas -hemoparasiats, lise de hemácias; 
Hepática –hepatite; 
Pós-hepática -obstrução do fluxo biliar
Congestas –ingurgitamento dos vasos.
Pálidas –anemia ou hipoperfusão.
Hemorragias Petequeais.
Tipos de corrimento: Fluido, Seroso, Catarral, Purulento, Sanguinolento.
 
Linfonodos: Participam dos processos patológicos – infecções e inflamações. Observar o tamanho, consistência, sensibilidade, mobilidade, superfície. 
Examináveis x palpáveis
Em equinos o único linfonodo palpável é o submandibular.
OBS: Doenças que alteram todos os linfonodos em bovinos: Tuberculose e doença linfocitica. 
Grau de Hidratação: A desidratação afeta principalmente o volume sanguíneo prejudicando a circulação – observar se há enoftalmia (afundamento do globo ocular – indicio de desidratação). 
SISTEMA RESPIRATORIO 
Auscultação do pulmão: Em bovinos lado esquerdo 12 espaço intercostal, metade do 9 espaço intercostal 1 palmo acima do troclear, musculatura escapulo dorsal. 
Equinos limiar cranial: musculatura da paleta, limiar dorsal: musculatura do dorso, limiar caudo-ventral: 17 espaço intercostal adjacente a musculatura do dorso, 16 espaço intercostal ao nível da tuberosidade isquiática, 11 espaço intercostal ao nível da articulação escapulo-umeral/ponta da paleta. 
Inspeção: Observar se há corrimento nasal, posições características, ronco ao respirar, verificar parâmetros vitais. 
OBS: Abcessos hepáticos tem como sinal clinico hemoptise (sangue das vias aéreas e pulmões). 
Sinal clinico de pneumonia: Dispneia, taquipneia, tosse, extensão do pescoço, estertores pulmonares, corrimento nasal. 
percussão da região nasal: Usar as mãos, posicionadas em frente ao animal com certa distância, e verificar se o ar está saindo. 
 
Auscultação: Ruídos traqueal, traqueobrônquico e bronco bronquiolar. 
Ruídos patológicos: Crepitação grossa ou estertor úmido (termo antigo). Clinicamente, significa aumento de líquido no interior de brônquios
Crepitação fina ou estertor crepitante (termo antigo). Ruído semelhante ao esfregar de cabelos próximo à orelha.
Inspiração interrompida ou murmúrio vesicular interrompido (denominação antiga). Pequenas interrupções na inspiração, como se fosse o soluçar de uma criança chorando.
Sibilo: Manifestação sonora aguda, de alta intensidade, que se assemelha a um chiado ou assobio. Estreitamento das vias–broncoespasmo.
Ronco: Ruído grave, de alta intensidade, produzido pela vibração de secreções viscosas aderidas às paredes de grandes brônquios durante a passagem de ar.
Roce pleural: Ruído provocado pelo atrito das pleuras visceral e parietal inflamadas, indicando pleurite. Pode estar associado ao ruído cardíaco-indicando, pleurite associada a pericardite.
OBS: Pode se amarrar uma sacola na região nasal do animal para forçar uma respiração mais dificultosa e assim melhorar a auscultação. 
SISTEMA CIRCULATORIO
Começa pela inspeção (coloração das mucosas, edema, jugular engorgitada, dificuldade respiratória, alo toximico...). 
OBS: Em ruminantes é mais comum ter edema ventral – submandibular e na barbela – muitas vezes como causa primaria parasitas. 
Deve-se fazer a inspeção do ambiente, observar se há algo que cause intoxicação, ou se há parasitas. 
 
Mucosas: pálidas ou congestas. 
Palpação: Pontos aórticos, pulmonar e mitral – observar choque cardíaco, ingurgitação da jugular, percussão sonora e dolorosa (teste do martelo, do bastão, e periscamento de cernelha). 
Auscultação: 1° ruído: Sístole (válvulas atrioventriculares) – som longo, grave e alto; 2° ruído: Diástole (válvulas semilunares) – Som mais rápido e suave. 
Frequência – intensidade – ritmo
OBS: O ritmo ajuda a diferenciar os sons normais e patológicos. 
Pulso: Exame de vasos – batimento das artérias – fazer pela cauda em bovinos. 
Sinais confiáveis de doença cardíaca: Sopro sistólico de grau 4/6 ou maior na ausência de anemia Sopro diastólico prolongado de grau 2/6 ou maior Frêmito precordial na ausência de anemia Ingurgitamento venoso generalizado;
Fibrilação atrial;
Bloqueio cardíaco atrioventricular de grau 3 (completo);
Batimentos prematuros ocorrendo frequentemente;
Taquicardiaventricular.
 SISTEMA DIGESTORIO 
Para ruminantes é importante saber todo processo digestivo, da apreensão até excreção e principalmente ligado ao rumem – ruminação. 
OBS: Leite encontrado no rumem de filhotes indica uma falha no fechamento da goteira esofágica. 
Clico primário ou rumino reticular.
Clico secundário (eructação).
Ruminação.
Fechamento de goteira esofágica
OBS: Produção excessiva de CH4 (metano) indica uma deficiência da microbiota ruminal – há formas de diminuir e melhorar o rendimento energético e diminuir secreção desse tipo de gas. 
REGULÇAO DO PH RUMINAL 
Inspeção: Verificar apetite (inapetência aparente x inapetência verdadeira), sede, preensão dos alimentos, mastigação, deglutição, ruminação,
eructação (obstrução esofágica) e defecação.
Inspeção do ambiente: Observar os coxos, as fezes, a alimentação. 
Contorno abdominal: Indica principalmente problemas no rumem. 
OBS: Quanto mais concentrado mais as fezes ficam moles/fluidas indicando acidose ruminal. 
Exame cavidade oral: Observar se está ruminando, comportamento normal de pastejo, apreensão do alimento, abrir/examinar mucosa (dentro da boca), dentição, esôfago (palpação externa e sondagem (se necessário) observar se há fistulas, estomatites, língua de pau... 
OBS: Fistulas na cavidade oral é de notificação obrigatória por causa da fere aftosa. 
Exame do rumem: Observar os movimentos ruminais, se há motilidade/estratificação, palpação – mudanças de consistência, auscultação (movimentos ruminais), percussão (martelo e pleximetro). Rumem normal não faz um barulho metálico devido as fibras – timbre pigmentar. 
Provas de dor: Beliscamento de cernelha, percussão dolorosa, prova do bastão, prova da rampa. 
Exame do suco de rúmen: Características físicas: cor, odor, viscosidade, pH, Prova da redução do azul de metileno, Sedimentação e flutuação, Microscopia direta e gram. 
A prova de redução de cor vai medir quanto tempo demora para voltar para cor original (5min é o ideal), demorar mais é indicio que as bactérias ruminais morreram – no inicio de uma acidose o tempo pode ser rápido (dietas pobres em proteínas ou acidose ruminal). 
OBS: Em casos de deslocamento de abomaso pode-se fazer dosagem de cloreto (vai estar aumentado). 
Sistema digestivo de equinos – monogatricos 
Cavidade oral: Observar principalmente se há problemas dentários, podem levar a problemas infecciosos, animal para de comer, sente dor. Observar tambem faringe e esôfago (palpar e endoscopia). 
Estomago: Laparotomia exploratória, sondagem, avaliação do conteúdo estomacal. Em casos de cólica o pH estomacal pode aumentar (pH 6,0) pois pode haver um refluxo do intestino para o estomago. 
Intestino: Para melhor inspeção dividir em 4 quadrantes: 
Exame começa pelo ceco – saber se as válvulas íleo cecal (som de descarga) e ceco cólica (som de rolamento/plof plof) estão funcionando, além dos sons intestinais (som de peristaltismo). Identificar a intensidade dos sons como normal (++), hipermotilidade (+++), hipomotilidade (+) e ausente (-) – se faz por meio da auscultação, palpação e percursão. 
Palpação retal – O que? Ceco e tenias cecais, Colon maior dorsal e Flexura pélvica;
Como? Alça deslocada, Sensibilidade, Compactação, Alça degenerada, Distensão por gás, Estiramento do mesentério, Encarceramento nefro-esplênico;
Outros: Baço, Rim, Artéria mesentérica, Ceco e tenias cecais, Colon maior dorsal, Flexura pélvica, Útero, Ovário, Mucosa – nódulos linfáticos. 
Aspecto das fezes: As fezes devem ser examinadas quanto ao formato, ao grau de umidade ou consistência, à coloração, ao odor, ao tamanho das partículas, à presença de grãos e de corpos estranhos. 
SISTEMA NERVOSO
Objetivo: Identificar se há um problema, a origem do problema e a causa do problema. 
OBS: Em grandes animais é importante para identificar zoonoses (como a raiva e o botulismo mais comum em bovinos, e tétano e meningite mais comuns em equinos) – pois há perdas econômicas e risco para saúde pública. 
Inspeção: Observações do comportamento, Observações da postura, Locomoção/ movimentos involuntários e Alterações respiração, pulso, digestivas. 
Observar se consegue realizar funções básicas normais – quando não consegue pode indicar lesão nos nervos – Apetite, Apreensão, Mastigação, Deglutição, Ruminação, Ingest. Água, Defecação/Micção. 
 
Avaliação das funções proprioceptivas: Noção do próprio corpo em relação ao espaço, quando há perda dessa função ocorre posturas diferentes, esbarra em obstáculos...
Consciência: Vigília -Alerta, Sonolência, Estupor, Coma;
Comportamento: Se está atento ou não, como está se alimentando e etc... Observar também se há assimetria do corpo. 
Exame neurológico: 1 – Estimulo de ameaça 
2 – Teste de sensibilidade profunda 
3 – Teste de equilíbrio 
4 – Teste propriocepção 
5 – Teste sensibilidade superficial 
6 – Teste estagno fisiológico 
Exame dos nervos cranianos: I –N. Olfatório: Teste Sensorial
II –N. Ópico: Teste Sensorial
III -N. Oculomotor: Teste Motor
IV –N. Troclear: Teste Motor
VI –N. Abducente: Teste Motor
V –N. Trigêmio: Teste Sensorial e Motor
VII –N. Facial: Teste Motor
VII –Vestibulococlear: Teste Sensorial
IX –N. Glossofaríngeo: Teste Sensorial
X –N. Vago: Teste Sensorial e Motor
XI –N. Acessório: Teste Motor
XII –N. Hipoglosso: Teste Motor
OBS: Quando se há lesões em vários nervos elas são classificadas como síndromes cerebrovestibulares. 
Síndromes Cerebrocorticais: Tipo destrutivo: apatia, depressão, falta de conexão com o ambiente, diminuição das respostas a estímulos, hipoestesia, anestesia, coma, alteração da sensibilidade profunda.
Tipo irritativo: alterações psíquicas com exarcebação das reações, excitação, hiperreflexia, hiperestesia, espasmos musculares, convulsões.
Perturbações auditivas e visuais, opstótono e movimentos de pedalagem, alteração do psiquismo.
Síndromes Cerebelares: Hipotonia, hipermetria, incoordenação, marcha cambaleante (zig-zag), quedas (retropropulsão). Quando em estação apresenta oscilação do corpo, abertura do quadrilátero de sustentação e tremores. Nistágmo e opistótono. - Os sinais clínicos são contínuos e o psiquismo é normal.
Síndromes Vestibulares: Principais sinais clínicos: nistágmo, desequilíbrios transitórios, inclinação da cabeça, andar em círculo, ptose da orelha e pálpebra de forma unilateral, hemiparesia. – Os sintomas são muitas vezes intermitentes, e o psiquismo é normal.
Síndromes Medulares: Os sinais clínicos variam de acordo com o local, a extensão da área lesada, e a gravidade. Alterações sensitivas e motoras (paresias, paralisias), alterações dos reflexos (hiporreflexia, hiperreflexia) e atrofias musculares. – A localização e característica dos sintomas vai variar de acordo com o local da lesão.

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