Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
APOSTILA DE SEMIOLOGIA VETERINÁRIA AULAS: JOÃO PAULO SAUT, SOFIA BORIN, DIEGO DELFIOL RESUMO: TATIANE MARQUINI RIBEIRO Introdução Métodos de exame clínico, pesquisar os sintomas e os interpretar, com a finalidade de construir um diagnóstico e presumir um prognóstico. 1° método: Inspeção Ex: esquerdo dorsal tem o rúmem que pode ter aumento e ser timpanismo; direito ventral abdominal pode ter aumento sugestivo de prenhez, aumento de útero por hidropsia (pode aumentar os 2 lados). Diagnóstico (conclusão) - Presuntivo, provável ou provisório; - Diferencial; - Terapêutico (sinais clássicos, demora nos exames); - Laboratorial (exames laboratoriais complementares). Prognóstico Evolução das doenças, com ou sem tratamento - Quanto à vida; - Quanto à função; - Quanto ao valor; Pode ser bom, mau / desfavorável, reservado. Sinal (escola americana) ou Sintoma (escola alemã) Na veterinária ambos significam +/- a mesma coisa. Ex: Anemia não é diagnóstico, sim sinal! Claudicação é um sinal. Disfagia: dificuldade de apreensão, mastigação e/ou deglutição (3 tipos). - Sinal patognomônico (característico) Ex: Tétano – protusão da 3ª pálpebra. Outros sinais são cauda em bandeira e disfagia. Síndrome (conjunto de sinais) Não é diagnóstico! Ex: Síndrome febre – aumento da temperatura corporal (hipertermia), aumento da frequência respiratória (taquipnéia), diminuição do apetite (inapetência ou hiporexia), diminuição da produção de urina (oligúria), aumento da frequência cardíaca (taquicardia). Ex: Síndrome cólica – desconforto abdominal, náusea, aumento das frequências cardíaca e respiratória. Exame clínico I. Identificação (resenha) II. Anamnese / histórico III. Exame físico geral IV. Exame físico especial ou específico V. Exames complementares I. Identificação do paciente Nome, registro, número, marcas; Espécie; Raça; Sexo; Idade; Peso; Coloração de pelagem. II. Anamnese ou histórico Fonte e confiabilidade; Queixa principal; História médica recente (o que, quando e como); Comportamento dos órgãos: - Sistema digestório; - Sistema cárdio-respiratório; - Sistema genito-urinário; - Sistema nervoso; - Sistema locomotor; - Pele e anexos. História médica pregressa; História ambiental e de manejo; História familiar ou do rebanho. III. Exame físico geral e IV. Exame físico especial São métodos de exploração. 1) Inseção; 2) Palpação; 3) Percussão; 4) Auscultação; 5) Olfação. 1) Inspeção: Sempre crânio -> caudal Classificação: A. Direta Usa seus olhos / mãos. B. Indireta Usa algum equipamento: - Otoscópio, laringoscópio, oftalmoscópio; - Raio-X; - Ultrassom; - Eletrocardiograma. Observar: Animais em conjunto/relação com o ambiente; Animais em movimento; Animais em estação; Animais em decúbito; Deitar-se e erguer-se. Principalmente em animais de produção. 2) Palpação Propriamente dita (temperatura, consistência); Por pressão (ver reação à sensibilidade para chegar em algum órgão, ver grau de dor); Por tato ou palpação cega (não consegue ao mesmo tempo fazer inspeção e palpação, ex: palpação retal). Consistência: Mole (gordura); Firme (fígado, músculo); Dura (osso); Consistência pastosa (edema – Sinal de Godet); Flutuante (hematoma, abscesso, cisto); Crepitante (enfisemas subcutâneos). Direta: com as mãos. Indireta: equipamento/instrumento (sondas, cateteres, pinças, agulhas). 3) Percussão Determina a vibração das estruturas que estão sendo examinadas, as quais produzirão um som, variável na dependência da resistência das porções que vibram. Direta: usa digitais. Indireta: digito-digital ou com martelo plessimétrico. 2 movimentos, um mais superficial e um mais profundo. Máximo estruturas a 7 cm de profundidade. Percussão comparada e percussão topográfica (ambas muito usadas no sistema respiratório). Tipo de som: Som mate ou maciço: agudo, pouco intenso e de pequena duração, ex: musculatura, fígado, sinusite, etc.; Som submaciço: ex: abscessos; Som timpânico: som grave, intenso e de longa duração, ex: cavidade contendo gás e cujas paredes não estejam distendidas – rúmem na região dorsal; Som claro: grave, intenso e cheio, ex: órgãos cavitários contendo gás cujas paredes estejam distendidas, região pulmonar, seios nasais; Som hipersonoro: paredes bem distendidas contendo em sua maioria gás, ex: rúmem com timpanismo; Som metálico: cavernas grandes com paredes bem tensas contendo gás e líquido, ex: dilatação gástrica em cães, dilatações cecais em equinos e deslocamento de abomaso em bovinos. 4) Auscultação Ruídos. Direta: encosta o ouvido (não usa). Indireta: estetoscópio/fonedoscópio. Classificação dos ruídos: Aéreos (movimentos respiratórios); Hidro-aéreos; Líquidos (sopros cardíacos, sopro anêmico); Sólidos (roce pericárdico nas paricardites). 5) Olfação Exame físico geral Generalista. 1) Nível de consciência Ausente (coma, não responsivo); Diminuído (apático); Normal (responsivo); Aumentado (excitado). Varia com as características da espécie, raça, indivíduo, estresse. 2) Postura Avaliar: Decúbito; Levantar-se, deitar-se; Movimento. 3) Estado nutricional Caquético; Magro; Normal; Gordo; Obeso. 4) Avaliação geral da pele Crânio -> caudal (bilateral). Aula específica! Relação com a saúde: Grau de desidratação; - Elasticidade da pele (turgor); - Enolftamia (olho fundo); - Ressecamento de mucosas; - Nível de consciência (se desidratado estará apático); - Postura. Avaliação de estruturas anexas: cascos, unhas, cornos, glândula mamária, prepúcio e testículos, pavilhão auricular. 5) Avaliação dos parâmetros vitais Frequência cardíaca; Frequência respiratória; Frequência intestinal/ruminal; Temperatura corporal. 6) Exame das mucosas a) Oculopalpebrais: Conjuntivas palpebrais (superior, inferior, 3ª pálpebra) e conjuntiva bulbar ou esclerótica). b) Nasal; c) Bucal; d) Vulvar, prepucial; e) Anal. Observar: Coloração; TPC; Umidade. Coloração: - Anêmica -> hipocoradas; - Congestas -> hipercoradas; - Cianóticas -> azuladas; - Ictéricas -> amareladas; - Normais -> normocoradas. Alteram mucosas: - Hematose pulmonar; - Circulatório (cardíaco, anemia, desidratação, choque); - Outras alterações. 7) Avaliação dos linfonodos a) Mandibulares; b) Retrofaríngeos; c) Cervicais superficiais ou pré-escapulares; d) Pré-femorais ou pré-crurais; e) Poplíteos; f) Mamários; g) Ingnais superficiais ou escrotais. Semiologia do Aparelho Respiratório de Grandes Animais Funções do sistema respiratório Oxigenação sanguínea (hematose); Eliminação de CO2; Equilíbrio ácido-básico; Termorregulação; Metabolização de drogas. Lobo médio do pulmão + lobo cranial direito parte caudal = mais acometidos por lesões. Trato respiratório Anterior/ superior - Narinas; - Fossa nasal; - Seios paranasais; - Nasofaringe; - Orofaringe; - Laringe. Posterior/ inferior - Traqueia; - Brônquios; - Bronquíolos; - Dutos alveolares; - Alvéolos. Anamnese Animais jovens: Anormalidades congênitas; Imunidade; Animais jovens (prematuros/colostro). Animais velhos: Doenças neoplásicas; Doenças degenerativas. Geral: Instalações; Entrada de animais; Vacinações/ vermifugação. Características respiratórias 1. Ritmo respiratório; 2. Frequência respiratória (movimentos respiratórios); 3. Amplitude ou profundidade respiratória; 4. Tipo respiratório. Eupnéia - Normal; - Características normais. Dispnéia - Dificuldade; - 1 ou + características anormais. 1. Ritmo A. Ritmia B. Arritmia2. Movimentos / frequência Já tem uma esperada/ desejada. a) Apnéia (0) b) Bradipnéia ↓ c) Taquipnéia ↑ Fatores que influenciam: - Idade: menor em + velhos; - Porte: menor em maiores; - Ambiente: menor no frio e seco. 3. Amplitude ou profundidade A. Respiração superficial (+ curta); B. Respiração profunda (hiperpnéia) (dilata cavidade torácica); Diminuição da amplitude: - Processos dolorosos de pleura ou parede costal; - Algumas situações que levam à taquicardia. Aumento da amplitude: - Após exercícios físicos; - Estenose (dificulta a passagem de ar); - Aumentos abdominais (pressão na cavidade torácica). Barulho quando se esforça para respirar: estridor ou ronco. 4. Tipos de respiração Avalia a participação do tórax e/ou da parede abdominal nos movimentos respiratórios. 5 tipos: A) Respiração tóraco-abdominal (costo-abdominal); B) Respiração torácica; C) Respiração abdominal; D) Inspiração em 2 tempos (dupla inspiração); E) Expiração em 2 tempos (dupla expiração). Dispneia I. Dispneia inspiratória (problemas no trato respiratório superior geralmente, atrapalha entrada de ar); II. Dispneia expiratória (trato respiratório inferior); III. Dispneia mista (+ comum). Posição ortopneica: visa liberar mais as vias respiratórias na dispneia. Ruídos de origem respiratória ouvidos externamente I. Espirro (esternutação); Expiração forte e curta pelo nariz. Origem: irritação da mucosa nasal por acúmulo de secreção ou corpos estranhos no nariz. II. Estridor; Sons sincrônicos com a respiração, devido ao estreitamento nas vias respiratórias anteriores, com ou sem presença de exsudato. Localização da obstrução da corrente de ar: estridor nasal, estridor laríngeo, estridor faríngeo, estridor traqueal. III. Tosse. Pode ser estímulo cardíaco/digestório também. Rápida e ruidosa expulsão de ar através da glote com a finalidade de expulsar o muco ou outro material da árvore traqueobronquial. Reflexo de tosse: irritação das terminações nervosas sensitivas (mucosa da traqueia, mucosa dos brônquios, pleura, parênquima pulmonar). Exame do estímulo ao reflexo de tosse: - Tosse seca e persistente, não produtiva; - Tosse persistente, produtiva. Exame físico específico do Sistema Respiratório Ar inspirado e expirado I. Avaliar se a corrente de ar inspirado/expirado nos lados direito e esquerdo tem a mesma intensidade; II. Avaliar o odor do ar expirado. Cavidade nasal Focinho ou mufla: úmido e brilhante, coberta por um líquido claro e seroso, frio à palpação. Fluxo nasal I. Vias aéreas superiores - Secreção unilateral ou bilateral: a) Serosa, mucosa ou purulenta; b) Hemorrágica (epistaxe). II. Vias aéreas inferiores - Secreção deglutida (+ importante) ou eliminada pela tosse; - Bilateral. a) Serosa, mucosa ou purulenta; b) Espumosa – congestão e edema pulmonar; c) Hemorrágica (hemoptise). Seios paranasais, seios frontais Percussão a) Seio normal: cavidade percutida recoberta por ossos finos (som claro); b) Seio preenchido por pus (empiema): som sub-maciço ou maciço, sensibilidade na área percutida. Faringe e laringe I. Inspeção externa II. Palpação - Assimetria; - Sensibilidade; - Temperatura. III. Inspeção interna (abre-bocas, laringoscópio, endoscópio, endoscopia – exame complementar) Taqueia - Avaliação apenas da porção cervical. I. Inspeção e palpação - Presença de tumor; - Mobilidade em relação aos órgãos adjacentes; - Estreitamentos (colapsos traqueais); - Sensibilidade. * Reflexo de tosse pode dar falso positivo e falso negativo! Inspeção e palpação do tórax - Temperatura; - Palpa toda a área pulmonar; - Sensibilidade; - Enfisemas subcutâneos; - Frêmitos (ruído que sente com a mão – “movimento da secreção”) (com esteto -> crepitação). **Frêmito Pleural - Atrito entre as pleuras (parietal e visceral) ásperas, infladas, rugosas, cobertas de exsudações. **Frêmito Brônquico - Crepitação adquire bastante intensidade e as vibrações chegam à superfície da caixa torácica; - Observa-se em broncopneumonias. Percussão do pulmão - Indireta (martelo plessimétrico, digito-digital). - Topográfica: 1º topográfica, depois comparada. Delimitação mais fácil do lado direito – “fígado”. Área pré-escapular – sem significado clínico. - Comparada: Som claro – pulmão normal. Crânio-caudal. - Superficial e profunda: 1 movimento fraco + 1 movimento forte. Entre os espaços intercostais. Normal: som claro. Auscultação Nomenclatura: 1. Ruído laringotraqueal; 2. Ruído traqueal; 3. Ruído traqueo-brônquico; 4. Ruído broncobronquiolar. Auscultar pelo menos esses 4 pontos: Cranial-----------------------------------------Caudal Alguns microorganismos patológicos tem preferência por algumas localizações no pulmão. Para melhorar o ruído: o No equino: monta e da uma volta; o No bovino: faz ele andar; o Sacola: tampa a respiração por um período curto (às vezes com a mão mesmo); o Animal não pode estar muito doente (enfisema). Ruídos pulmonares patológicos: Respiração rude: - Ruído broncobronquiolar: torna-se áspero, rude e duro; - Altera-se na inspiração e expiração; - Crepitação grossa: aumento de líquido no interior de brônquios, inflamatório ou não, secreção muco purulenta - Crepitação fina: descolamento das paredes das pequenas vias aéreas preenchidas por líquido ou muco. - Sibilo: ruído agudo, de alta intensidade (chiado, assovio). Indica estreitamento de vias aéreas. Silêncio respiratório: - Não se consegue auscultar nada; - Áreas pulmonares consolidadas (hepatizadas), não arejadas. Exames complementares - Toracocentese; - Hemograma; - Exame parasitológico; - Sorologia; - Radiografia; - Ultrassonografia; - Endoscopia -> traqueoscopia/broncoscopia; - Lavados traqueobrônquico e broncoalveolar; - Hemogasometria; - Biópsia pulmonar; - Necropsia. Semiologia do Sistema Cardiovascular de Grandes Animais Funções Manutenção da circulação do sangue - Transporte de O2 e CO2; - Hematose (nos pulmões); - Transporte de nutrientes e eletrólitos; - Transporte de substâncias metabolizadas e eliminadas por fígado e rim. Localização do coração - Cães: 3º a 6º espaço intercostal; - Gatos: 4º a 7º espaço intercostal; - Bovinos: 3º a 5º espaço intercostal; - Pequenos ruminantes: 3º a 6º espaço intercostal; - Equinos: 3º a 6º espaço intercostal. Importância da idade: anomalias congênitas x anomalias adquiridas - Cardiopatias congênitas: o Levam à morte quando incompatíveis com a vida; o Quando compatíveis com a vida ocorre uma compensação e o indivíduo pode se tornar um indivíduo normal, doente ou com uma compensação temporária. Amamnese Queixa principal: Início e duração; Evolução; Medicação; Exercício. Sinais e sintomas da insuficiência cardíaca congestiva - Esquerda Congestão venosa de pulmonar; Edema pulmonar; Dispneia (evidenciada normalmente por taquipneia); Tosse. - Direita Congestão venosa da grande circulação; Coleções de líquidos em órgãos; Ascites; Edemas. Sinais e sintomas gerais - Fadiga, cansaço fácil, fraqueza, intolerância ao exercício; - Diminuição da performance atlética; - Taquipneia, dispneia; - Abdução dos membros torácicos (posição ortopnéica); - Taquicardia; - Tosse improdutiva; - Ascites (transudato modificado); - Edemas periféricos (membros, barbela, submandibular); - Síncope (perda súbita e transitória de consciência); - Síndrome febre (processos infecciosos); - Emagrecimento progressivo (aumento do catabolismo – caquexia cardíaca mediada por TNFα); - Desenvolvimento retardado e incompleto; - Distensão veia jugular e mamária (bovinos);- Coloração das mucosas (hipocoradas ou anêmicas e azuladas ou cianóticas); - Presença de petéquias; - Morte súbita. Exame físico específico do sistema cardiovascular I. Coração; II. Vasos sanguíneos – artérias, capilares e veias. Inspeção direta Sinais e sintomas; Avaliações feitas já no exame físico geral; Avaliação da jugular; - Aparentemente vazia; - Pulsação reflexa da artéria (artéria carótida); Teste de estase venosa (se negativo fisiológico, se positivo anormal); - Causas: ICC direita (pericardite, endocardite, miocardite); lesões expansivas ou massas na entrada do tórax. Pulso da veia jugular; - Pulso venoso negativo (fisiológico): fase final da diástole; anterior à sístole ventricular (S1); - Pulso venoso positivo (patológico): fase de sístole; logo após 1ª bulha cardíaca; regurgitação da átrio-ventricular direita. Pulso venoso positivo x pulsação de carótida. Palpação Choque cardíaco (pré-cordial) – sístole ventricular (mitral): Bovinos: 4º a 5º espaço intercostal; Equinos: 4º a 5º espaço intercostal. PIM: ponto de intensidade máxima; Posição normal ou deslocado; Normal, aumentado ou diminuído. Avaliação do pulso arterial (artérias): Facial (maxila externa); Femoral; Carótida; Metacárpica; Digital (palmar e plantar); Caudal (coccígea ventral). - Características avaliadas: o Frequência (taquisfigmia, bradisfigmia); o Ritmo (ritmia, arritmia ou disritimia); o Amplitude (amplo, pequeno); o Tensão (dureza) (forte, fraco); o Celeridade (rápido, lento). - Rendimento cardíaco; - Pressão sanguínea. Auscultação (indireta – estetoscópio) 1. Frequência cardíaca; 2. Ritmo cardíaco; 3. 4 bulhas cardíacas (principal S1 e S2); 4. Focos de auscultação: - pulmonar: +/- 3º espaço intercostal; - aórtica: +/- 4º espaço intercostal; - mitral: +/- 5º espaço intercostal; - tricúspide: +/- 4º/5º espaço intercostal, lado direito, no equino da pra auscultar do lado esquerdo também. - Sopros cardíacos: vibrações sonoras que decorrem de alterações de fluxo sanguíneo pelas câmaras e válvulas cardíacas, causando turbulência do fluxo sanguíneo; - Finalidade: identificar o foco do sopro; avaliar o significado do sopro. Sistema Digestório de Ruminantes - Alta casuística; - Muito relacionada à produção; - Muitas particularidades. Casuística: conjunto de casos pregressos e/ou prevalentes em um local, região ou contexto maior, a partir dos quais são elaboradas analogias e comparações com novos casos e assuntos temáticos correlacionados, passíveis de investigação. Dentes: - saber anatomia; - incisivos são flexíveis. Exame clínico: - Identificação/resenha: Raça e função: espécies especializadas e de alta produção são mais susceptíveis à doenças metabólicas como acidose rumenal, cetose; Idade: tamanho dos compartimentos, lactentes, diarreias; Sexo: fases de periparto; Peso: cetose em animais mais pesados ou pós parto. - anamnese, exame físico geral. Exame físico específico: - Crânio -> Caudal - Boca, língua, palato duro, palato mole, dentes e faringe: Inspeção o Preensão de alimentos e mastigação; o Secreções [alimentos, salivação excessiva – ptialismo (alta produção) x sialorréia (disfagia)]; o Uso abre-bocas e abaixador de línguas (lesões, inflamações, corpos estranhos, fraturas), ou pode-se abrir de forma manual (puxa-se a língua pela região do diastema). Palpação e olfação (temperatura e sensibilidade). Importante: suspeitar de envolvimento de alterações em pares cranianos (exame neurológico). Mastigação: o 1ª mastigação: improdutiva, lateralização, não reduz muito tamanho da fibra. o 2ª mastigação: ruminação, produtiva, reduz bastante o tamanho das fibras. Termos importantes: o 3 disfagias: na apreensão, na mastigação ou na deglutição; o Anorexia: ausência total da ingestão alimentar; o Inapetência/hiporexia: ingestão de menores quantidades de alimento ou apetite parcial; o Normorexia: apetite normal; o Polifagia: apetite voraz ou excessivo; o Parorexia/pica/alotriofagia: animal come osso por ter deficiência de fósforo; Esôfago: - 3 partes: cervical, torácico e abdominal; - Inspeção direta: apenas porção cervical; - Inspeção indireta: endoscopia; - Palpação direta: porção cervical, apenas quando tiver corpos estranhos/alterações; - Palpação indireta: sonda orogástrica, ex: para retirada do gás em casos de timpanismo gasoso. Rúmen - Localizado desde a 7ª/8ª costela até a pelve, ocupa a porção esquerda da cavidade abdominal; - Inspeção; - Palpação abdominal: o É feita na região do flanco esquerdo com o punho fechado por 3 minutos (sente-se 4-7 movimentos ruminais); o Contração ruminal; o Força de contração; o Consistência (ponta dos dedos); o Sucução/baloteamento para avaliar a estratificação ruminal (região ventral com o punho fechado). - Palpação retal: saco cego caudal dorsal; - Auscultação: o Avaliar os ruídos ruminais; o 2 pontos: fossa paralombar esquerda (na região do flanco) e entre os espaços intercostais (menos audível); o Faz-se em dois pontos devido a grande chance de haver deslocamento de abomaso para o lado esquerdo (nesse caso não auscultamos o rúmen nesse ponto pois ele ficará localizado mais internamente); o Fornece a frequência (4-7 mov/3min ou 7-10 mov/5min), a força de contração e se os movimentos são completos ou incompletos; o Sons crepitantes periódicos, crescendo fortemente e decrescendo novamente (mistura das partículas do alimento fibroso, que roçam na parede vilosa do rúmen); - Movimentos rumenais: o 1º - primário ou da mistura; o 2º - secundário ou da eructação; o 3º - terciário ou da ruminação (mastigação produtiva). - Exames complementares: colheita e avaliação do suco rumenal (sonda orogástrica tem uma extremidade mais pesada para conseguir alcançar o suco rumenal na parte mais ventral do rúmen, é metálica e possui furos na extremidade), (avalia-se coloração, odor, pH). Retículo - Localizado: 6ª a 8ª costelas à esquerda da linha média ventral (linha alba); - Afecções: o Alta incidência em bovinos; o Causa mais comum de dor abdominal anterior em bovinos; o Afecções relacionadas, na maioria dos casos, com traumas por corpos estranhos perfuro-cortantes. - Contração bifásica a cada 40 a 60 segundos; - Exame dificultoso; - Exame físico do retículo: o Posição intra-torácica; o Pouca importância à auscultação; o Percussão: som mate/maciço. - Exames complementares: o Ultrassonografia; o Radiografia; o Detector de metais; o Hematologia; o Laparo-ruminotomia; o Punção abdominal (não é feita no ponto mais ventral do abdômen e as alterações do líquido peritoneal não indicam necessariamente enfermidades gastrintestinais, ruminantes tem peritonite circunscrita abscedante diferente do equino que tem peritonite generalizada); o Provas de sensibilidade: Prova da cernelha: pressiona-se a cernelha para baixo com força, se o animal relutar, alterar posicionamento ou gemer, ele provavelmente sentiu dor no retículo; Prova do bastão: duas pessoas seguram um bastão, uma de cada lado do animal, passando-o de baixo do animal, levanta- se o bastão na região da axila pressionando o retículo, após 3 segundos solta-se o bastão subitamente; Percussão dolorosa: com punho fechado dá-se leves socos no retículo do animal; Palpação dolorosa: com o punho fechado pressionamos o retículo apoiando o braço no nosso joelho e soltamos subitamente; Subir e descer o morro: ao subir a rampa o animal se sente bem pois o rúmen movimenta-se caudalmente e descomprime o retículo, mas ao descer a rampa o rúmen movimenta-se cranialmente comprimindo o retículo e o animal sente dor; Prova de Kalchsmidt: hiperalgesia da região cutânea da cernelha sensibilizada em consequênciade dores abdominais, puxa-se os pelos da região da cernelha para avaliar se o animal sente dor no retículo. Omaso - Porção ventral, à direita da linha alba, entre a 7ª e a 11ª costela; - Poucas enfermidades, ex: compactação do omaso (sablose); - Difícil acesso -> exames complementares como a laparotomia exploratória. Abomaso - Estrutura alongada ventral, entre o omaso e o rúmen, localizada do lado direito entre o 9º e o 10º EIC; - Principais afecções: o Dilatação simples do abomaso; o Dilatação com deslocamento à esquerda (DAE); o Dilatação com deslocamento à direita (DAD) com ou sem torção; o Geosedimentação do abomaso (areia e pedra sedimentam no abomaso de ruminantes que bebem água em riachos, principalmente); o Parasitose (Haemonchus); o Gastrite e úlceras de abomaso. - Exame físico específico: o Inspeção: ao dilatar e deslocar-se ele se encontra abaixo do gradiocostal, e então não se ve alterações, mas pode haver um leve arqueamento do gradiocostal quando o caso for muito grave; o Palpação: a direta nos espações intercostais não trás muitas informações se o deslocamento for do lado esquerdo (animal não sente dor), mas se for do lado direito e apresentar torção o animal sentirá dor; com a palpação retal dificilmente se acessa o abomaso a não ser que o deslocamento seja muito severo; o Percussão: nos EIC associada à auscultação; o Auscultação dupla do rúmen: vazio do flanco (ruído de crepitação diminuído), sobre últimos EIC (ausência de ruído de crepitação ou um ruído metálico); o Percussão auscultatória: ping (ruído metálico), percutido com os dedos longe da área auscultada; fácil detectar dilatações com deslocamentos à esquerda e à direita; o Auscultação com baloteamento: não fazer. Alças intestinais - Não é comum apresentarem enfermidades; - Dois terços posteriores do lado direito; - Exame específico: o Inspeção; o Dilatação flanco direito: dilatação cecal; o Palpação (retal): sensibilidade, distensão; o Percussão: dilatação cecal; o Auscultação: ruídos hidroaéreos. - Avaliação das fezes: avaliar se há presença de sangue, parasitos, muco, se estão ressecadas. Sistema Digestório de Pequenos Animais Identificação/resenha: - Data da consulta/retornos; - Nome; - Espécie (gato é mais seletivo com alimentação, cão come lixo); - Raça (doenças específicas da raça, labrador destrói e come as coisas, raças pequenas tem gastrite nervosa); - Cor, sexo; - Idade (corpo estranho em filhotes, tumores em idosos); - Manejo sanitário, status vacinal e vermifugação; - Dados do tutor (grau de relacionamento com o paciente, se é habilitado a dar informações específicas, deixar o cliente falar livremente sobre a queixa principal). Anamnese: - Queixa principal, evolução, frequência, progressão, gravidade, intensidade, piora do quadro, obtenção de informações atuais, histórico pregresso, histórico clínico/terapêutico, hábitos alimentares e manejo nutricional, antecedentes mórbidos, informações sobre o ambiente. Sinais de distúrbios digestórios - Disgafia (dificuldade); - Odinofagia (dor); - Halitose (hálito alterado – odor pútrido – proliferação bacteriana – hálito cetônico por doença sistêmica); - Sialorreia (salivação excessiva); - Regurgitação (expulsão de material da boca, faringe ou esôfago); - Vômito (expulsão de material do estômago e/ou intestino); - Expectoração (expulsão de material do trato respiratório); - Hematêmese (expulsão de sangue digerido ou fresco pela boca); - Hematoquezia (presença de sangue vivo/fresco nas fezes); - Melena (presença de sangue digerido nas fezes); - Diarreia (aumento do conteúdo de água nas fezes com aumento concomitante na frequência, fluidez, volume e dos movimentos intestinais). Parâmetros Intestino delgado Intestino grosso Volume Aumentado Não altera ou aumentado Muco Não Sim Hematoquezia Não Sim Melena Sim Não Esteatorreia (gordura nas fezes) Sim Não Frequência 2-3x a usual (aumentada) + de 3x a usual (muito aumentada) Vômitos Sim/não (+ frequente) Sim/não (- frequente) Consistência Amolecido, bolo fecal não formado, aquoso Amolecido, bolo fecal formado Tenesmo (dificuldade de defecação) Não Sim Disquezia (dificulta defecação) Não Sim Urgência Não Sim Alimento não digerido Sim Não Flatulência/Borborigmos Sim Não Perda de peso Sim/não (comum) Sim/não (rara) Diarreia Aguda Diarreia Crônica Início súbito e duração de até 15 dias Mais de duas semanas Relacionada à dieta, presença de parasitos ou infecções bacterianas Má digestão, má absorção com perda de proteína e sem perda de proteína Mecanismos fisiopatológicos causadores de diarreia: - Diarreia osmótica: excesso de moléculas hidrossolúveis no lúmen intestinal; - Diarreia exsudativa: por permeabilidade, extravasamento de líquido tecidual; - Diarreia secretória: substâncias que estimulam a secreção de fluidos para o lúmen intestinal; - Diarreia por dismotilidade: motilidade desordenada dos intestinos. Tenesmo e disquezia: ineficiência ou esforço doloroso na defecação ou micção. Constipação e obstipação (constipação intratável): redução da frequência de evacuação. Fecaloma: magacólon, fezes ressecadas. Incontinência fecal: doença neuromuscular ou reflexo anormal. Efusão abdominal: é necessário abdominocentese e análise da efusão. Teste de baloteamento com o animal em estação, batendo ligeiramente em um dos lados do abdômen e sentindo o movimento do líquido abdominal com a outra mão. Abdômen agudo: distúrbios abdominais que causam choque, sepse ou dor grave e generalizada. Distensão ou dilatação abdominal: faz-se inspeção, palpação e percussão completa do abdômen. Exame físico geral do TGI: - Mucosas; - Linfonodos; - Hidratação; - Nível de consciência; - Escore corporal; - Auscultação cardiopulmonar; - Palpação abdominal; - Temperatura corporal; - TPC. Exame físico específico do TGI: - Cavidade oral, faringe, glândulas salivares, esôfago, estômago, intestinos, fígado e pâncreas; - Inspeção; - Palpação; - Percussão; - Auscultação; - Em caso de hérnia diafragmática auscultamos borborigmo na região torácica; - Abrir a boca do animal é essencial; - Cavidade oral, faringe e glândulas salivares: Cães tem enorme tolerância à dor; Lábios, gengivas, dentes, língua, glândulas salivares, palato e faringe. - Esôfago: Sulco jugular; Endoscopia; Inspeção e palpação das regiões oral, faríngea e cervical. - Abdômen: Estômago, intestinos, fígado e pâncreas; Inspeção: avalia-se o formato, perímetro, simetria, equilíbrio, proporcionalidade com o tórax e com espécie/raça; Palpação: animal em estação (rim), e lateral direita e esquerda usando as duas mãos (palmas e pontas dos dedos) (região epigástrica, mesogástrica e hipogástrica); No animal em estação as alças intestinais estão mais ventrais, já os órgãos fixos como fígado, baço e bexiga não mudam de posição; Teste de sensibilidade dos rins pressionando a região com as pontas dos dedos; Percussão digito-digital: aumento de volume, sons vão de claro a timpânico sobre órgão com gás, sons maciços sobre órgãos maciços; Auscultação: borborigmos; Prova de ondulação/baloteamento: suspeita de efusão abdominal. - Exames complementares: Radiografia abdominal simples ou contrastada; Tomografia; Ultrassonografia; Ressonância magnética; Endoscopia; Colonoscopia; Laparotomia exploratória. Sistema Digestório de Equinos Fome: necessidade de alimento. Apetite: vontade/desejo do alimento. Avaliação do apetite: Tipo de alimento fornecido; Modo de preparo; Forma de administração; Frequência. Importante saber: Cavalo ingere de água: 5% de seu peso vivo (depende de tipo de exercício); Apreensão de alimentos: lábios + dentes; Mastigação:avaliar movimentos (curto + longo); Pelas fezes da pra avaliar se o animal tem problema odontológico ou não (tamanho das fibras no bolo fecal); Deglutição: dificuldade (disfagia), dor (odinofagia); Bolsa gutural (aumentos); Estômago pequeno, ceco grande, muitas flexuras; Dentes: hipsodonte (36 a 44 dentes) (+- 11 em casa hemiarcada); Pasteja 16 a 18h/dia, na baia muda (pode dar problema); Podem haver úlceras que vão dificultar a mastigação, os alimentos não vão ser triturados adequadamente e as fibras focam grandes, dificultando também a deglutição. Esôfago: - Liga faringe e estômago; - 3 pontos de estrangulamento (entrada do tórax, base do coração e passagem pelo diafragma). Estômago: - Dorsal à cavidade abdominal; - Não permite acesso semiológico direto (não dá para palpar, não da para fazer percussão, inspeções indiretas apenas); - 8 a 20L. Intestino delgado: - Piloro à curvatura menor do ceco; - 22m, 40 a 50L; - Válvula ileocecal (se une ao ceco). Intestino grosso: - Muitos problemas em equinos; - Ceco – cólon ventral direito – flexura esternal – cólon ventral esquerdo – flexura pélvica – cólon dorsal esquerdo – flexura diafragmática – cólon dorsal direito – cólon transverso – cólon menor – reto – ânus. Exame clínico: - Identificação: idade (neonatos podem ter retenção de mecônio, potros jovens podem ter úlcera gástrica, adultos podem ter neoplasias ou alterações na mastigação), raça (paint horse branco neonato com cólica pode ter a doença genética chamada síndrome letal do overo branco), cor, sexo (fêmeas podem ter torção uterina e machos hérnia ingnal); - Anamnese: quebra-cabeça, manejo e alimentação, controle parasitário, início do processo (agudo x crônico), episódios anteriores, tratamento anterior, defecação e micção (urina 4x ao dia); Exame físico (avaliar gravidade do problema): - Inspeção: Atitude; Comportamento; Aparência externa (aumento de volume); Modificações no formato do abdômen dorsal ou ventral; Sudorese. - Sinais de dor durante a cólica: Escavar o chão, bater com a pata no chão, olhar para o flanco, mexer na água com o focinho, escoicear abdômen, rolar, sudorese intensa, hiperexcitabilidade ou depressão. - Classificação da dor: Leve: sem alterações circulatórias, discreta; Moderada: alterações respiratórias, cavar, deitar, rolar; Grave: sudorese intensa, alterações circulatórias (aumenta FC, FR e TPC, mucosa congesta), rolar, se jogar; Tipo: contínua ou intermitente. - Avaliação dos parâmetros vitais: Avaliar gravidade do problema; FC e pulso; FR; TPC; Mucosas; Hidratação. Se o animal apresentar cólica grave ou outro problema emergencial, faz-se uma intervenção antes de avaliar a cavidade oral; Se o animal apresentar emagrecimento progressivo, faz-se a avaliação da cavidade oral pois há grande chance da causa estar ali. Cavidade oral e faringe: Apreensão; Mastigação; Deglutição; Palpação externa; Simetria; Inspeção (dente, língua, bochecha); Tracionar língua para observar a faringe (corpo estranho, úlcera, inflamação); Usar abre-bocas/espéculo oral; Movimento lateral da mandíbula: seguramos a cabeça do cavalo e movimentamos a mandíbula de um lado para o outro deslizando os dentes da arcada superior sobre os da arcada inferior (ao chegar na metade da boca o animal abre). - Sinais clínicos de enfermidades dentárias: Comportamento anormal na alimentação; Relutância em se alimentar; Emagrecimento; Halitose; Sangue na saliva; Movimentos anormais (sacode a cabeça); Dor no uso de freios; Edema facial e labial; Secreção nasal. Esôfago: - Palpável até a entrada do tórax (obstrução); - Observar bolo alimentar e sondas passando; - Comum: obstrução, estenose, perfurações, megaesôfago; - Secreção nasal. Abdômen: - Palpação externa (teste do rebote): avalia se tem dor, faz uma compressão digital profunda e em seguida faz-se uma descompressão repentina, se dor o animal vai emitir som; - Percussão: presença de líquido ou gás, massas sólidas. - Auscultação abdominal: ver peristaltismo, 4 quadrantes: Dorsal direito: válvula ileocecal (descarga, mínimo 1 em 3 minutos); Ventral direito: cólon ventral direito (borborigmo, gás); Dorsal esquerdo: cólon e intestino delgado (som líquido, borborigmo); Ventral esquerdo: cólon ventral e dorsal esquerdo (borborigmo/gás). Sondagem nasogástrica (se cólica): - Ver conteúdo do estômago; - Descompressão (analgesia); - Tratamento (fluidoterapia, medicamentos); - Procedimento: Lubrificas a sonda (íntegra e com certa flexibilidade, específica); Introduz medial/ventral na narina; Estimular a deglutição na glote (assoprar); Assoprar durante a passagem pelo esôfago (evitar lesões); Aspirar para verificar conteúdo. * Pode ocorrer sangramento na narina (avisar proprietário). Palpação retal: - Palpar com cuidado, diferente de bovinos, mais delicado; - Conter adequadamente; - Lubrificar luva, lado avesso; - Retirar fezes da ampola retal (avaliar as fezes); - Limitação (somente 1/3 da cavidade abdominal é explorada); - Estruturas palpáveis: Ventral: o Cólon menor (síbalos) (consistência); o Flexura pélvica (consistência) (pastoso) (localização); o Bexiga; o Aparelho reprodutor; o Anel inguinal (garanhões) (encarceramento de alça); o Útero (fêmea). Dorsal: o Aorta (pulso); o Raiz do mesentério (artéria mesentérica cranial); o Em ambas ver se está “lisinha” (aneurismas por parasitas). Lado direito: o Ceco (consistência – pastoso) (tênias do ceco). Lado esquerdo: o Cólon dorsal esquerdo; o Baço (bordo caudal); o Rim; o Ligamento nefro-esplênico (encarceramento de alça). Exames complementares: - Hemograma; - Radiografia (limitação devido ao tamanho do cavalo); - Endoscopia; - Ultrassonografia (não consegue avaliar abdome todo); - Laparoscopia; - Paracentese abdominal (coleta de líquido peritoneal): ponto mais baixo do abdômen, tricotomia na região da linha alba, assepsia rigorosa, agulha 40x12 (mais fácil, pode perfurar alça) ou cânula de teto (ponta romba, tem que fazer “pique” com bisturi na pele para introduzir), análise do líquido peritoneal (físico/química e etiológica). Sistema Genital Masculino Casuística? Não muito alta, mas tem. Urolitíase ou cálculos uretrais: gatos e pequenos ruminantes (processo uretral). Impacto na produção. DSTs. Impacto direto da reprodução. Considerar no exame clínico: - Saúde geral; - Saúde hereditária; - Saúde genital: Capacidade de cópula (Potencia coeundi); Avaliação espermática (Potencia generondi). Processo uretral (benefício): sêmen passa mais rápido e espalha numa área maior. Não se sonda ruminantes (motivo): flexura sigmóide e processo uretral. Orquite (inflamação testículos): trauma, brucelose. A) Identificação/resenha; B) Histórico/anamnese: queixa principal, histórico clínico e reprodutivo, alterações ambientais, manejo nutricional e sanidade; C) Exame físico geral: importância – doenças estratégicas, atenção ao estado geral, locomotor e origem hereditária; D) Exame físico específico: externo x interno. Exame externo: - Exame da bolsa escrotal: Inspeção: simetria, acúmulo de líquido, aumento de volume; Palpação: mobilidade, sensibilidade, alterações inflamatórias. - Exame dos testículos, epidídimos e cordões espermáticos: Inspeção: simetria; Palpação: mobilidade, consistência, sensibilidade; Palpar toda a estrutura; Utilizar as duas mãos; Equinos possuem assimetria leve normal entre os testículos (esquerdo maior, mais penduloso e mais caudal). 1. Anorquia: uni ou bilateral (não tem); 2. Microrquia: uni ou bilateral (pequenos); 3. Macrosquia: uni oubilateral (aumentados); 4. Monorquidismo: verdadeiro (ausência de testículo) ou criptorquidismo unilateral. 5. Criptorquidismo: uni ou bilateral; 6. Orquialgia: dor; 7. Testículos ectópicos: fora do lugar anatômico. - Biometria testicular: Ruminantes: circunferência escrotal, comprimento, largura, volume testicular; Demais espécies: casos de assimetria (comprimento, largura). - Prepúcio: Integridade da pele; Livre movimentação do pênis; Particularidades entre os pênis. - Pênis: Métodos de exposição: o Ruminantes: drogas que relaxam e facilitam, massagem à palpação retal, decúbito dorsal (manualmente), estimula ou eletroejaculador; o Pequeno ruminante: “cão sentado”. Mobilidade; Integridade da glande, mucosa e bainha prepucial; Desvios; Pequenos ruminantes; Presença do pênis exposto: priapismo, acepram causa (quando passa o efeito volta ao normal). Exame interno: - Glândulas anexas. Exames complementares: - Exame do comportamento sexual; - Exame do sêmen; - Exame microbiológico; - Exame para identificação de doenças infecciosas; - Ultrassonografia. Vias de administração de medicamentos Higiene: utilizar algodão com álcool/iodo, descartar agulhas e seringas usadas. Agulhas: 0,45 x 43mm (marrom) – cães e gatos; 0,7 x 25mm (verde) – ovinos, caprinos, cães e gatos; 0,8 x 25mm (cinza) – ovinos, caprinos, cães; 1,2 x 40mm (rosa) – equinos; 1,6 x 40mm (branca) – bovinos. Pequenos animais: - Oral (VO): Vantagem e indicação: medicamentos sob a forma de cápsulas, drágeas, comprimidos e soluções orais; animal dócil que permita a abertura da boca; tratamentos longos feitos em casa; TGI deve estar em condições de absorver. Desvantagem e contraindicação: ação medicamentosa tardia; animais com vômito, úlceras gástricas ou gastrite; cápsulas e drágeas não devem ser fracionadas. - Subcutânea (SC): Vantagem e indicação: medicamentos injetáveis; grandes volumes; pacientes que não toleram VO ou quando IV não é possível; região dorsal lateral; assepsia adequada. Desvantagem e contraindicação: absorção lenta; não usar soluções hipertônicas; pacientes em choque, desidratados ou com hipotermia; pode causar abscesso e granulomas; pacientes com dermatites ou lesões extensas na pele. - Intramuscular (IM): Vantagem e indicação: absorção mais rápida que SC; membros pélvicos; músculos semitendíneo e semimembranáceo e musculatura lombar (longíssimo no gato). Desvantagem e contraindicação: altas concentrações ou pH muito menor ou muito maior que o do tecido; grandes volumes; atingir nervos. - Intravenosa (IV): Vantagem e indicação: jugular, cefálica e safena lateral; efeito imediato; velocidade de adm depende do medicamento; permite cateterização. Desvantagem e contraindicação: fluidoterapia por infusão rápida; difícil acesso em caso de edema de membros, queimaduras, flebietes, pacientes hipovolêmicos graves; evitar cefálica em pacientes com vômito e safena para pacientes com dilatação/vólvulo gástrico ou com tromboembolismo aórtico; se houver algum problema não há como recuperar o que já foi infundido. - Inalatória: Vantagem e indicação: anestesia geral; medicamentos na forma de aerossóis; exigem o uso de máscara apropriada; inalação de mucolíticos e fluidificantes. Desvantagem e contraindicação: alguns animais não toleram as máscaras. - Tópica/dérmica: Vantagem e indicação: superfície da pele; carrapaticidas e pulicidas. Desvantagem e contraindicação: intoxicação por lambedura ou ingestão do medicamento. - Intraóssea: Vantagem e indicação: pode substituir a IV; colapso vascular; choque; distúrbios de coagulação; queimaduras; edemas; variações anatômicas; pacientes pediátricos e de pequeno porte; cavidade medular dos ossos fêmur (fossa trocantérica), tíbia (platô tibial) e úmero (tubérculo maior). Desvantagem e contraindicação: osteogênese imperfeita; osteoporose; osteomielite; fraturas das extremidades; infecções de pele no local da inserção do cateter; fármacos mielossupressores. - Espinhal: Vantagem e indicação: anestésicos ao redor da dura-máter ou abaixo da aracnoide; pacientes que não podem receber anestesia geral; efeito regional, segmentar e temporário; manter o animal em decúbito esternal durante a aplicação e por 10-15min após mantendo a cabeça no nível mais alto; a epidural é feita entre L7 e S1 (região lombossacra) e entre S3 e C1 (região sacrococcígea) ou intercoccígea. Desvantagem e contraindicação: exige técnica; paciente deve ser tranquilizado antes para não se mover durante a aplicação; efeito regional, segmentar e temporário; pacientes com infecções cutâneas no local da aplicação. - Nasal: Vantagem e indicação: agir no local como descongestionantes, antibióticos tópicos, mucolíticos e adrenalina; absorção rápida. Desvantagem e contraindicação: alguns animais não aceitam. - Oftálmica: Vantagem e indicação: subconjuntival para medicamentos que devem ser liberados lentamente; tópica ocular como colírios e pomadas. Desvantagem e contraindicação: requer alta frequência de administrações. - Retal: Vantagem e indicação: medicações parenterais e anorretais; pacientes em convulsão; ótima absorção. Desvantagem e contraindicação: pacientes com diarreia. - Intradérmica: Vantagem e indicação: testes alérgicos; antibióticos, antiinflamatórios e quimioterápicos intralesionais. Desvantagem e contraindicação: só comporta pequenos volumes. - Traqueal: Vantagem e indicação: absorção rápida; procedimentos de emergência; lavados traqueobrônquicos. Desvantagem e contraindicação: precisa de intubação. - Peritoneal: Vantagem e indicação: rápida absorção; grandes volumes; lavagem peritoneal; amostras e drenagem de efusões abdominais. Desvantagem e contraindicação: peritonite e perfuração de alças intestinais; não fazer após cirurgias abdominais e doença visceral abdominal; choque e hipotermia. Grandes animais: - Intravenosa (IV): Vantagem e indicação: não depende de absorção (efeito imediato); grandes volumes; em equinos veia jugular, torácica-lateral e safena lateral; em bovinos veias jugular, mamária, coccígea caudal; em caprinos e ovinos veia jugular, cefálica e safena lateral. Desvantagem e contraindicação: se houver algum problema não há como recuperar o que foi infundido; flebite; alguns medicamentos não podem e outro tem de ser devagar. - Intramuscular (IM): Vantagem e indicação: em bovinos, caprinos, ovinos e equinos pode ser feito nos músculos semitendíneo e semimembranáceo, em bovinos na tábua do pescoço, nos equino delimitar a área de aplicação no pescoço pelos limites das vértebras cervicais, ligamento da nuca e escápula. Desvantagem e contraindicação: absorção não muito rápida; pequenos volumes; pode causar abscesso; não utilizar medicamentos oleosos; revezar o músculo para tratamentos longos; cuidado para não atingir nervos. - Subcutânea (SC): Vantagem e indicação: entre a pele e a musculatura; volumes maiores; região do pescoço e axila; assepsia prévia; aplicação de vacinas. Desvantagem e contraindicação: absorção lenta. - Oral (VO): Vantagem e indicação: no equino coloca-se o dedo no palato duro para estimular a deglutição; em bovinos utiliza-se uma pistola de metal com ondulação na ponta na lateral da boca; boca do animal deve estar limpa (livre de alimentos). Desvantagem e contraindicação: absorção muito lenta; no ruminante o medicamento é inativado no rúmen. **Coccígea caudal em bovinos: Vantagem e indicação: agulha e canhão; excelente assepsia; veia passa no sulco na parte medial da cauda. Desvantagem e contraindicação: risco de infecção por ser uma região contaminada. Sistema Urinário de Pequenos Animais Anamnese: Muitas doençasque acometem órgãos urinários resultam de comprometimento sistêmico. E muitas doenças com sinais sistêmicos e/ou localizadas podem ocasionar doença renal secundária. Ou seja, faz-se anamnese geral, buscando sinais fora do TGU. Obs: ureia não é toxica! Quem causa problemas são as outras toxinas que são retidas junto. Mas no sangue quantifica-se apenas a ureia, portanto ela serve de marcador. Importante saber se fora medicado com diuréticos e corticoides, pois ambos causam poliúria e polidipsia. Importante obter informações sobre o manejo devido a zoonoses. Importante saber se fora realizada OSH devido a possível ligadura do ureter ou invés do útero. Obs²: como saber indiretamente se o animal está urinando? Notar sinais como beber mais água, ter mais locais com urina, poças de urina maiores, animal fica mais tempo urinando. Específica do trato urinário: o Urina: volume de cada micção; aspecto (coloração, transparência, turvação, presença de material sólido ou semissólido, viscosidade, presença de sangue, atração de formigas); o Micção: frequência (numero de vezes e intervalo); tipo (postura, sinais de dificuldade, sinais de dor ou desconforto, tenesmo, incontinência); o Ingestão de água: frequência e volume; o Doença do trato urinário: histórico completo; tratamentos já efetuados; o Sinais relacionados com outros órgãos: detalhamento de informações referente às manifestações que possam ter relação com as causas e consequências da afecção urinária em curso. Exame físico específico: RINS: Palpação simultânea (ponta dos dedos) (fossa paralombar): o Ambos são palpáveis? o Tamanho? Simetria? Posição? o Forma, contorno, consistência? o Dor/sensibilidade? BEXIGA: Palpação (ambas as mãos/decúbito e em pé ou com uma mão em forma de pinça): o Posição? o Tamanho? Espessura da parede? o Cálculos/massas palpáveis? PRÓSTATA (importante em cães): Palpação (ponta do dedo indicador introduzida no reto): o Posição, tamanho, consistência, simetria? o Dor? Bilobulada, simetria, lisinha, sem dor. Se der problema: disúria. URETRA (machos): Inspeção e palpação (indireta – cateter; direta – expor o pênis): o Meato urinário externo; o Secreção uretral ou prepucial? o Anormalidade periuretral? URETRA (fêmea): Palpação (ponta do dedo com lubrificante): Meato urinário externo; Secreção vaginal? Anormalidades vulvaes/vaginais? MICÇÃO: Inspeção/palpação/olfação: o Frequência? o Disúria? Retenção? Tenesmo? o Incontinência? o Odor alterado? Cor alterada? Incontinência de castração: fêmeas castradas muito cedo. Tem que saber o volume normal de urina/dia por espécie. Avaliação da micção: Frequência da micção: o Normal: em cães é muito variável, em cadelas vai de 2 a 4 vezes ao dia, em gatos vai de 2 a 4 vezes ao dia. o Distúrbios: Polaquiúria: micção anormalmente frequente (muitas vezes ao dia); Oligosúria: micção rara (poucas vezes ao dia); Iscuria: falta persistente de eliminação de urina causada por obstrução (bexiga permanece cheia); Incontinência urinária: perda total ou parcial da capacidade de armazenar urina. Urina é eliminada sem que haja postura normal de micção. Disúria: dificuldade para urinar: o Micção dolorosa: gemidos, olhar para o abdômen, sapateado, agitação da causa; o Estrangúria: esforços prolongados, auxílio da prensa abdominal sem eliminar urina ou eliminação de poucas gotas ou jatos finos acompanhados de dor; o Tenesmo vesical: esforço constante, prolongado e doloroso para eliminação de urina (mantém a postura de micção). A vontade de urinar é constante, mesmo com a bexiga vazia ou com pouco volume. Volume de urina em 24h: o Normal: cães +- 1-2mL/Kg/h; gatos +- 0,5-1mL/Kg/h. o Distúrbios de volume: Poliúria: aumento do volume de urina produzida em 24h; Oligúria: diminuição do volume de urina produzida em 24h; Anúria: ausência de produção de urina. Coloração da urina: o Vermelha/acastanhada/marrom/preta: Hematúria: sangue ou hemácias; Hemoglobinúria: presença de hemoglobina na urina decorrente de hemólise intravascular; Mioglobinúria: presença de mioglobina na urina decorrente de lesão muscular intensa. o Verde: geralmente decorrente de infecção ou contaminação da amostra. o Laranja/alaranjada: presença de bilirrubina. Como saber a localização e origem de perdas de sangue no TGU: observar o momento em que a perda de sangue é verificada ou fica mais evidente. Perdas de sangue: ORIGEM FASE DA MICÇÃO INTERVALO INÍCIO MEIO FIM BEXIGA Variável (depende da intensidade) Variável (depende da intensidade) Intensa (coágulos possíveis) Ausente URETRA Presente (coágulos possíveis) Ausente Ausente Discreta perda de sangue RIM Presente Presente Presente Ausente PRÓSTATA/ÚTERO/ VAGINA/PÊNIS/ VULVA Presente (coágulos possíveis) Ausente Ausente Gotejamento de sangue ou secreção sanguinolenta Métodos de coleta de urina: o Micção espontânea: Recipiente limpo; Lavar prepúcio/vulva; Jato do meio da micção. o Compressão da bexiga: Compressão externa da bexiga; Lavar prepúcio/vulva; Estação ou decúbito dorsal; Jato do meio da micção. o Cateterização: Coleta estéril; Higienizar prepúcio/vulva; Lubrificante; Aspirar com auxílio de seringa; Desprezar primeiros mL (depois de conseguir mais). o Cistocentese: Não apresenta contaminação dos genitais; Coleta estéril; Tricotomia; Antissepsia; Seringa e agulha. Exames complementares: Urinálise (100% dos casos); Provas de função renal; Cultura e antibiograma; Análise urólitos; Ultrassonografia; Uretrocistoscopia; Urografia excretora; Biopsia do trato urinário. Sistema Reprodutor Feminino de Pequenos Animais Resenha: o Espécie (gata tem mais problemas que cadelas); o Raça; o Idade (vaginite recorrente em cadelas que ainda não entraram no cio, e filhotes que encostam a vulva no chão ao urinar, piometra em animais não castrados e que receberam anticoncepcionais, neoplasias em animais mais velhos); o Peso. Anamnese: o Condições alimentares; o Manejo sanitário; o Medidas preventivas reprodutivas; o Histórico reprodutivo: Castração; Cio; Cruza; Partos. Sinais relacionados: o Anestro prolongado (às vezes o tutor nunca notou o cio do animal por diversos motivos, nesses casos não necessariamente o animais nunca entrou no cio ou tem anestro prolongado; animais com hipotireoidismo e hiperadrenocorticismo tem anestro prolongado); o Ciclos irregulares (desordens ovarianas); o Ninfomania (libido exacerbada); o Estros curtos; o Comportamento masculinizado; o Defeitos anatômicos no períneo ou projeções anormais exteriorizadas pela vulva; o Distensão abdominal; o Dor; o Contrações e esforços de expulsivos; o Crostas aderidas na cauda e períneo; o Corrimento vaginal sanguinolento; o Laceração vaginal; o Metrorragia; o Corpos estranhos vaginais. Exame físico geral Exame físico específico: Inspeção e palpação externa: o Abdômen; o Períneo; o Vulva; o Cauda. Exame físico das mamas: o Número e tamanho das glândulas mamárias e tetas; o Linfonodos responsáveis pela drenagem das mamas; o Coloração da pele; o Existência de lesões; o Secreções; o Nodulações. Exame específico interno: o Toque digital vaginal: Palpação do assoalho e teto vaginal (observar irregularidade, aumento de volume, presença de corpos estranhos); Palpação do óstio externo da uretra (ventralmente). o Palpação abdominal para cadelas e gatas prenhes. Exames complementares: o Ultrassonografia e radiografia de abdômen; o Vaginoscopia (introdução da cânula com a luz e lupa em casos de suspeita de neoplasias, pólipos, corpos estranhos);o Citologia e histologia (presença de células diferentes conforme a fase do ciclo estral); o Dosagens hormonais; o Exames microbiológicos e sorológicos. Dermatologia de Pequenos Animais Identificação/resenha: Data da consulta/retornos; Nome, espécie, raça, cor, sexo, idade, dados do tutor, procedência; Queixa principal: o Evolução, frequência, progressão, gravidade, intensidade ou piora do quadro; o Agudo x crônico. Obtenção de informações atuais; Obtenção de histórico pregresso: o Histórico clínico/terapêutico; o Estado vacinal/vermifugação; o Ambiente/hábitos/manejo; o Contactantes; o Exposição a agentes irritativos (sol, produtos químicos, etc.). Avaliação do prurido: o Fisiológico x patológico (>30%); o Intensidade (0 a 10); o Manifestação: Lamber excessivamente; Mordiscar; Roçar; Coçar. o Localização. Avaliação de outras alterações sistêmicas: o Doenças endócrinas. Exame físico específico do sistema tegumentar: Pele, pelame, unhas, glândulas, vasos. Palpação: o Sensibilidade; o Sinais de inflamação (dor, calor, rubor, tumor); o Elasticidade da pele (hidratação); o Edema local ou generalizado; o Estimular prurido local (reflexo ortopedal). Olfação: algumas lesões possuem odores característicos (ex: miíase, malasseziose). Inspeção direta: o Observar animal com distância para observar padrões: Pelame; Cor de pele; Cor de pelame; Padrão de alopecia (focal, simétrica, aurotricose). o Classificação das lesões cutâneas: Distribuição: Localizadas (1-5 individualizadas); Disseminadas (>5); Generalizada (+- 60% corpo); Universal (+- 100% corpo). Topografia: Comparar lesões entre si; Simétricas x assimétricas; Mapa dermatológico de lesões. Profundidade e formato da lesão: Superficial ou profundas; Formato (circular, linear, puntiforme, serpiginosa/arciforme, geográfica, numular – aspecto de moeda, iridiforme). Morfologia: Alterações de cor: manchas vasculossanguíneas como eritema, púrpura (petéquia e equimose) e teleangiectasia; manchas pigmentadas ou discrômicas como hipocromia, acromia e hipercromia. Formações sólidas: pápula, placa, nódulo, tumor ou nodosidade, goma, vegetação, verricosidade. Coleções líquidas: vesícula, bolha, pústula, cisto, abscesso, flegmão, hematoma. Alterações de espessura: hiperqueratose, liquenificação, edema, esclerose, cicatriz. Perdas teciduais e reparações: escama, crosta, escoriação, escara, erosão, fístula, ulceração, afta, corarinho/colarete epidérmico. Inspeção indireta (exames complementares): o Diascopia ou vitropressão (se tiver dilatação do vaso na pressão vai ficar branco e depois volta; no eritema fica branco e volta também; se for extravasamento de sangue não volta); o Luz de Wood (microsporum) (negativo não significa que não tem); o Teste da fita adesiva; o Exame direto do pelame; o Tricograma (avalia pelo inteiro da haste até o bulbo); o Parasitológico; o Micológico; o Citologia; o Biopsia. Sistema Locomotor de Equinos Membros: conjunto perfeitamente harmônico; Esqueleto: arcabouço de todo o organismo do cavalo, alicerce para o sistema de alavanca que as articulações exercem; Importância: exigência no trabalho e no esporte; animal é levado acima de seus limites naturais; ocorrem muitos problemas – claudicações; causa de vários prejuízos econômicos; Claudicação: sinal clínico de distúrbio estrutural ou funcional; se manifesta em 1 ou + membros durante a locomoção; Claudicação relacionada à dor ou disfunção mecânica com restrição de movimentos ou disfunção neurológica. Causas de problemas: Traumas: diretos; fratura por estresse; Anomalias congênitas ou adquiridas; Infecções; Distúrbios metabólicos; Alterações circulatórias: laminites; Alterações nervosas. Exame de claudicação: Objetivo: determinar qual membro; localizar a lesão no membro; diagnosticar qual a patologia; No exame físico: grau de claudicação; testes de flexão (foco); exame por inspeção e palpação; Exames complementares (US e RX); Não necessariamente nessa ordem. Identificação e anamnese: Raça, idade, sexo; Modalidade do esporte que ele participa; Queixa principal; Serve para definir prognóstico (de acordo com a função do animal); Início da claudicação (ex: síndrome navicular que começa leve e vai piorando); Duração sinais clínicos: tempo todo, só no trote, só no passo, só depois de exercício; Aparecimento súbito ou gradativo; Grau aumenta ou diminui durante o trabalho; Aumento de volume ou alteração de postura; Casqueamento ou ferrageamento recentes. Exame físico: Verificar: o Assimetria de conformação e aprumos; o Deformações; o Aumentos de volumes; o Atrofias musculares (avaliar simetria de musculatura); o Soluções de continuidade (feridas); o Cicatrizes ou posturas anormais. Inspeção e palpação específicas: o Sentido disto-proximal do membro; o Membro apoiado e depois flexionado; o Ligamentos; o Articulações; o Região lombar; o Coluna (palpar toda); o Avaliar temperatura, sensibilidade, aumentos de volume. PÉ: Inspeção e pinçamento dos cascos (pinçar toda a sola): o Muralha e muralha; o Ranilha e ranilha; o Ranilha e muralha (direita e esquerda); o Sola e muralha toda com espaçamento de cerca de um dedo. Fratura 3ª falange; Doença do navicular; Laminite (avaliar temperatura – costas da mão); Inflamação (cravos). QUARTELA: Pulso das artérias digitais (palmares e plantares) (sente-se se houver alteração); Pressão leve comparando-se sempre com o pulso contralateral; Aumento de volume, sensibilidade, calor. BOLETO/ARTICULAÇÃO METACARPOFALANGEANA: Sesamóides; Avaliar aumento de volume; Sensibilidade; Temperatura. Inspeção e palpação: Região 3º metacarpo/metatarso: isolar TFDS e TFDP. Região carpo; Região úmero-rádio-ulnar e escápulo-umeral; Região do tarso (jarrete); Região fêmuro-tíbio-patelar; Região coxal e lombar. Exame de claudicação: Primeiro ao passo, depois trote lento, depois trote rápido. 1º linha reta e superfície plana e terreno duro, depois outros tipos de terreno e movimentação circular. Condutor: acompanhar animal pelo lado e segurar o cabresto de maneira adequada (frouxo para poder ser analisado movimentos de cabeça); Trote: olhar de frente e de lado. Observar movimento de cabeça (membro torácico) e garupa (membro pélvico): levanta quando o membro afetado toca o solo. Condução em círculos acentua claudicações de grau leve com sede normalmente no membro interno do círculo. Graus de claudicação (leve, moderada ou grave): 0: não perceptível em nenhuma circunstância; 1: vê ao trote mas não vê ao passo; 2: vê ao passo mas não movimenta cabeça/garupa; 3: óbvia ao passo, movimenta cabeça/garupa; 4: impotência funcional do membro (fratura exposta). Testes de flexão: Flexiona por 1minuto, solta devagar e põe cavalo para trotar cerca de 20 a 30m, em 3 a 4 passos já exacerba a claudicação; Função: exacerbar foco da dor; 1º membro são e depois no suspeito; Disto-proximal; Jarrete (tarso) flexiona por 1min30s (teste do esparavão) (mais importante por ter mais afecções); Resposta positiva não significa que o local é o foco da dor, mas indica provável ponto de dor; Observar tamanho de passada. Exames complementares: Depois de localizar o foco da dor; Para saber o que esta gerando a dor naquele local; Anestesia perineural e intra-articular: localiza a lesão, sempre iniciar pela porção distal do membro, lidocaína 2%, mepicaraína ou bupivacaína, rigorosa assepsia, agulha 30x7; Ultrassonografia: tendão (tendinite), tecidos moles; Artroscentese(análise de líquido sinovial); Artroscopia; Termografia; Tomografia; Ressonância magnética. Sistema Neurológico de Grandes Animais Ptose = ”caído”; Doenças que mais causam prejuízos econômicos na pecuária brasileira: raiva e botulismo; Possível e muito importante; Identificação – anamnese (saber se tem suíno na propriedade, saber quais plantas têm) – exame físico geral – exame específico (neurológico) – exames complementares – diagnóstico – tratamento e profilaxia; Importância: sistema muito acometido em grandes, localizar e diagnosticar a lesão, bons resultados em algumas enfermidades tratadas precocemente, zoonoses, evitar gastos desnecessários com medicamentos; Avaliação funcional: estímulo -> resposta; Objetivo: Confirmar envolvimento do SNC; Classificar lesão; Localizar lesão; Diagnóstico diferencial; Tratamento. Baseia-se em: Avaliar comportamento; Avaliar nível de consciência; Avaliar postura e movimentos (andar, trotar, galopar); 12 pares de nervos cranianos; Realização de reflexos espinhais (quando possível). Classificação das enfermidades do SNC: Aguda x crônica; Progressiva x estacionária; Degenerativas: crônica, progressiva; Anomalias congênitas: crônicas; Metabólicas: flutuação clínica, ex: encefalopatia hepática, hipocalcemia; Neoplásicas/nutricionais; Infecciosas/inflamatórias: agudas ou crônicas, progressivas; Traumáticas/tóxicas: agudas; Vasculares: agudas geralmente, ex: aneurismas, rompimento de vasos no SNC; Depende do tempo e da severidade da lesão. Avaliação do Encéfalo: Nível de consciência: o Alerta; o Apático/deprimido; o Semicomatoso; o Comatoso; o Hiperexcitabilidade. Comportamento: I. Andar em círculos; II. Andar compulsivo; III. Pressionar a cabeça contra obstáculos; IV. Lamber ou emitir sons frequentes; V. Balançar compulsivo da cabeça. Postura: I. Desvio lateral de cabeça; II. Giro ortotônico da cabeça e pescoço; III. Tremores; IV. Opistótono; V. Pleurotótomo. Andar: 0: padrão normal de locomoção; 1: déficits dificilmente observados durante a locomoção em linha reta, mas confirmados após a realização de manobras especiais (subir/descer rampa, curva, ré); 2: déficits facilmente observados durante a locomoção em linha reta e exacerbados durante a realização de manobras especiais; 3: o animal pode cair quando manobras especiais são realizadas e geralmente apresentam posturas anormais mesmo quando parados; 4: quedas espontâneas durante a locomoção; 5: decúbito permanente (lesões vértebras cervicais C1-C5 ou C6-T2). Nervos cranianos. o Alteração em 2 ou + desses para poder afirmar que tem alteração no encéfalo. I. Olfatório Função = olfação; Avaliação tem pouca função na clínica; Teste = oferecimento de alimento com odor atrativo, mão fechada, deixar animal cheirar costas da mão; Anormalidade = incapacidade total ou parcial de sentir odores. II. Óptico Função = visão; Teste = reflexo de ameaça, animal acompanha objetos em movimento ou desvia de obstáculos, reflexo pupilar (cuidado para não gerar movimentação de ar próximo ao olho do animal e/ou tocar nos cílios – reflexo táctil) (fazer em ambos os lados); Anormalidade = cegueira parcial ou total; Animal cego não necessariamente tem anormalidade do nervo óptico (ex: problemas no globo ocular) (teste pouco específico). III. Oculomotor Função = controle da pupila e acomodação visual, inerva músculos que elevam pálpebra superior; Teste = reflexo pupilar, avaliar movimentação de pálpebra, posicionamento e movimentação do globo ocular (mesmos cuidados nos testes do nervo óptico) (fazer em ambos os lados); Anormalidade = reflexo pupilar anormal/ausente, ptose palpebral, possível estrabismo. IV. Troclear Função = músculo ocular oblíquo superior (movimentação globo ocular); Teste = observar posicionamento e coordenação globo ocular durante movimentação de cabeça; Anormalidade = estrabismo dorso medial. V. Trigêmio Função = sensorial (córnea, pálpebra, cabeça), motora (mastigação – músculo facial); Teste = oferecer alimento (observa se mastiga fazendo os movimentos corretos, se deixa cair alimento) e teste de sensibilidade da face (“cutuca” a face e observa se há contração do músculo da face) (fazer em ambos os lados); Anormalidade: dificuldade de apreensão e mastigação; atrofia de masseter; falta de sensibilidade na face. VI. Abducente Função = músculos reto lateral e retrator ocular (movimentação globo ocular); Teste = observa posição e coordenação do movimento do globo ocular durante a movimentação da cabeça; Anormalidade = estrabismo medial e inabilidade de retrair o globo. VII. Facial Função = inervação motora de orelhas, pálpebras e músculo da expressão facial (movimentação de narina e lábios) Glândula lacrimal e salivar. Teste = observar simetria e posicionamento de orelhas, pálpebras, narinas e lábios. Glândula lacrimal: teste de schimer (verifica se esta produzindo e liberando uma quantidade adequada de lágrimas); Anormalidade = diminuição/ausência de movimentação de orelhas, ptose labial, palpebral e de narina (movimentação ausente), diminuição de secreção lacrimal. VIII. Vestibulococlear Função = equilíbrio (vestibular), audição (coclear); Teste = avaliar posição de cabeça, presença de nistagmos, captação de estímulos auditivos (produzir som próximo ao animal e em locais diferentes, observar como ele reage – movimentação de orelhas e cabeça em direção ao som); Anormalidade = rotação de cabeça, dificuldade da captação de sons (não pode afirmar a inexistência deste), eventualmente presença de nistagmos. IX. Glossofaríngeo Função = inervação faringe, sensibilidade da porção caudal da língua; Teste = oferecer alimentos, passar sonda (deglutição); Anormalidade = disfagia. X. Vago (avaliado juntamente com o IX) Função = motora e sensorial de vísceras torácicas e abdominais, motora de faringe e laringe; Teste = oferece alimentos, avalia sons anormais durante a respiração, slap test (testa abdução da cartilagem aritenóide) (coloca dois dedos levemente posicionados na região da cartilagem aritenoide, no lado contrário dá-se tapas de mão aberta na região escapular, sentir-se-á uma leve vibração da cartilagem se estiver tudo normal) (para uma melhor avaliação da laringe, usa-se o laringoscópio); Anormalidade = disfagia e sons respiratórios anormais (cavalo roncador) em razão da flacidez da laringe. XI. Acessório Função = motora (músculo do pescoço – trapézio); Teste = avaliação da simetria da musculatura do pescoço, eletromiografia (avalia impulsos nervosos); Anormalidade = assimetria da musculatura (compara ambos os lados), falta ou deficiência de impulsos nervosos. XII. Hipoglosso Função = motora da língua; Teste = oferecer alimento, tracionar a língua para avaliar sua movimentação; Anormalidade = perda da função motora da língua (quando tracionada ela não retorna imediatamente à posição normal) (atenção para bovinos, tal anormalidade prejudica muito a alimentação). Sinais neurológicos de diferentes áreas Síndrome cerebral: o Nível de consciência alterado; o Comportamento alterado; o Andar e postura anormais; o Amaurose (cegueira com reflexo pupilar presente); o Edema de papila ópica (avalia se tem edema cerebral) (exame de fundo de olho com oftalmoscópio); o Convulsões. Síndrome mesencefálica: o Alteração do estado mental; o Deficiência do terceiro par de nervos cranianos (estrabismo lateral, midríase – pupila dilatada, reflexo pupilar ausente, visão normal, ptose palpebral); o Opistótono; o Reflexos e tônus aumentados nos quatro membros. Síndrome pontinobulbar: o Estado mental alterado; o Paralisiada mandíbula e diminuição da sensibilidade da face (V); o Diminuição reflexo palpebral (V eVII); o Paralisia facial (VII); o Desvio de cabeça, quedas, andar em círculos, nistagmo (VIII); o Paralisia faringe/laringe (IX eX); o Paralisia de língua (XII). Síndrome vestibular: o Central x periférica; o Depressão; o Desequilíbrio e quedas; o Andar em círculos; o Nistagmo; o Estrabismo ventro lateral; o Déficit do V, VI, VII; o Síndrome de Horner: causas são traumas, injeção mal administrada na região cervical. Gera ptose palpebral, prolapso de terceira pálpebra, sudorese unilateral, miose (pupila contraída). Síndrome cerebelar: o Tremores intencionais de cabeça; o Nistagmo; o Anisocoria (pupilar de tamanhos desiguais); o Base de apoio aberta; o Hipermetria (levanta muito membros para andar, mais evidenciado ao subir escada/degraus); o Reações posturais retardadas e exageradas; o Andar espástico (parece que está travado, membros duros); o Opistótono; o Ausência de reflexo de ameaça com visão normal. Lesões multifocais. Lesões medulares – incoordenação motora Anormalidades de locomoção (++) e de micção; Atrofias musculares; Exame: o Andar com animal em linha reta; o Fazer animal recuar (andar de ré); o Subir e descer rampa; o Andar em círculos (o membro de dentro do círculo não deve ficar parado e girar no próprio eixo – nesse caso diz-se teste de pivô positivo); o Empurrar lateral do animal com o ombro (saltitamento) (avalia propriocepção) (não é muito usado pois pode levar a novas lesões) (ergue o membro); o Puxar cauda enquanto animal de movimenta (mesma força em ambos os lados para o movimento). Reações posturais para o movimento (propriocepção): o Abdução de membro; o Cruza membro; o Deixa membro dobrado; o Em todos os testes citados acima o animal deve arrumar o membro logo em seguida). Desgaste do casco (tal avaliação nos informa se o animal arrasta o membro – paresia); Após identificação de alteração de locomoção descobrir em qual seguimento medular a lesão se localiza: o A partir de T3-L3: problemas nos membros pélvicos; o T3-L3: epasticidade (rigidez de membros); o A partir de S2: tônus de cauda alterado, alteração de bexiga; o Nos plexos ou em secção: flacidez. Neurônio motor superior (NMS): modula o estímulo. Neurônio motor inferior (NMI): leva o estímulo. NMI NMS Movimentos Voluntários Paresia (flacidez), paralisia Paresia (espasticidade), paralisia Percepção Sensorial Perda da propriocepção Hipo/analgesia Perda da propriocepção Hipo/analgesia Reflexos Hiporreplexia Arreflexia Normal Hiperreflexia Músculos Hipotonia acentuada Atrofia Hipertonia Moderada Atrofia Lesão C1-C5 (região cervical, da pra ver com RX): sinal de NMS nos quatro membros (epasticidade); Lesão C6-T2: sinal de NMI nos membros anteriores com sinal normal ou não nos pélvicos (clínica mais grave em membros torácico, região do plexo braquial); Lesão T3-L3: membros anteriores normais e sinal de NMS nos posteriores (espasticidade); Lesão L4-S2: membros anteriores normais e sinal de NMI nos posteriores (flacidez) (região lombossacra); Lesão S3-S5: quatro membros normais, sinal de NMI bexiga e reto (incontinência urinária, esfíncter relaxado, reto e cauda flácidos e sem reflexo); Lesão Co1-Co5: quatro membros normais e sinal de NMI na cauda (vértebras coccígeas, cauda flácida). Reflexos espinhais Fazer com animal deitado em decúbito lateral; Membros torácicos: flexor, bíceps, tríceps, carpo-radial; Membros pélvicos: flexor, patelar, ciático, tibial (mais fidedigno), gastrocnêmio; Reflexo patelar: arco reflexo; Testar dos superficial e profunda. Exames complementares: Avaliação do líquor; Exames bioquímicos; Sorologia; Pesquisa hematozoários; Cultivo e antibiograma; Isolamento viral; Raio-X simples e contrastado; Tomografia; Endoscopia; Eletroneuromiografia; Exames biologia molecular (PCR); Termografia; Determinação produtos tóxicos. Obs: colheita de líquor equinos: região atlanto occiptal, lombossacra, entre C1 e C2, guiado por ultrassom.
Compartilhar