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Complexo dentina-polpa: A dentina e tecido pulpar são abordados como uma estrutura integrada, denominada de complexo dentinopulpar. Todas as injúrias impostas à dentina repercutem ao tecido pulpar, o qual é o responsável direto pelas alterações fisiológicas resultantes naquele tecido. A dentina é um tecido mineralizado, avascular, permeado por túbulos e intrinsicamente úmido. Sua composição básica tem sido descrita como sendo 70% em peso de componentes inorgânicos, principalmente cristais de apatita, 20% em componentes orgânicos, predominando o colágeno do tipo I, e 10% em água, representada pela composição do fluido no interior dos túbulos dentinários. A polpa dental é um tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e inervado. Em sua periferia (junção entre polpa e pré-dentina), localizam-se os odontoblastos, que são células especializadas responsáveis pela síntese dos diferentes tipos de dentina. O tecido pulpar é formado por 75% de água e 25% de matéria orgânica (células e matriz extracelular). Proteção pulpar: Proteção indireta: o tratamento pulpar indireto é um procedimento terapêutico que consiste na remoção de tecido infectado e necrosado, mantendo somente a camada de dentina que fica no fundo da cavidade e que, mesmo desmineralizada, ainda possui vitalidade. Proteção direta: Também denominada de capeamento pulpar, está indicada nos casos de exposição acidental da polpa durante remoção da dentina cariada e preparo da cavidade, principalmente em dentes jovens. A proteção pulpar direta é, pois, um método bem estabelecido, em que a utilização de um material apropriado sobre a exposição pulpar vai estimular a reparação e recuperação da polpa. Forças de tensão e deformação: Tensão: É a resistência de um material a uma força externa aplicada sobre ele. Deformação: É a alteração no comprimento quando o material é submetido a uma força. Tensão de tração :É causada por uma força que tende a alongar o corpo e está sempre acompanhada por uma deformação de tração. As forças aplicadas estão na mesma direção, porém com sentidos opostos. Tensão de compressão: Ocorre quando um corpo é colocado sob uma carga com tendência de encurtá-lo. Portanto, as forças aplicadas devem estar na mesma direção e com sentidos opostos de Tensão de cisalhamento: Ocorre quando uma porção plana de um material desliza sobre outra porção. É produzida por duas forças paralelas de mesmo sentido, porém com direções opostas Tensão por flexão: Ocorre quando se pressiona um corpo de prova ancorado inferiormente ou quando se aplica uma força sobre a extremidade de uma barra com a extremidade oposta fixa. Tensão por torção: Resulta da rotação das extremidades de um corpo com sentidos opostos. Os resultados da torção resultam em tensão de cisalhamento e rotação do espécime. Quando os instrumentos endodônticos são colocados em função e girados dentro do canal do dente, estão submetidos à torção. Deformação elástica: Reversível, material por si só quando retirada a força volta para o estado original Deformação plástica: material por si só quando retirada a força não volta para o estado original Materiais dentários AMALGAMA: O AP resulta da mistura de mercúrio, prata, estanho e cobre, podendo conter também índio, zinco, platina e/ou paládio, dependendo do fabricante 1,2,3. Nos últimos anos, há uma grande discussão em relação à continuidade de uso do AP na prática clínica odontológica 4,5, dada a presença de mercúrio, um metal pesado extremamente tóxico. RESINA COMPOSTA: Manipulação: Condicionamento com ácido fosfórico a 37%, lavar com água, aplicar o sistema adesivo, fotopolimeralizar 20 s, aplicar camadas de resina composta 2mm e fotopolimeralizar até chegar no fim da coroa. OXIDO DE ZINCO E EUGENOL: Propriedades: Capacidade de diminuir ou eliminar a sensibilidade pós- operatória com a difusão do eugenol pelos túbulos dentinários que possuem conexão com o tecido pulpar. Apesar de proporcionar um excelente isolamento térmico, possui propriedades mecânicas insuficientes. Indicação e uso: Restauração provisória e base de restaurações definitivas Manipulação: Dispense uma pá dosadora sobre a placa de vidro e uma gota do liquido, espatule forte com a espátula 24 acrescentando aos poucos o pó no líquido. Consistência: Massa de vidraceiro. CIMENTO DE IONOMERO DE VIDRO: Propriedades: Liberação de fluoreto durante longo tempo em serviço, pequena reação exotérmica, rápida neutralização e liberação de íons benignos como sódio, alumínio, silício, fósforo, em condições neutras e cálcio em condições ácidas, anti-cariogenico, boa adesão, susceptibilidade à desidratação; muito baixa resistência à tração; muito baixa tenacidade à fratura. Indicações: Pacientes propensos à cárie. Uso: Cimentação, forramento e restauração. Manipulação para forramento: Dispensar uma pá dosadora sobre a placa de vidro, uma gota e dividir o pó em duas metades, aglutinar com espátula 22 por 30 segundos. Aplicar com o aplicador de hidróxido de cálcio fazendo as alterações necessárias com o hollemback 3s. Consistência: Menos densa, menos viscosa. Manipulação para restauração: Aplicar o líquido do cimento na cavidade por 10 segundos, lavar abundantemente, secar sem desidratar, dispensar uma pá dosadora de pó sobre a placa de vidro, dispensar uma gota de líquido sobre a placa, aglutinar gradativamente o pó ao líquido com a espátula 22 ao longo de um minuto, observar a viscosidade alcançada. Aplicar enquanto estiver brilhante e após proteger com vaselina. Consistência: menos densa, menos viscosa. CIMENTO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO Propriedades: Atividade antimicrobiana, Efeito mineralizador, Tempo de presa, Radiopacidade, Isolamento térmico Indicações: Capeamento pulpar direto e indireto, Pulpotomia, Forramento cavitário de cavidade profundas, Cimento provisório. Manipulação Para forramento: Dispensar comprimentos de pastas base e catalizadora sobre a placa de vidro, aproximadamente 5 mm, espatular ambas com espátula 22 por 10 até ficarem homogêneas, aplicar fina camada, remover excessos das paredes laterais das cavidades. Consistência: Menos densa, menos viscosa. FOSFATO DE ZINCO: Propriedades: Bom isolante térmico e elétrico, Boa resistência a compressão, Não possui boa compatibilidade biológica, Baixa solubilidade aos fluidos bucais, Retenção por embricamento mecânico, Não possui adesividade, fácil manipulação, Ótima longevidade clínica. Indicação: Material de base sob restaurações, Cimentação permanente de prótese fixa. Manipulação para cimentação: Dispensar pá dosadora III sobre a placa de vidro, quatro gotas de líquido, dividir e espatular com espátula 24, tempo total de 90 s. Manipulação para restauração: Usar pá dosadora IIII (Consistência mais densa que civ e hidróxido de cálcio, menos densa que oxido de zinco e eugenol).
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