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1 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PSI RESUMO NP2 PSICOLOGIA SÓCIO-INTERACIONISTA HENRY WALLON (1879-1972) A teoria de Wallon, apoiada no materialismo histórico- dialético, buscava entender o indivíduo em sua totalidade e quais relações dão origem a ela. O seu método de estudo era a análise genética comparativa multidimensional, em que ele uniu a psicologia e a genética pata entender os fenômenos e suas origens, de modo que comparava crianças normais e patológicas, crianças normais com idades iguais e diferentes, adultos atuais com os primitivos, crianças normais com adultos normais, estabelecendo semelhanças e divergências entre elas. É multidimensional porque ele analisava diversas dimensões: orgânica, social e neurofisiológica. Para Wallon, a pessoa está continuamente em processo. Transformações acontecem e podem ser observadas do início ao fim da vida do indivíduo. Internamente para cada pessoa, esse processo é um jogo entre os conjuntos motor, afetivo e cognitivo. Esse jogo acontece devido a interação do organismo com o meio, que com suas particularidades, dá mais destaque a um do que outro. É aí que se dá a importância da cultura. Além disso, Wallon nutriu grande interesse por uma educação para o pensar e o fazer, e por ter atuado pedagogicamente, teve acesso privilegiado a uma criança contextualizada. Para ele, a educação deve ser capaz de integrar tanto a esfera social quanto a individual. Ele verifica também uma dicotomia, porque ao mesmo tempo que o ensino tradicional não é a melhor alternativa, já que forma alunos passivos através da autoridade, o movimento escolanovista inverte essa lógica a tal ponto que defende a condução do ensino pelos próprios interesses da criança, anulando qualquer tipo de sistematização. A escola tradicional ignora completamente o individualismo, enquanto a Escola Nova é individualista demais. A pedagogia walloniana não tem como foco a transmissão de conteúdo, mas a valorização da expressividade do sujeito. O movimento da escola deveria alternar a predominância entre a dimensão subjetiva e a objetiva da criança. A CRIANÇA NORMAL E A PATOLÓGICA Passamos por diversos conflitos durante a vida. Quando algum conflito fica congelado e não conseguimos resolver, é aí que surgem as psicopatologias. Na criança normal, o conflito é vivido e superado. A criança normal se revela na criança patológica, pois a criança patológica é aquela que não venceu o conflito. O QUE É APRENDER PARA WALLON? É quando conhecemos algo novo, superamos o sincretismo (estado de imperícia inicial – quando ainda não temos a habilidade de realizar algo). A passagem de um estágio para o outro não é uma continuidade, pois acontecem trocas em diferentes níveis, então a evolução é nada mais que um rompimento. LEIS REGULADORAS São as leis que norteiam as fases do desenvolvimento descritas por Wallon. ALTERNÂNCIA FUNCIONAL É a alternância de direção entre os estágios, o movimento predominante é para o conhecimento de si (direção centrípeta) ou para o conhecimento do mundo exterior (direção centrífuga). Centrípeta Centrífuga * Impulsivo-Emocional * Personalismo * Puberdade e Adolescência * Sensório-Motor e Projetivo * Categorial ALTERNÂNCIA DA PREDOMINÂNCIA A cada estágio há a predominância de algum conjunto funcional, seja o motor, afetivo ou cognitivo. O amadurecimento de um interfere no amadurecimento de outro. Motor Afetivo Cognitivo * Impulsivo- Emocional * Personalismo * Puberdade e Adolescência * Sensório-Motor e Projetivo * Categorial INTEGRAÇÃO FUNCIONAL Essa lei descreve a relação entre os estágios como hierarquizada, devido aos conjuntos funcionais presentes em cada um. Os primeiros estágios são conjuntos mais simples, com atividades mais primitivas que serão integradas aos conjuntos mais complexos posteriormente. OS CONJUNTOS FUNCIONAIS A direção que deve seguir nosso raciocínio é a de que há três dimensões que estão vinculadas entre si, e suas interações em constante movimento: a cognitiva, afetiva e motora. Todos os conjuntos funcionais se revelam, de início, de forma sincrética. Isto é, reagem como um todo, indiferente aos estímulos internos e externos. Aos poucos eles passarão a se diferenciar e responder de forma mais precisa às intenções da criança e àquilo que o meio exige. São essas transformações que demonstram a passagem do sincretismo para a 2 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PSI diferenciação, marcando qualquer processo de desenvolvimento. Há ainda um 4º conjunto funcional que Wallon chamou de pessoa, que ao mesmo tempo que garante a integração entre os três anteriores, é também resultado dela. Pessoa é integração, não tem como considerar que seja composta por partes separadas e autônomas. A pessoa emerge da relação entre os conjuntos funcionais e de seus fatores determinantes – orgânicos e sociais. É daí que surge a pessoa individual e única. “Desenvolver-se é ser capaz de responder com reações cada vez mais específicas a situações cada vez mais variadas.” DIMENSÃO MOTORA Vai de uma movimentação global do corpo para atividades cada vez mais específicas, controladas e adaptadas ao meio. A criança vai percebendo as relações entre a função de cada parte do corpo e os objetos que a rodeiam. Envolve equilíbrio diante da gravidade, organização motora (manipulação das coisas) e expressão corporal. DIMENSÃO COGNITIVA Trata-se de um recurso de apreensão de conhecimento. A nossa intelectualidade, o que nos difere das outras espécies: pensamento, linguagem, aprendizado, tomada de decisão, resolução de problemas, atenção. DIMENSÃO AFETIVA Essa dimensão tem origem nas sensibilidades internas da criança. Afetividade refere-se aos processos psíquicos que acompanham as manifestações orgânicas da emoção. É um processo corporal centrípeto e há 3 canais de entrada que nos produzem prazer e desprazer: Interoceptivo – sensações viscerais; Proprioceprivo – sensações musculares; Exteroceptivo – sensibilidade que vem do exterior com os 5 sentidos. As sensações de interocepção e propriocepção são responsáveis pela atividade generalizada do organismo, que junto a exterocepção, vai se transformando em expressões afetivas cada vez mais específicas como medo e alegria, então as variações musculares vão indicando situações de bem-estar e mal-estar. EMOÇÃO Dura pouco, é intensa; predomínio da ativação fisiológica. SENTIMENTO É a representação cognitiva da emoção, o que possibilita a análise e nome do que estamos sentindo, diminuindo sua intensidade. PAIXÃO É o autocontrole cognitivo sobre as emoções, uma forma de camuflá-las e extravagar depois. ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO Há dois fatores que determinam os estágios do desenvolvimento: o orgânico e o social, já que organismo e meio são um par indissociável. Se o meio for favorável, poderá impulsionar o desenvolvimento do indivíduo, mas este é um processo de vir-a-ser inacabável. Entre um estágio e outro há crises geradas pela negação das atividades anteriores e as novas demandas que estão por vir, e a solução significa a passagem qualitativa da interação do organismo frente às exigências do meio, o que se traduz na transição de um estágio para o próximo. “Será no mergulho do organismo em dada cultura, em determinada época, que se desenvolverão as características de cada estágio.” Fase Idade (anos) Impulsivo Emocional 0-1 Sensório-Motor e Projetivo 1-3 Personalismo 3-6 Categorial 6-11 Puberdade e Adolescência 11 em diante Cada estágio é preparado pelas atividades do anterior e desenvolve atividades que prepararão o próximo. A criança age de acordo com os recursos que cada fase dispõe.IMPULSIVO EMOCIONAL No início da vida do bebê, ele é totalmente inapto a sobreviver sozinho, essa é a chamada imperícia, que demonstra a dependência do seu meio social. Suas reações de bem-estar e mal-estar se manifestarão através de descargas motoras indiferenciadas. Isso cria reciprocidade entre o bebê e o adulto, que aprenderá a se adequar à sua comunicação e assim poderá responder de acordo com as necessidades dele. Wallon considera que somos essencialmente sociais porque de início não existe o eu e o outro, o que existe é uma progressão em afirmar a própria identidade e expulsar esse outro dela, fazendo a diferenciação. Mas esse período é caracterizado pela indiferenciação, ou seja, o bebê extrai do mundo exterior o significado e as respostas às suas necessidades. Além disso, embora a fase impulsiva seja voltada para o aspecto motor, o estágio como um todo é predominantemente afetivo, já que se trata da construção do eu. 0-3 meses – impulsiva: predomínio de atividades que visam a exploração do próprio corpo (direção centrípeta); sensibilidade interoceptiva e 3 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PSI proprioceptiva; dimensão motora predominante; ainda é uma atividade não estruturada, com movimentos reflexos e impulsivos, principalmente aqueles que garantem a aproximação do outro para satisfazer suas necessidades, o que passa a ser um instrumento de expressão dos estados de bem-estar e mal-estar. O movimento puramente impulsivo só tem a função de diminuir estados de tensão. O bebê não tem mais suas necessidades atendidas automaticamente como dentro da barriga da mãe, então acontece a simbiose fisiológica, que é justamente a necessidade de um adulto satisfazer suas necessidades fisiológicas, como a alimentação. A simbiose afetiva é quando entre o bebê e o adulto é estabelecida uma relação de comunicação partindo do bebê, e satisfação da necessidade, que parte do adulto. O impulso motor do bebê provoca uma reação no adulto. 3-12 meses – emocional: fase predominantemente afetiva, pois as descargas motoras passam a ser um meio de expressão, o que torna possível reconhecer padrões emocionais, como alegria, medo e raiva, iniciando o processo de discriminação de formas de se comunicar através do corpo. Gestos, atitudes e vocalizações são cada vez mais específicas, uma linguagem primitiva começa a se formar. Sensibilidades interoceptiva, proprioceptiva e exteroceptiva presentes. Aqui, o “afetivo” significa “afetar o outro”, em que o bebê contagia o adulto para o atendimento de uma necessidade. Essas trocas possibilitam que o bebê estabeleça associações e aprenda a interpretar o meio, mostrando os primeiros sinais de cognição. Atividades circulares se fazem presente, anunciando o estágio seguinte, e são uma série de atividades repetitivas que se traduzem em movimentos inicialmente casuais que mais tarde acabam sendo emitidos com intencionalidade, levando a criança a investigar a conexão entre esses movimentos e os efeitos que causam no meio. Aprendizagem: “o que eu sou?” Recurso: fusão com o outro SENSÓRIO-MOTOR E PROJETIVO Caracterizado por um maior interesse pelo mundo externo, as atividades seguem uma direção centrífuga para o conhecimento do espaço físico através do agarrar, segurar, apontar, sentar, andar, contando com apoio da fala acompanhada por gestos. Inicia-se o processo de discriminação de objetos e de aquisição da aptidão simbólica. É uma fase intelectual de dimensão cognitiva, marcada pela construção da realidade. Os movimentos de preensão, a percepção e a linguagem são refinados, e sua atividade se torna cada vez mais planejada e organizada. A criança desenvolve uma inteligência prática. A marcha e a linguagem ingressam- na no mundo dos símbolos, mas seu pensamento ainda precisa do auxílio de gestos para que ela consiga exteriorizá-lo. Na etapa projetiva, a criança passa a não mais precisar tanto do concreto, se manifestando em histórias de faz de conta, o que abre caminhos para a representação, porque serve de suporte para que através da ação motora, ela dê forma ao pensamento. O ato motor se transforma em um ato de pensamento. A imitação é um movimento projetivo que contribui com a expressão mental, em que a criança reproduz modelos das pessoas próximas, e mais tarde, esse exercício fará com que ela se distingue desses modelos. O simulacro, outro movimento projetivo, é um salto qualitativo da imitação, porque se antes a criança precisava de um modelo base e era dependente da ação do outro, agora ela já é capaz de imitar cenas e acontecimentos, desprendendo-se do outro. Esse é o início da organização de seu pensamento, em que ela encontra a representação para um objeto, e um signo para a representação. Aprendizagem: “eu sou diferente dos objetos” Recurso: contato com diferentes espaços e situações PERSONALISMO A principal característica é o início do processo de discriminação entre eu e o outro, marcado pelo uso de expressões como “eu, meu, não”. Aqui ocorre a diferenciação do eu psíquico. Essa fase está voltada para o si mesmo, para o enriquecimento da personalidade, seguindo então uma direção centrípeta, é o início da consciência de si. A criança já sabe o que deve ser e o que não deve, então dissimula sentimentos e atitudes desaprováveis. A construção da própria subjetividade ocorre por meio das atividades de oposição, sedução e imitação; dimensão afetiva mais presente. Oposição: busca da afirmação de si e do seu ponto de vista, a criança confronta, contradiz as pessoas, experimentando sua independência; Sedução: “idade da graça”, a criança tem necessidade de ser admirada, de sentir que agrada os outros, pois só assim conseguirá se admirar também; exuberância motora; aparecimento do ciúme; Imitação: personagens são criados a partir das pessoas que a criança admira e deseja ser, surge a necessidade de autossubstituir os outros. Nessa fase, a atividade da criança se caracteriza pela inércia mental, ou seja, ela é absorvida por suas ocupações do momento e não tem poder sobre elas. É o estímulo que controla o sujeito. Aprendizagem: “eu sou diferente dos outros” Recurso: oportunidades variadas de convivência com outras pessoas CATEGORIAL 4 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PSI A diferenciação entre eu e o outro proporcionada pelo estágio anterior, dá condição para a exploração mental do mundo físico por meio de atividades de agrupamentos, seriação, categorização em vários níveis de abstração até chegar no pensamento categorial, o que marca uma direção centrífuga e a predominância cognitiva. O papel da cultura é de máxima importância, porque o indivíduo se apoia em diferenciações já feitas por ela, e palavras, imagens e signos servem de referência. Agora a criança percebe a existência de coisas que independem do eu, então ao perder um brinquedo, por exemplo, saberá que poderá encontrá-lo depois. As características de seu comportamento são determinadas principalmente pelo desenvolvimento intelectual. A atenção e maturação dos sistemas de discriminação e inibição, mantêm a criança concentrada em algo por mais tempo que antes. O início das práticas sociais e pertencimento de grupos determina a formação de sua personalidade; o meio em que vive é molde para sua pessoa; e a escola exige a participação em relações diversificadas em que ela exercita diferentes papéis, o que contribui com sua individualidade. O pensamento pré-categorial, junto ao categorial, irão caracterizar a inteligência discursiva. 6-9 – pré-categorial: o ponto de partida da inteligência discursiva é o par, que sustenta o pensamentosincrético desta fase. É a primeira forma de organização intelectual. Um elemento sempre terá outro em oposição, a criança não consegue ver unidades, e conforme ela vai aprendendo sobre os objetos, pessoas e acontecimentos, isso tudo se liga de maneira desconexa. Os pares se formam por aproximações sonoras, por oposição ou por sentido. A criança não é capaz de separar qualidade e objeto, então não consegue ainda separar a cor vermelha das coisas vermelhas, portanto tudo o que é vermelho é morango, por exemplo; ela só vai considerar que um carro de brinquedo seja um carro de brinquedo porque ele tem portas. A atribuição de causa é falha, porque porta é uma categoria que outros objetos compartilham também. 9-11 – categorial: ocorre a redução do sincretismo e a formação de categorias intelectuais que ordenam a realidade, então é uma fase que exige discriminação. Surge a noção de tempo, espaço e causa. Ainda não ocorre a abstração, mas já é um caminho entre o concreto e as ideias. Aqui acaba o pensamento por pares e emerge o pensamento que opera por um sistema de relações. Aprendizagem: “o que é o mundo?” Recurso: variedade de atividades, aceitar a imperícia da criança e levar em conta o que ela já sabe PUBERDADE E ADOLESCÊNCIA Se no estágio anterior, entre a criança e o mundo existia um estado de equilíbrio, agora instala-se a crise da puberdade, que afeta a vida da criança em todas as três dimensões. A transformação corporal acompanha a transformação psíquica. Em relação ao corpo, as diferenças entre o feminino e o masculino se acentuam. O jovem adquire a posse da função reprodutora e expressa seus sentimentos com o corpo todo através de risadas, conversas com tom de voz elevado e gesticulações exageradas. A dimensão afetiva retorna, bem como a direção centrípeta da exploração de si mesmo como uma identidade autônoma, então ele tem a necessidade, novamente, de se apropriar do seu próprio corpo que se transformou tão rapidamente, e que ele já não o reconhece mais. O signo do espelho é uma forte característica: nessa fase ocorrem muitas mudanças fisiológicas e físicas que acabam evidenciando grandes transformações corporais, e por essa razão os jovens tendem através do espelho a examinar e observar essas transformações para que desta forma possam se apropriar novamente do seu corpo. Essa sensibilidade à imagem corporal pode levá-los a se sentir desvalorizados devido a obesidade, uso de óculos ou aparelho dentário, seios muito grandes ou muito pequenos, etc. A orientação centrípeta retorna porque surge a necessidade de reorganização do esquema corporal, e a função afetiva é responsável pela construção da pessoa e sua identidade, que ocupará o primeiro plano. A ambivalência de atitudes e sentimentos também é marcante (o desejo de possuir o outro e ao mesmo tempo sacrificar-se por ele. O jovem quer encontrar o ser ideal, o complemento da sua própria pessoa). Já no comportamento exterior, essa ambivalência se manifesta pela vaidade, desejo de atenção do outro. Tudo é motivo para “uma tempestade”. Sobre as relações sociais, ao mesmo tempo que o jovem precisa se relacionar e se enturmar com um grupo de interesses e desejos semelhantes, ele também precisa se perceber como diferente, por isso ele tende a se misturar e a transitar para vários grupos, o que possibilita o aparecimento da personalidade através das diferenciações e das identificações com seus pares. Há o domínio de categorias cognitivas com maior nível de abstração e o fortalecimento do pensamento categorial. O jovem ultrapassa o mundo concreto e parte para o mundo abstrato. Distingue o possível do real, cria possibilidades, formula hipóteses e as confirma no mundo das ideias. Essa fase é marcada por fortes argumentações conquistadas pelo estágio anterior, confrontos e questionamentos, oposição aos adultos no sentido de ir contra todo tipo de controle imposto ao jovem, que cobra igualdade de direitos e respeito recíproco. 5 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PSI Aprendizagem: “quem sou eu? Quais os meus valores? Quem serei no futuro?” Recurso: permitir a oposição ao outro; construção da própria identidade REFERÊNCIAS MAHONEY, Abigail Alvarenga; ALMEIDA, Laurinda Ramalho de (org.). Henri Wallon. Psicologia e educação. São Paulo. Edições Loyola, 2011.
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