Buscar

HIIT É AERÓBICO

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

O objetivo é explicar da forma mais clara possível para que todos possam entender;
Primeiro: 
O QUE É HIIT? 
O Treino Hiit, também conhecido no Brasil como Treino Intervalado de Alta Intensidade ou treino cárdio. (Em inglês High-intensity interval training) é um tipo de treino usado para condicionamento físico onde o praticante faz exercícios intercalados de alta intensidade (como sprints) e baixa intensidade (como caminhar em rítimo lento). Esse pode ser praticado em inúmeras atividades, como polichinelos, burpee, corda naval, sppinng, natação e etc. 
TREINO ANAERÓBICO
Nesse processo metabólico o corpo produz energia sem usar o oxigênio. O anaeróbio tem duas fases, alático e lático.
O alático é conhecido como mecanismo fosfocreatina ou ATP-CP. Nesse sistema o corpo fornece cerca de 10 segundos de energia. Dentro de nossos músculos temos uma “moeda energética” conhecida como ATP (Adenosina Tri Fosfato) que produz energia rápida para o músculo, que não dura mais de 3 a 4 segundos, então entra a CP (Creatina Fosfato) que ressintetiza a ATP dando mais energia para o músculo. A musculação é predominantemente Anaeróbia. 
TREINO AERÓBICO
O sistema aeróbico usa o oxigênio e nutrientes como glicose, gordura e carboidrato para produzir energia para o músculo. Para criar o ATP o sistema aeróbico não é tão rápido como os outros, porém produz energia por muito mais tempo. Como corridas longas e continuas.
MAS, E O HIIT, QUE É INTERCALADO, QUAL SISTEMA ENERGÉTICO É PREDOMINANTE? 
Para prescrição do treinamento é essencial o conhecimento da Bioenergética, que é o processo de conversão (extração de energia) de moléculas ricas em energia (carboidratos, gorduras e proteínas) em uma moeda energética que é a Adenosina Trifosfato (ATP).
Um dos erros comuns é acreditar que os típicos treinos intervalados de alta intensidade (HIIT) são de predomínio anaeróbio, o que não é verdade, seja se ele é feito na intensidade do VO2máx ou intensidade acima da associada ao VO2máx, como os sprints “all-out” em que são realizados tiros máximos de cerca de 30 segundos.
Isso já é mostrado há muito tempo. Um dos estudos é o de Bogdanis et al. (1996) que demonstrou que no 2º tiro de 30 segundos máximos em homens fisicamente ativos já havia 49% de contribuição aeróbia e redução de 41% da contribuição anaeróbia.
Em outro estudo de Trump et al (1996) os pesquisadores verificaram que no 3º sprint máximo de 30 segundos havia predomínio aeróbio, em que a contribuição aeróbia era de 70% e a contribuição anaeróbia de 30%.
Sendo assim, em cada novo estímulo no treino intervalado de alta intensidade há o aumento da contribuição AERÓBIA para formar o ATP, e um dos motivos é devido ao aumento da diferença arteriovenosa de oxigênio, ou seja, do músculo esquelético utilizar o oxigênio.
Os mecanismos fisiológicos ligados a esse aumento da diferença arteriovenosa de oxigênio (extração de oxigênio) durante o exercício estão associados a liberação de catecolaminas que ao se ligarem aos receptores beta-2-adrenérgicos dos vasos sanguíneos da musculatura causam a vasodilatação.
Também há o mecanismo local de vasodilatação, pois há o aumento de CO2, hidrogênio, lactato, óxido nítrico e saída de potássio.
A diferença arteriovenosa de oxigênio também aumenta durante o exercício pela diminuição da afinidade da hemoglobina pelo oxigênio devido ao aumento da temperatura corporal, aumento da pressão parcial de CO2, diminuição do pH e aumento da 2-3 difosfoglicerato.
Não é fácil e nem simples promover o emagrecimento, tratamento do diabetes e doenças cardiovasculares, visto que não é qualquer treino que promove as adaptações fisiológicas necessárias.
Referências: estão nos comentários.
Referências: 
Bogdanis GC et al. Contribution of phosphocreatine and aerobic metabolism to energy supply during repeated sprint exercise. J Appl Physiol (1985). 1996 Mar;80(3):876-84.
Gastin PB. Energy system interaction and relative contribution during maximal exercise. Sports Med. 2001;31(10):725-41.
Trump ME et al. Importance of muscle phosphocreatine during intermittent maximal cycling. J Appl Physiol (1985). 1996 May;80(5):1574-80.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando

Outros materiais