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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ PÓS GRADUAÇÃO EM DESIGN DIGITAL Fichamento de Estudo de Caso Stefany Neves de Borba Trabalho da disciplina Prototipação de Jogos Digitais Tutora: Prof. Thiago Rodrigues Medeiros São Paulo 2019 Estudo de Caso: Game Design e Prototipagem: Conceitos e Aplicações ao Longo do Processo O artigo Game design e prototipagem, de Adriana Kei Ohashi Sato, estudante de design de games da Anhembi Morumbi, foi publicado no ano de 2010 pelo Sbgames, e busca fazer um reflexão sobre o game design, seu processo e a importância do uso da prototipagem dentro dele. Adriana inicia o artigo, usando alguns autores de diferentes campos de conhecimento para definir o conceito de jogos. Para Johan Huizinga, o jogo estabelece uma comunicação direta com a sociedade, e pode ser compreendido como um elemento cultural, pois acompanha a sociedade em seus valores, percepções e anseios, por meio da imaginação de uma determinada realidade, que será experimentada e vivenciada. Logo, o jogo é uma atividade lúdica em que os participantes estão em uma realidade imaginada e representam um papel, de acordo com a imaginação. Daniel Cook, que escreveu o artigo Game Design as Government, faz uma comparação, mostrando o game design como uma forma de governo, e nessa comparação fica clara a relação do jogo com o contexto social. cook também defende que os jogos são voluntários, “O jogo é jogado voluntariamente e o jogador tem a liberdade de participar quando e por quanto tempo quiser, podendo sair do jogo conforme sua vontade ou decisão” Para Jesper Juul, “Um jogo é um sistema formal baseado em regras; cujos resultados são variáveis e quantificáveis; onde diferentes variáveis determinam diferentes valores; o jogador exerce o esforço a fim influenciar o resultado, o jogador sente-se unido ao resultado; e as conseqüências da atividade são opcionais e negociáveis”, portanto para Jull o jogador busca uma experiência em que de acordo com a sua participação e esforço, possa ter consequências e o resultado variem, de uma forma que ele possa obter recompensas. Adriana Kei Ohashi Sato, dá andamento ao artigo, discutindo sobre o game design em si, a autora traz afirmações de outros designers e autores como Jesse Schell, que simplifica o conceito afirmando que o game design, “tratar-se do ato de decidir o que um jogo deveria ser”, para Brenda Brathwaite “game design é o processo de criar a disputa e as regras de um jogo”, e ela também acreditar que “para um bom game design é preciso criar objetivos os quais o jogador sinta-se motivado a alcançar e regras que o jogador precisa seguir ao fazer escolhas significativas em prol desses objetivos.” Troy Dunniway e Jeannie Novak, acreditam que um bom game designer deve conhecer a fundo o jogador, para quem ele está desenvolvendo o jogo, e saber coisas como: Quem é o jogador?, O que o jogador faz?, Como o jogador faz?,Onde o jogador faz?, Com o que o jogador faz? e Com quem o jogador faz?, portanto entender seu público alvo antes de dar andamento em um projeto. Para abordar os assuntos, processo do game design, uso dos modelos funcionais e protótipos de jogo, e defender a prototipagem, Adriana utiliza o estudo da pesquisadora Janne Paavilainen, fundamentando assim seus argumentos e possibilitando a conclusão que que o uso de protótipos, permite uma interação do design de games com as ideias das equipes, aumentando a comunicação entre os envolvidos e possibilitando que ideias e conceitos sejam visibilizados e testados antes do produto final ser entregue, além disso também possibilita ter o feedback dos jogadores, enquanto ele joga, dando a possibilidade de validar o produto e modificar aquilo que não está dando certo, fazendo com que o jogo final seja mais assertivo. Como Johan Huizinga Daniel Cook apontam, o jogador busca um universo lúdico, com fragmentos que o lembrem da sua realidade social, e contexto em que vive, logo, ao criar um jogo para ele é necessário entender qual é essa realidade e qual é esse contexto histórico, para que o jogador possa se conectar com ele, e garantir que o mesmo seja um sucesso. É importante também lembrar, que dentro de um jogo o jogador busca muitas vezes, como Jesper Juul defende, o desafio e as recompensas como consequência de suas escolhas e esforços durante a experiência e imersão em um jogo. Janne Paavilainen, mostra como o uso de protótipos, por meio do designer de games, nas diversas fases de desenvolvimento de um jogo, trás a percepção do público final, possibilitando a melhora do produto, e também auxilia na validação de ideias e contextos pensados por uma equipe, criando um produto final com menos possibilidades de erros. Sendo assim, é possível concluir que a prototipação dos jogos, sendo física ou analogica, é importante em todas as fases durante a concepção de um jogo, assim como a pesquisa de público alvo. a prototipação vai permitir que você valide ideias, pense em conjunto com a equipe, antecipe problemas, teste interfaces e interatividade, veja se está seguindo o caminho correto e a partir de feedbacks, dá a chance de fazer modificações, na busca de ser mais assertivo, antes que o produto seja liberado para a venda final. E por sua vez, a pesquisa de público fará com que você entenda a essência do jogador, quem ele é, do que ele não abre mão, o que ele espera vivenciar e informações como essas, podem te dar as ferramentas corretas para ir além das expectativas do jogador e fazer do jogo um grande sucesso. Referência: http://www.sbgames.org/papers/sbgames10/artanddesign/Full_A&D_10.pdf
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