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RESUMO – 2ª UNIDADE --------------------------------- Imunidade: capacidade do organismo de reconhecer substâncias que considera estranha e promover uma resposta contra elas; defesa do organismo. Imunologia: ciência que estuda a resposta imunológica. Sistema Imunológico: conjunto de moléculas, células, tecidos e órgãos que trabalham juntos para defender o organismo contra a ação de agentes estranhos; reconhece e distingue o que é próprio do organismo (self) do que lhe é estranho (not self). Resposta Imunológica: conjunto integrado e regulado de ações de defesa executado pelo sistema imunológico contra agentes invasores potencialmente patogênicos. EQUILÍBRIO DO SISTEMA IMUNE Fraco: não dá conta do recado Hiperativo: ataca os próprios tecidos Equilíbrio: eficiente contra agentes nocivos ÓRGÃOS E TECIDOS Centrais: timo e medula óssea Periféricos: linfonodos, baço, tonsilas, placa de Peye, vasos linfáticos, tecido linfoide associado à mucosa (MALT). CÉLULAS Leucócitos são oriundos da medula óssea, dão origem à duas linhagens: Origem Linfóide: linfócitos B (maturam na medula) e linfócitos T (maturam no timo); os dois migram para órgãos linfóides periféricos. Origem Mielóide: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos etc. ----------------------------------------- As células sofrem mudanças e começam a produzir substâncias químicas capazes de regular o funcionamento celular para reconhecer e se defender dos agressores; é capaz de reconhecer e se lembrar de milhões de inimigos diferentes, podendo produzir metabólitos para destruí-los; a rede de comunicação é dinâmica e elaborada. ATIVA: estimula indivíduo a produzir seus próprios anticorpos. Natural – após doença Artificial – vacina PASSIVA: indivíduo recebe anticorpos prontos. Natural –placenta e colostro Artificial – soro (contém anticorpos para antígenos específicos; curativo e temporário) ---------------------------------------- ALERGIA: reação de hipersensibilidade a uma determinada substância. Células - anticorpos IgE e eosinófilos (liberam histamina que promove vasodilatação com perda de plasma) ANAFILAXIA: reações alérgicas espalhadas pelo corpo, com inchaços generalizados, constrição da garganta e das vias respiratórias; deve-se aplicar anti-histamínico e adrenalina. URTICÁRIA: reação alérgica localizada; deve-se aplicar anti-histamínico. ASMA: edema e obstrução dos brônquios com espasmos da musculatura bronquiolar, dificultando a respiração; uso de bronquiodilatadores e corticoides. ------------------------- Uma reação complexa em tecidos que consiste principalmente nas respostas dos vasos sanguíneos e leucócitos; essencial para a sobrevivência dos organismos; habilidade para ficar livre dos tecidos danificados ou necróticos e invasores estranhos; Combate as causas Combate as consequências REAÇÕES VASCULARES E CELULARES Fatores solúveis Produzidos por células Derivados de proteínas do plasma SINAIS CARDINAIS DA INFLAMAÇÃO Rubor: vermelhidão Tumor: inchaço Calor: aquecimento Dolor: dor Functio laesa: perda de função -------------------------- Início rápido; curta duração (horas ou dias) Leucócitos - exsudação de fluidos e proteínas do plasma; predominância de neutrófilos. PRINCIPAIS COMPONENTES Mudanças estruturais na microvasculatura. Alterações no fluxo e calibre vascular: aumento da permeabilidade e extravasamento vascular Emigração de leucócitos: extravasamento; fagocitose ESTÍMULOS Infecções e Toxinas: bacteriana, viral, fúngica ou parasítica; presença de receptores. Necrose Tecidual: de qualquer causa; isquemia, danos físicos ou químicos. Corpos Estranhos: lascas de madeira, sujeira, suturas; dano tecidual traumático; transporte de microorganismos. Reações Imunes: associadas a inflamações crônicas; morbidade e mortalidade; doença inflamatória imunomediada (citocinas). EXSUDAÇÃO Transudato: extravasamento de líquido (pouco teor proteico). Exsudato: extravasamento de líquido e proteínas (alteração de pequenos vasos). VASODILATAÇÃO: calor e vermelhidão (eritema); presença de histamina e óxido nítrico. AUMENTO DE PERMEABILIDADE: perda de fluido; concentração de hemácias (viscosidade); seguida de estase; aderência de leucócitos ao endotélio. REAÇÃO DOS LEUCÓCITOS Recrutamento Adesão ao endotélio (rolagem e firme) Migração através do endotélio (para o interstício) Quimiotaxia ------------------------------------------- A inflamação pode contribuir para uma variedade de doenças que não são primariamente devidas a respostas anormais do hospedeiro. Ela se torna prejudicial quando: Quando direcionada para tecidos próprios Não controlada REPARO: Se inicia junto à inflamação (pode se prolongar mais) através da substituição do tecido injuriado por: Regeneração Preenchimento por cicatrização --------------------------- Pode se seguir da inflamação aguda ou ser de início insidioso; longa duração. Possui como componente os Linfócitos e Macrófagos (vasos sanguíneos, fibrose, destruição tecidual). ------------------ Distúrbios Hidro/Hemodinâmicos: alterações circulatórias que acometem a irrigação sanguínea e o equilíbrio hídrico. Guidugli-Neto (1997): os fluidos do corpo transitam por compartimentos intracelular, intersticial e intravascular que encontram-se em homeostase, processo fisiológico envolvido na fluidez do sangue e com o controle do sangramento quando ocorre lesão vascular. ***Quando há rompimento desse equilíbrio ocorrem alterações: ------------------------- EDEMA: líquido elevado nos espaços teciduais intersticiais; solução aquosa de sais e proteínas do plasma (albumina). ↑ permeabilidade vascular ↑ pressão hidrostática retenção de líquido (sódio) ↓ pressão osmótica ↓ drenagem linfática (obstrução) Hidrotórax Ascite Sinal de Godet (cacifo) – pressão digital sobre o tecido subcutâneo edematoso desloca o líquido intersticial e deixa uma depressão em forma de dedo Filariose linfática (elefantíase) – derrame de linfa no tecido (meio de cultura para bactérias) Leishmaniose visceral (calazar) – perda de líquido ---------------------------- HIPEREMIA: aumento do volume de sangue no interior dos vasos em uma região por intensificação do aporte sanguíneo ou diminuição do escoamento venoso. Ativa – sangue oxigenado; pode ser fisiológica (durante exercícios) ou patológica (inflamação aguda). dilatação arteriolar ↑ fluxo sanguíneo pulsação, dor e calor arteríola (A) e veia (V) com grande fluxo de sangue, compatível com o quadro de hiperemia ativa (processo inflamatório local) Passiva (congestão) – sangue desoxigenado (cianose); por obstrução de veias ou redução no retorno venoso (insuficiência cardíaca). ↓ drenagem venosa distenção de veias cor vermelho-escuro ↑ hemoglobina desox. fígado com hiperemia passiva, em que se observam regiões mais escuras e regiões claras no órgão. HEMORRAGIA: saída do sangue do espaço vascular para o compartimento extravascular (cavidade ou interstício) ou para fora do organismo; pode ser classificada quanto à origem, visibilidade e volume (hematoma e apoplexia). Rexe (rotura) – ruptura da parede vascular por lesão,traumatismo, enfraquecimento da parede vascular e aumento da pressão sanguínea. Diapedese – sem lesão; hemácias ultrapassam a parede vascular individualmente após enfraquecimento da junção entre células endoteliais e da membrana basal. hemorragia (H) em tecido pulmonar; vasos sanguíneos (V) estão congestos, o que pode provocar o aumento da pressão sanguínea local; com a saída de hemácias, também há a saída de líquido (L) para fora do vaso, ocupando os espaços aéreos. CHOQUE: quando o coração não bombeia sangue suficiente para encher as artérias a uma pressão suficiente para fornecer/enviar oxigênio para os órgãos e tecidos; deixa de ocorrer a perfusão; perda do controle vasomotor desproporção sangue/sistema ↓ débito cardíaco ↓ sangue ESTÁGIOS Compensatório: corpo tenta superar os problemas utilizando seus mecanismos de defesa habitual procurando manter as funções (taquicardia, pele fria e úmida, pele opaca e acinzentada) Progressivo: sangue dos membros + região abdominal é desviado para órgãos vitais como coração, cérebro e pulmões (queda da PA, sudorese aumentada, sede, náuseas e vômitos, tonturas, alteração da consciência.) Irreversível: desvio de sangue do fígado e rins para coração, cérebro, gerando falência de órgãos, fazendo com que o sangue se acumule afastado dos órgãos vitais, seguido de óbito (olhos opacos, pupilas dilatadas, respiração superficial e irregular, perda da consciência) TIPOS Cardiogênico – hipoperfusão tecidual sistêmica devido à incapacidade do músculo cardíaco fornecer débito adequado às necessidades do organismo. ↓ capacidade de contração (miocardite, infarto, insuficiência valvular) obstrução do fluxo venoso (embolia pulmonar grave) Hipovolêmico – quando se perde grande quantidade de líquidos e sangue, o que faz com que o coração deixe de ser capaz de bombear o sangue necessário para todo o corpo (hemorragias graves e desidratação intensa). ↓ volume sanguíneo ↓ retorno venoso ↓ débito cardíaco ↓ perfusão tecidual Neurogênico – falha de comunicação entre o cérebro e o corpo, fazendo com que os vasos sanguíneos percam o seu tônus e dilatem, dificultando a circulação do sangue pelo corpo e diminuindo a pressão arterial (acidentes com anestésicos, lesão na medula, lesão do SN e uso de drogas) ↓ perfusão tecidual interrupção do estímulo vasomotor má distribuição do volume de sangue vasodilatação Anafilático – caso mais grave de anafilaxia; reação alérgica sistêmica, severa e rápida. ↓ pressão arterial taquicardia edema de glote Séptico – disseminação de microorganismos no sangue, oriundos de infecções locais graves, principalmente bacilos Gram- negativos ↓ débito cardíaco ↓ resistência periférica lesão de vasos trombose ---------------------- EMBOLIA: massa intravascular solta, sólida, líquida ou gasosa que é carregada pelo sangue a um local distante do seu ponto de origem; a maior parte vêm de um trombo; Sólidos ou Trombóticos Líquidos (gordurosos) Gasosos TROMBOSE: solidificação do sangue dentro dos vasos; coagulação do sangue aderidas à parede vascular ou ao endocárdio, com forma e tamanho variáveis. Brancos – predomínio de plaquetas e fibrina; aterosclerose é a doença inflamatória crônica na qual ocorre a formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos (↓ diâmetro do vaso podendo chegar a obstrução total) Vermelhos – predomínio de hemácias; plaquetas e fibrina. Misto – cabeça branca (ninho inicial de plaquetas e fibrinas) ligado a parede vascular, um corpo misto e uma cauda vermelha, formada após a oclusão total dos vasos. Murais – na parede vascular ou de cavidades Oclusivo – na luz dos vasos Arterial, venoso, capilar ou de arteríolas TRÍADE DE VIRCHOW Fatores que contribuem para a trombose venosa e trombose arterial: Lesão Endotelial – perda física do endotélio; exposição MEC subendotelial; adesão e ativação plaquetária (hemostasia primária); ativação da cascata de coagulação (hemostasia secundária). Fluxo anormal – estase ou turbulência; rompimento do fluxo laminar (silencioso) para o fluxo turbulento; impede diluição dos fatores coagulantes; adesão de leucócitos; aneurisma. Hipercoabilidade – por causas primárias (genético): deficiência de anticoagulantes (antitrombina III) ou secundárias (adquirido): repouso prolongado no leito ou imobilização; câncer e insuficiência cardíaca. ISQUEMIA: diminuição ou parada completa do fluxo sanguíneo em determinado órgão ou estrutura; a intensidade depende do grau de obstrução vascular e pode ocorrer de forma rápida ou lenta; suas consequências são atrofia, necrose e até infarto. ↓ pressão entre artérias e veias obstrução da luz vascular ↑ viscosidade do sangue ↑ demanda de sangue Fisiológica – em casos de frio extremo Patológica – o depósito de gordura/placa fibrosa INFARTO: bloqueio do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco; área de necrose originada de um distúrbio circulatório. Anêmico (Branco) – tumefação e palidez local; é comum no tecido cardíaco, por exemplo, infarto do miocárdio. Hemorrágico (Vermelho) – permanência do sangue do local no momento da obstrução arterial; oclusão de veias; comum em tecidos frouxos onde o extravasamento sanguíneo é facilitado. ---------------------------------------- Termo usado para indicar células que exibem: ausência do estado de diferenciação, proliferação descontrolada e capacidade de invadir tecidos. Persistindo de mesma maneira excessiva após o término do estímulo que provocou a mudança. Neoplasma, blastoma, câncer, tumor etc. Tumor: massas celulares que crescem desordenadamente e anormalmente no organismo, podendo ser benignos ou malignos. Câncer: proliferação descontrolada de células que expressam graus variados de fidelidade aos seus precursores. Tumores malignos. CARACTERÍSTICAS Progressividade: crescimento tecidual é excessivo e descoordenado Independência: ausência de resposta aos mecanismos de controle Irreversibilidade: ausência de dependência ao estímulo ESTÁGIOS Iniciação – A célula sofre ação dos agentes cancerígenos iniciadores, que alteram a estrutura do DNA Promoção – A célula alterada continua a sofrer ação de agentes promotores que estimulam a sua multiplicação e transforma-se em células malignas ou cancerosas Progressão – multiplicação descontrolada das células alteradas → acúmulo de células cancerosas → tumor. CAUSAS/FATORES Externas: ambiente*** e hábitos de vida Internas: predisposição genética Carcinogênicos: alterações genéticas que podem levar ao desenvolvimento neoplásico por agentes (fisico, quimico, biológico). CÉLULAS NEOPLÁSICAS Bioquímico – ↓ pH citoplasmático, ↑ captação de aa, surgimento de novos antígenos de superfície Mobilidade – ↑ mobilidade devido à ↓ adesividade, perda da inibição por contato e modificações no citoesqueleto Ganho de função – produção de hormônios ---------------------------- Crescem como massas coesas em expansão. Podem desenvolver uma faixa de tecido conjuntivo comprimido, cápsula fibrosa, que os separa do tecido hospedeiro. Nomeclatura: célula de origem + oma pequeno, bem delimitado, crescimento lento, não-invasivo, não-metastáticos, bem diferenciado, necrose ausente---------------------------- O crescimento é acompanhado de infiltração progressiva e destruição do tecido circundante. Nomeclatura: célula de origem + carcinoma, sarcoma ou blastoma. grande, crescimento rápido, invasivo, autossuficiente, limites imprecisos, pouca diferenciação, necrose presente, com metástase e recidivas, angiogênese e apoptose ----------------------- ---------------------------------------- Disseminação de uma neoplasia primária a estruturas regionais ou a órgãos e estruturas distantes, sem ligação física; provocada por embolização ou transporte e implantação de oncócitos; marca registrada de neoplasias malignas; representa a maior ameaça à vida; Via: sanguínea ou linfática DISSEMINAÇÃO Invasão da matriz extracelular – tecidos organizados numa série de compartimentos separados uns dos outros por dois tipos: membranas basais e tecido intersticial Disseminação vascular e implantação de células tumorais – células tumorais interagem com a matriz extracelular em vários estágios na cascata metastática; ocorre rompimento da membrana basal → atravessam tecido conjuntivo intersticial → acessam a circulação ao penetra na vasculatura. vaso sanguíneo (V) com células tumorais bem próxima de sua parede. Uma delas até mesmo parece "empurrar" a parede endotelial (setas). Trata-se dos momentos inicias da disseminação das células tumorais. Alteração na célula alvo, denominada transformação; Crescimento das células transformadas; Crescimento expansivo x Invasão local; Metástases distantes. PROGRESSÃO TUMORAL Depois de certo período de tempo, os tumores malignos sofrem, com freqüência, modificações biológicas que o tornam mais agressivos e com maior potencial maligno. Um tumor em crescimento tende a ser enriquecido por clones que possuem competência para sobreviver, crescer, invadir e sofrer metástases. ANGIOGÊNESE O suprimento sanguíneo é o fator mais importante que pode modificar a velocidade de crescimento dos tumores, eles só ultrapassam 1 a 2mm se forem vascularizados; a ausência de vascularização leca À hipóxia que induz apoptose; a perfusção fornece nutrientes e oxigênio e as células endoteliais estimulam seu crescimento; pré- requisito para metástase. --------------------------- ---------------- Cirurgia: se a massa for bem delimitada e minimamente invasiva e não estiver em órgãos vitais que não podem ser cortados. Quimioterapia: tratamento por substâncias químicas que afetam o funcionamento celular; drogas anti-neoplásica; possui efeitos secundários que afetam células normais de crescimento rápido. Radioterapia: utilização de radiação com fonte externa ou através de isótopos radioativos inseridos dentro do corpo do paciente onde será liberada a radiação ionizante; há risco de desenvolvimento de novos tumores.
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