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Resumo de Patologia 2°prova 1 ALTERAÇÕES DA HEMODINÂMICA E DO FLUXO SANGUÍNEO COM CONSEQUENTES ANORMALIDADES NO SUPRIMENTO SANGUÍNEO E BALANÇO HIDRÍCO. É o aumento da quantidade e volume de sangue no interior dos vasos sanguíneos. Com isso, há um congestionamento do fluxo vascular sanguíneo. Pode ocorrer de forma ativa e passiva. HIPEREMIA ATIVA É a vasodilatação arteriolar com um aumento do fluxo sanguíneo no leito capilar. Pode ocorrer de forma fisiológica quanto patológica. HIPEREMIA ATIVA FISIOLÓGICA: Ocorre quando um órgão for exigido para desenvolver uma atividade a mais e há a necessidade de um maior aporte sanguíneo para promover uma maior oxigenação. Ex: nadador em uma competição. HIPEREMIA ATIVA PATOLÓGICA: É a modificação da circulação decorrentes de processos mórbidos. Pode ocorrer durante: ➛ inflamação aguda (predomínio dos fenômenos vaso exsudativos e liberação de histamina) ➛ reações de hipersensibilidade do tipo I (liberação local de histamina que causa vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo) ➛ injúria pelo calor (queimaduras) ➛ traumatismos no setor arterial (ex: prender o dedo na porta) Características clínicas e macroscópicas da hiperemia ativa: ➛ Vermelhidão local ➛ Aumento da temperatura local ➛ Aumento volumétrico do órgão ➛ Aumento da pulsação de pequenos vasos locais (ex: intracraniana e lesão pulpar) É mais evidente nas mucosas, principalmente translúcidas como os olhos que ficam vermelhos, inchados e pulsantes. Características microscópicas de hiperemia ativa: ➛ Arteríolas, capilares e vênulas dilatados e cheios de sangue ➛ Aumento da permeabilidade capilar HIPEREMIA PASSIVA Consiste na redução ou bloqueio do fluxo sanguíneo venoso Se divide em: ➛ Hiperemia passiva local ➛ Hiperemia passiva geral HIPEREMIA PASSIVA LOCAL: É circunscrita em um determinado território orgânico. É resultado sempre da obstrução, compressão ou dilatação dos vasos venosos. De modo que haja uma retenção maior de sangue no território. Ex: No último trimestre da gravidez é comum haver hiperemia nas extremidades das pernas, pois o útero fica mais pesado e comprime as veias da região pélvica. As varizes são dilatações dos vasos venosos e é visível clinicamente o aumento de volume das veias. HIPEREMIA PASSIVA GERAL: Afeta todo o organismo e depende da insuficiência cardíaca ou circulatória. HIPEREMIA/CONGESTÃO Resumo de Patologia 2°prova 2 Etiologia: Cardiopatias; compressão ou oclusão da veia cava inferior; obstrução das veias pulmonares; imobilidade do diafragma; redução da capacidade aspiratória do tórax. Aspectos macroscópicos da hiperemia passiva: ➛ Coloração vermelho-escuro da área afetada ➛ Aumento do volume do órgão acometido Aspectos microscópicos da hiperemia passiva: ➛ Capilares, veias e vênulas cheias de sangue ➛ Pode haver rompimento vascular e hemorragia local ➛ Quando a hiperemia é duradoura pode ocorrer necrose, fibrose e/ou edema na área afetadas devido a dificuldade de receber oxigênio. 1 – Arteríola 2 - Vênulas e capilares apresentando hiperemia passiva Acúmulo excessivo de líquido no interstício e/ou cavidades naturais, provocando um inchaço. Pode ser um edema localizado ou generalizado. ETIOPATOGÊNESE: ➛ Aumento da pressão hidrostática na microcirculação (casos de hipertensão arterial ou em quadros que haja liberação local de mediadores inflamatórios ou vasoativos que façam vasodilatação arteriolar) ➛ Redução da pressão oncótica ou coloidosmótica (é maior no território vascular venoso. É dada pelo baixo volume de proteínas plasmáticas o que faz com que haja uma retenção do líquido do interstício) ➛ Permeabilidade vascular aumentada (associada a liberação local de mediadores vasoativos. Ex: quadros alérgicos) ➛ Alterações dos vasos linfáticos (Ex: remoção de linfonodos em cirurgias, infecção por filariose, más formações congênitas causadas por síndromes) ➛ Retenção renal do sódio e água (disfunções renais, principalmente no sistema angiotensina-renina) ➛ Alterações do interstício (maior produção da substância fundamental amorfa na matriz extracelular. Ex: mixedema por hipotiroeidismo) EDEMA Resumo de Patologia 2°prova 3 Na extremidade da arteríola há uma pressão hidrostática muito alta, fazendo com que haja um impulsionamento do líquido plasmático para o interstício. À medida que vai passando do território arterial para o território venoso, a pressão hidrostática diminui e a pressão coloidosmótica aumenta. A pressão coloidosmótica é dada pelo coloide no interior do plasma sanguíneo, principalmente pela maior concentração de proteínas plasmáticas, em especial a albumina. Praticamente todo o líquido que está no tecido arterial volta para o território venoso. O excedente é drenado pelos vasos linfáticos, que drena até o ducto torácico e depois segue para a veia subclávia esquerda, fazendo com que haja a reposição da volemia total, havendo um equilíbrio. Se há um aumento da pressão hidrostática haverá uma maior passagem do líquido para o meio intersticial, gerando edema. Se houver redução da pressão coloidosmótica há a diminuição do retorno venoso e, consequentemente, haverá uma hiperemia passiva e a geração de edema. Se houver um defeito dos vasos linfáticos, causados por inflamações, cirurgias ou congênito, haverá um edema, pois não eliminarão o excesso de líquido do tecido. Aspectos macroscópicos e clínicos de edemas: ➛ Aumento de volume do órgão ou da área tecidual ➛ O órgão ou o tecido fica com a superfície lisa e brilhante ➛ Há uma depressão na pele após a compressão digital O EDEMA RELACIONADO ÀS HIPOPROTEINEMIAS É USUALMENTE GENERALIZADO E DO TIPO TRANSUDATO. (comum acontecer em crianças e idosos desnutridos). Aspectos microscópicos: ➛ Afastamento dos elementos do tecido conjuntivo ➛ Alargamento dos espaços perivasculares ➛ Preenchimento das cavidades por líquido edematoso 1° imagem: tecido menos eosinófilo pois reteve muito líquido inflamatório entre os tecidos e no espaço perivascular, assim retém pouco corante. 2° imagem: Edema acometendo o pulmão. Os espaços pulmonares são ocupados pelo líquido. Edema do tipo exsudato, rico em proteínas, assim é corado pela eosina. É o extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos para o interstício, cavidades naturais e/ou meio externo. ETIOPATOGÊNESE: ➛ Ruptura dos vasos ou cavidades cardíacas ➛ Rompimento vascular por aneurismas ou infecção ➛ Erosão vascular por infecções ou neoplasias ➛ Diáteses hemorrágicas ➛ Distúrbios da coagulação DIÁTESES HEMORRÁGICAS São condições que favorecem as hemorragias aparentemente espontâneas. Existem dois grupos: Púrpuras – associadas às alterações vasculares por: escorbuto (má formação do colágeno; síndromes como a de Ehlers-Danlos (deficiência na formação do colágeno); infecções por Rickettsias (febre maculosa) e vírus da dengue; alterações plaquetárias. Coagulopatias – causadas por deficiência dos fatores de coagulação (hemofilia e deficiência de vitamina K) e uso de anticoagulantes. HEMORRAGIA Resumo de Patologia 2°prova 4 HEMORRAGIA EXTERNA HEMORRAGIA INTERNA HEMORRAGIA NAS CAVIDADES Aspectos macroscópicos das hemorragias internas: ➛ Petéquia: pequenos sangramentos puntiformes na superfície cutânea ou mucosa. ➛ Equimose: sangramento em pequenos focos. Confluência de várias petéquias. ➛ Púrpura: múltiplos pequenos focos de sangramento. ➛ Hematoma: sangramento profundo e circunscrito. Aspectos microscópicos: ➛ Derrame de hemácias no interstício (para dentro dos tecidos). As hemorragias externas e as hemorragias internas para as cavidades naturais (torácica e abdominal) que ocorrem perda rápida de até 20%, causam o chamado CHOQUE HIPOVOLÊMICO. O paciente podeter vertigens, desmaio, pele fria e pegajosa, podendo haver perda de consciência e paradas cardíacas e cardiorrespiratórias. As hemorragias intersticiais provocam HEMOSSIDEROSE LOCAL. Tendo em vista que há a quebra das hemácias com a liberação da hemoglobina para o meio, havendo a condensação em hemossiderina. Solidificação do sangue dentro dos vasos ou das câmaras cardíacas no indivíduo vivo. PATOGENIA: A origem se dá por uma tríade de fatores que levam a formação do trombo. Esses três fatores podem estar associados ou não. A lesão endotelial pode ser uma condição preponderante para o aparecimento dos trombos, isso porque ela favorece a agregação plaquetária e a ativação dos fatores da coagulação sanguínea na área lesionado, promovendo uma aderência do coágulo na parede do vaso. É muito comum o acontecimento de trombose nas áreas afetadas por aterosclerose. O fluxo sanguíneo anormal também contribui para o aparecimento da trombose. Isso porque quando há uma interrupção ou uma diminuição do fluxo - de modo que haja um congestionamento no território vascular por um período prolongado - faz com que os fatores de coagulação se acumulem no local e promova a formação de trombos. Ex: pernas com varizes. HIPERCOAGULABIDIDADE: Ocorre alguma alteração da coagulação sanguínea que faz com que o sangue passe a coagular de forma mais espontânea. Está associada a: ➛ Distúrbios primários (genéticos) ➛ Distúrbios secundários (adquiridos) Ex: nicotina, anticoncepcionais Tem papel importante na manutenção da fluidez do sangue nos espaços sanguíneos, uma vez que ela exerce uma atividade antitrombótica. Existem alguns fatores presentes no plasma e nas superfícies das células endoteliais e sanguíneas que possuem uma atividade pró-trombótica. Quando há um equilíbrio nessas atividades, o sangue mantém a sua fluidez, com o fluxo e volume sempre regulares. Porém, quando a TROMBOSE Resumo de Patologia 2°prova 5 atividade pró-trombótica é mais presente, há maior chances de trombose. ➛ Mutações do gene do fator V (mutações de Leiden): substituição de arginina por glutamina [posição 506] do fator V. AUSÊNCIA HEREDITÁRIA DE ANTICOAGULANTE: ➛ Antitrombina III (inativa a trombina e os fatores X e IX) ➛ Proteína C inativam os fatores V e VII ➛ Proteína S (homóloga a proteína C) TROMBO COÁGULO ➛ Aderido ➛ Não aderido ➛ Seco ➛ Úmido ➛ Opaco ➛ Brilhante ➛ Granuloso ➛ Homogêneo ➛ Quebradiço ➛ Elástico Trombos nos ventrículos Trombose nos vasos encefálicos Imagem microscópica: O trombo está bem avermelhado e é bem aderido a parede do vaso. ÊMBOLO: É uma massa sólida, líquida ou gasosa intravascular desprendida, que é levada pelo sangue a um local distante de seu ponto de origem. Em 99% dos casos são originados por um deslocamento de trombos. ➛ Embolia gordurosa; ➛ Embolia gasosa; ➛ Embolia líquida; ➛ Trombo-embolia. EMBOLIA GORDUROSA: Pequenos glóbulos de tecido adiposo ou da medula óssea na corrente sanguínea. EMBOLIA Resumo de Patologia 2°prova 6 Causas: - Trauma mecânico sobre o tecido adiposo (acidentes automobilísticos e cirurgias como lipoaspiração) - Fratura dos ossos longos (fêmur, tíbia = medula amarela) - Injeção acidental de substâncias oleosas na corrente sanguínea Forma bolhosa e brancacenta. Uso do óleo vermelho para avaliar a embolia gordurosa. EMBOLIA GASOSA: Transporte de uma quantidade significativa de gases no sangue. Causas: - Trauma com rompimento torácico (rompimento dos vasos torácicos e pela pressão negativa o ar externo entra para a câmara torácica) - Processos obstetrícios complicados (histerectomias, partos) - Doença da descompressão (acomete pessoas que exploram petróleo ou pesca em grandes profundidades do mar) EMBOLIA LÍQUIDA: Deslocamento de líquido não plasmático na corrente sanguínea. Causas: - Partos laboriosos (entrada de líquido amniótico) - Injeção endovenosa de grande quantidade de líquidos estranhos ao organismo. Líquido amniótico nos vasos sanguíneos - Material sem forma definida e com bastante gordura. Pode haver presença de células coriônicas (imagem em azul) TROMBO EMBOLIA: Deslocamento de trombos os quais são transportados pela corrente sanguínea. Espaços pulmonares com coágulos indicados pelas setas. (mais corados). Há necrose extensa. Resumo de Patologia 2°prova 7 É a redução parcial ou total do fluxo sanguíneo para um tecido ou órgão. Ocorre quando há obstrução ou compressão vascular. ETIOPATOGÊNESE: • Aterosclerose • Trombose • Embolia • Compressão vascular ➛ Degeneração celular (hipóxia) ➛ Infarto (necrose isquêmica) ➛ Atrofia do órgão acometido Área de necrose isquêmica causada por oclusão do suprimento arterial ou da drenagem venosa em um determinado tecido. É responsável por mais de 50% das mortes causadas por doenças cardiovasculares. ETIOPATOGENIA: ➛ 99% dos infartos resultam de eventos trombóticos ou embólicos. Os trombóticos estão relacionados com trombose coronária associada a formação de placas ateroscleróticas. Já os embólicos acometem os vasos pulmonares e encefálicos. ➛ Vasoespasmo local. Está associado com a vasoconstrição periférica devido a acidentes em região de baixas temperaturas. ➛ Compressão extrínseca. Associada ao crescimento de tumores próximo as paredes dos vasos. ➛ Compressão do suprimento sanguíneo por edema. ➛ Febre (necrose cardíaca promove um processo inflamatório agudo que produz mediadores inflamatórios geradores da febre) ➛ Leucocitose (aumento dos leucócitos - quadro inflamatório agudo) ➛ Aumento da velocidade de hemossedimentação (a produção local dos mediadores inflamatórios promove maior agregação plaquetária e das hemácias) ➛ Elevação plasmática de enzimas (aumento da proteína C reativa e das musculares cardíacas - troponinas e mioglobinas) ➛ Icterícia = infarto vermelho (lise das hemácias nos tecidos liberando pigmento como a hemossiderina e bilirrubina) ➛ Dor pré-cordial = infarto do miocárdio. (dor do lado esquerdo do peito associada a falta de ar. A dor se irradia para o braço, pescoço, costas. Dor epigástrica.) Áreas necróticas cuneiformes com o ápice voltado para o vaso ocluído e a base para o lado oposto. ➛ Halo eritematoso circundante ➛ Infarto branco = áreas pálidas (mais comum em órgãos compactos) ➛ Infarto vermelho (hemorrágico) = coloração acastanhada (devido a deposição de pigmento da hemossiderina. É mais comum em órgãos frouxos) ➛ Necrose por coagulação (coração) ➛ Necrose por liquefação (cérebro) ➛ Inflamação circundante da área infartada ISQUEMIA INFARTO Resumo de Patologia 2°prova 8 Área de necrose a esquerda e o processo inflamatório adjacente a direita da imagem. Manutenção do arcabouço tecidual, porém com alterações nucleares como a cariolise em que há a dissolução nuclear enzimática. Presença de neutrófilos entre as fibras necróticas devido a reação inflamatória. Necrose pulmonar. Infarto pulmonar hemorrágico associado com uma grande quantidade de células inflamatórias. Estuda os distúrbios da imunidade. Acontece toda vez que há uma resposta imunológica (defesa específica) gerando um dano tecidual. As falhas na resposta podem ser causadas por uma deficiência causada pelo sistema imunológico, sendo congênita ou adquirida. Além disso, pode ocorrer pela hipersensibilidade a exposição de antígenos. ANTÍGENOS: ampla variedade de substâncias (poeira, pólen, bactérias, vírus, componentes celulares e da matriz extracelular). Reação imune exagerada e anormal a um agente estranho, com consequente lesão aos tecidos do hospedeiro. Há agressãotecidual causada pela hiper-reatividade do sistema imunitário. Ela pode ser mediada por: ➛ Anticorpos (hipersensibilidade humoral) ➛ Células (hipersensibilidade celular) TIPOS DE HIPERSENSIBILIDADE: ➛ Hipersensibilidade TIPO I ou anafilática/imediata ➛ Hipersensibilidade TIPO II ou citotóxica ➛ Hipersensibilidade TIPO III (mediada por imunocomplexos) ➛ Hipersensibilidade TIPO IV ou tardia As do tipo I, II e III são por anticorpos e a do tipo IV por células. Está associada a uma exposição inicial ao antígeno (dose sensibilizante) que gera uma resposta imune primária (sensibilização) e, consequente ativação do sistema imune. Caso haja uma segunda exposição ao mesmo antígeno (dose de carga) há uma resposta de hipersensibilidade. Resumo de Patologia 2°prova 9 Reação imunológica que se desenvolve rapidamente ocorrendo dentro de minutos após a combinação de um antígeno com os anticorpos ligados a mastócitos ou basófilos, em indivíduos previamente sensibilizados pelo antígeno. É mediada por IgE. Quando são ativadas pelos mastócitos a reação é mais localizada, já pelos basófilos pode haver uma reação mais generalizada. Isso porque os mastócitos estão mais fixos nos tecidos e os basófilos circulantes na corrente sanguínea. Alguns indivíduos podem ter a hipersensibilidade do tipo I mesmo sem ter contato prévio, devido a uma pré-disposição genética. A anafilaxia pode ser LOCALIZADA ou SISTÊMICA e dependem da via de introdução do antígeno ou alérgeno: Via local ➛ ANAFILAXIA LOCALIZADA (mucosa, pele) Via intravenosa ➛ANAFILAXIA SISTÊMICA TIPOS DE ALERGIA: Contanto/mucosas: plantas venenosas, látex, pólen, arranhado de animais Injeção: picadas de abelha, formiga e mosquitos, medicamentos Ingestão: medicamentos, nozes/castanhas, frutos do mar e morangos Inalação: pólen, ácaros, mofo e pelo de animais MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO: As partículas do pólen atuam como o antígeno/alérgeno. Ao entrar em contato com a mucosa as células apresentadoras de antígeno irão processar o antígeno e apresentá-lo para as células TCD4 (linfócito auxiliar/help). Ele será sensibilizado pela presença do antígeno e produzirá algumas interleucinas que irão ativar os linfócitos B que serão diferenciados em plasmócitos e produzirão anticorpos contra os antígenos. Assim, há a formação de um clone de células imunológicas de memória contra os antígenos, sensibilizando o organismo. Quando há um segundo contato (dose de carga) o antígeno faz o contato com o organismo já encontra os mastócitos sensibilizados pela IgE, que ativa a produção de mediadores primários secundários que são responsáveis pelos sinais clínicos do quadro alérgico. Mediadores primários: produção de histamina (vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular – sensação de coceira e irritação local. Na musculatura brônquica provoca broncoconstrição e consequente dificuldade de respirar). É necessário que o indivíduo tome um anti- histamínico. Mediadores secundários: ativados pela via da fosfolipase-A2. Atuam nas mucosas aumentando a secreção. (Leucotrienos B4, C4, D4 e prostaglandina D2). São conhecidas genericamente como alergias ou doenças anafiláticas que podem ser: ➛ Localizada (anafilaxia local): Asma brônquica, rinite alérgica, urticária (dermatite atópica) e alergia alimentar. ➛ Sistêmica (choque anafilático): injeção intramuscular ou intravenosa, alérgeno absorvido pela mucosa sublingual ou digestória e atingir a corrente sanguínea. Ela também pode ser denominada como alergia atópica. ATOPIA: significa uma predisposição geneticamente determinada a desenvolver reações anafiláticas localizadas a alérgicos inalados ou ingeridos. Resumo de Patologia 2°prova 10 / ➛ Ocorre liberação de aminas vasoativas na circulação ➛ Contração da musculatura lisa ➛ Vasodilatação periférica generalizada ➛ Aumento da permeabilidade vascular nos vasos da microcirculação ➛ Extravasamento de líquido plasmático para o meio extravascular >> hipovolemia ➛ Insuficiência circulatória periférica CHOQUE ANAFILÁTICO EDEMA ANGIONEURÓTICO – Tipo de manifestação generalizada sistêmica menos grave que o choque anafilático. O indivíduo pode ter um edema bem intenso em determinadas regiões, associado ao local de inoculação do antígeno. Se for inalado ou de uso oral pode causar o edema de Glote, havendo a obstrução e levar ao óbito por asfixia. É mediada por anticorpos dirigidos contra antígenos presentes na superfície de células ou outros componentes teciduais. Ela pode ser uma resposta dependente de anticorpos e mediada por complemento. Ela é provocada pela produção de IgG ou IgM contra antígenos de superfície celular, ativando um complemento. Clinicamente, tais reações ocorrem nas seguintes situações: ➛ Reações transfusionais (fator ABO e RH) ➛ Eritroblastose fetal ➛ Anemia hemolítica, agranulocitose ou trombocitopenia autoimunes ➛ Pênfigo vulgar (anticorpos contra desmosssomas) ➛ Certas reações medicamentosas (Ac que reagem contra a droga) [penicilina, dopa, dipirona] DISFUNÇÃO MEDIADA POR ANTICORPOS Os anticorpos anti-receptores comprometem a função normal dos receptores. Um exemplo são os anticorpos anti-receptores da acetilcolina que prejudicam a transmissão neuromuscular na miastenia gravis. É induzida por complexos antígeno-anticorpo, que produzem lesão tecidual em consequência de sua capacidade de ativar o sistema complemento. ➛ Lesão tecidual por deposição de imunocomplexos (Ag-Ac). ➛ É gerada uma reação tóxica – Ag-Ac (imunocomplexos circulantes) A simples formação de imunocomplexos circulantes não significa a presença de doença. Isso porque, os imunocomplexos são formados mediantes a presença de uma diversidade de antígenos e a maioria deles é eliminada do organismo por fagocite ou por drenagem para os linfonodos. Porém, quando a presença dos imunocomplexos é devido a algum medicamento ou antígeno tecidual que o organismo desenvolva uma hiper resposta contra ele, assim há a hipersensibilidade sistêmica (doença do soro) ou hipersensibilidade localizada (doença de Arthus). ➛ Os fatores que determinam a patogenia dos imunocomplexos são desconhecidos. Resumo de Patologia 2°prova 11 DOENÇA SISTÊMICA POR IMUNOCOMPLEXOS: A patogenia da doença é dividida em: (1) Formação de complexos Ag-Ac na circulação (2) Depósitos de imunocomplexos em vários tecidos (3) Reação inflamatória aguda em áreas dispersas por todo o corpo MORFOLOGIA DA VASCULITE NECROSANTE AGUDA: ➛ Depósito de material fibrinoide ➛ Exsudação neutrofílica intensa permeando toda a parede arterial Formação de trombos que levam a obstrução vascular e uma área de inflamação (marcada pelos *) DOENÇA LOCAL POR IMUNOCOMPLEXOS (Reação de Arthus) É definida como uma área localizada de necrose tecidual resultante de vasculite aguda por imunocomplexos, geralmente na pele. Resumo de Patologia 2°prova 12 Inflamação da parede vascular associada a isquemia local e consequente necrose. 2° imagem é possível observar o infiltrado inflamatório bastante intenso na parede vascular, levando a necrose. E um coágulo fibrinosanguinolento mais claro aderido à parede do vaso e um coágulo mais avermelhado, rico em hemácias, que levam a obstrução vascular. É desencadeada por linfócitos T sensibilizados. MECANISMO: Primeira exposição ao Ag: ➛ Apresentação do Ag às células TCD4 inexperiente ➛ Diferenciação das células TCD4 inexperiente em células T auxiliares 1 >>> produção de IL-2 ➛ Formação de um clone celular de memória TA1. Reexposição ao mesmo Ag: ➛ Interação das células TA1 com o Ag >>> gerando ativação das TA1 ➛ Secreção de citocinas pelas células TA1 (IL-2, INF, FNT-2) > fazem a ativação e o recrutamento ➛ Recrutamento de macrófagos e células TCD8+ (citotóxicos) ➛ Eliminação do Ag (provoca dano teciduallocal) A secreção de citocinas por TCD4 pode gerar hipersensibilidade tardia, ativação de células NK e ativação de células T. Formação de granuloma típico no centro (mais avermelhado) com a presença de macrófagos epitelióides e macrófagos gigantes multinucleados associados a uma grande quantidade de linfócitos. DERMATITE DE CONTATO: Antígenos químicos ou diluídos penetram a pele e são processados pelas células APC e serão apresentados para a célula T-helper inexperiente que vai fazer uma expansão para a TH1 formando o clone de memória. Quando há uma segunda exposição ao mesmo antígeno, tem-se o TH1 produzindo as citocinas ativadoras de macrófagos e linfócitos CD8, que irão combater o antígeno que está adsorvido na pele, havendo assim, uma destruição do tecido cutâneo. MUCOSITE DE CONTATO: alergia na mucosa oral, pode ser a próteses, contenções etc. Formação de vesícula com destruição o tecido cutâneo. Presença de linfócitos e macrófagos em grande quantidade no entorno. Resumo de Patologia 2°prova 13 Presença de células infiltrando o tecido e levando a destruição deles. No entorno é possível observar macrófagos e linfócitos. São alterações celulares adaptativas às condições de agressões. Algumas alterações podem ser reversíveis quando retirada a causa que induziu a agressão, outras podem ser irreversíveis dependendo do grau de diferenciação que o tecido teve durante a agressão. CRESCIMENTO = multiplicação celular (divisão celular, aumento da população celular) DIFERENCIAÇÃO = especialização morfológica e funcional das células (maturação, função). ➛ Aumento quantitativo dos componentes estruturais e das funções celulares >> AUMENTO DO VOLUME CELULAR Normalmente acomete células sem capacidade de proliferação mitótica (CÉLULAS PERMANENTES: musculares e neurônios) HIPERTROFIA FISIOLÓGICA: hipertrofia do útero durante o período da gestação para acomodar o feto. Após o parto o útero tende a voltar a normalidade. HIPERTROFIA PATOLÓGICA: (Consequente a processos mórbidos) ➛ Hipertrofia do miocárdio – quando há sobrecarga do coração por aumento da PA (resistência vascular periférica aumentada, estenose valvular) ➛ Hipertrofia do miocárdio – doença de Chagas (cardiomegalia) HIPERTROFIA Resumo de Patologia 2°prova 14 Cardiomiócitos aumentados em volume e tamanho ➛ Hipertrofia da musculatura lisa da parede de órgãos ocos (Doença de Chagas) [megaesôfago e megacólon] ➛ Hipertrofia de hepatócitos – após estimulação por barbitúricos (aumento do Retículo Endoplasmático Liso) ➛ Hipertrofia da musculatura esquelética por uso de anabolizantes (pode causar insuficiência cardíaca pois pode hipertrofiar também pelo uso dos anabolizantes, uma vez que o coração é musculo esquelético cardíaco) 1° imagem fígado em tamanho normal 2° imagem fígado hipertrofiado Redução quantitativa dos componentes estruturais e das funções celulares >> DIMINUIÇÃO DO VOLUME CELULAR Normalmente acomete células sem capacidade de proliferação mitótica (PERMANENTES). HIPOTROFIA PATOLÓGICA: Decorrente dos seguintes fatores: ➛ Inanição (crianças e idosos desnutridos) ➛ Desuso (membros engessados ou imobilizados) ➛ Compressão (próteses ortopédicas) ➛ Falta de estímulo neuromuscular (fratura de coluna vertebral – paraplegia) ➛ Obstrução vascular (hipóxia) ➛ Substâncias tóxicas (metais pesados como chumbo) ➛ Hormônios (ausência do hormônio do crescimento) Consiste no aumento do número de células de um órgão ou parte dele. A hiperplasia só ocorre em órgão que contém células lábeis (mantém a competência mitótica todo o tempo) ou estáveis (mantém a competência mitótica em estado latente). HIPERPLASIAS FISIOLÓGICAS: Demanda maior de um órgão como por exemplo a mama que aumenta de tamanho durante a lactação. HIPERPLASIAS PATOLÓGICAS HORMONAIS: ➛ Excesso de TSH (hormônio tireestimulante) -> hiperplasia da tireóide ➛ Excesso de estrógenos -> hiperplasia da mama e endométrio ➛ Excesso de testosterona -> hiperplasia prostática hormonal HIPOTROFIA HIPERPLASIA Resumo de Patologia 2°prova 15 Células em proliferação sofrendo mitose. Alguns estudos estão associando as hiperplasias sebáceas com a estimulação hormonal. No corte é observado um aumento significativo das glândulas sebáceas no tecido subcutâneo. HIPERPLASIAS PATOLÓGICAS NÃO HORMONAIS: Hiperplasias inflamatórias (provocadas por processos inflamatórios crônicos nas adenóides, amígdalas, linfonodos) Hiperplasia gengival medicamentosa (1° imagem - dilantin sódico, 2º imagem - azatioprina) Aumento significativo das camadas das células do epitélio, além do aumento dos fibroblastos. Diminuição do número de células de um órgão ou parte dele, mediante agressões, podendo ser congênitas ou adquiridas. Hipoplasia só ocorre em órgão que contém células lábeis ou estáveis. HIPOPLASIA Resumo de Patologia 2°prova 16 Nítida diminuição do epitélio de revestimento. É a mudança fenotípica de um tipo de tecido (epitélio ou mesenquimal) em outro da mesma linhagem embriológica. Acontece por uma tentativa de adaptação à agressão ou por uma inflamação crônica. Epitélio > outro tipo de epitélio Conjuntivo > outro tipo de conjuntivo PODE SER PROVOCADA POR: ➛ Trauma mecânico por prótese mal adaptada (bucais, ortopédicas) ➛ Irritação prolongada causada por calor (metaplasia bucal em fumantes de cachimbo e chimarrão) ➛ Ação química do fumo sobre a mucosa bucal, gástrica e brônquica ➛ Inflamações crônicas Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado sendo convertido em um epitélio pavimentoso estratificado queratinizado, visando conferir maior resistência ao epitélio contra as agressões do meio externo. Epitélio respiratório pseudoestratificado ciliado passando por transformações mediante às agressões. No número 3 apresenta pseudoestratificado, 2 epitélio estratificado não queratinizado e 1 epitélio estratificado queratizinado. Metaplasia óssea no tecido gengival. Transformação de um tecido conjuntivo para tecido ósseo. METAPLASIA Resumo de Patologia 2°prova 17 Metaplasia óssea no pulmão, provavelmente ocasionada por um processo inflamatório crônico. Tecido muscular com áreas de deposição de tecido ósseo. Presença de processo inflamatório crônico (miosite ossificante). Proliferação anormal das células com crescimento autônomo (não respeitam os limites internos da proliferação celular), as quais tendem a perder sua diferenciação (passam a ser diferentes da célula de origem). É um crescimento “novo”. ➛ Neoplasia Benigna: crescimento celular neoplásico não invasivo ➛ Neoplasia Maligna: crescimento neoplásico invasivo ➛ Câncer: termo que se refere a todas as neoplasias malignas ➛ Oncologia: refere-se aos estudo dos tumores. BENIGNO: Crescimento tecidual que ultrapassa os limites de normalidade dos tecidos, porém respeita os tecidos vizinhos. As novas células apresentam características morfológicas diferenciais do tecido normal de origem, caracterizando uma neoplasia. É localizado e encapsulado. MALIGNO: Crescimento tecidual que ultrapassa os limites da normalidade dos tecidos e não respeita os limites dos tecidos vizinhos. É composto por células morfologicamente diferentes das células teciduais que deram origem a neoplasia. Pode chegar até mesmo a corrente sanguínea. É invasivo e agressivo. Ocorrem todas as vezes que o tecido ou as células forem agredidas por um agente cancerígeno de natureza química, física ou biológica que acumulam uma dose biológica efetiva no organismo de modo que possa provocar alterações no DNA da célula, fazendo com que essa célula possa sofrer mutação. Essa mutação é transmitida para as células filhas dessa célular mãe mutável. Posteriormente, haverá uma explosão clonal seletiva.Nem sempre iremos desenvolver o câncer, isso porque temos mecanismos de defesa no organismo que pode inativar e eliminar esses agentes cancerígenos, além dos mecanismos de proteção antitumorais que podem ser ativados e provocar a destruição e eliminação das células neoplásicas de modo que elas não se proliferem e virem uma neoplasia malígna. ONCOGENES: proto-oncogenes mutados (são genes normais que sofreram mutações), induzem a proliferação de células neoplásicas. Os oncogenes produzem oncoproteínas que promovem a proliferação celular independente da presença de fatores de crescimento. Resumo de Patologia 2°prova 18 CÂNCERES QUE MAIS MATAM: MULHERES > mama, colo do útero, pulmão, estômago, colorretal HOMENS > pulmão, estômago, fígado, colorretal, esôfago NEOPLASIA BENIGNA: sufixo OMA + o nome do tecido/célula de origem Ex: Tecido conjuntivo fibroso > Fibroma Tecido conjuntivo cartilaginoso > Condroma Tecido conjuntivo adiposo > Lipoma Tecido endotelial (Vaso sanguíneo) > Hemangioma Tecido endotelial (Vaso linfático) > Linfangioma Tecido muscular estriado > Rabdomioma Tecido muscular liso > Leiomioma Tecido epitelial glandular > Adenoma Tecido epitelial de revestimento > Papiloma Mioma é uma neoplasia benigna que se desenvolve no útero. O útero é constituído por tecido muscular liso, por isso o mioma é um tipo de leiomioma. Lesão de origem vascular sanguínea. Crescimento tumoral na fronte de coloração vermelho-sanguinolenta. Há uma proliferação de vasos sanguíneos irregulares: HEMANGIOMA. PAPILOMA: Crescem na mucosa da pele formando lesões papiloformes. Resumo de Patologia 2°prova 19 Paciente com neoplasia na tireóide. Biópsia apresenta adenoma de tireóide. NEOPLASIA MALIGNA: Sufixo sarcoma + o nome do tecido/célula de origem Tecido conjuntivo fibroso > Fibrossarcoma Tecido conjuntivo ósseo > Osteossarcoma Tecido conjuntivo cartilaginoso > Condrossarcoma Tecido conjuntivo adiposo > Lipossarcoma Tecido endotelial (Vaso linfático) > Linfangiossarcoma Tecido endotelial (Vaso sanguíneo) > Angiossarcoma Tecido linfóide > Linfoma Tecido muscular estriado > Rabdomiossarcoma Tecido muscular liso > Leiomiossarcoma Tecido epitelial de revestimento (Camada espinhosa) > Carcinoma epidermóide Tecido epitelial de revestimento (Camada basal) > Carcinoma basocelular Tecido epitelial glandular > Adenocarcinoma Melanócitos > Melanoma Neoplasia de origem óssea, com proliferação e destruição de tecidos vizinhos. Apresenta áreas hemorrágicas devido a invasão e destruição celular. OSTEOSARCOMA > malígna. Neoplasia malígna. Caracterizada pela proliferação do tecido linfóide na região das amígdalas. LINFOMA. Presença de neoplasia maligna oriunda da camada espinhosa (+ eosinofílica) que prolifera e invade os tecidos vizinhos. CARCINOMA EPIDERMÓIDE. Se a lesão for oriunda das células germinativas - a camada mais basofílica do epitélio de revestimento – e que prolifere e invada os tecidos vizinhos, é chamada de CARCINOMA VASOCELULAR. Resumo de Patologia 2°prova 20 Lesão na mama. Proliferação de forma irregular. ADENOCARCINOMA DE MAMA. Lesão enegrecida e irregular. Biópsia: oriunda da proliferação dos melanócitos. MELANOMA. Composto por uma variedade de células parenquimatosas representativas de mais de uma camada germinativa. Teratoma pode ser malígno ou benígno. Proliferação de vários tecidos (mesenquimal, ectodêrmico e endodérmico). São implantes tumorais descontínuos em relação ao tumor primário Resumo de Patologia 2°prova 21 Carcinoma bem diferenciado porque as células malígnas parecem com o as células do tecido normal. Neoplasia malígna. Células atípicas, desorganizadas e diferentes dos demais tecidos. Células bastante diferentes das demais. Células cancerosas marcaram para actina e miosina. O câncer possivelmente foi originado das células musculares dos musculos mastigatórios da face. RABDOMIOSARCOMA EMBRIONÁRIO. ADENOCARCINOMA DE MAMA Remoção de neoplasia de glândula salivar. Remoção total da neoplasia. Não há chance de reicindiva. Resumo de Patologia 2°prova 22 Células malígnas espalhadas por todo o tecido. Grande chance de reincidiva pois é dificil de remove-las pelos métodos convencionais.
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