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Aluno:
2 Lista de Exercícios
1-O que é CA? E qual a sua importância?
O Certificado de Aprovação – CA – é importante para Fabricantes, Revendedores, Distribuidoras, Empregadores e Trabalhadores, pois garante que o EPI foi testado por laboratório competente e aprovado segundos as normas de segurança e saúde do país.
2- Apresente as sequências de vestir e retirar os EPIS
1) Calça
2) Camisa - deve ficar sobre a calça.
3) Botas - deve ser utilizada por dentro da calça, a fim de impedir a entrada dos defensivos agrícolas por escorrimento.
4) Avental - deve ser usado na parte frontal do corpo durante o preparo da calda e nas costas durante as aplicações com pulverizador costal. O objetivo é evitar que respingos do produto concentrado e derramamentos do equipamento aplicador possam atingir o trabalhador.
5) Máscara
6) Viseira
7) Boné Árabe - deve ser ajustado sobre a viseira para proteger o couro cabeludo e o pescoço.
8) Luvas - devem ser usadas por dentro das mangas da camisa, quando for executada aplicação em alvos baixos, e por fora das mangas da camisa, em aplicações em alvos altos. O objetivo é evitar que o defensivo agrícola escorra para dentro das luvas.
Para retirar também existe um procedimento recomendado:
1) Lavar as luvas com água e sabão, sem retirá-las.
2) Retirar a touca árabe
3) Retirar a viseira
4) Retirar o avental
5) Retirar a camisa
6) Retirar as botas
7) Retirar a calça
8) Agora sim, retirar as luvas.
9) Por fim retirar a máscara.
3- Se uma pessoa transportar agrotóxicos ilegais, quais os tipos de crimes que a pessoa poderá responder? Explique
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem abandona os produtos ou substâncias referidos no caput, ou os utiliza em desacordo com as normas de segurança.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 12.305, de 2010)
I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os utiliza em desacordo com as normas ambientais ou de segurança; (Incluído pela Lei nº 12.305, de 2010)
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá destinação final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.305, de 2010)
§ 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é aumentada de um sexto a um terço.
§ 3º Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
4- Explique o destino correto do descarte de embalagens vazias contaminadas
Todos os recipientes devolvidos diretamente ou através da revenda devem seguir para uma central de recebimento. As embalagens passam por um novo tratamento e de lá, seguem em blocos compactados e prensados para as indústrias recicladoras.
5-Explique a diferença entre a exposição aguda e crônica
Aguda:
É aquela em que os efeitos tóxicos em animais são produzidos por uma única ou por múltiplas exposições a uma substância, por qualquer via, por um curto período, inferior a um dia. Geralmente as manifestações ocorrem rapidamente.
Crônica:
É aquela em que os efeitos tóxicos ocorrem após repetidas exposições , por um período longo de tempo, geralmente durante toda a vida do animal ou aproximadamente 80% do tempo de vida.
6-O que é DL 50 (dose letal) oral aguda?
é a quantidade de uma substância química que quando é administrada em uma única dose por via oral, expressa em massa da substância por massa de animal, produz a morte de 50% dos animais expostos dentro de um período de observação de 14 dias
7- Apresente as quatros classificações toxicológica e suas características
• Classe I – extremamente tóxico – cor vermelha
• Classe II – altamente tóxico – cor amarela
• Classe III – medianamente tóxico – cor azul 
• Classe IV – pouco tóxico – cor verde
8- Quais os cuidados obrigatórios e normas para transportar agrotóxicos?
a) não misturar a carga com medicamentos, alimentos e pessoas;
b) o veículo deve apresentar ótimas condições de deslocamento;
c) não transportar embalagens que apresentem vazamentos;
d) embalagens que sejam sujeitas a ruptura durante o transporte deverão ser protegidas com materiais adequados durante o deslocamento;
e) evitar que o veículo tenha pregos ou parafusos sobressaltantes dentro do espaço onde os insumos irão ser acondicionados e não estacionar o veículo junto à residências ou local de aglomeração de pessoas ou animais.
9- Quais os cuidados e as normas para o armazenamento de agrotóxicos?
 1 – Local do Armazém:
1.1- O armazém deve ser construído em locais não propícios a inundações ou enxurradas;
1.2- A mais de 30m das habitações e locais onde são conservados ou consumidos alimentos, medicamentos ou outros materiais;
1.3- A mais de 1000m de corpos de água.
2 – Construção
2.1- Edificação:.
A edificação deve estar de acordo com os seguintes requisitos:
A área deve ser compatível com o volume de produtos a ser estocado;
O armazém deve ser, total ou parcialmente, construído em alvenaria;
Quando o armazém for parcialmente construído em alvenaria, as partes abertas devem possuir telas ou outros elementos vazados;
O pé direito do armazém deve Ter, no mínimo, 4m, para otimizar a ventilação natural diluidora;
O armazém deve ser coberto.
2.2- Pavimentação:.
A pavimentação deve estar de acordo com os seguintes requisitos:
As paredes devem ser de alvenaria, inclusive as internas;
O armazém deve Ter piso impermeável e acabamento liso para facilitar a limpeza;
A cobertura deve ser leve, adequada a proteção dos produtos contra intempéries;
Deve ser evitado o uso de forros;
O armazém deve ter um sistema adequado de contenção de resíduos, de modo a evitar que os mesmos entrem no sistema de águas pluviais ou mananciais;
As instalações elétricas devem ser adequadas, de forma a se evitarem sobrecargas; a chave geral deve ser instalada em local de fácil acesso.
2.3- Ventilação:
O armazém deve Ter, no mínimo, ventilação natural diluidora a qual pode ser obtida através de aberturas inferiores (constituída de elementos vazados e tela de proteção) e lanterim (telhado sobreposto)
No caso de ser usado um sistema de ventilação artificial (ou forçada), o sistema deve ser à prova de explosão e de acordo com as normas existentes.
2.4 – Iluminação:.
Iluminação deve ser boa, de modo que permita a fácil leitura dos rótulos dos produtos, podendo ser natural, através do uso de telhas translúcidas, ou artificiais à prova de explosão e de acordo com as normas.
2.5- Instalação elétrica:
Deve ser adequada , de forma a se evitarem sobrecargas;
A chave geral deve ser instalada em local de fácil acesso;
As fiações não devem ficar expostas;
Utilizar energia elétrica o mínimo possível.
3 – Cuidados a Serem Tomados nos Locais de Armazenamento
3.1 – Deve existir em lugar visível as seguintes frases:
Produtos tóxicos;
Proibida a entrada de pessoas estranhas ou não autorizadas.
3.2 – Estar sempre limpo..
3.3 – Estar isolado e protegido de agentes físicos ou químicos que venham a prejudicar os produtos armazenados.
3.4- Estar protegido contra os riscos de incêndio (NR-23):
3.4.1 – Disposições Gerais:.
I- Todas as empresas deverão possuir:
Proteção contra incêndio
Saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio;
Equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;
Pessoas treinadas no uso correto desses equipamentos
II- Saídas:
Em nº. suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência;
A largura mínima das aberturas de saída deverão ser de 1,20m;
O sentido de abertura da porta não poderá ser para o interior do local de trabalho;
III- Extintores:
Devem
ser utilizados extintores que obedeçam às normas brasileiras ou regulamentos técnicos do INMETRO;
Todo extintor deve Ter uma ficha de controle de inspeção (anexo 1);
Independente da área ocupada, deverá existir pelo menos dois extintores;
Deverão ser colocados em locais:
Dde fácil acesso;
De fácil visualização;
Onde haja menos probalidade de o fogo bloquear o seu acesso.
3.4.2- Prevenção:
Devem ser fixados cartazes de proibição ao fumo na entrada e em todos os pontos estratégicos do depósito;
Fazer manutenção permanente das instalações elétricas, mantendo a fiação e o isolamento bem protegidos, localizados de tal forma que evitem acidentes com produtos, empilhadeiras, “pallets” ou pessoas.
3.5 – Estar devidamente aparelhado com equipamento de proteção coletiva tais como: vestiário, chuveiro, armários individuais duplo (para evitar que haja mistura de roupas civis com as de trabalho), chuveiro de emergência, lava-olho e caixa de emergência.
Deve constar na caixa de emergência:
Respirador com filtro de carvão ativo apropriado;
Luva de PVC com forro;
Bota de PVC;
Óculos do tipo ampla visão;
Macacão de algodão.
3.6 – Manter em local visível:
Placas ou cartazes com aviso de risco dos produtos conforme NBR 7500;
Telefones de emergência do;
Corpo de bombeiros;
Médico, hospital ou pronto socorro;
Fabricante dos produtos envolvidos;
Materiais absorventes, adsorventes e neutralizantes conforme constante da ficha de emergência (NBR7503) ou conforme indicação do fabricante.
3.7 – Deve ser obrigação do fabricante enviar, juntamente com o produto, as respectivas fichas de emergência..
3.8 – No caso de derrame ou vazamento:
Não utilizar água para lavagem e/ou limpeza;
Adsorver o produto derramado ou que tenha vazado, com material absorvente, adsorvente e neutralizante, conforme constante da ficha de emergência (NBR 7503) ou em caso de dúvida, seguir as instruções do fabricante do produto;
No caso de produto sólido, varrer;
O material resultante da limpeza deve ser guardado em recipientes fechados e em lugar seguro e bem identificado;
Solicitar informações ao fabricante sobre o destino do produto.
4- CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO
4.1 – Deve ser deixado um espaço livre (mínimo de 0,50m) entre as paredes externas e os volumes mais próximos, assim como entre as pilhas de produtos.
4.2 – Manter um espaço mínimo de 1m entre as lâmpadas e os produtos;.
4.3 – Manter os produtos afastados do telhado;.
4.4 – Manter os produtos com os dispositivos de abertura voltados para cima;.
4.5 – Os produtos não devem ser colocados diretamente no chão; devem ser utilizados estrados, “pallets” ou chapas de volume;.
4.6 – Estabelecer um esquema de armazenagem de modo:
A não permitir que diferentes classes de produtos para uso agrícola possam ficar juntos, evitando desta forma contaminações denominadas cruzadas (por ex.: inseticidas ou fungicidas com herbicidas);
Que produtos inflamáveis sejam colocados intercalados com produtos não inflamáveis, evitando desta forma o agravamento do risco de incêndio no caso de ser um local único de armazenamento. Caso contrário armazenar inflamáveis e não inflamáveis em locais separados.
4.7 – A estocagem deve obedecer ao critério de rotatividade, isto é, o primeiro volume a entrar deve ser o primeiro a sair. Em caso de empilhamento por bloco, deve ser providenciado um remanejamento periódico dos volumes para prevenir o envelhecimento e deterioração dos produtos.
10-No momento da aquisição dos agrotóxicos, quais os cuidados que devem ser tomados? Explique.
- A aquisição de produtos fitossanitários é uma importante etapa para o uso correto e seguro e exige muita atenção para evitar problemas. Veja algumas recomendações importantes que devem ser seguidas:
- Produtos fitossanitários só devem ser adquiridos mediante receita agronômica emitida por profissional habilitado.
- Certifique-se de que a quantidade de produto que está sendo adquirida é suficiente para tratar apenas a área desejada. Evite comprar produto em excesso.
- Exija sempre a nota fiscal.
- Verifique o prazo de validade na embalagem do produto.
- Verifique se o produto indicado possui registro no Ministério da Agricultura e o cadastro estadual.
- Verifique se a embalagem está lacrada, para evitar falsificações.
- Verifique se a embalagem possui o número do lote.
- O rótulo e a bula devem estar em perfeitas condições para permitir a leitura.
- Certifique-se de que o equipamento de aplicação que você possui é apropriado para aplicar o produto.
- Aproveite para adquirir os EPI's obrigatórios para proteger a saúde do aplicador.
- Menores de 18 anos não podem adquirir produtos fitossanitários.
11- Explique: ingrediente ativo, inerte e adjuvante
- INGREDIENTE ATIVO: Substância que confere eficácia ao produto formulado 
- INERTES: Substâncias não reativas com os demais componentes da mistura 
- ADJUVANTES: Substâncias que melhoram o desempenho dos produtos formulados
12-Quais os tipos de formulações? Explique cada uma delas? 
13- Em relação a boas práticas na aplicação de agrotóxicos, apresente e explique as práticas corretas que o produtor deve seguir.
Calibração
A calibração é fundamental para a correta aplicação de defensivos agrícolas. Uma vez acoplado o pulverizador e abastecido com água, deve-se verificar o funcionamento da máquina, se não há eventuais vazamentos, e se os componentes estão funcionando a contento. Equipar o pulverizador com bicos apropriados é um dos pontos mais cruciais nesta fase. O pulverizador deve ser levado até o local de trabalho e várias opções de bicos devem ser testadas para se decidir por aquele que melhor atenda aos requisitos do tratamento, isto é, o que melhor coloca o produto no alvo, sem perda por escorrimento nem por deriva. Os componentes dos equipamentos que devem ser considerados para melhorar qualidade e eficiência nos tratamentos fitossanitários, são os seguintes:
Bicos - constituído de: corpo, capa, ponta e filtros.
Pontas - utilizar pontas de cerâmica, pela maior resistência, durabilidade e qualidade de gotas. É considerada a principal parte do pulverizador, pois ela determina a vazão, forma das gotas. Apresenta uma durabilidade média de 400 horas com 150 a 200 lbf pol-2. Filtro - utilizar filtros na entrada do tanque, antes da bomba e antes dos bicos, para prevenir o desgaste e/ou entupimento. A limpeza do filtro na entrada do tanque deve ser freqüente, no mínimo diário;
Agitadores - após a diluição dos produtos, é necessário que durante a pulverização a calda seja mantida homogeneizada, para uniformizar a distribuição do produto na planta, e a vazão não deve ser superior a 8% da capacidade da bomba. O agitador é indispensável quando se está trabalhando com produtos de formulação pó molhável ou suspensão concentrada;
Manômetro - utilizado para aferir a pressão de saída da calda pelos bicos. Devem ter escala visível e serem banhados com glicerina, para maior resistência. O manômetro comum sem glicerina apresenta problemas de durabilidade, pois lhe falta robustez para suportar as árduas condições de trabalho (vibração e líquido agressivo circulando no seu interior).
Preparo da calda
O preparo da calda pode ser realizado pela adição direta do produto no tanque, ou através de pré-diluição. Quando são utilizados produtos na formulação líquida, podem ser adicionados diretamente no tanque com a quantidade da água desejada. Para produtos na formulação de pó molhável, é recomendado fazer pré-mistura , seguindo as etapas:
Dissolver o produto em pequena quantidade de água, agitando-se até a completa suspensão do produto;
Despejar a suspensão no tanque, contendo aproximadamente dois terços do volume de água a ser utilizada. Após, completar o volume. Quando usado mais de um produto, deve ser seguida a recomendação para cada produto, individualmente. Em alguns casos, a associação de produtos permite a redução de dosagens dos mesmos.
Cuidados durante o preparo e aplicação dos produtos fitossanitários
Evitar a contaminação ambiental;
Utilizar equipamento
de proteção individual -EPI (macacão , luvas e botas de borracha, óculos protetores e máscara contra eventuais vapores). Em caso de contaminação substituí-lo imediatamente;
Não trabalhar sozinho quando manusear produtos tóxicos;
Não permitir a presença de crianças e pessoas estranhas ao local de trabalho;
Preparar o produto em local fresco e ventilado, nunca ficando a frente do vento;
Ler atentamente e seguir as instruções e recomendações indicadas no rótulo dos produtos;
Evitar inalação, respingo e contato com os produtos;
Não beber, comer ou fumar durante o manuseio e a aplicação dos tratamentos;
Preparar somente a quantidade de calda necessária à aplicação a ser consumida numa mesma jornada de trabalho;
Aplicar sempre as doses recomendadas;
Evitar pulverizar nas horas quentes do dia, contra o vento e em dias de vento forte ou chuvosos;
Não aplicar produtos próximos à fonte de água, riachos, lagos, etc.;
Não desentupir bicos, orifícios, válvulas, tubulações com a boca;
Não reutilizar as embalagens vazias;
O preparo da calda exige muito cuidado, pois é o momento em que o trabalhador está manuseando o produto concentrado;
A embalagem deverá ser aberta com cuidado para evitar derramamento do produto;
Utilizar balanças aferidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), copos graduados, baldes e funis específicos para o preparo da calda. Nunca utilizar esses mesmos equipamentos para outras atividades;
Fazer a lavagem da embalagem vazia,longe de locais que provoquem contaminações ambientais e riscos à saúde das pessoas;
Após o preparo da calda, lavar os utensílios e secá-los ao sol;
Usar apenas o agitador do pulverizador para misturar a calda;
Utilizar sempre água limpa para preparar a calda e evitar o entupimento dos bicos do pulverizador;
Verificar o pH da água e corrigir caso necessário, seguindo as instruções do fabricante do agrotóxico que será aplicado;
Verificar se todas as embalagens usadas estão fechadas e guarde-as no depósito;
Manter os equipamentos aplicadores sempre bem conservados
Fazer a revisão e manutenção periódica nos pulverizadores substituindo as mangueiras furadas e bicos com diferenças de vazões acima de 10%;
Lavar o equipamento e verifique o seu funcionamento após cada dia de trabalho;
Jamais utilizar equipamentos com defeitos vazamentos ou em condições inadequadas de uso e, se necessário, substitui-los;
Ler o manual de instruções do fabricante do equipamento pulverizador e saber como calibrá-lo corretamente;
Pressão excessiva na bomba causa deriva e perda da calda de pulverização;
Jamais misturar no tanque produtos incompatíveis, observando a legislação.
Cuidados com embalagens de agrotóxicos
É obrigatório fazer a tríplice lavagem após a utilização dos produtos, a inutilização das mesmas, não permitindo o aproveitamento para outros fins. É necessário observar a legislação para o descarte de embalagens. As embalagens, após a tríplice lavagem, devem ser destinadas a uma central de recolhimento para reciclagem.
    A legislação brasileira obriga o agricultor a devolver todas as embalagens vazias dos produtos na unidade de recebimento de embalagens indicada pelo revendedor. Antes de devolver, o agricultor deverá preparar as embalagens, ou seja, separar as embalagens lavadas das embalagens contaminadas. O agricultor que não devolver as embalagens ou não prepará-las adequadamente poderá ser multado, além de ser enquadrado na Lei de Crimes Ambientais.
    A lavagem das embalagens vazias é uma prática realizada no mundo inteiro para reduzir os riscos de contaminação das pessoas (SEGURANÇA), proteger a natureza (AMBIENTE) e aproveitar melhor o produto (ECONOMIA).
Cuidados no armazenamento de agrotóxicos na propriedade
O depósito deve ficar num local livre de inundações e separado de outras construções, como residências e instalações para animais;
A construção deve ser de alvenaria, com boa ventilação e iluminação natural;
O piso deve ser cimentado e o telhado sem goteiras para permitir que o depósito fique sempre seco;
As instalações elétricas devem estar em bom estado de conservação para evitar curto-circuito e incêndios;
O depósito deve estar sinalizado com uma placa "cuidado veneno";
As portas devem permanecer trancadas para evitar a entrada de crianças, animais e pessoas não autorizadas;
Os produtos devem estar armazenados de forma organizada, em locais separados de alimentos, rações animais, medicamentos e sementes;
Não é recomendável armazenar estoques de produtos além das quantidades para uso de curto prazo (no máximo para uma safra);
Nunca armazene restos de produtos em embalagens sem tampa ou com vazamentos;
Mantenha sempre os produtos ou restos em suas embalagens originais.
Primeiros socorros em caso de acidentes
Via de regra os casos de contaminação são resultado de erros cometidos durante as etapas de manuseio ou aplicação de produtos fitossanitários e são causados principalmente pela falta de informação ou displicência do operador. È importante conhecer as instruções de primeiros socorros especificados no rótulo ou na bula do produto. Em casos de contato direto com o produto de forma acidental, o operador deve proceder a descontaminação das partes atingidas por meio de um banho com o objetivo de reduzir ao máximo a absorção do produto pelo corpo, em seguida levar a vítima com roupas limpas para o hospital. De imediato ligue para o telefone de emergência do fabricante, informando o nome e idade do paciente, o nome do médico e o telefone do hospital.
Cuidados com a higiene
Contaminações podem ser evitadas com hábitos simples de higiene. Os produtos químicos normalmente penetram no corpo do aplicador através do contato com a pele. Roupas ou equipamentos contaminados deixam a pele do trabalhador em contato direto com o produto e aumentam a absorção pelo corpo. Outra via de contaminação é através da boca, quando se manuseiam alimentos, bebidas ou cigarros com as mãos contaminadas. Após o manuseio de produtos fitossanitários é importante lavar bem as mãos e o rosto antes de comer, beber ou fumar. As roupas usadas na aplicação, no final do dia de trabalho, devem ser lavadas separadamente das de uso da família. Também é importante tomar banho com bastante água fria e sabonete, lavando bem o couro cabeludo, axilas, unhas e regiões genitais, e usar sempre roupas limpas.
Cuidados com a lavagem dos EPI(s)
Os EPI(s) devem ser lavados separadamente da roupa comum;
As roupas, aventais de proteção, devem ser enxaguadas com água corrente para diluir e remover os resíduos da calda de pulverização. A lavagem deve ser feita de forma cuidadosa com sabão neutro (sabão de coco), a fim de evitar o desgaste e o rompimento das mesmas. As roupas não devem ficar de molho. Em seguida, as peças devem ser bem enxaguadas para remover todo sabão; Não usar alvejantes, pois poderá danificar a resistência das vestimentas;
As botas, as luvas e a viseira devem ser enxaguadas com água abundante após o uso;
Guarde os EPI(s) separados da roupa comum para evitar contaminação;
Substitua os EPI(s) danificados.
Período de carência ou intervalo de segurança
É o número de dias que deve ser respeitado entre a última aplicação e a colheita. O período de carência vem escrito na bula do produto. Este prazo, é importante para garantir que, o alimento colhido, não esteja com resíduos acima do limite máximo permitido.
    A comercialização de produtos agrícolas com resíduo acima do limite máximo permitido pelo Ministério da Saúde é ilegal. A colheita poderá ser apreendida e destruída. Além do prejuízo da colheita, o agricultor ainda poderá ser multado e processado.
14- O que é anamnese ativa e passiva? Explique
Somente o produtor fala, expondo seu problema sem ser interrompido (Anamnese Passiva), só anote o fato que julgar importante; 
Interrogatório feito pelo engenheiro (Anamnese Ativa) – Pergunta sobre a cultura, área, cultivar, EPI, biocos, pragas, etc.
15- O que é período de carência e período de reentrada
Período
ou intervalo de reentrada: é aquele período após a aplicação do produto em que é vedado a entrada de pessoas na área tratada, sem o uso de equipamento de proteção individual - EPI adequado. O empregador deve sinalizar as áreas tratadas informando o período de reentrada. A NR-31 exige que haja uma sinalização para a área tratada. A entrada de pessoas, sem estar protegida com um EPI, será propícia para as intoxicações pois a contaminação pelos produtos se dá através dos olhos, nariz, boca e pele. A bula e o rótulo do produto dão indicações relativa ao período de reentrada, ou seja o número de dias que não é permitida a entrada de pessoas nas áreas que foram tratadas com agrotóxicos.
Período de carência: é o número de dias que deve ser respeitado entre a última aplicação e a colheita. Este período está descrito no rótulo e bula do produto. Isto é importante para garantir que o alimento colhido não contenha resíduos acima do limite máximo permitido. Esta prática deve ser encarada com grande seriedade e responsabilidade pelos produtores pois se isto não acontecer os prejuízos para o consumidor, em relação a sua saúde, serão intoleráveis. Cada produto, pelo seu princípio ativo, tem um período de carência próprio e que deve ser levado em consideração. E cabe ao empregador rural e aos trabalhadores observarem este fato a fim de evitar serem chamados à responsabilidade pela fiscalização e por ações judiciais
16- Qual a importância do receituário agronômico? Quem pode emitir
O principal objetivo do Receituário Agronômico é orientar o uso racional de agrotóxicos e o diagnóstico é pré-requisito essencial para a prescrição da receita. O ato de diagnosticar pressupõe a análise de sinais e sintomas do evento que se pretende controlar, das condições do clima e do estágio e condições da lavoura.A recomendação para utilizar o agrotóxico foi conferida pela sociedade ao engenheiro agrônomo e profissionais legalmente habilitados, que por presunção legal detêm os conhecimentos necessários para fazer o diagnóstico e decidir pela necessidade do agrotóxico. Qualquer aplicação desnecessária ou incorreta de agrotóxico constitui uma agressão ao ambiente.
A receita deve ser resultado da efetiva participação do profissional que assume a responsabilidade pela necessidade e pelos resultados do tratamento, desde que o agricultor respeite as recomendações contidas na receita e demais orientações prestadas pelo profissional que não são passíveis de inclusão no receituário, visto que o mesmo não substitui o contato frequente e orientações agronômicas constantes, necessárias ao sucesso dos empreendimentos agrícolas. Portanto, não se exige receita para legalizar a venda de agrotóxicos, mas sim para o uso. De posse da receita o agricultor pode adquirir o agrotóxico em qualquer estabelecimento comercial registrado na SEAB.
17- O que é EPC?
O Equipamento de Proteção Coletiva – EPC trata-se de todo dispositivo ou sistema de âmbito coletivo, destinado à preservação da integridade física e da saúde dos trabalhadores, assim como a de terceiros.
18- O que fazer com as embalagens vazias e com sobras de produtos vencidos?
Para os agricultores e administradores de propriedades agrícolas, o descarte correto de embalagens vazias de agrotóxicos não é apenas uma atitude consciente. Trata-se de estar em dia com a Lei 9.974/2000 e Decreto 4.074/2002, que afirma de forma explícita que as embalagens de agroquímicos, após o uso dos produtos, devem ser descartadas no prazo de um ano a partir da data da compra.
O descarte fora do prazo determinado em lei ou de forma incorreta pode implicar em multa para o agricultor, o revendedor e até o fabricante do agroquímico. Dependendo da gravidade do descaso, pode ocorrer até a detenção, uma vez que as irregularidades caracterizariam crime ambiental. Mas, ao que parece, os produtores brasileiros estão bastante conscientes: o Brasil é o líder do descarte correto de embalagens de agroquímicos, dando a correta destinação a 9% deste tipo de material.
Para quem ainda tem dúvidas, seguem abaixo todos os passos para que a lei seja cumprida e o Brasil continue dando um bom exemplo:
1 – Lavagem: é necessário, primeiro, esvaziar completamente as embalagens no tanque do pulverizador. Depois, deve-se adicionar água limpa em até um quarto do volume do frasco, tampe e agite por 30 segundos. Esta água também deve ser jogada no tanque do pulverizador. Repita a operação três vezes. Ela é chamada de tríplice lavagem.
2 – Após passarem pelo processo da tríplice lavagem, todas as embalagens devem ser inutilizadas (danificadas para que não sejam usadas como recipiente novamente). Para isso, corte o fundo da embalagem ou faça furos no fundo, atentando para ter a certeza de que ela não terá mais utilidade.
3 – Armazene os frascos lavados e inutilizados em um local adequado e verifique com o revendedor do produto se ele pode recolher as embalagens, ou se você deve levá-las até um local indicado, geralmente um posto de recebimento ou na própria loja.
4 – Todos os recipientes devolvidos – diretamente ou através da revenda – devem seguir para uma central de recebimento. As embalagens passam por um novo tratamento e de lá, seguem em blocos compactados e prensados para as indústrias recicladoras.
5 – É muito importante nunca se esquecer de guardar o comprovante de devolução das embalagens. Este documento deve ser apresentado sempre que a fiscalização for até a propriedade.
19- O que é ART? E qual a sua importância?
ART é um documento legal que identifica o responsável técnico por um serviço prestado ou uma obra realizada.
De acordo com a lei Lei nº 6.496/77, todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia fica sujeito à “Anotação de Responsabilidade Técnica” (ART).
A ART deve ser emitida por engenheiros ou arquitetos do sistema CONFEA/CREA, que têm a obrigação de realizar o registro desse documento online. De acordo com a lei, a falta da ART sujeitará o profissional ou a empresa responsável pela execução da Obra ou Serviço o pagamento de multa.
20- O que é MIP? E qual a sua importância?
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) constitui um plano de medidas voltadas para diminuir o uso de agrotóxicos na produção convencional, buscando promover o equilíbrio nas plantas e monitorar as pragas evitando, ao máximo, o uso desses produtos no sistema. Assim, existe uma preocupação em se utilizar agrotóxicos apenas quando a população dos organismos que causam problemas nas plantações atingir um nível de dano econômico (em que as perdas de produção gerem prejuízos econômicos significativos), diminuindo a contaminação do ambiente. 
A base do MIP são os conhecimentos sobre taxonomia, biologia e ecologia que subsidiam a identificação das pragas chaves e dos inimigos naturais, o seu monitoramento com base nas informações sobre seus níveis de controle e o manejo do agroecossistema, priorizando condições para o equilíbrio das plantas e o combate natural das pragas".

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