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Análise - Substituição de Equipamentos

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
ESCOLA DE ENGENHARIA
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DA SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTO NA LINHA DE MISTURA ACHOCOLATADO/CAPPUCCINO E CULINÁRIOS EM UMA EMPRESA ALIMENTÍCIA
Resumo
Este trabalho tem como finalidade, realizar a análise de viabilidade econômica da substituição de equipamentos da linha de achocolatado, cappuccino e culinários em uma empresa de alimentos saudáveis. A expansão de sua capacidade produtiva e modernização da linha, trazendo um novo conceito, e com isso o aumento da performance de produção. O modelo atual contém uma máquina de envase, seladora e uma por indução, a proposta do novo processo será sleeve, túnel de encolhimento, mesa acumuladora, envasadora, tampadora, selagem por indução até o produto final. Com isso haverá uma redução de custo de transporte do pote, do quadro de funcionários e de manutenção. O procedimento da tampadora é feito manualmente, e na nova proposta será mecanicamente, aumentando a proficiência e tempo de produção. Levantou-se os dados necessários à construção do Fluxo de Caixa, com o investimento de todas os equipamentos com pagamento à vista, pelos os métodos do VPL, IL, TIR, PBD, com a vida útil de dez anos. Com todos os dados obtidos no fluxo de caixa, da substituição dos equipamentos se demonstra viáveis economicamente.
Palavras chaves: Substituição de Equipamento, Viabilidade Econômica, Análise de Investimentos.
	
Introdução
Atualmente, o mercado de alimentos saudáveis é o que mais cresce no país, “segundo a agência de pesquisas Euromonitor Internacional, até o ano de 2021 o mercado no Brasil deve crescer, em média, 4,41% anualmente” (ABF, Portal Franchising, 2018). Com isso, as indústrias buscam otimizar seus processos diminuindo o custo e dando ênfase à qualidade e lançando novos produtos. Desse modo, há sempre a necessidade contínua de investir em equipamentos mais modernos e tecnológicos para que sempre se mantenha a produtividade.
A substituição de equipamentos refere-se basicamente, à troca de ativos atualmente em uso por outros com um melhor resultado e potencial de desempenho, sempre com o propósito de acompanhar as evoluções tecnológicas e buscando melhores índices de produtividade. De acordo com Bai, Ho, Mao (2012), qualquer aumento ou diminuição do custo de reposição de equipamentos equivale a uma mudança no lucro das empresas operacionais.
Com uma boa análise de viabilidade econômica e financeira de um projeto, de acordo com Duarte et al. (2016), pode-se analisar se o projeto é capaz de gerar renda econômica suficiente para remunerar adequadamente o capital empregado, avaliando também se o projeto gera renda para pagar os compromissos assumidos pela empresa.
Para fazer uma boa análise financeira de um novo projeto deve-se ter alguns cuidados, de acordo com Souza e Soares (2017), antes de se investir em um novo projeto é necessário que seja feita uma análise de riscos financeiros com a intenção de minimizar as incertezas e maximizar o retorno financeiro da implementação deste projeto para os investidores.
Com isso pode ser verificado que com uma boa análise de viabilidade econômica, faz-se importante na substituição de equipamento. Para isso dados contábeis são de extrema importância. De acordo com Girão et al. (2011), grande parte das empresas descontinua suas operações por falta de planejamento e informações vitais para sua atividade.
Esta pesquisa apresenta a introdução e as argumentações sobre a relevância do estudo, bem como a sua fundamentação teórica onde serão abordados pontos como análise de viabilidade econômica da substituição de equipamentos. É também demonstrado os equipamentos a ser substituído e os novos equipamentos que será adquirido, os resultados e discussões no qual serão apresentadas a análise dos dados e os métodos utilizados.
Nesse estudo para desenvolver está análise será visto um caso prático de substituição de equipamento na linha da fábrica, pois a organização está interessada em verificar se o sistema de produção teria mais eficácia com a troca do equipamento antigo, pelo novo equipamento. 
Para melhor entendimento deste assunto, este projeto analisará uma empresa de alimentos saudáveis, formula-se a seguinte pergunta norteadora do estudo na intenção de responder ao seguinte:
Seria viável economicamente a substituição de equipamentos da empresa pesquisada?
Objetivo
Analisar se é viável economicamente a substituição de equipamentos para o setor de mistura na linha de achocolatado/cappuccino e culinários.
Objetivos Específicos
Analisar a opção de substituição dos equipamentos.
Verificar a redução de Custos na troca do equipamento antigo pelo novo.
Realizar a análise de viabilidade econômica da substituição destes equipamentos.
Justificativa
Com a alta concorrência nos dias atuais, e com a crise econômica no país em alta, as empresas se veem em ambientes altamente competitivos. Com isso priorizar a redução de custo da produção é altamente importante para o sucesso da empresa. Alguns estudos são necessários para que isso ocorra. Para o estudo de substituição de equipamentos, segundo HIRSCHFELD (2000), a substituição pode ser feita através de ativos similares, ou seja, tecnologias mais inovadoras, sendo uma das principais razões de uma substituição.
De acordo com SEBRAE (2013), a compra de maquinários pode ser uma maneira eficaz de inovar nos negócios, desde que o empreendedor faça um planejamento prévio, ou seja, além do maquinário, é preciso avaliar a área disponível na fábrica e o dinheiro que será gasto na manutenção do equipamento.
De acordo com Mokrzycki (2012), alguns fatores impedem a tomada de decisão em relação à substituição dos equipamentos. As deficiências relativas ao acompanhamento e ao controle dos custos dos equipamentos, pois raramente os dados requeridos para análise estão disponíveis, o que implica uma mudança cultural na empresa.
Portanto saber o valor de mercado do equipamento antigo é essencial, o SEBRAE (2017), afirma que a definição do preço adequado de venda de um produto/serviço junto ao mercado depende do equilíbrio entre o preço de mercado e o valor calculado, em função dos seus custos e despesas.
A empresa em estudo apresenta muitos comandos manuais para a operação do equipamento e com muitos problemas na parte da selagem do pote, gerando muito reprocesso e tendo muita parada de máquina para a manutenção, ajuste de peso e temperatura do equipamento. Evitando também problemas com fornecedor do (sleeve) que é uma encolhedora, elas são impressas em filme que tem a capacidade de encolher quando aquecidos em uma determinada temperatura proporcionando um perfeito acabamento para as embalagens do pote. Geralmente pode ter parada no processo por conta da qualidade do produto, sleeve com perfuração, pote com a boca oval ou desigual. Com o novo equipamento facilitará a logística e também o custo da operação, havendo uma redução de custo no transporte de potes.
Descrição do Negócio
A história da empresa começou em 2002, quando a preocupação com o excesso de açúcar nos alimentos inspirou a empresa a trazer pela primeira vez a sucralose ao país por meio de adoçantes. Hoje a indústria desenvolve uma grande diversidade de alimentos zero açúcar, com redução de gordura, sódio e calorias.
Enquadramento
Porte da empresa é um termo técnico utilizado para identificar o tamanho de seu negócio, ou seja, micro, pequeno porte ou grande porte. E para saber identificar qual enquadramento a empresa se encaixa algumas informações são importantes, saber o faturamento da empresa, despesas operacionais, margens de lucro e valores gastos com empregados. De acordo com SEBRAE (2018), tendo essas informações, pode se então escolher o regime mais adequado para o seu empreendimento. 
De acordo com o BNDS A classificação de porte é realizada conforme a
Receita Operacional Bruta (ROB) das empresas ou conforme a renda anual de clientes pessoas físicas (Tabela 1).
Tabela 1 - Classificação 
	Classificação
	Receita operacional bruta anual ou renda anual
	Microempresa
	Menor ou igual a R$ 360 mil 
	Pequena empresa
	Maior que R$ 360 mil e menor ou igual a R$ 4,8 milhões 
	Média empresa
	Maior que R$ 4,8 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões
	Grande empresa
	Maior que R$ 300 milhões
Fonte: BNDES (2018) 
Por tanto enquanto a sua classificação se baseia pelo valor total bruto anual, ou seja, é uma empresa de médio porte pois possui uma receita de aproximadamente 115 milhões de reais referente ao apuramento do ano calendário de 2017, sendo que seu faturamento anual é maior que 4,8 milhões e menor que 300 milhões, portanto se identifica como uma empresa de médio porte.
Enquanto ao regime de apuração de imposto a empresa é optante pelo Lucro Real, são calculados o IRPJ e a CSLL sobre o lucro efetivamente auferido com os ajustes necessários. Ou seja, 15 % sobre o IRPJ e 9 % para o CSLL.
A empresa é caracteriza por S/A (Sociedade anônima) de capital fechado, pois cumpre os requisitos e características da sociedade anônima.
No sistema de busca do IBGE (2018), a comissão nacional de classificação CONCLA permite pesquisar código ou atividade econômicas na CNAE (classificação nacional de atividades comerciais). A atividade da empresa estudada está classificada no código CNAE 1586-5: Preparação de produtos dietéticos, alimentos para crianças e outros alimentos conservado, ou seja, essa classe compreende a preparação de alimentos conservados (feijoadas, enlatados, entre outros), e também na preparação de alimentos para fins nutricionais e CNAE 1099-6: que consiste na fabricação de adoçantes naturais e artificiais. 
Localização
A marca é proveniente da região Sudeste do Brasil, mais precisamente em São Paulo/SP, e foi vendida em abril de 2008, após sua compra foram três meses de treinamento, sendo então deslocada para o polo industrial de Anápolis - GO, onde no dia 4 de julho de 2008 foi aberta e começaram suas atividades em sua nova sede (Figura 1).
A empresa se localiza atualmente no daia, polo empresarial de Anápolis, sendo uma localização privilegiada pois favorece toda cadeia logística da empresa, pois possibilita a facilidade das entregas de suprimentos para a produção. É um local estratégico pois Goiás se encontra no coração do Brasil.
Figura 1 - Localização
Fonte: Maps (2018)
 Processos
O processo da linha do achocolatado/cappuccino e culinário no setor da mistura atual segue no fluxograma (Figura 3).
Figura 3 – Fluxograma processo antigo
Fonte: Os autores (2018)
No processo atual a etapa de sleeve é terceirizada pela a empresa portando os potes já chegam com o filme inserido no pote. Eles são colocados na mesa acumuladora rotativa, que é um equipamento que torna a entrada e saída dos potes ou frascos na linha de produção uma tarefa muito mais simples e ágil. Assim o pote entra na esteira para chegar na próxima etapa, a máquina do envase, onde é acoplado o silo destinado a armazenar o produto onde é jogado na envasadora que tem o bico dosador na ponta do equipamento para envasar o produto. 
A seguir o pote chega na seladora que produz um calor elevado, fixando na boca do pote o selo/lacre feito de plástico ou alumínio, esse lacre prolonga o tempo de conservação do produto, é a prova d’água, vazamento e ferrugem. O fechamento é feito de forma hermética, protegendo o produto e garantindo mais higiene e segurança, evitando entrada de ar, adulterações e vazamentos, o produto que utiliza a selagem por temperatura é apenas o cappuccino, o adoçante culinário e o achocolatado são produzidos através da selagem por indução, na nova proposta do equipamento todos os produtos terão selagem por indução, eliminado a selagem por temperatura.
A selagem por indução eletromagnética permite produzir embalagens inviolável em alta escala de produção, através da geração de um campo eletromagnético de alta frequência, aquecendo somente o selo da indução sem prejudicar o pote e o material envasado durante o processo de selagem. 
Após a selagem o produto chega na mesa de encaixotamento manual onde dependendo do produto é colocada a tampa no produto manualmente ou então no encaixotado. No cappuccino a tampa é colocada depois, na mesa de encaixotamento pois não é feita por indução e logo depois colocada na caixa e passado na fiteira que é o local onde são colocados os produtos dentro da caixa de papelão para receber a fita de selagem. Já no achocolatado e adoçante culinário a tampa é colocada por dois auxiliares de produção antes do produto passar pela a indução, e depois passando pela a mesa de encaixotamento, fiteira e depois todos passam pela paletização.
Nesse processo são necessários seis auxiliares de produção e uma operadora de máquina para rodar a linha no mínimo, podendo ocasionar situações que necessitam de mais funcionários para ajudar na mesa de encaixotamento dependendo da demanda da produção e da meta diária. O layout do setor de mistura no AutoCad com um retângulo na área estudada e o layout individual da linha dos produtos analisados no SketchUp estão logo a seguir (Figura 4) e (Figura 5).
Figura 4 – Layout atual do setor de mistura no AutoCad
Fonte: Arquiteto da empresa (2017)
Figura 5 – Layout da linha atual do achocolatado/cappuccino e culinários
Fonte: Os autores (2018)
A análise técnica dos equipamentos antigos que foram adquiridos em 2012 que serão analisados para a substituição são a seladora (Figura 6). Hoje o grande gargalo de produção da linha é a seladora de filme que faz a selagem com calor direto no pote, com isso há uma frequente parada na linha de produção para ajustar a temperatura do calor, pois a seladora queima o pote e corta o filme. 
Outro gargalo da linha é o processo da tampadora que é feito manual, isso acorre porque mesmo com o aumento da proficiência da máquina, ocorreria gargalos nessa fase, tendo que parar a maquina para esperar os auxiliares de produção terminarem de tampar os potes e não acumular na mesa.
Figura 7 – Seladora
Fonte: Os autores (2018)
A nova proposta se propõe reduzir custos e modernizar a linha aumentando sua proficiência de produção. O modelo do novo processo proposto segue no fluxograma (Figura 8) com a cor indicando no processo onde terá a substituição de equipamento.
Figura 8 – Fluxograma proposta de processo novo
Fonte: Os autores (2018)
A mesa acumuladora será aproveitada do processo antigo para o novo, sendo ela na ponta do processo para dar início. Assim como a envasadora que não haverá necessidade de troca-la, pois ela está em ótimo estado e eliminando os gargalos da seladora e no processo de tampamento dos potes, poderá estar aumento sua velocidade de produção.
Os novos equipamentos tratam-se de uma rotuladora sleeve, que por meio de uma bobina joga o rotulo e encaixa o mesmo no pote que possuirá a função de inserir automaticamente rótulos, com capacidade de produção de até 6.000 inserções/hora, sendo os mesmos fornecidos em bobinas utilizando substrato em policloreto de vinila (PVC), todo o comando do equipamento é através de IHM (touch screen), com alimentação de rótulos em bobina com desbobinador motorizado e ajuste rápido para diferentes tamanhos de frascos. 
O painel de controle fica localizado na parte frontal do equipamento, acessível ao operador junto com o sistema de segurança com botões de emergência, devidamente colocados em pontos estratégicos (Figura 9).
Para dar sequência no processo de sleeve a empresa deve adquirir em conjunto outro equipamento projetado para a utilização do mesmo, o túnel de encolhimento elétrico, ele é muito importante na automação do sistema de embalagens, logo após a embalagem estiverem encaixadas no pote esse equipamento tem a função de termo
encolhimento, feitas de variados tipos de matérias, entre eles o PVC e o polietileno. 
Esse equipamento é construído de aço inox e alumínio, tem controle de temperatura, a velocidade do equipamento está condicionada a geometria dos potes e a qualidade tanto dos potes quanto do filme utilizado (Figura 10).
Figura 9– Máquina de Sleeve Figura 10 - Túnel de Encolhimento
 
Fonte: POSIMEC (2018) Fonte: MKM (2018)
De acordo com o site Kromos (2018), o rótulo Sleeve é uma tendência que cresce cada vez mais no mercado de embalagens por possuir uma tecnologia única que permite o encolhimento do rótulo, fazendo com que ele se molde perfeitamente ao frasco. Afirmar ainda que para quantidades grandes, o indicado é a aplicação automática dos rótulos, fornecidos em bobinas. Sendo assim a aplicadora automática de rótulos sleeve pode trabalhar até 200 BPM. Caso de quantidades menores, recomenda-se a aplicação manual, pois necessita apenas de um túnel de encolhimento.
De acordo com Kromos a tecnologia ar quente consiste no processo de encolhimento através do túnel elétrico, é específico para situações onde não é permitido o uso de vapor. Essa tecnologia é limitada a frascos com pequena taxa de encolhimento.
No seguimento do processo após o pote passar pelo o túnel de encolhimento e estiver pronto para o envase, que será aproveitada do processo antigo, não havendo custo para adquirir um novo equipamento ele irá seguir caminho no processo para a mesa acumuladora rotativa (Figura11) para entrar no envase do produto. Na parte superior da envasadora automática existe um local para acoplar o silo onde dentro dele, está a matéria prima para ser envasada.
O equipamento possui um sistema para envase de potes de maneira automática ou semiautomática com sistema de dosador de rosca, que é acionado por servomotor ou por outros sistemas de pesagem. 
Após o produto ser envasado ele passará pelo equipamento que contém sistema de posicionador de tampa, conjunto de aplicador de tampa, conjunto de rosqueador, dispositivo para aplicar tampa do achocolatado de 210g com diâmetro de 80mm para tampa do cappuccino com diâmetro de 29,50mm e culinário de 95,5mm (Figura 12).
 Figura 12 – Mesa Acumuladora Figura 12 – Tampadora
 
Fonte: SYSTEMPACKDOBRASIL (2018) Fonte: SYSTEMPACKDOBRASIL (2018)
A seladora de tampas por indução será aproveitada do processo antigo, não havendo custo para adquirir um novo equipamento, também conhecida como Cap Sealer, permite produzir uma embalagem inviolável em alta escala de produção, através da geração de um campo eletromagnético de alta frequência, posicionado acima da embalagem, aquecendo somente o selo de indução sem prejudicar o pote ou o material envasado durante o processo de selagem (Figura13).
Figura 13 – Seladora por indução
Fonte: Os autores (2018)
No novo processo serão necessários quatro auxiliares de produção e uma operadora de máquina para rodar a linha no mínimo. Tendo um headcount de dois auxiliares de produção no processo. O layout da nova proposta do setor da mistura no AutoCad com um retângulo na área estudada e o layout individual da linha dos produtos analisados no SketchUp estão logo a seguir (Figura 14) e (Figura 15).
Figura 14 – Layout da proposta do setor de mistura no AutoCad
Fonte: Figura 4 adaptada pelo os autores (2018)
Figura 15 – Layout da proposta da linha do achocolatado/cappuccino e culinários
Fonte: Os autores (2018)
Mercado
“De acordo com um estudo da agência de pesquisa Euromonitor, o mercado de alimentação ligado à saúde e ao bem-estar cresceu 98% no país de 2009 a 2014” (SEBRAE, 2017). É um setor muito lucrativo afirma também SEBRAE (2017) que esse seguimento movimenta US$ 35 bilhões por ano no Brasil, que é o quarto maior mercado do mundo. A abrangência do segmento se justifica pelo fato de que, para 28% dos brasileiros, consumir alimentos nutricionalmente ricos é muito importante. O mercado atualmente vem crescendo muito nesse seguimento, pois o estio de vida das pessoas está mudando, a cada dia que se passas elas estão mais preocupadas com a alimentação.
“Para Milani, o incremento da demanda por produtos saudáveis se deve à melhora esperada no poder aquisitivo do brasileiro e também à crescente preocupação da população em consumir alimentos mais saudáveis, com menos sódio e outros aditivos” (CAETANO, 2017).
Geralmente alguns produtos apresentam sazonalidade, como o achocolatado o adoçante culinário e o cappuccino por exemplo. Apresentam maiores produtividade entre os meses de maio a agosto para o achocolatado, julho a setembro para o adoçante culinário, e de agosto a novembro para o cappuccino, respectivamente, porém são produzidos durante todo ano, mas apresentam maiores produtividades durantes esses meses.
	
Geralmente os clientes da empresa são de classes A e B, pessoas que optam a se alimentar de forma mais saudável e tem condições econômicas para manter uma dieta balanceada, rica em nutrientes e de forma facilitada e também pessoas com diabetes que necessitam de uma dieta com menos açúcar. Apresenta concorrência com outras empresas do segmento no ramo de alimentos saudáveis.
No decorrer dos anos as empresas precisaram inovar para se manter competitiva no mercado, em 2013 passou por um reposicionamento pois os próprios consumidores enxergavam a inovação e a criatividade como atributos da marca, assim passou a melhorar os meios de comunicações com os clientes. Afirma Valério (2015), que foram focadas as iniciativas na internet, pois acreditavam que por este meio o retorno do público viria de forma rápida e direta e também conseguiram segmentar suas ações. Para assim que um novo produto fosse lançado, saberiam o tempo todo como esses produtos estariam sendo percebidos, ou seja, se o lançamento teve a aceitação esperada. 
Estimativas Relevantes
Para saber se na substituição dos equipamentos os retornos e os investimentos serão viáveis, é muito importante que todos os dados de capacidade de produção, redução de custos antes e após a substituição dos novos equipamentos sejam bem estimados, pois com isso a empresa tem a certeza de estar fazendo um bom investimento. 
Para Andrade (2013) é importante que exista a concepção de valor, os retornos destes investimentos deverão ser superiores ao custo dos capitais neles empregados, fazendo com que os valores líquidos dos resultados sejam positivos, agregando riqueza para o investidor e para o próprio investimento. Portanto uma boa avaliação é de fundamental importância pois é o centro de todas as decisões em investir, seja para comprar ou para vender. Nos investimentos alguns indicadores são importantes, como fluxo de caixa, VPL (valor presente líquido) e TIR (taxa interna de retorno).
 Investimento inicial
Para a análise do investimento, o custo inicial, ou seja, os desembolsos realizados para a aquisição do novo equipamento ou outros ativos fixos, incluindo também pagamento de fretes, instalações, seguro e outras despesas operacionais iniciais como mão de obra, treinamento do pessoal de manutenção e operação, entres outros estão registrados na Tabela 2.
Tabela 2 – Investimento Inicial
	 INVESTIMENTOS
	 
	 
	 
	 
	
	
	 
	Descrição
	Quantidade
	 Valor Unitário (R$) 
	 Valor Total (R$) 
	Rotuladora Sleeve
	1
	66.180,00
	66.180,00
	Kit Adicional
	1
	31.500,00
	31.500,00
	Posicionador de Rótulos - Cintas
	1
	5.400,00
	5.400,00
	Túnel Encolhimento Elétrico
	1
	21.500,00
	21.500,00
	Mesa Acumuladora Rotativa de Potes
	1
	18.000,00
	18.000,00
	Tampadora - Conjunto de Posicionador, Aplicador e Rosqueador de Tampa
	1
	56.000,00
56.000,00
	Dispositivo para Aplicar Tampa com Diâmetro de 69,50mm
	1
	19.000,00
	19.000,00
	Dispositivo para Aplicar Tampa com Diâmetro de 95,5mm
	1
	19.000,00
	19.000,00
	Panela Alimentadora para Tampa de 69,50mm
	1
	4.800,00
	4.800,00
	Panela Alimentadora para Tampa de 95,5mm
	1
	4.800,00
	4.800,00
	Taxa de Agendamento da Instalação Sleeve e Túnel de Encolhimento
	1
	1.000,00
	1.000,00
	Hospedagem dos Técnicos
	2
	750,00
	1.500,00
	Transporte Terrestre
	2
	150,00
	300,00
	Passagens Aéreas
	2
	1.000,00
	2.000,00
	Alimentação
	2
	150,00
	300,00
	Transporte para a mesa acumuladora, envasadora e tampadora
	1
	6.500,00
	6.500,00
	Transporte para Sleeve e Túnel de Encolhimento
	1
	6.500,00
	6.500,00
	Seguro de Carga
	2
	2.500,00
	5.000,00
	Total
	 
	 
	269.280,00
Fonte: Os autores (2018)
Como mostra a Tabela 2, os custos de transporte dos equipamentos não são inclusos no valor, são a parte. Será enviado dois técnicos, um de cada fornecedor para a instalação dos equipamentos, terá duas despesas de passagens aéreas, alimentação e transportes para os técnicos instalarem e para treinar os operadores de maquinas da empresa para possíveis trocas de kits e manuseio adequado para seu perfeito funcionamento. Todas as despesas inerentes aos serviços serão únicas e exclusivas por conta do comprador. Tanto para mesa acumuladora, envasadora e a tampadora quanto para o Sleeve e Túnel de Encolhimento leva em torno de até três dias para o treinamento dos operadores.
O custo de funcionários, salário, assiduidade, INSS, FGTS, férias, são direitos e encargos garantidos pelo CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), e o que representa um custo para a empresa. A empresa atua sob o regime do lucro real, o mecanismo é o mesmo do simples nacional, contendo apenas o acréscimo da alíquota de terceiros. Tanto no processo antigo e como no novo proposto serão necessários a mão de obra de auxiliares de produção e operador de máquina. O custo mensal de cada função para a empresa está na Tabela 3.
Tabela 3 – Custo de Mão de Obra para a Empresa
	CUSTO DE FUNCIONÁRIO
	 
	 
	
	 
	 
	FUNÇAO
	
	ENCARGOS DIRETOS
	
	Salário (R$)
	Assiduidade (R$)
	Inss
	Fgts
	T. Encargos (R$)
	
	
	4,00%
	28,66%
	8,00%
	Encargos
	Operador de Maquina
	1.737,09
	69,48
	517,76
	144,53
	662,29
	Auxiliar de Produção
	1.117,85
	44,71
	333,19
	93,01
	426,20
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	BENEFICIOS
	
	
	Refeição (R$)
	Assist. M (R$)
	Uniodonto (R$)
	Total de Benefícios (R$)
	Total Custo Salário (R$)
	Férias + 1/3 (R$)
	-
	-
	
	
	
	11,11%
	290,00
	82,62
	18,90
	391,52
	2.860,38
	200,71
	290,00
	82,62
	18,90
	391,52
	1.980,28
	129,16
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	
	
	
	PROVISÕES
	
	
	
	Encargos/ férias (R$)
	13° Salário (R$)
	Encargos/ 13 Salários (R$)
	Total Provisões Férias e 13° (R$)
	Custo Unitário (R$)
	36,80%
	8,33%
	36,80%
	
	
	73,86
	150,49
	55,38
	480,44
	3.359,72
	47,53
	96,84
	35,64
	309,17
	2.308,35
Fonte: Os autores (2018)
No processo antigo era necessários sete funcionários para o funcionamento da linha. O custo de mão de obra do equipamento antigo está registrado na Tabela 4.
Tabela 4 – Custo De Mão de Obra – Equipamento Antigo
	Custo de Mão de Obra - Equipamento Antigo
	 
	Função
	 Número de Funcionários 
	Custo Unitário (R$)
	Custo Mensal (R$)
	Operador de Maquina
	1
	 3.359,72 
	 17.209,82 
	Auxiliar de Produção
	6
	 2.308,35 
	
	 
	
	
	 
	Custo Total Anual
	 
	 
	 206.517,84 
Fonte: Os autores (2018)
O novo processo haverá um headcount, tendo uma grande economia anual no quadro de funcionários para operar a linha. O custo de mão de obra do equipamento novo está registrado na Tabela 4.
Os posicionamentos de cada funcionário na sua determinar função está sendo mostrada no layout do processo atual (Figura 5) e na proposta do novo layout do processo da (Figura 15)
Tabela 5 – Custo De Mão de Obra – Equipamento Novo
	Custo de Mão de Obra - Equipamento Novo
	 
	Função
	 Número de Funcionários 
	Custo Unitário R$
	Custo Mensal R$
	Operador de Maquina
	1
	 3.359,72 
	 12.593,12 
	Auxiliar de Produção
	4
	 2.308,35 
	
	 
	
	
	 
	Custo Total Anual
	 
	 
	 151.117,44 
Fonte: Os autores (2018)
Com o novo equipamento terá uma redução de custos significativos, pois terá uma redução no número de funcionários. A Tabela 4, mostra o custo de mão de obra do equipamento antigo, bem como a Tabela 5, mostra o custo de mão de obra do equipamento novo e na Tabela 6, mostra a redução de custos de mão de obra do equipamento antigo para o novo equipamento e, na Tabela 7, mostra a redução de custo da manutenção dos equipamentos.
Tabela 6 - Redução de Custo de Mão de Obra - Antigo vs Novo
	Redução de custos
	 
	Custo Anual de Mão de Obra do Equipamento Antigo (R$)
	Custo Anual de Mão de Obra do Equipamento Novo (R$)
	Redução de Custo Anual (R$)
	206.517,84
	151.117,44
	55.400,40
Fonte: Os autores (2018)
Tabela 7 – Redução de custos dos equipamentos
	Redução de custos - Manutenção dos equipamentos
	 
	Custo Anual do Equipamento Antigo (R$)
	Custo Anual do Equipamento 
Novo (R$)
	Redução de Custo Anual (R$)
	6.500,00
	3.230,00
	3.270,00
Fonte: Os autores (2018)
9.3	Prazo de análise 
Para o estudo foi adotado um horizonte de avaliação no prozo de análise de 10 anos. Pois com esse prazo será possível ter uma boa estimativa de fluxo de caixa. Essas estimativas deverão ser cuidadosamente verificadas anualmente, para assim ter a certeza de que o equipamento esteja produzindo de forma que tenha uma produtividade aceitável.
 
9.4	 Depreciação 
Os bens que constituem o ativo de uma empresa normalmente estão sujeitos a constantes desvalorizações, devido, principalmente, ao desgaste, ao envelhecimento e ao avanço tecnológico.
De acordo com o site Matemática Financeira (2017), a depreciação constitui, portanto, a diferença entre a preço da compra de um bem e seu valor de troca (valor residual), depois de certo tempo de uso.
A Tabela 6 mostra a taxa anual de depreciação e os anos de vida útil dos bens depreciáveis.
Tabela 8 – Taxa Anual de Depreciação
	Bens depreciáveis
	Taxa anual
	Anos de vida útil
	Edifícios
	4%
	25 Anos
	Maquinários e equipamentos
	10%
	10 Anos
	Instalações
	10%
	10 Anos
	Móveis e utensílios
	10%
	10 Anos
	Veículos
	20%
	5 Anos
	Computadores e periféricos
	20%
	5 Anos
Fonte: Os Autores, Adaptada Receita Federal (2018)
Considerando a depreciação total e linear do equipamento antigo no prazo de 10 anos como mostra a Tabela 6, será totalmente depreciado no final do último ano. Mas, porém, o equipamento tem apenas seis anos de uso, portanto ao final do sexto ano o valor contábil do equipamento será de R$26.000,00.
Tabela 9 – Depreciação
	Depreciação do Equipamento Antigo
	
	Investimento inicial Equipamento Antigo
	
	
	
	
	Anos
	0
	1
	2
	3
	4
	Seladora
	R$65.000,00
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	Total
	R$65.000,00
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	Valor Contábil
	
	R$58.500,00
	R$52.000,00
	R$45.500,00
	R$39.000,00
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	5
	6
	7
	8
	9
	10
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	R$6.500,00
	R$32.500,00
	R$26.000,00
	R$19.500,00
	R$13.000,00
	R$6.500,00
	R$-
Fonte: Os autores (2018)
A Tabela 7 mostra o valor de mercado do equipamento antigo.
Tabela 10 – Valor de Mercado
	Valor de mercado
	
	Seladora
	 R$20.000,00 
	Total
	 R$20.000,00 
Fonte: Os autores (2018)
9.5 	Impostos
Como a empresa é optante pelo Lucro Real, os impostos são cobrados de acordo com o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal, portanto são atribuídos os impostos como é registrado na Tabela 8. Assim serão utilizadas para o calculo do valor Residual (VR) entre outros.
Tabela 11
	Lucro Real
	 
	Alíquota
	PIS/PASEP
	1,65%
	COFINS
	7,6%
	IRPJ
	15%
	CSLL
	9%
	Total
	33%
Fonte: Os autores (2018)
9.6 	Valor Residual
O valor residual é um termo usado para definir o valor de um ativo que sofre depreciação até o final de sua vida útil. Como por exemplo, assumindo que a vida útil de uma máquina seja de dez anos, então seu valor residual é o valor esperado desta máquina ao ser vendida depois de passados dez anos.
Neste caso como o equipamento não foi totalmente depreciado, e o seu valor de mercado está abaixo do valor contábil, a empresa terá um ganho de capital negativo, como está definido na Tabela 	 
Portanto aplicando uma taxa requerida de imposto de 33 %, obterá um valor negativo de R$(900,00), ou seja, esse valor será descontado na próxima declaração dos impostos, voltando positivo para a empresa, resumidamente o ganho de capital negativo beneficia a empresa em funcionamento, que poderá lançar esse prejuízo não-operacional na forma de dedução de imposto a pagar com a venda do ativo.
Tabela 12
	Calculo do Valor Residual Equipamento Antigo
	VM: Valor de mercado
	 R$20.000,00 
	VC: Valor contábil
	 R$26.000,00 
	T: Alíquota
	15%
	VR=VM * (1–T)+T x VC 
	 R$20.900,00 
	I: Imposto a deduzir
	 
	I=(VM-VC)*T
	 R$(900,00)
Fonte: Os Autores (2018)
Para o novo equipamento foram considerados com base em pesquisa de mercado e com os fornecedores do equipamento, que ao final do prazo de análise o novo equipamento poderá ser vendido com aproximadamente 30% do seu valor de compra, como mostra a Tabela 13.
Tabela 13 
	Calculo do Valor Residual Equipamento Novo
	VM: Valor de mercado
	 R$80.454,00 
	VC: Valor contábil
	0
	T: Alíquota
	15%
	VR=VM * (1–T) + T * VC 
	 R$68.385,90 
	I: Imposto a deduzir
	 
	I=(VM-VC) *T
	12068,1
Fonte: Os Autores (2018)
9.7 	Custo de Oportunidade
Custo de oportunidade de acordo com Eduardinho (2018), ele se refere à estimativa do maior benefício razoavelmente seguro que se deixa de obter após uma decisão de alocação dos recursos disponíveis. Ou seja, os benefícios renunciados, os juros pagos pela aplicação financeira da qual se retirou o dinheiro (como uma LCI, CDB, fundos de investimento ou títulos públicos) representam o custo de oportunidade. 
Para o referido projeto consideraremos o CDB como base para o custo de oportunidade, considerando uma alíquota de imposto de renda de 15% sobre os ganhos, e um rendimento mensal de acordo com o CDB que cuja a variação é baseada na taxa do CDI ou SELIC, que hoje, está em 6,50% ao ano, é um dos menores juros da história do Brasil. Mas ela está sempre sujeita a sofrer variações, portanto para o cálculo utilizaremos uma taxa de atratividade de 15 % ao ano, devido os empreendedores exigirem para a aceitação de algum projeto, assim saberá se o projeto deverá ser aceito ou não aplicando os cálculos adequados.
Tendo uma inflação de 3,57% que resulta em uma boa optativa de investir, obtendo assim uma boa rentabilidade. Mas, portanto, deixando de investir no CDB ou em algum outro investimento optativo terá um custo de oportunidade igual ao rendimento líquido, ou seja, deixara de ganhar no período de dez anos um valor total correspondente a taxa de juros optada.
9.8	Fórmulas e definições para o fluxo de caixa operacional 
Adiante mostra quais são os critérios de aceitar ou não do projeto, bem como as fórmulas utilizadas para chegarmos no resultado.
O método do VPL compara todas as entradas e saídas de dinheiro na data inicial do projeto, descontando os retornos futuros do fluxo de caixa com a taxa de juro k, caso o VPL seja maior que zero, o investimento será recuperado, remunerado com taxa k e com isso gerara um lucro extra igual ao VPL, na data zero.
Para o cálculo do VPL utilizaremos a seguinte formula.
										
			(1)
								
Onde:
 I: é o investimento inicial 
: data terminal
K: taxa requerida 
 data no período avaliado t=0, 1, 2 ..., n
: representa todos os capitais do fluxo de caixa
Para o método da TIR (Taxa Interna de Retorno), está relacionado com o método do VPL, o procedimento de cálculo da TIR é realizado com o modelo matemático do VPL, procurando a taxa de juro que zera o VPL. Para o cálculo da TIR temos: 
Tabela 14- Anos e Capitais
	Anos
	Capitais
	
	
	0
	- I
	1
	FC1
	
	
	2
	FC2
	...
	...
	t
	FCt
	...
	...
	n
	FCn
Fonte: Os Autores (2018)
 							(2)
Onde: 
 é o investimento de capital na data zero, registrado com sinal negativo por ser um desembolso;
 é o prazo da análise ou data terminal do projeto;
: representa o retorno depois dos impostos na data t;
 é a taxa mínima requerida para realizar o investimento. O valor de depende o binômio risco- retorno do projeto de investimento; para um aumento de risco espera-se um aumento de retorno e vice-versa. O período da taxa de juro deve ser igual à periodicidade de ocorrência dos capitais do fluxo de caixa do projeto.
Se k < TIR, então VPL > 0
Se k > TIR, então VPL < 0 
 Assim, o critério do método da TIR aplicado num investimento com fluxo de caixa do tipo simples, estabelece sobre o valor da TIR: TIR > k ⇒ aceita-se o projeto 
TIR ≤ k ⇒ não se aceita o projeto. Com TIR > k, pode-se dizer que o investimento será recuperado, remunerado com taxa mínima requerida k e o projeto gerará um lucro extra na data zero igual ao VPL.
O IL (Índice de lucratividade) relaciona o VP dos retornos e o valor do investimento desconsiderando o sinal negativo do desembolso: 
Para o calculo do IL temos:
								(3)
Onde: VP dos retornos: são os valores presentes
Investimentos: são os investimentos do fluxo de caixa. Se tiver mais de um investimento a forma fica da seguinte maneira:
							(4)
								
Por tanto IL > 1: para cada $1 investido, o VP dos retornos será maior que $1; o investimento será recuperado, remunerado com taxa k e gerará um lucro extra igual a $ (IL – 1), ou seja, VPL será > 0 
IL = 1: para cada $1 investido, o VP dos retornos também será igual a $1; o investimento será recuperado e remunerado com taxa k; o VPL será = 0 
IL < 1: para cada $1 investido, o VP dos retornos será menor que $1; o investimento gerará prejuízo igual a $(1 - IL); o VPL será < 0.
Assim temos:
 IL > 1 - aceita-se o projeto 
IL ≤ 1 - não se aceita o projeto 
PBD (Payback Descontado).
O PBD mede o tempo necessário para recuperar o investimento remunerado a ideia é incluir o custo de oportunidade do capital da empresa, o valor da melhor alternativa abandonada em favor da alternativa escolhida. Neste caso, o valor da melhor alternativa abandonada é medido pela taxa mínima requerida de juro ou custo de capital.
Método matemático:
 
								(5)
Essa expressão mostra a soma dos valores presentes dos capitais do fluxo de caixa da data zero até a data do PBD do projeto. 
Deve-se comparar o PBD com o TMT definido: 
PBD < TMT - o projeto deverá ser aceito.
PBD ≥ TMT - o projeto não deverá ser aceito.
 Fluxo de caixa operacional
Portanto para a análise foram demonstrados o quão é viável, e também economicamente a substituição das máquinas. Utilizando-se os dados coletados, que se trata dos valores mais prováveis ou esperados, foi construído o Fluxo de Caixa do investimento que se encontra na Tabela 14.
Tabela 14 – Fluxo de caixa
	(-) Investimento
	 R$ (269.280,00)
	
	
	
	
	Alíquota
	33%
	
	
	
	
	 
	0
	1
	2
	3
	4
	Redução de custos
	 
	 R$ 62.870,40 
	 R$ 62.870,40 
	 R$ 62.870,40 
	 R$ 62.870,40 
	Depreciação
	 
	 R$ 26.818,00 
	 R$ 26.818,00
R$ 26.818,00 
	 R$ 26.818,00 
	FCO
	 
	 R$ 50.973,11 
	 R$ 50.973,11 
	 R$ 50.973,11 
	 R$ 50.973,11 
	Valor residual Velho 
	 R$ 20.900,00 
	 
	 
	 
	 
	Valor residual Novo
	 
	 
	 
	 
	 
	FC 
	 R$ (248.380,00)
	 R$ 50.973,11 
	 R$ 50.973,11 
	 R$ 50.973,11 
	 R$ 50.973,11 
	5
	6
	7
	8
	9
	10
	 R$ 62.870,40 
	 R$ 62.870,40 
	 R$ 62.870,40 
	 R$ 62.870,40 
	 R$ 62.870,40 
	 R$ 62.870,40 
	 R$ 26.818,00 
	 R$ 26.818,00 
	 R$ 26.818,00 
	 R$ 26.818,00 
	 R$ 26.818,00 
	 R$ 26.818,00 
	 R$ 50.973,11 
	 R$ 50.973,11 
	 R$ 50.973,11 
	 R$ 50.973,11 
	 R$ 50.973,11 
	 R$ 50.973,11 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 R$ 68.385,90 
	 R$ 50.973,11 
	 R$ 50.973,11 
	 R$ 50.973,11 
	 R$ 50.973,11 
	 R$ 50.973,11 
	 R$ 119.359,01 
Fonte: Os autores (2018).
Para saber se o investimento é viável ou não, foram analisados os métodos de avalição para o projeto: VPL, IL, TIR e PBD. Os resultados destes encontram-se na Tabela 15. 
Tabela 15 – Métodos de Avaliação
	Taxa requerida
	15%
	
	VPL
	R$24.346,18
	ACEITA-SE O PROJETO
	IL
	1,01
	ACEITA-SE O PROJETO
	TIR
	17,34%
	ACEITA-SE O PROJETO
	PBD VP 
	9,17
	ACEITA-SE O PROJETO
	PBD SP
	9,16
	ACEITA-SE O PROJETO
	 TEMPO MÁXIMO TOLERADO "TMT"
	10 Anos
	
Fonte: Os autores (2018).
A Tabelas 16 mostra as reduções de custos com mão de obra, manutenção e transporte de pote.
Tabela 16 – Redução de Custos Totais do Equipamento
	Redução de custos
	
	
	
	
	
	 
	0
	1
	2
	3
	4
	Mão de Obra
	 
	55.400,40
	55.400,40
	55.400,40
	55.400,40
	Manutenção
	 
	3.270,00
	3.270,00
	3.270,00
	3.270,00
	Transporte de Pote
	 
	4.200,00
	4.200,00
	4.200,00
	4.200,00
	Redução de custos Total
	 
	62.870,40
	62.870,40
	62.870,40
	62.870,40
	5
	6
	7
	8
	9
	10
	55.400,40
	55.400,40
	55.400,40
	55.400,40
	55.400,40
	55.400,40
	3.270,00
	3.270,00
	3.270,00
	3.270,00
	3.270,00
	3.270,00
	4.200,00
	4.200,00
	4.200,00
	4.200,00
	4.200,00
	4.200,00
	62.870,40
	62.870,40
	62.870,40
	62.870,40
	62.870,40
	62.870,40
Fonte: Os autores (2018).
Na Tabela 17, está representado os cálculos do PBD VP (Payback Descontado- Valor Presente).
Tabela 17 – Cálculo PBD VP
	PBD VP 
	ANOS
	FC
	VP = F/(1+K)
	VP ACUMULADO
	0
	 R$(248.380,00)
	 R$(248.380,00)
	 R$(248.380,00)
	1
	 R$50.973,11 
	R$44.324,44
	 R$(204.055,56)
	2
	 R$50.973,11 
	R$38.542,99
	 R$(165.512,57)
	3
	 R$50.973,11 
	R$33.515,65
	 R$(131.996,92)
	4
	 R$50.973,11 
	R$29.144,04
	 R$(102.852,88)
	5
	 R$50.973,11 
	R$25.342,64
	 R$(77.510,24)
	6
	 R$50.973,11 
	R$22.037,08
	 R$(55.473,15)
	7
	 R$50.973,11 
	R$19.162,68
	 R$(36.310,48)
	8
	 R$50.973,11 
	R$16.663,20
	 R$(19.647,28)
	9
	 R$50.973,11 
	R$14.489,74
	 R$(5.157,54)
	10
	 R$119.359,01 
	R$29.503,72
	 R$24.346,18 
	TAXA
	15%
	
	
	PBD VP =
	9,17 anos
	
	
Fonte: Os autores (2018).
Já na Tabela 18, está representado os cálculos do PBD SP (Payback Descontado – Saldo do Projeto).
Tabela 18 - Cálculo PBD SP
	PBD SP
	ANOS
	FC
	JUROS = K*P
	SALDO DO PROJETO
	0
	 R$(248.380,00)
	 R$- 
	 R$(248.380,00)
	1
	 R$50.973,11 
	 R$(37.257,00)
	 R$(234.663,89)
	2
	 R$50.973,11 
	 R$(35.199,58)
	 R$(218.890,37)
	3
	 R$50.973,11 
	 R$(32.833,56)
	 R$(200.750,81)
	4
	 R$50.973,11 
	 R$(30.112,62)
	 R$(179.890,33)
	5
	 R$50.973,11 
	 R$(26.983,55)
	 R$(155.900,77)
	6
	 R$50.973,11 
	 R$(23.385,12)
	 R$(128.312,78)
	7
	 R$50.973,11 
	 R$(19.246,92)
	 R$(96.586,59)
	8
	 R$50.973,11 
	 R$(14.487,99)
	 R$(60.101,47)
	9
	 R$50.973,11 
	 R$(9.015,22)
	 R$(18.143,58)
	10
	 R$119.359,01 
	 R$(2.721,54)
	 R$98.493,89 
	TAXA
	15%
	
	
	PBD SP =
	9,16 anos
	
	
Fonte: Os autores (2018)
Conclusão
Para garantir seu espaço no mercado, é necessário que as empresas sempre invistam em novas tecnologias e equipamentos, a fim de atender a demanda sempre com produtos de alta qualidade. Porém é necessário sempre realizar avaliações sobre o impacto econômico e financeiro que uma nova aquisição pode proporcionar à empresa.
Nesse estudo de caso apresentando, a empresa constatou que a linha do setor de mistura achocolatado/cappuccino e culinários, estavam tendo gastos elevados com as perdas geradas pelo o processo, muitas paradas de maquinas para regulagem e baixo índice de produtividade. Verificou-se que através de uma análise de viabilidade econômica utilizando alguns critérios de cálculo, seria possível averiguar a melhor opção de investimento na substituição dos equipamentos antigos por novos, modernizando a linha e eliminando processos manuais.
O trabalho teve como principal objetivo a análise de viabilidade econômica na substituição de alguns equipamentos em uma empresa de alimentos. A substituição de equipamentos do processo produtivo vai dobrar a capacidade produtiva da empresa e reduzir proporcionalmente as perdas com maior eficiência e com menos funcionários para rodar a linha.
O retorno do capital investido se dará ao final do novo ano. Foram utilizados alguns métodos para análise, afim de responder as perguntas apresentadas no trabalho foram feitos alguns cálculos de investimentos financeiros, por meio da utilização de indicadores tais como VPL (Valor Presente Líquido), IL (Índice de Lucratividade), TIR (Taxa Interna de Retorno), e PBD (Playback Descontado). Assim, com base nos dados analisados a empresa possui informações embasadas em indicadores financeiros que permitem uma análise da viabilidade em adquirir um novo equipamento. Com o pagamento à vista, a substituição destes equipamentos se demonstra viáveis economicamente.
Indicando que o capital investido no empreendimento proposto, é viável e atrativo economicamente e financeiramente, apresentando uma taxa de lucratividade média de 1,01% a.a., a TIR apresenta como resultado uma taxa de 17,3% a.a., enquanto o resultado do VPL é de R$ 24.346,18 e um payback de 9 anos, então é possível afirmar que este projeto se apresenta atrativo em todos eles, VPL, IL, TIR e payback.
Diante do que foi exposto das análises e do payback a partir de 9 anos a empresa terá todo o retorno do investimento inicial, portanto o projeto deve ser aceito.
REFERÊNCIAS
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EDUARDINHO. Custo de oportunidade: Aprenda bem além do conceito! Carteira rica. Disponível em: <https://carteirarica.com.br/custo-de-oportunidade/>. Acesso em: 04 de junho de 2018.
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GOIÂNIA
2018

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