Buscar

PROJETO CAMARA FRIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE OURINHOS 
FACULDADES DE ENGENHARIA – ENGENHARIA MECÂNICA 
 
 
 
 
 
BRUNO ZANINI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO INTEGRALIZADOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OURINHOS – SP 
2020
 
 
 
BRUNO ZANINI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO INTEGRALIZADOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Curso de Engenharia 
Mecânica do Centro Universitário das Faculdades 
Integradas de Ourinhos como pré-requisito para a 
obtenção de nota bimestral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OURINHOS – SP 
2020
5 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 8 
2.1 Empreendedorismo ............................................................................................. 8 
2.2 Engenharia Econômica ....................................................................................... 9 
2.3 Refrigeração e Ar Condicionado ...................................................................... 12 
2.4 Transferência de calor ...................................................................................... 13 
3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ................................................................... 14 
3.1 Caracterização da empresa .............................................................................. 14 
3.1.1. Missão, visão e valores. .................................................................................. 15 
3.2 Resultado da pesquisa ..................................................................................... 17 
3.2.1. Perfil do consumidor ....................................................................................... 17 
3.2.2. Hábitos de compra .......................................................................................... 18 
3.2.3. Satisfação dos clientes: .................................................................................. 19 
3.3 Plano Operacional ............................................................................................. 23 
3.3.1. Processo de abatimento ................................................................................. 23 
3.3.1.1. Chegada do animal no abatedouro ........................................................... 23 
3.3.1.2. Processo de Insensibilização. ................................................................... 24 
3.3.1.3. Processo de sangria ................................................................................. 24 
3.3.1.4. Processo de escaldagem e depilação ...................................................... 24 
3.3.1.5. Processo de Evisceração .......................................................................... 25 
3.3.1.6. Processo de corte, toalete, pesagem e refrigeração ................................. 25 
3.3.1.7. Layout da Casa de Carne ......................................................................... 27 
3.4 Plano de marketing ........................................................................................... 27 
3.4.1. Composto de produto. .................................................................................... 29 
3.4.2. Composto de preço. ....................................................................................... 29 
3.4.3. Composto promocional. .................................................................................. 30 
3.5 Plano financeiro ................................................................................................ 30 
3.4.4. Estimativa de investimento fixos ..................................................................... 31 
3.4.5. Investimento pré-operacional .......................................................................... 32 
3.4.6. Capital de giro ................................................................................................. 32 
3.4.7. Estimativa de faturamento .............................................................................. 33 
6 
 
 
3.4.8. Estimativa do custo unitário da matéria-prima ................................................ 34 
3.4.9. Estimativa do custo de comercialização ......................................................... 35 
3.4.10. Estimativas do custo de mão-de-obra ....................................................... 35 
3.4.11. Estimativas dos custos com depreciação ................................................. 36 
3.4.12. Estimativas dos custos fixo operacionais mensais ................................... 36 
5.5.10 Demonstrativo de resultados. ......................................................................... 37 
5.5.11 Indicador de Viabilidade ................................................................................. 38 
4. CALCULOS DAS CARGAS TÉRMICAS PRESENTES ....................................... 39 
5. SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DA CÂMARA FRIGORIFICA ....................... 48 
6. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 53 
7. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O controle da temperatura tem fundamental importância na vida humana, seja 
para o conforto térmico do ser humano quanto para se obter o melhor aproveitamento 
dos equipamentos. Com base nisso o ser humano vem desenvolvendo maneiras de 
amenizar os efeitos do calor. 
A primeira máquina refrigeradora foi construída em 1856, usando o princípio da 
compressão de vapor, pelo australiano James Harrison, que tinha sido contratado por 
uma fábrica de cerveja para produzir uma máquina que refrescasse aquele produto 
durante o seu processo de fabricação, e para a indústria de carne processada para 
exportação. As câmaras frigoríficas são compartimentos refrigerados, fechados, 
isolados termicamente, no interior dos quais são mantidas as condições termo 
higrométricas, isto é, de temperatura e de umidade, mais adequado para a 
conservação dos gêneros alimentícios. A manutenção das condições termo 
higrométricas requeridas é provida por uma unidade de refrigeração, eventualmente 
integrada por sistemas de aquecimento e umidificação. Cada câmara frigorífica deve 
ser projetada para um determinado fim, cuja carga térmica a ser retirada pelo 
equipamento frigorífico e o período de tempo necessário do processo são calculados 
criteriosamente. Algumas considerações precisam ser feitas para o dimensionamento 
da câmara de uma câmara frigorífica, o que vai ser armazenado, o tamanho da câmara 
e cálculo do calor a ser retirado entre outras. Para melhor compreensão dos efeitos 
do equilíbrio térmico entre os meios, serão discutidos os processos denominados por 
transferência de calor. 
Este trabalho visa como principal objetivo dimensionar uma câmara fria para 
armazenamento de carne suína, e a realização da especificação dos componentes do 
sistema de refrigeração necessário para a mesma além de desenvolver os cálculos e 
informações necessárias para uma construção de um abatedouro e açougue de 
pequeno porte. 
8 
 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A fundamentação teórica, ou revisão da literatura, é a parte do trabalho na qual 
o acadêmico apresenta informações teóricas sobre a área em estudo. Segundo 
Roesch (2005), a revisão da literatura permite que o aluno adéque o conhecimento 
teórico com a situação especifica a que ele se propôs a estudar. Assim a 
fundamentação teórica é a base para a solução do problema. E o pensamento do 
aluno é que faz a correspondência entre teoria e prática. 
2.1 Empreendedorismo 
Este item aborda conceitos de empreendedorismo e empreendedor, bem como 
as diferenças entre empreendedor e empresário. Menciona o contexto que resulta do 
empreendedorismo e o trabalho do empreendedor,o qual são empresas micro e 
pequenas predominantes no Brasil, de acordo com o SEBRAE. 
 O conceito de empreendedorismo ainda não possui uma definição concisa e 
internacionalmente aceita. Na visão de Hisrich e Peters (2006), empreendedorismo é 
um processo de criar algo novo, diferente e com valor, com dedicação de tempo e 
esforço, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais que corresponderem 
e receber as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal. 
 Chiavenato (2004, p.22) diz; A unidade de negócios, objeto do 
empreendedorismo é um esforço organizado por determinadas pessoas para produzir 
bens e serviços, a fim de vendê-los em um determinado mercado e alcançar 
recompensa financeira pelo seu esforço. 
 Logo, o empreendedorismo é uma ação positiva para realizar uma ideia 
inovadora, de forma a gerar riqueza, na criação de uma empresa ou no 
desenvolvimento de uma já existente, assumindo riscos e recompensas e possuindo 
algumas características. 
 Tendo em vista que o mundo vem passando por varias transformações em 
curtos períodos de tempo, principalmente no século XX, quando foi criado a maioria 
das invenções revolucionárias. Por trás dessas invenções, existem pessoas ou grupo 
de pessoas com características especiais, que são visionárias, que questionam, que 
arriscam, que empreendem. 
9 
 
 
Na tentativa de acompanharem as mudanças que estão ocorrendo atualmente 
impulsionadas pela globalização, pelos avanços tecnológicos e pela revolução das 
comunicações, que os empreendedores estão sendo incentivados a criarem seus 
próprios negócios. O Brasil é um dos países com maior número de empreendedores 
em todo o mundo. A cada ano, mais empresários decidem abrir seu próprio negócio. 
Mas, segundo estatísticas, a maioria não chega ao quinto ano de atuação. Atribuem-
se os fracassos ao próprio empreendedor, que geralmente não compreende o 
mercado em que atua e acaba fazendo escolhas erradas (DORNELAS, 2001). 
Este movimento que vem ocorrendo está tanto impulsionado tanto pelas 
necessidades devido ao desemprego tecnológico, provocado pela automação e 
robotização de processos empresariais, quanto pelas oportunidades que este novo 
ambiente vem se destacando. 
De acordo com Dornelas (2001), os empreendedores estão eliminando 
barreiras comerciais e culturais, encurtando distâncias, globalizando e renovando os 
conceitos econômicos, criando novas relações de trabalho e novos empregos, 
quebrando paradigmas e gerando riquezas para a sociedade. 
2.2 Engenharia Econômica 
A engenharia econômica tem como função explicar os objetivos propostos pela 
empresa e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, 
organização, direção, liderança e controle de todos os níveis organizacionais, a fim de 
obter os objetivos. 
Na percepção de Chiavenato (2001), a administração se refere à combinação 
e aplicação de recursos organizacionais para alcançar os objetivos e atingir um 
desempenho excepcional. A administração movimenta toda a empresa em busca de 
um propósito 
Daft (2005) destaca também que a administração é o alcance de metas 
organizacionais de maneira eficaz e eficiente por meio de planejamento, organização, 
liderança e controle dos recursos organizacionais. 
O papel da administração é assegurar a eficiência e eficácia das organizações. 
Maximiano (2007), explica que eficácia indica que a organização consegue realizar 
seus objetivos. Já a eficiência está relacionada à utilização produtiva dos recursos. 
10 
 
 
Atualmente a administração não tem apenas a função de realizar tarefas e 
operações, mas fazer com que elas sejam realizadas por um conjunto e de maneira 
satisfatória, trazendo assim resultados para a organização onde o indivíduo está 22 
inserido. 
 A contabilidade de custos é direcionada para a análise dos gastos realizados 
pelas entidades durante suas atividades operacionais, contribuindo na tomada de 
decisões, envolvendo as opções de produção, formação de preço e alternativas entre 
produção própria e terceirizada. Ela contribui na determinação do lucro, processando 
as informações contábeis, e possibilita, ainda, dados sobre a rentabilidade e 
desempenho de diversas atividades da entidade, auxiliando no planejamento e 
controle e no desenvolvimento das operações. 
Investimentos são os gastos realizados para a composição da estrutura necessária da 
atividade-fim do negócio, por exemplo, a aquisição de imóveis, veículos, máquinas e 
equipamentos, móveis e utensílios, compra do ponto ou franquia, bem como a aquisição de 
matéria-prima, mercadorias, peças etc., que inicialmente vão para os estoques pelo valor de 
custo de aquisição. Resumindo, relacionam-se aos bens destinados ao uso da empresa e ativados 
(fazem parte do ativo da entidade). 
Nesse momento, inicia-se uma complexidade tributária, pois o investimento em matéria-
prima, mercadorias e peças que compõem o estoque é avaliado pelo custo de aquisição, ou seja, 
o valor do investimento gasto menos os créditos tributários, se aplicáveis. 
Continuando essa análise, observa-se que treinamento, investimento em capital 
intelectual, marcas, patentes e outros, embora sejam investimentos, na maioria das vezes, são 
considerados pela contabilidade e pelos gestores como despesa. Tal concepção dificulta aos 
gestores quantificar os custos empresariais, pois estes serão utilizados para beneficiar períodos 
posteriores, uma vez que não serão necessariamente consumidos na ocasião. 
Consistem no recurso consumido para a obtenção de bens e serviços. Os custos 
apropriados serão alocados aos estoques de produtos, normalmente no AC – ativo circulante – 
(curto prazo). 
Os custos são representados pelo investimento em estoques e por todos os itens 
relacionados diretamente à elaboração de produtos (para empresas industriais), processo de 
aquisição, movimentação e estocagem de mercadorias (para empresas comerciais) e os 
relacionados diretamente à prestação de serviços ou de determinadas atividades. 
Os fretes sobre as compras, seguros, impostos não recuperáveis, armazenagens e outros 
também compõem o custo dos estoques. À medida que tais mercadorias, produtos e peças são 
11 
 
 
consumidos pelas vendas e serviços prestados, são diretamente considerados como custo do 
produto vendido, custo da mercadoria vendida ou custo do serviço vendido/prestado, gerando 
receitas e diminuindo, assim, a conta de estoques. 
Todo gasto realizado com tais peças, mercadorias e produtos, antes da efetiva venda, se 
incorpora ao custo dos estoques, sendo que somente terá impacto no resultado econômico da 
empresa (lucro ou prejuízo) após a venda do produto, de acordo com o regime de competência 
(CFC 750/93 e posteriores. Atualmente, 1.282/10). 
As empresas calculam o CPV – custo do produto vendido – e o CMV – custo da 
mercadoria vendida. Observa-se que é relevante, também, calcular o CSP – custo do serviço 
prestado, mas nem todas as empresas têm habitualidade de calcular, apesar de ser obrigatório 
pela legislação e pelas Normas Brasileiras de Contabilidade. 
Quando da realização da receita, seus respectivos custos serão baixados dos 
estoques (ativo circulante) e contabilizados em CMV, CPV ou CSP. Como já 
mencionado, somente quando os estoques são vendidos é que as receitas são 
consideradas e apurados os respectivos CMV, CPV ou CSP, influenciando, assim, a 
apuração do resultado do exercício. 
𝐶𝑀𝑉 = 𝐸𝐼 + 𝐶 + 𝐼𝐼 + 𝐹𝐶 + 𝑆 − 𝐷𝐶 − 𝐸𝐹 (1) 
 
Onde; CMV é custo de mercadoria vendida, C é compras, FC é o frete sobre 
as compras, EF é o estoque final, EI é o estoque inicial, II é o imposto sobre importação 
S é o seguro e por fim DC é a devolução de compras 
As despesas são gastos realizados para obter receitas. Entendem-se como recurso 
consumido fora do processo produtivo e/ou de elaboração de serviços para a obtenção de 
receita. As despesas operacionais podem se classificar em administrativas,comerciais (com vendas) e outras despesas gerais. Existem, também, as despesas 
financeiras. 
São considerados perdas os fatos imprevistos e decorrentes de fatores externos, 
anormais, como inundações e incêndios. Podem decorrer, também, de recurso consumido de 
forma involuntária por fatores internos de imperícia, acidentes ou equívocos na 
comercialização e/ou confecção de algum produto ou na realização de algum serviço. 
São custos que não variam conforme a produção ou a prestação de 
serviços. Custos fixos são aqueles cujo montante independe do volume de produção, dentro 
de determinado período, e que não variam, dentro de determinada capacidade produtiva. 
12 
 
 
Mantêm-se constantes, quer a empresa produza ou não, isto é, mantêm-se 
inalterados qualquer que seja o nível de atividade. Esses custos não se alteram dentro 
do mesmo intervalo de dimensão, mas, fora dele, já são possíveis alterações. 
Exemplos de custos fixos: custos com pessoal, impostos indiretos, aluguel, 
seguros, depreciação etc. 
2.3 Refrigeração e Ar Condicionado 
Por se tratar de um sistema de refrigeração dedicado à conservação e 
congelamento de carnes, a carga térmica total mínima necessária é representada pela 
seguinte equação, conforme encontrada na literatura: 
�̇�𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = �̇�𝑐â𝑚𝑎𝑟𝑎 + �̇�𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 + �̇�𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 + �̇�𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 + �̇�𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 
(2) 
 
Antes de apresentar as expressões matemáticas que representam cada termo, 
torna-se importante uma breve explanação acerca de cada um dos termos 
constituintes. 
Em relação à �̇�𝑐â𝑚𝑎𝑟𝑎 (W), sabe-se que este está relacionado a carga térmica 
referente ao calor trocado entre a parte interna e externa da câmara fria, através do 
fluxo de calor que tende a transpassar suas paredes. De acordo com o site da 
INDUSTRIAL CHILLER: 
O calor atravessa as paredes, o teto e o piso do ambiente 
refrigerado, ocasionando diferença entre a temperatura 
da câmara e o ar externo mais quente. A quantidade de 
calor depende da diferença de temperatura, do tipo do 
isolamento e da superfície externa das paredes 
 
Em se tratando do �̇�𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 (W), é sabido que este trata-se da carga térmica 
do produto, ou seja, a quantidade de calor a ser absorvido, de modo a conservar e 
congelar os alimentos distribuídos dentro da câmara, para isso algumas 
características intrínsecas de cada alimento são necessárias, tais como: temperatura 
de conservação, calor específico antes do congelamento, calor específico pós- 
congelamento, calor latente, temperatura de congelamento e a densidade de cada 
um. 
Já, �̇�𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 (W), trata-se da carga térmica oriunda da quantidade de vezes 
que o ar é trocado dentro da câmara, devido ao abrir da porta de acesso ou de 
13 
 
 
pequenas infiltrações de ar externo ocasionado por arestas nos pontos de vedação, 
entretanto este último, desde que, devidamente controlado, não impacta tanto quanto 
o primeiro. Em uma tentativa de explicar a respectiva carga, a INDUSTRIAL CHILLER, 
descreve-a da seguinte maneira: “cada vez que a porta da câmara frigorifica é aberta, 
o ar externo mais quente se infiltra na câmara e deve ser resfriado nas condições 
internas, aumentando por consequência a carga térmica total.” 
 Em relação à �̇�𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 (w), acredita-se que seja a carga oriunda do calor 
emitido através dos corpos dos indivíduos que transitam ou trabalham dentro 
da câmara. Tal carga depende diretamente da temperatura interna da câmara, do 
número de pessoas presentes no interior da mesma e o tempo de frequência delas 
dentro do recinto. Além de tais fatores, a INDUSTRIAL CHILLER alega que o tipo de 
movimentação (brusca ou leve) e a roupa dos camaristas também corroboram para o 
aumento de tal carga. 
Finalmente, �̇�𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 (W), refere-se a carga térmica proveniente do calor gerado 
pela iluminação artificial presente dentro da câmara, tal termo depende diretamente 
da potência de cada bulbo, além do tempo ao qual as mesmas permanecem acessas. 
 
2.4 Transferência de calor 
Existem três modos de transferência de calor: por condução, convecção e 
radiação. (BERGMAN; LAVINE, 2019, p.2). 
De acordo com Bergman e Lavine (2019, p.2) a transferência de calor por 
condução pode ser definida como “a transferência de energia das partículas mais 
energéticas para as menos energéticas de uma substância como consequência das 
interações entre partículas”. 
Já, no caso da transferência de calor por convecção “estamos especialmente 
interessados na transferência de calor (...) que ocorre com o contato entre um fluido 
em movimento e uma superfície, estando os dois a diferentes temperaturas”. 
(BERGMAN; LAVINE, 2019, p.4). 
E, por fim, a transferência de calor por radiação é a energia emitida através da 
radiação térmica da matéria que se encontra a uma temperatura diferente de zero. 
(BERGMAN; LAVINE, 2019, p.6). 
14 
 
 
 
3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 
Este capítulo tem como finalidade apresentar a elaboração do plano de 
negócios para o estudo da viabilidade de uma distribuidora de carne na cidade de 
Jacarezinho/PR. 
3.1 Caracterização da empresa 
A empresa iniciaria suas atividades em 2022 produzindo aproximadamente 
cerca de 2500 kg de carne suína mês o que supriria a demanda municipal. 
Para tal demanda, necessita de um estabelecimento com capacidade para 
comportar o processo representado pelo diagrama abaixo: 
 
 
 
Figura 1 – Diagrama do processo: Fonte: própria 
 
 
 
 
Com a exigência de qualidade por parte dos consumidores, e 
consequentemente de órgãos responsáveis, o abate de suínos hoje segue uma linha 
de produção rigorosa. Para atender estas normas o abate é humanitário, ou seja, é 
realizado por pistola pneumática. Além disso, as câmaras frigorificas e embalagens 
seguem as exigências da CIDAPR ( Companhia Integrada de Desenvolvimento 
Agrícola do Paraná ). 
A empresa possuirá uma área de 2000m², onde abaterá cerca de 500 suínos 
por mês considerando uma média de 100kg por animal. Os produtos fornecidos são 
todos os cortes suínos in natura. 
Para atender a essa demanda a empresa contará com 12 funcionários entre 
administrativo e produção. 
15 
 
 
A distribuição será feita em vários supermercados, açougues e restaurantes do 
município de Jacarezinho, porém a matéria prima será fornecida por criadores da 
região. 
Na região possui uma concentração de abatedouros e distribuidores de carne, 
porém o único que faz abate de suínos está localizado em Joaquim Távora que faz 
distribuição de peças inteiras, o que faz baratear o custo de produção. 
De acordo com Porter (1986), a rivalidade entre os concorrentes de uma 
indústria pode ser definida como a disputa por posição entre as empresas que já 
atuam em um mesmo mercado. Ela é caracterizada pelo uso de táticas como: 
concorrência de preços, batalha de publicidade, introdução e aumento dos serviços 
ou das garantias dos compradores. 
Devido a este grande concorrente no mercado se vê a necessidade de 
diversificar o tipo de distribuição sendo a mesma feita já com a carne em partes. 
3.1.1. Missão, visão e valores. 
O planejamento estratégico é uma forma de posicionamento da empresa diante 
do mercado. Ele serve de alicerce para implantar todas as ações da organização. É 
nesta seção do plano de negócios que são definidos os caminhos que a empresa 
seguirá, o posicionamento, objetivos do negócio, sua visão e missão. 
De acordo Drucker (2006), o planejamento estratégico é o processo continuo 
de, sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar 
decisões atuais que envolvam riscos, e, além disso, organizar sistematicamente as 
atividades necessárias à execução das decisões. 
A empresa ainda não possuía formalmente missão e visão. A missão deve 
apresentar o propósito da empresa e traçar um quadro atraente da mesma. A missão 
diz respeito ao relacionamento daempresa com seus clientes, fornecedores e 
funcionários. 
De acordo com Oliveira (2007) missão é a razão de ser da empresa. Neste 
ponto procura-se determinar qual o negócio da empresa, por que ela existe, ou ainda, 
em que tipos de atividades a empresa deverá concentrar-se no futuro. 
Chiavenato (2008) ressalta que missão é a razão de ser do próprio negócio, 
por que ele foi criado e para que ele exista em síntese a missão da empresa define os 
16 
 
 
produtos/serviços, os mercados e a tecnologia, refletindo os valores e as prioridades 
do negócio. 
Desta forma o Abatedouro terá como missão: 
 
“Produzir e comercializar carnes suínas in natura e a vácuo, satisfazendo 
as necessidades dos clientes e prezando pela qualidade dos produtos, 
atendendo as legislações ambientais exigidas”. 
 
Entretanto, a visão é a imagem que o empreendedor tem em relação ao futuro 
de seu negócio. Ela consiste em visualizar qual a imagem que se tem da empresa 
quando se chegar lá. Sendo assim, ela permite desdobrar os objetivos a serem 
alcançados. 
A visão de uma empresa de acordo com Biaggio e Batocchio (2005) deve refletir 
as aspirações e as crenças da organização, ela espelha a relação organização-
sociedade. E é de fundamental importância que seja elaborada pelos níveis mais altos 
da empresa. 
Para Hitt, Ireland e Hoskisson (2008), a visão é um retrato do que a empresa 
pretende ser e, em termos amplos, o que pretende realizar. Visão é pensar no “quadro 
geral” com uma paixão que ajuda as pessoas a sentirem o que devem fazer 
Como visão então estabelece-se que: 
 
“Ser reconhecida no setor de agronegócio como referência de qualidade 
de produtos e atendimento”. 
 
Já os valores da empresa devem ter forte interação com as questões éticas e 
morais da empresa. Se forem verdadeiros, servem como sustentação da vantagem 
competitiva da empresa. 
Conforme sustenta Oliveira (2007), valores representam o conjunto dos 
princípios e crenças fundamentais de uma empresa, bem como fornecem sustentação 
para todas as suas principais decisões. 
 Desta forma define-se como valores para a empresa: 
• Honestidade; 
• Excelência 
17 
 
 
• Ética 
• Comprometimento 
• Respeito ao meio ambiente 
3.2 Resultado da pesquisa 
A pesquisa foi realizada na cidade de Jacarezinho/PR, durante a primeira 
metade do mês de outubro de 2020, considerando uma população com amostra de 
50 pessoas responsáveis por estabelecimentos alvo e 100 consumidores finais. O 
questionário foi aplicado de forma direta para futuros consumidores e público alvo do 
frigorifico. 
Na aplicação dos questionários, percebeu-se que uma porcentagem deles 
foram respondidos com pouco interesse por parte dos informantes, entretanto isso 
não compromete o desenvolvimento do trabalho. 
A apresentação dos resultados ocorre da seguinte forma: perfil do consumidor, 
hábitos de compra e satisfação com o serviço do frigorifico e casa de carnes. 
3.2.1. Perfil do consumidor 
Neste item procura-se identificar o perfil do consumidor do frigorífico no Grafico 
1 podemos visualizar a divisão do público alvo; 
 
Gráfico 1 – Público alvo: Fonte: própria 
 
 
 
Pode-se observar que a amostra apresenta um total de 20 Supermercados. 25 
Restaurantes e 5 açougues. 
Supermercados Restaurantes Açougue
18 
 
 
3.2.2. Hábitos de compra 
Nesta etapa será abordado os hábitos de compra referente aos consumidores 
finais, na qual foi subdividida em tipos de carnes consumidas, preferencias na hora da 
compra e valores gastos. 
No Gráfico 2 está ilustrado a preferência dos informantes quanto ao tipo de 
carne: 
Gráfico 2 – Tipos de carne consumida: Fonte: própria 
 
 
O Gráfico acima demonstra o consumo dos pesquisados em relação aos tipos 
de carnes mais consumidas. Observa-se que a maioria das pessoas consomem carne 
suína, o que é extremamente importante no planejamento, pois a empresa será focada 
na venda de grande parte dos cortes suínos. Depois temos carne bovina e aves, 
praticamente igual. Já a compra de embutidos e de carnes especiais ( ovelha, búfalo, 
coelho, javali entre outras ), representam um percentual baixo de compra 
No próximo Gráfico apresenta-se a preferência das pessoas em comprar estas 
carnes, se são: in natura, embaladas á vácuo ou congeladas. 
19 
 
 
Gráfico 3 – Preferência dos consumidores em relação ao estado da carne: Fonte: própria 
 
 
O Gráfico 3, como foi descrito acima, demonstra-se a preferência das pessoas 
em relação ao estado da carne na hora da compra. A análise permite observar que 
grande parte das pessoas prefere comprar a carne in natura, ou seja, somente 
resfriada. Já uma parte menor, representada por 25% dos pesquisados, prefere 
comprar carnes embaladas a vácuo, e apenas 18% adquirem carnes congeladas 
 Os entrevistados afirmam gastar entorno de 200,00 reais em média mensal 
para o consumo de carne. 
3.2.3. Satisfação dos clientes: 
Nesta fase do questionário foram feitas perguntas relacionadas ao 
estabelecimento existentes na cidade de Jacarezinho. 
Ao avaliar os fatores ligados a carne, os pesquisados deveriam dar notas de 1 
(péssimo) a 5 (ótimo). No Gráfico 4, demonstram-se a notas referentes aos produtos 
consumidos na cidade. 
Gráfico 4 – Notas referentes aos produtos da cidade: Fonte: própria 
 
 
20 
 
 
Analisando o gráfico temos as notas representadas, e é possível analisar que 
as pessoas estão satisfeitas com os produtos apesar do fator preço ter recebido nota 
baixa. Entretanto o preço é colocado de acordo com o mercado e os concorrentes. 
Em economia, Lei da Oferta e Procura é um modelo de determinação de preços 
num mercado. Num mercado em concorrência perfeita, os agentes 
econômicos tomam decisões que variam o preço até que este seja tal que a 
quantidade procurada seja igual à quantidade oferecida, resultando daí um equilíbrio 
econômico em que não há incentivos para a alteração de quantidades ou preços. 
Nos períodos em que a oferta de um bem ou serviço excede a procura 
(ou demanda), seu preço tende a cair. Já em períodos nos quais a procura 
(ou demanda) passa a superar a oferta, a tendência é o aumento do preço. Ou seja, 
se a oferta é maior que a procura, os preços diminuem; se a procura é maior que a 
oferta, os preços aumentam. 
A estabilização da relação entre a oferta e a procura leva, em primeira análise, 
a uma estabilização do preço. Uma possível concorrência, por exemplo, pode 
desequilibrar essas relações, provocando alterações de preço. A Lei da Oferta e da 
Procura busca estabilizar a oferta e procura de um determinado bem ou serviço. Oferta 
é a quantidade do produto disponível em mercado, enquanto procura é o interesse 
existente em relação ao mesmo. A oferta depende do preço, da quantidade, da 
tecnologia utilizada na fabricação entre outras coisas relacionadas aos produtos e 
serviços. A procura é influenciada pela preferência do consumidor final, a 
compatibilidade entre preço e qualidade e a facilidade de compra do produto. Ao 
contrário do que pode parecer a princípio, o comportamento da sociedade não é 
influenciado apenas pelos preços. O preço de um produto pode ser um estímulo 
positivo ou negativo para que os consumidores adquiram os serviços que necessitam, 
mas não é o único. 
• Existem outros elementos a serem considerados nesta equação, entre 
eles: 
• Os desejos e necessidades das pessoas; 
• O poder de compra 
• A disponibilidade dos produtos 
• Existência de produtos complementares 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Concorr%C3%AAncia_perfeita
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agente_econ%C3%B3mico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agente_econ%C3%B3mico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Demanda
https://pt.wikipedia.org/wiki/Demanda
https://pt.wikipedia.org/wiki/Concorr%C3%AAncia_(economia)
21 
 
 
• A capacidade da empresa de produzirem determinadas mercadorias 
com o nível tecnológico desejado 
Da mesma formaque a oferta exerce uma influência sobre a procura 
dos consumidores, a frequência com que as pessoas buscam determinados produtos 
também pode aumentar e diminuir os preços dos bens e serviços. 
Já no Gráfico 5 apresenta os fatores relacionados ao estabelecimento. 
 
Gráfico 5 – Notas referente aos fatores ligados ao estabelecimento: Fonte: própria 
 
 
No Gráfico 5, apresenta as notas colocadas para os fatores dos 
estabelecimentos de venda de carne. Por meio desta nota, apesar de estarem entre 
4 e 5, podemos mapear a necessidade de melhorar a apresentação do açougueiro, 
entretanto os fatores atendimento e estacionamento obtiveram a maior porcentagem 
de nota 5 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Consumidor
22 
 
 
Após analisar os fatores relacionados ao estabelecimento já existente, foi perguntado 
sobre o que as pessoas pesquisadas pensavam sobre a abertura de uma casa de 
carnes na cidade. E no Gráfico 6 a seguir, está sendo representada esta preferência. 
 
Gráfico 6 – Preferência dos consumidores em relação a cada de carne: Fonte: própria 
 
 
 
Podemos ver uma preferência pela abertura de uma casa de carne em 
Jacarezinho/PR na qual podemos observar que os resultados são favoráveis para o 
nosso plano, pois 79% das pessoas apontaram ser muito bom. Quanto as outras 
perguntas realizadas em relação à abertura de uma casa de carnes na cidade todos 
os informantes responderam que comprariam na empresa, e consequentemente 
indicariam para outras pessoas. 
Como existe um grande interesse dos entrevistados em uma casa de carne 
para distribuição em varejo. 
 
Figura 2 – Novo fluxograma: Fonte: própria 
 
 
 
23 
 
 
3.3 Plano Operacional 
A elaboração de um plano operacional para as diversas tarefas a serem 
realizadas ao longo de seu funcionamento, é essencial, pois a estrutura interna 
estando bem definida e organizada será um diferencial para oferecer bons produtos e 
serviços. 
3.3.1. Processo de abatimento 
3.3.1.1. Chegada do animal no abatedouro 
Os animais chegaram em caminhões para serem transportados até o 
abatedouro de suínos e através de rampas vão para pocilgas de recepção. Há então 
um processo de inspeção dos animais, que devem estar separados por lote de acordo 
com a procedência, mas ainda permanecem nas pocilgas em repouso e jejum por 
cerca de 16 a 24 horas. 
A intenção é recuperar estes animais do estresse do transporte, diminuindo o 
conteúdo do estômago e intestino. Os suínos passam por este período de descanso 
que acontece antes do abate melhorando ainda a qualidade da carne, devido aos 
níveis de substâncias presentes no sangue. Antes do abate, o jejum é de 8 horas. 
Para uma pré-lavagem do couro dos suínos pode-se salpicar um pouco de água 
sobre os animais, o que auxilia no processo antiestresse também. Desta forma, os 
animais separados na inspeção sanitária são separados entre sadios ou não. 
Depois de entregá-los aos caminhões, estes são limpos para que haja a 
higienização com retirada de urina, fezes e outras secreções. As pocilgas também 
devem estar rigorosamente limpas, removendo todo o esterco e sendo lavadas 
posteriormente com produtos específicos. 
O abatedouro de suínos requer muitas precauções e uma série de etapas para 
desenvolvimento de um trabalho satisfatório e o empreendedor que busca montar um 
negócio como este deve ficar de olho nestes detalhes, que na verdade fazem bastante 
diferença na prática. 
 
24 
 
 
3.3.1.2. Processo de Insensibilização. 
Antes da insensibilização no abatedouro de suínos, deve-se conduzir os 
animais para uma lavagem com jatos d’água com cloro de cima pra baixo ou de baixo 
para cima com água com 1 atm de pressão em média de 3 minutos. 
Após isso, o ideal é promover a inconsciência dos suínos antes do abate, e isso 
é geralmente feito no Brasil através de choque elétrico de alta voltagem e baixa 
amperagem. Este processo é feito atrás das orelhas do animal, nas fossas temporais, 
realizado por marreta, gás carbônico ou pistola pneumática, denominando-se 
insensibilização. Logo utilizaremos o processo de pistola pneumática por ser o 
processo mais humanizado. 
Depois o animal é preso por umas das per a um transportador aéreo que 
consiste de um gancho e roldanas vinculados a trilhos. 
3.3.1.3. Processo de sangria 
O processo que necessita de maior rapidez e precisão. Após a 
insensibilização, o processo deve acontecer em, no máximo, 30 segundos, 
seccionando os grandes vasos ou por punção direta no coração com retirada do 
sangue para reaproveitamento. 
Os animais ficam presos em um trilho aéreo para a drenagem do sangue e, em 
média, o volume total obtido com a técnica é de cerca de 3 litros. Parte desse sangue 
será direcionado para a indústria farmacêutica utilizar na fabricação de seus produtos 
e a outra parte para o uso em rações de animais. 
Depois da sangria, há um banho de aspersão novamente e, em seguida, os 
porcos são enviados para as próximas etapas. 
 
3.3.1.4. Processo de escaldagem e depilação 
A escaldagem é feita em tanques metálicos com água sendo renovada 
constantemente, facilitando a remoção posterior dos pelos, unhas e cascos para a 
retirada da parte suja do couro dos animais 
25 
 
 
Isso é feito com os suínos saindo do trilho e sendo imersos em água quente a 
mais ou menos 65ºC. A passagem por este processo de escaldagem dura de 2 a 5 
minutos, dando entrada agora no processo de depilação. 
A depilação é a remoção dos pelos, inicialmente em máquinas específicas para 
isso. Este equipamento possui cilindros e sua rotação provoca certo impacto das pás 
com o couro dos suínos, fazendo a remoção dos pelos por atrito. 
Depois disso, manualmente e com o auxílio de facas, faz-se a depilação manual 
para a retirada daqueles pelos que não saíram a partir da máquina. Aproveita-se e 
retiram-se os cascos e unhas dos suínos também com a faca e, posteriormente, deve 
ser feito o chamuscamento da carcaça, com o auxílio do bico de gás 
 
3.3.1.5. Processo de Evisceração 
A carcaça é aberta desde o pescoço até a região inguinal. É chamado de 
evisceração e a abertura deve acontecer com auxílio da faca. O objetivo é retirar as 
vísceras (órgãos) dos suínos. 
Um cuidado muito importante deve ser tomado nesta hora: deve-se amarrar o 
ânus e a bexiga dos suínos para que não haja contaminação da carcaça. Então, as 
vísceras serão retiradas manualmente, lavadas e estocadas em câmaras frigoríficas. 
Para o osso do peito, a abertura deve ser feita com serra para a remoção do 
coração, fígado e pulmões. Pode haver ou não a retirada das cabeças e as vísceras 
devem ser colocadas em bandejas da mesa de evisceração para separação, inspeção 
e encaminhamento para o processamento, de acordo com a inspeção realizada. 
Os intestinos geram a produção de tripas, normalmente salgadas, e serão 
utilizadas para a fabricação de embutidos e também como aplicações médicas. 
 
3.3.1.6. Processo de corte, toalete, pesagem e refrigeração 
 
A maneira ideal de serragem da carcaça é a forma longitudinal, após a retirada 
da cabeça. É serrada ao meio pela coluna vertebral para remover a medula. 
26 
 
 
O cérebro dos animais e as carcaças são limpas com facas e encaminhadas 
para refrigeração com temperaturas ideais para que sejam conservadas no 
abatedouro. 
Por tanto, os animais chegaram para abate, seguirão após para a divisão em 
quartos e resfriamentos, em seguida seguirão para o corte e desossa, e depois 
devidamente rotuladas conforme instruções da CIDAPR, e os cortes que serão 
vendidos à vácuo serão embalados. Após este processo retornarão para a câmara de 
resfriamento ou serão expostas no balcão de venda 
O cliente também terá a opção de pedir para cortar ou embalar na hora do seu 
atendimento. Todos os processos podem ser visualizados no fluxograma abaixo: 
 
Figura 3 – Fluxograma dos processo da casa de carne: Fonte: própria 
 
 
 
Para realizar o processo de abate, limpezae corte à uma estimativa de um 
açougueiro experiente com e um auxiliar para cada 20 animais a serem abatidos. 
Considerando que serão 500 animais mensais e que serão trabalhados 24 dias do 
mês logo dois açougueiros com experiencia e dois auxiliares serão suficientes para 
suprir o abatedouro e o açougue. 
 
 
 
 
27 
 
 
3.3.1.7. Layout da Casa de Carne 
Abaixo a Figura 4 representa o layout da casa de carne. 
 
Figura 4 – Layout da casa de carne: Fonte: própria 
 
 
 
Conforme o Layout a casa de carne está instalada em um terreno, na qual 
360m² são construídos. 
Para atender as necessidades da empresa, há uma câmara fria; uma sala para 
depósito de materiais; uma sala para cortes, desossa e embalagem; além de um 
escritório, refeitório e banheiro. Toda a área frontal será destinada ao atendimento dos 
consumidores, neste espaço serão colocados balcões resfriados e gôndolas com 
produtos relacionados à carne. 
3.4 Plano de marketing 
O ponto inicial para elaboração de um plano de marketing segundo Kotler e 
Armstrong (1999), é a definição da missão, visão e valores da empresa. 
A missão determina a razão da existência e a função da empresa na sociedade. 
A partir da missão define-se o que a empresa faz; onde ela pretende ir. 
28 
 
 
 Desta forma, definiu-se a seguinte missão para a casa de carne: 
 
“Oferecer carnes de alta qualidade, variedade e atendimento diferenciado, 
satisfazendo as necessidades dos clientes e prezando pelo seu bem estar”. 
 
 Já, a visão apresenta quais são as expectativas e os desejos futuros dos sócios 
com relação ao que a empresa pretende ser no futuro. Sendo assim a visão da casa 
de carne é a seguinte: 
 
“Superar as expectativas dos nossos clientes, inovando e oferecendo o melhor 
produto, tornando–se assim referencial no mercado, pelos produtos e serviços de 
qualidade”. 
 
Os valores de uma organização são o conjunto de crenças dominantes nas 
quais seus sócios e administradores acreditam e baseando-se nisso, eles definem 
suas prioridades como, por exemplo, atender as necessidades dos clientes, buscar 
aprimoramento constante dos processos de gestão, a fim de garantir a excelência nos 
serviços oferecidos, promover o desenvolvimento dos funcionários e realizar 
atividades que respeitem a comunidade. 
• Trabalhar com profissionalismo, tendo envolvimento e comprometimento 
com a empresa; 
• Tratar nossa equipe de trabalho com respeito, ética e bom senso; 
• Nosso relacionamento com clientes e colaboradores deve ser 
transparente e baseado na responsabilidade e confiança entre as partes. 
• Nossa conduta deve refletir os mais altos padrões de qualidade; 
 
Após definir-se a missão, visão e valores da empresa, a próxima etapa 
recomendada por Kotler e Armstrong (1999), é apresentar sobre os produtos, preços, 
fornecedores e clientes. 
 
 
 
 
29 
 
 
 
3.4.1. Composto de produto. 
Serão oferecidos inicialmente alguns cortes suínos, em sequência a alguns 
meses de funcionamento serão disponibilizados cortes especiais. 
 
Figura 5 – Cortes suinos: Fonte: site Alegra Foods 
 
 
 
Dos cortes suínos apresentados na Figura 5, poderá ser inicialmente 
encontrado na casa de carnes os seguintes cortes: carré, lombo, costela e pernil. 
Estarão disponíveis inicialmente estes cortes, devido a preferência identificada na 
pesquisa de mercado. 
Futuramente também será disposto de cortes premium. 
3.4.2. Composto de preço. 
O preço dos produtos é elaborado por meio de uma análise dos custos 
envolvidos na produção dos produtos, a empresa deve realizar um levantamento dos 
custos de materiais, custo de mão-de-obra, impostos, preços praticados pela 
concorrência e outros custos que possam influenciar na composição de preços dos 
produtos ao final deste levantamento é que o lucro pretendido é agregado, de acordo 
30 
 
 
com o corte, a empresa opta pelos descontos quando o cliente deseja adquiri uma 
quantidade maior de produto. 
Hoje quilo suíno vivo pronto para o abate é no Paraná está R$ 7,61, o 
rendimento da carcaça é de 70% do peso do animal e o custo operacional de um 
frigorifico com açougue em anexo está em torno de R$ 1,00 o quilo abatido, levando 
em consideração a volatilidade do preço da carne devido a estação do ano, onde, 
quanto mais frio a tendência pela busca de miúdos aumenta e no calor carnes com 
intuito de churrasco são mais vendidas. 
Adicionado os custos operacionais, temos a seguinte tabela de preço: 
 
Tabela 1 – Preço dos produtos oferecidos; fonte própria: 
Cortes Suínos 
Quarto (varejo) R$ 9,00 
Carré R$ 22,40 
Lombo (fatiado) R$ 29,96 
Costela R$ 27,20 
Pernil (com osso) R$ 18,19 
 
3.4.3. Composto promocional. 
O meio utilizado para que os clientes tomem conhecimento dos serviços da 
empresa, inicialmente ocorrerá por meio de folders, cartões, outdoor e placas. 
Também serão feitas promoções com descontos e sorteios para compras acima de 
um valor determinado. Além de aproveitar datas comemorativas para promover o 
negócio. será feito um site para a empresa. 
3.5 Plano financeiro 
O plano financeiro para a casa de carnes foi feito com base no software do 
PNBOX e inclui as seguintes análises: estimativa de investimentos fixos e pré-
operacionais, capital de giro, estimativa de faturamento mensal da empresa, do custo 
unitário da matéria-prima, de custos de comercialização, custo de mão-de-obra, 
custos com depreciação e custos fixos operacionais e o demonstrativo de resultados, 
desta forma os resultados são apresentados a seguir. 
31 
 
 
3.4.4. Estimativa de investimento fixos 
Nesta etapa será documentado o patrimônio que a empresa irá investir, bem 
como, a descrição dos produtos, a quantidade necessária, além dos valores unitários 
e totais. 
Na tabela a seguir estão representados todos os investimentos necessários 
para compor inicialmente a estrutura da empresa: 
 
Tabela 2 – Estimativas de investimento fixos; fonte Software PNBOX. 
Descrição do Produto Qtde Valor Unitário Total 
Imóvel 
Estrutura com 1 câmara fria 1 220.000,00 220.000,00 
Total 220.000,00 
Maquinas e equipamentos 
Amaciador de carnes poli inox 1 1.430,00 1.430,00 
Picador CAF 22 STB 1 1.850,00 1.850,00 
Picador de carne 1 1.000,00 1.000,00 
Serra fita HD 282 2 4.030,00 8.060,00 
Expositor açougue tendal pop luxo 1 4.380,00 4.380,00 
F200 Flash IIf- Embaladora a vácuo 1 7.300,00 7.300,00 
Ilha de congelados fechada pop 1 5.430,00 5.430,00 
Balança 2124 Inox 250 kg 1 1.650,00 1.650,00 
Balança Prix 4 Plus Cabo 1 1.950,00 1.950,00 
Total 33.050,00 
Móveis e Utensílios 
Mesas 4 800,00 3200,00 
Facas para desossa 8 20,00 160,00 
Outros Utensílios 1 1.000,00 1.000,00 
Total 4.360,00 
Computadores 
32 
 
 
Computador com impressora 1 1.399,00 1.399,00 
Total 1.399,00 
Total de Investimentos fixos 258809,00 
 
 
 
A Tabela 2 apresenta todas as maquinas, equipamentos, utensílios, 
computadores e veículos necessários para inicialmente chegando a um total de; 
3.4.5. Investimento pré-operacional 
Nos investimentos operacionais são descritos todos os gastos realizados antes 
que a empresa abra as portas e comece a faturar. Podem ser considerados 
investimentos pré-operacionais despesas com reforma do imóvel e as taxas de 
registos da empresa 
 
Tabela 3 – Investimento operacional; fonte Software PNBOX: 
Descrição Valor 
Despesas de legalização R$ 5.000,00 
Divulgação R$ 10.000,00 
Cursos e treinamentos R$ 5.000,00 
Outras despesas R$ 10.000,00 
Reforma do imóvel R$ 900.000,00 
Total de Investimentos Pré-Operacionais R$ 930.000,00 
 
 
A Tabela 3, como observado apresenta todos os custos pré-operacionais 
descritos, para isso foi realizado apenas uma estimativa dos valores que serão gastos 
antes da abertura da empresa, totalizando assim R$ 930.000,00. 
3.4.6. Capital de giro 
O capital de giro é o ativo circulante que sustenta a operação do dia-a-dia da 
empresa e representa a parcelade investimento que circula de uma forma à outra, 
33 
 
 
durante a condução normal dos negócios. Conforme informações adicionadas ao 
software, é apresentada a seguinte tabela: 
 
Tabela 4 – Capital de giro; fonte Software PNBOX: 
 Descrição R$ 
1. Custo fixo mensal 9.711,14 
2. Custo variável mensal 96.206,15 
3. Custo total da empresa 106.917,29 
4. Custo total diario 3.530,58 
5. Necessidade liquida de capital de giro em dias 7 dias 
Caixa Minimo 24.714,03 
 
 
Como a empresa inicialmente necessitará apenas de ativo circulante para a 
compra de carnes, ficou estipulado um capital de giro de R$ 24.714,03. 
3.4.7. Estimativa de faturamento 
Na estimativa de faturamento mensal são aferidos os valores de 
comercialização dos produtos oferecidos, para isto é necessário a uma estimativa de 
quantidade vendida e o preço a ser praticado. 
 
Tabela 5 – Estimativa de faturamento; fonte Software PNBOX: 
Produto Qtde.(kg) Valor Unit. Faturamento total 
Carne suína 
Quarto (varejo) 40000 R$ 9,00 R$ 360.000,00 
Carré 2000 R$ 22,40 R$ 44.800,00 
Lombo (fatiado) 2000 R$ 29,96 R$ 59.920,00 
Pernil (com osso) 8000 R$ 18,19 R$ 145.520,00 
Costela 8000 R$ 27,20 R$ 217.600,00 
Total R$ 827.840,00 
 
 
34 
 
 
Como é possível perceber na tabela 5, estão especificados os produtos 
oferecidos com suas respectivas estimativas de venda para o primeiro mês de atuação 
da empresa, cegando a um total de R$ 30.096,50 para o próximo mês foi feita uma 
projeção de 2% de crescimento ao mês 
 
Tabela 6 – Estimativa de faturamento; fonte própria: 
Mês 1 R$ 827.840,00 
Mês 2 R$ 844.396,80 
Mês 3 R$ 861.284,74 
Mês 4 R$ 878.510,43 
Mês 5 R$ 896.080,64 
Mês 6 R$ 914.002,25 
Mês 7 R$ 932.282,30 
Mês 8 R$ 950.927,94 
Mês 9 R$ 969.946,50 
Mês 10 R$ 989.345,43 
Mês 11 R$ 1.009.132,34 
Mês 12 R$ 1.029.314,99 
Ano 1 R$ 11.103.064,36 
 
 
 
A Tabela 6 apresenta a projeção para o primeiro ano de atuação da casa de 
carnes, na qual foi estimada uma taxa orgânica de crescimento de 2% ao mês, 
chegando ao final do primeiro ano com um faturamento total de R$ 11.103.064,36. 
3.4.8. Estimativa do custo unitário da matéria-prima 
Nesta fase todos os custos com matéria-prima são estimados. Sendo o custo 
de R$ 7,61 o quilo, com a projeção de 2500 quilos diários teremos um custo diário de 
R$ 19,025 e uma despesa mensal com matéria prima de R$ 456.600,00 
Observa-se a estimativa mensal de R$ 456.600,00 considerando o crescimento 
orgânico de 2% mensal, teremos no final do primeiro período um custo de matéria 
prima de R$ 6.123.960,17 
35 
 
 
3.4.9. Estimativa do custo de comercialização 
Esta etapa se refere aos gastos com impostos. Esse tipo de despesa incide 
diretamente sobre as vendas para calcula-los, é aplicado sobre o tatol das vendas 
prevista o percentual dos impostos a serem pagos. 
 
Tabela 7 – Estimativa de custos de comercialização; fonte Software PNBOX: 
 
Descrição 
 
% 
Faturamento 
estimado 
 
Custo Total 
SIMPLES (Imposto 
Federal) 
8,5 R$ 827.840,00 R$ 11.731,15 
Total R$ 70.366,40 
 
 
Na Tabela 7 está previsto o valor com impostos. A empresa se enquadra no 
regime do SIMPLES, pois sua receita ficou dentro da faixa de receita bruta anual, 
instituída pelo governo. Para a receita estimada é estabelecido a alíquota de 8,5% ao 
mês, sendo assim o valor mensal a ser pago de impostos é de R$ 70.366,40. 
 
3.4.10. Estimativas do custo de mão-de-obra 
Na previsão de custos com mão-de-obra é descrito quantas pessoas serão 
contratadas para realizar as diversas atividades do negócio. Além dos salários 
estabelecidos, é considerado o custo com encargos sociais (FGTS, férias, 13º salário, 
INSS, horas-extras e aviso prévio, entre outros), assim, sobre o total de salários, você 
é aplicado um percentual relativo aos encargos sociais. 
 
Tabela 8 – Estimativa de custos de mão-de-obra; fonte Software PNBOX: 
 
Função 
 
Qtde 
Salário 
Mensalista 
 
Sub 
total 
(%) 
Encargos 
sociais 
Total de 
Encargos 
Sociais 
 
Total 
Açougueio 2 R$ 1.500,00 R$ 
3.000,00 
19,2 R$ 576,00 R$ 3.576,00 
Auxiliar de 
açougueiro 
1 R$ 1.100,00 R$ 
1.100,00 
19,2 R$ 211,20 R$ 1.311,20 
Total R$ 4.887,20 
 
 
36 
 
 
 
Ao observar a Tabela 8, é possível visualizar a quantidade inicial de necessária 
de funcionários, bem como o custo mensal total que é de R$ 4887,20. 
3.4.11. Estimativas dos custos com depreciação 
Depreciação é a perda do valor dos bens pelo uso, ou seja, a empresa tem um 
determinado número de equipamentos que com o tempo vão se desgastando e/ou 
tornando-se ultrapassados pelos anos, havendo necessidade de reposição. Sendo 
assim nesta fase são previstos os custos com depreciação. 
 
Tabela 9 – Estimativa de custos com depreciação; fonte Software PNBOX: 
Ativos Fixos Valor do bem Vida 
Útil 
Depreciação 
Anual 
Depreciação 
Mensal 
Imóvel R$ 220.000,00 25 R$ 8.805,00 R$ 733,33 
Máquinas R$ 33.050,00 10 R$ 3.305,00 R$ 275,42 
Móveis e Utensílios R$ 4.360,00 10 R$ 436,00 R$ 36,33 
Computadores R$ 1.399,00 3 R$ 466,33 R$ 38,86 
Total R$ 13.007,33 R$ 1.083,94 
 
 
A Tabela 9 descreve os ativos fixos da empresa, assim como seus valores e 
vida útil. A vida útil informada de cada bem é estabelecida pela Receita Federal. Desta 
forma, após se calcular a depreciação anual e mensal, obteve-se os valores de R$ 
13.007,33 e R$ 1.083,94, respectivamente. 
3.4.12. Estimativas dos custos fixo operacionais mensais 
Os custos fixos operacionais são aqueles que a empresa terá para funcionar, 
ou seja, custos que não dependem do quanto ela irá vender. Nesta estimativa são 
descritos custos com, IPTU, energia elétrica, telefone, honorários, pró-labore entre 
outros. Na tabela a seguir segue a descrição dos custos com seus respectivos valores: 
 
 
 
37 
 
 
Tabela 10 – Estimativa de custos fixo operacionais mensais; fonte Software PNBOX: 
Descrição Valor 
IPTU R$1000,00 
Energia Elétrica R$10.500,00 
Telefone/internet R$300,00 
Honorários do contador R$1.500,00 
Pró-Labore R$1.000,00 
Salários/encargos R$ 50.000,00 
Material de Limpeza R$1.000,00 
Material de escritório R$300,00 
Depreciação R$ 1.083,94 
Total R$ 66.683,94 
 
 
Observam-se na Tabela 10 todos os custos fixos operacionais mensais 
previstos. Após todos os cálculos obteve-se um total estimado de R$ 66.683,94 
mensalmente. 
5.5.10 Demonstrativo de resultados. 
Com base nas estimativas de faturamento e de custos, fixo e variáveis, agora 
é calculado o resultado real da empresa, ou seja, se ela obteve lucro ou prejuízo em 
determinado período, para isso avalia-se a diferença entre o faturamento e o total de 
custos que a empresa teve nesse período (Equação 1). 
 
Tabela 11 – Estimativa de custos fixo operacionais mensais; fonte Software PNBOX: 
Descrição (R$) (%) 
 
1. Receita Total com Vendas 
 
R$ 827.840,00 
 
100% 
 
2. Custos Variáveis Totais 
 
 
2.1. (-)CMV 
 
R$ 603.909,30 
 
72,95% 
 
2.2. (-) Impostos sobre vendas 
 
R$ 70.366,40 
 
8,5% 
 
Total dos Custos Variáveis 
 
R$ 674.275,70 
 
81,45% 
 
3. Margem de Contribuição 
 
R$ 153.564,30 
 
18,55% 
 
4. (-) Custos Fixos Totais 
 
R$ 66.683,94 
 
8,05% 
 
Resultado operacional: LUCRO 
 
R$ 86.880,36 
 
10,49% 
 
 
38 
 
 
5.5.11 Indicador de Viabilidade 
Após calcular a receita e todos os custos fixos e variáveis, obteve-se um 
resultado operacional, podendo-se calcular alguns indicadores de viabilidade, 
apresentados a seguir: 
 
Tabela 12 – Indicador de viabilidade; fonte Própria: 
 
 
Conforme visto na Tabela 12, o ponto de equilíbrio da empresa ocorrera no seu 
décimo mês de operação. Com um lucro mensal de aproximadamente 10,49% em 
cima do faturamento, vemos que apesar de necessitar de um investimento alto e os 
custos de matéria prima também serem elevados, porém isso faz parte do setor aonde 
a empresa se encontra inserida, na qual os preços não possuem muita diferença entre 
os concorrentes.Outro indicado indispensável para o nosso plano de negócio é o tempo em que 
se vai ter o retorno de todo o investimento feito inicialmente tendo em vista que este 
saíra do próprio bolso, e que apesar de alto não sofrerá com os juros dos bancos e 
após feitos os cálculos podemos concluir que é possível obter lucros já consideráveis 
em um curto prazo de aproximadamente um ano de operação. Nesse período dos dez 
meses, eu como investidor não terei um pagamento, o mesmo iniciará a partir do 
décimo mês e será 20% do lucro mensal, sendo os outros 80% utilizados como 
reserva de emergência, para manutenções corretivas e futuros investimentos. 
 
 
 
39 
 
 
 
4. CALCULOS DAS CARGAS TÉRMICAS PRESENTES 
Após, explanado o plano de negócio e como a empresa será administrada no 
próximo ano. agora será calculado as cargas térmicas presentes para podermos 
dimensionar corretamente a nossa câmara térmica. 
Embora, o primeiro termo da equação 2 fosse referente a carga térmica 
dissipada pelas paredes, optou-se por calcular a carga térmica referente ao produto 
primeiramente, uma vez que o resultado volumétrico de espaço ocupado pelo produto 
fora de crucial importância para a determinação do volume interno da câmara, 
impactando diretamente na área externa final, sendo esta quesito importantíssimo 
para o cálculo de �̇�𝑐â𝑚𝑎𝑟𝑎. 
Deste modo, a equação a fim de representar a carga do produto é obtida 
por: 
�̇�𝑝𝑟𝑜𝑑 = 𝐺𝑚[𝑐𝑝,1(𝑇𝑒𝑛𝑡 − 𝑇1) + ℎ𝑐𝑔 + 𝑐𝑝,2(𝑇1 − 𝑇2)] + 𝐺𝑇 𝑄𝑟𝑒𝑠𝑝 (𝑘𝑐𝑎𝑙/𝑑𝑖𝑎) 
(3) 
 
 Onde; 𝑐𝑝,1 (𝑇𝑒𝑛𝑡 − 𝑇1) é o calor sensível de congelamento (kcal/kg), ℎ𝑐𝑔 é 
o calor latente de congelamento (kcal/kg), 𝑐𝑝,2(𝑇1 − 𝑇2) é o calor sensível após 
congelamento (kcal/kg), 𝐺𝑚 é a movimentação diária (kg/dia), 𝐺𝑇 é a quantidade total 
de produtos na câmara (kg), 𝑄𝑟𝑒𝑠𝑝 é a quantidade de calor liberado por respiração 
(kcal/kg.dia) 
 
Entretanto, a câmara a ser projetada visa a conservação e o congelamento de 
carnes, logo 𝐺𝑇𝑄𝑟𝑒𝑠𝑝 é eliminado da equação, uma vez que este está relacionado a 
produtos que respiram, tais como: frutas e verduras. Desta forma a equação reduz- 
se a: 
�̇�𝑝𝑟𝑜𝑑 = 𝐺𝑚[𝑐𝑝,1(𝑇𝑒𝑛𝑡 − 𝑇1) + ℎ𝑐𝑔 + 𝑐𝑝,2(𝑇1 − 𝑇2)](𝑘𝑐𝑎𝑙/𝑑𝑖𝑎) 
(4) 
 
Logo se tratando dos produtos destinados a tal câmara, escolheu carne de 
suínos e o projeto foi dimensionado de modo a comportar uma movimentação de 2500 
kg diários 
A fim de calcular-se a carga térmica do produto, utilizando-se da equação 4, 
coletou-se os dados referentes ao tipo de carne, através de tabelas fornecidas pelo 
40 
 
 
professor, adotou-se uma temperatura de entrada de 16°C e uma movimentação 
diária de 2500 kg por produto. Todas essas informações foram aplicadas a equação 
anteriormente mencionada, de modo a obter-se a carga térmica do produto. A tabela 
abaixo, realizada em planilha do Excel, pretende expressar os dados e os valores 
obtidos: 
 
Tabela 13 – Dados referentes aos produtos e carga térmica calculada; Fonte própria 
 
 
 
Através dos cálculos realizados, tornou-se evidente uma carga térmica do 
produto de 8036,28 W. 
A fim de conhecer o espaço a ser ocupado por cada tipo de carne, buscou- se 
a densidade de cada animal, uma vez encontradas, foi possível calcular o volume 
preenchido por cada classe. Para isso utilizou-se a seguinte equação: 
 
ρ = 
𝑚
V
 (5) 
 
Onde; 𝜌 é densidade da carne (kg/m³), m é a massa do produto (kg) e V é o volume 
do produto (m³) 
 
Ao isolar o volume, obtêm-se; 
 
V = 
𝑚
ρ
 (6) 
 
Segundo a pesquisa a carne suína, segundo ADAM (2015), sua densidade é 
de aproximadamente 970 kg/m³. 
Estimados os valores de massa e obtidos os valores referentes a densidade, 
pôde-se encontrar os respectivos volumes ocupados por cada produto, através da 
41 
 
 
equação 2. A tabela abaixo visa expor tais valores, além de também apresentar o 
volume total calculado: 
 
Tabela 14 – Cálculo do volume ocupado. Fonte própria 
 
 
Ao encontrar-se o volume total ocupado pelos produtos, adotou-se o volume de 
40 m³ para a câmara frigorífica, a fim de propiciar um espaço suficiente para pessoas 
adentrarem e transitarem no recinto. 
Em relação às dimensões internas da câmara, adotou-se as seguintes: altura 
2,5 m, largura 4 m e comprimento de 4 m. Sendo assim, o volume adotado fora 
devidamente satisfeito. 
Conforme mencionado anteriormente, o volume é quesito indispensável para a 
determinação do �̇�𝑐â𝑚𝑎𝑟𝑎 (W), pois através dele é possível encontrar a área da 
superfície externa, uma vez que, a carga térmica adotada encontra-se por unidade de 
área. 
A fim de calcular-se �̇�𝑐â𝑚𝑎𝑟𝑎 adotou-se, conforme recomenda a literatura uma 
carga térmica por unidade de área (�̇�") de 10 W/m², tal valor garante uma excelente 
eficiência a câmara. A equação abaixo pretende ilustrar o cálculo do 𝑄𝑐â𝑚𝑎𝑟𝑎: 
 
�̇�𝑐â𝑚𝑎𝑟𝑎 = 𝑄̇". 𝐴 
(7) 
 
Onde 𝐴 representa a área em m². Entretanto, para obter-se tal área é 
necessário encontrar a espessura da parede para �̇�" adotada, pois esta impactará 
diretamente nas dimensões externas da câmara. A figura abaixou pretende ilustrar as 
grandezas envolvidas para a determinação de tal parede: 
 
42 
 
 
Figura 6 – Representação da parede Fonte: Material do professor 
 
 
 
Através da imagem é possível notar que tal parede é composta de dois 
materiais distintos, para o referido projeto, adotou-se o tijolo como o material de 
revestimento externo e o poliuretano como isolante interno. Em relação ao tijolo 
adotou-se 𝐿𝑝 = 0,13 m (espessura do material) e sabe-se que, baseado na literatura, 
seu coeficiente de condutividade térmica é de 𝐾 = 0,6 W/m.k. Em se tratando do 
poliuretano, sabe-se que sua condutividade térmica está próxima de 𝐾 = 0,025 W/m.k. 
Seu valor referente a espessura é tratado como incógnita e será calculado em breve. 
Já os valores de ℎ𝑒𝑥𝑡 e ℎ𝑖𝑛𝑡 foram adotados como sendo 8,141 W/m².k, pois 
considerou-se ar estagnado em ambas regiões. Acerca das temperaturas, considerou- 
se a externa como sendo 35°C e a interna como sendo -15°C. 
A equação abaixo refere-se a taxa de transferência de calor: 
 
Q = 
∆𝑇
𝑅𝑡
 (8) 
 
Sendo ∆𝑇 a diferença de temperatura da câmara e da temperatura externa, e 
𝑅𝑡 a resistência total de: convecção do ambiente e condução através da parede por 
unidade de área. Esta última incógnita pode ser escrita da seguinte maneira: 
43 
 
 
 
𝑅𝑡 = 
1
ℎ𝑒𝑥𝑡𝐴
+ 
𝐿𝑡𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 + 𝐿𝑖𝑠𝑜𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
𝐾𝑖𝑠𝑜𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒𝐴
+ 
1
ℎ𝑐𝑎𝑚𝐴
 (9) 
 
Nota-se ao analisar a equação 9 que não se sabe o 𝐿𝑖𝑠𝑜𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒, para tal incógnita 
usou a seguinte equação: 
 
L𝑖𝑠𝑜𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 = 
K𝑖𝑠𝑜𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 ∆𝑇
�̇�
𝐴 
 (10) 
 
Logo K𝑖 = 0,025 W/m.k, ∆𝑇 = 53 e a carga térmica por unidade de área como 
citado utilizou o valor 10W/m² que converteu-se para 11,6292 kcal/h.m², utilizando a 
equação 10 chegou-se ao valor de L𝑖𝑠𝑜𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 para o nosso projeto será de 0,125m. 
Encontradas as espessuras de ambos materiais que compõem a parede, logo 
tem-se a espessura total ( 𝐿𝑡𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 + 𝐿𝑖𝑠𝑜𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 ), sendo esta, de 0,255 m. Sendo assim, 
as dimensões externas podem ser escritas matematicamente da seguinte forma: 
 
𝐷𝑒𝑥𝑡 = 𝐷𝑖𝑛𝑡 + 2. (𝐿𝑝 + 𝐿𝑖) 
(11) 
 
 
A tabela abaixo contém as dimensões internas adotadas e as dimensões 
externas calculadas: 
 
Tabela 15 – Dimensões internas e externas. Fonte própria 
 interna externa 
Altura (m) 2,5 3,01 
Largura (m) 4,00 4,51 
Comprimento (m) 4,00 4,51 
 
 
 
Agora com todas as incógnitas definidas, finalmente pode-se calcular o 𝑅𝑡 
através da equação 9, que nos dá um valor de 0,66 k/w 
Obtido o valor de 𝑅𝑡 pode-se calcular o valor da taxa de transferência de calor, 
equação 8, e obteve o valor de 76,78 W 
44 
 
 
A partir dos valores encontrados para as medidas externas, foi possível calcular 
a área superficialde tal região. A equação abaixo pretende demonstrar 
matematicamente tal raciocínio: 
 
𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐴𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + 𝐴𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + 𝐴𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 + 𝐴 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 + 𝐴𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 + 𝐴𝑡𝑟𝑎𝑠𝑒𝑖𝑟𝑎 
(12) 
 
Sabendo que cada superfície representa um retângulo, logo a área de cada 
lado será obtida por: 
 
𝐴 = 𝑏. ℎ (13) 
 
 Sendo; 𝑏 o comprimento da base (m) e ℎ a altura (m) 
Logo, calculou-se as referentes áreas externa e temos um total de 60 m², e 
obtido esse valor calculou-se então a carga térmica da câmara, para isso, utilizou-se 
a equação 7, resultando em uma carga térmica de 600 W. 
 Em relação a carga térmica por infiltração de ar, esta pode ser representada 
pela seguinte equação; 
 
�̇�𝑖𝑛𝑓 = 𝑉𝑐𝑎𝑚 . 𝐹𝑇𝐴. ∆𝐻′(𝑘𝐽/𝑑𝑖𝑎) 
(14) 
 
Sendo, 𝑉𝑐𝑎m representa o volume da câmara em m³, ∆𝐻 trata-se do calor cedido 
por metro cubico de ar (tabelado), 𝐹𝑇𝐴 é o fator de troca de ar dependendo do volume 
da câmara (tabelado). 
Sabendo-se que o volume da câmara é de 40 m³, localizou-se na tabela 6 o 
valor de FTA correspondente; 
 
Tabela 16 – Valores de FTA corresponde a diferentes volumes. Fonte material do professor 
 
 
45 
 
 
Portanto, para tal volume adotado o FTA corresponde a 11 trocas por dia. Em 
relação ao valor de ∆𝐻’, para este adotou-se como temperatura, a referente a 
conservação da carne, ou seja, -18°C e a umidade relativa do ar de 70%. Desta forma, 
através da leitura da tabela e da interpolação dos dados nela contidos pôde-se 
constatar que o valor para tal incógnita fora de 44,48: 
 
Tabela 17 – Valores cedidos por metro cúbico. Fonte material do professor 
 
 
Conhecidos todas as incógnitas que satisfazem a equação 14, logo esta pôde 
ser resolvida. A tabela abaixo apresenta os dados e os resultados de tal equação: 
 
Tabela 18 – Cálculo da carga térmica por infiltração de ar. Fonte própria 
 
Volume da câmara 
(m³) 
FTA 
(trocas/dia) 
 
∆H' 
Carga 
térmica 
(kJ/dia) 
Carga 
térmica 
(kJ/s) 
Carga 
térmica 
(W) 
40,00 11,00 44,48 17792,00 0,2059 205,93 
 
 
Em se tratando da carga térmica devido a presença de pessoas, tal grandeza 
pode ser representada por: 
 
Q̇pessoa = (272 + 6. Tcam). t. n. 0,86 (kcal/dia) 
(15) 
 
Onde; Tcam é a temperatura da câmara em ºC, t é o tempo de permanência, 
representado em hora/dia e n é o número de pessoas dentro da câmara. 
46 
 
 
Pra tal projeto, adotou-se 3 indivíduos trabalhando no recinto, intercalando suas 
permanências no interior da câmara, já o tempo de permanência foi estimado 9 horas 
por dia, ou seja, 3 horas para cada indivíduo, uma vez que uma grande quantidade de 
carne será removida todos os dias, demandando um trabalho contínuo e demorado. 
A partir de tais informações, a tabela abaixo contempla o resultado de tal carga 
térmica, através da equação 19: 
 
Tabela 19 – Cálculo da carga térmica devido a presença de pessoas. Fonte prórpia 
Temperatura da câmara (°C) -18 
número de pessoas 3 
Tempo de permanência (h/dia) 3 
Carga térmica (kcal/dia) 1269,36 
Carga térmica (kJ/dia) 5311,00 
Carga térmica (W) 61,47 
 
 
Por último, mas não menos importante, deve-se calcular a carga térmica devido 
a iluminação dentro da câmara. Esta é representada pela seguinte equação: 
 
Q̇iluminação = n. P. t. (2,39. 10
−4) (16) 
 
Onde; n é o número de lâmpadas dispostas dentro da câmara, P refere-se a 
potência da lâmpada e t o tempo que as lâmpadas permanecem acesas (s). 
 
Para tal, adotou-se 3 lâmpadas de 130W cada, e conforme mencionado, o 
tempo estimado de permanência é de 9 ou 32400 segundos. Abaixo o valor da carga 
térmica devido a iluminação ao aplica-se a equação 20 juntamente as informações 
mencionadas; 
 
Tabela 20 – Cálculo da carga térmica devido a iluminação. Fonte própria 
Potência da lâmpada (w) 135 
Número de lâmpadas 3 
Tempo de permanência (s/dia) 32400 
Carga Térmica de iluminação (Kcal/dia) 3136,16 
Carga Térmica de iluminação (KJ/dia) 13121,69 
Carga Térmica de iluminação (w) 151,87 
 
 
47 
 
 
Finalmente com todos os valores das cargas térmicas, é possível determinar a 
carga total, através da equação 2 
 
Tabela 21 – Cálculo da carga térmica total Fonte própria 
 
 
 W kJ/dia 
 Carga térmica do produto 8036,28 694334,6 
 Carga térmica por infiltração de ar 205,93 17792,35 
 Carga térmica devido ao meio (câmara) 600 51840 
 Carga devido a presença de pessoas 61,47 5311,008 
 Carga devido a iluminação 151,87 13121,57 
 Carga total 9055,55 782399,5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
5. SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DA CÂMARA FRIGORIFICA 
Após a carga térmica total obtida para o funcionamento pleno da câmara 
projetada, então é hora de selecionar os equipamentos com base em catálogos de 
fabricantes habilitados, o sistema de refrigeração ideal, sendo este capaz de satisfazer 
a demanda calculada. Torna-se imprescindível salientar que tal sistema deverá 
apresentar um ótimo custo-benefício, ou seja, deve suprir a demanda com certa folga 
e não ser superdimensionado, desta forma, quesitos como, espaço necessário, custo 
com consumo de energia e manutenção periódicas deve ser otimizados, 
proporcionando certa economia financeira. 
O primeiro componente dimensionado foi o evaporador, para isso utilizou- se o 
Seletor 2.0 – Mipal. Para garantir uma melhor seleção, adotou-se um tempo de 
funcionamento deste componente de 18 horas por dia, ou seja, tal equipamento 
permanecerá ligado 75% de um período de 24 horas, além disso, como fluído 
refrigerante adotou-se o R22, indicado para projetos onde há altas cargas térmicas 
envolvidas. Estas e outras informações, já calculadas, foram aplicadas no software 
em questão, a fim de serem obtidas a temperatura de evaporação e a carga térmica 
equivalente do evaporador. A imagem abaixo ilustra este passo no software: 
 
Figura 5 – Seleção do evaporador; fonte: http://www.seletorweb.com.br/seletorweb/inilogin.php?idicodigo=1 
 
 
 
 
Através do cálculo realizado pelo software, foi possível observar uma 
temperatura de evaporação de -21ºC, além de uma carga de 6,3 kW. Entretanto, esta 
última foi obtida de maneira superficial, uma vez que para a obtenção desta foram 
levadas em consideração, apenas algumas informações do projeto. Para um valor 
mais exato referente a tal grandeza, utilizou-se a equação abaixo: 
 
http://www.seletorweb.com.br/seletorweb/inilogin.php?idicodigo=1
49 
 
 
𝑄𝑒𝑣𝑎𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 = 
Q 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
0,75
 (17) 
 
Sendo assim, ao aplicar-se os valores conhecidos na equação 17, a carga 
térmica do evaporador foi de aproximadamente 8,36 kW. Adotando-se tal valor de 
carga, buscou-se, por meio de catálogo de evaporadores da linha comercial da Mipal 
Indústria, um componente capaz de suprir as exigências do projeto de maneira 
satisfatória. Logo, para a temperatura de evaporação de -24ºC, escolheu- se 
evaporador MI 0094, pois este oferece 8,638 kW de carga térmica à temperatura 
mencionada anteriormente, garantindo desta forma um ótimo custo-benefício em 
relação ao consumo de energia elétrica. A imagem abaixo, refere-se aos modelos 
disponíveis, juntamente a carga térmica em relação a temperatura de evaporação: 
 
Figura 6 – Seleção do evaporador; fonte: http://www.mipal.com.br/migs. 
 
 
Abaixo as dimensões do componente além de algumas informações relevantes; 
 
Figura 7 – Dimensões do evaporador; fonte: http://www.mipal.com.br/site/wp-content/uploads/2018/10/Evi.pdf. 
 
 
50 
 
 
O segundo componente a ser selecionado é a unidade condensadora, sendo 
esta composta por compressor e um condensador, além dos periféricos. 
Para suprir a carga térmica total, optou-se pela seguinte unidade 
condensadora: OP-LGZ215, no catálogo da Danfoss, pois para a temperatura de 
evaporação obtida, sua carga térmica foi de 9554,00 kcal/h, ou seja, 
aproximadamente 11,11 kW. O valor um pouco superiora carga total, entretanto 
suficiente para suprir tal necessidade. 
 
Figura 8 – Seleção unidade condensadora; fonte: https://store.danfoss.com/ 
 
 
A unidade condensadora já possui seu próprio compressor instalado, porem foi 
necessário para a pesquisa do mesmo, uma vez que ele contribui para o aumento da 
temperatura do fluido ao sair da unidade, este aumento é imprescindível para seleção 
do último elemento do sistema de refrigeração, a válvula de expansão, sendo assim 
chegou-se ao seguinte modelo: NTZ215. 
Com base no site da Danfoss, tal temperatura de saída foi obtida, segue na 
imagem abaixo; 
 
51 
 
 
Figura 9 – Determinação da temperatura na saída da unidade condensadora: Fonte: 
https://store.danfoss.com/ 
 
 
 
 
Através do site contatou que a temperatura de condensação será de 45ºC 
Conforme mencionado anteriormente, o valor torna-se indispensável para a 
seleção da válvula de expansão. 
Com o uso do Coolselector2, encontrou-se uma válvula de expansão eletrônica, 
e em seguida os campos de informações do programa foram preenchidos e algumas 
válvulas foram sugeridas; 
 
Figura 10 – Dimensionamento da válvula de expansão: Fonte Coolselector 
 
 
 
52 
 
 
 
 
Diante das possíveis opções de válvulas fornecidas, optou-se pela ETS 
COLIBRI 12C – 12, que operará com um grau de abertura de aproximadamente 8%, 
ou seja, funcionará parcialmente aberta, possibilitando um fluxo de massa de 235,2 
kg/h. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
6. CONCLUSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
7. REFERÊNCIAS 
ADAM, Abdallah B. Densities of Muzekah and Dead Chicken, 2015 Disponível em: 
https://www.researchgate.net/publication/277165155_Densities_of_Muzekah_and_Dead_Chicken 
acessado em: 10 de setembro de 2020 
 
BARBETTA, P. A. Estatística aplicada às Ciências Sociais. 6.ed. Florianópolis: Ed. da 
UFSC, 2006. 
 
BIAGIO, L. A; BATOCCHIO A. Plano de negócios: estratégias para micro e pequenas 
empresas. São Paulo: Manole, 2005. 
 
BIRLEY,S; MUZYKA, F. D. Dominando os desafios do empreendedor. São Paulo: 
Makron Books, 2004. 
 
CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. 3. Ed. 
São Paulo: Saraiva, 2008. 
 
CHURCHILL, G, A. Marketing: criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 
2000. 
 
COBRA, M. Administração de Marketing no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009 
 
DEGEN, R. J. O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo: 
McGraw – Hill, 1989. 
 
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2001. ALMEIDA, Paulo Samuel de Almeida, Processos de 
Usinagem. Utilização e Aplicações das Principais Máquinas Operatrizes, 1ª ed. São 
Paulo, Érica, 2015 
 
DIAS, M. A. Administração de materiais. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2005. 
 
DOLABELA, F. C. O segredo de Luísa. 30. ed. São Paulo: Cultura, 2006. 
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2001. 
https://www.researchgate.net/publication/277165155_Densities_of_Muzekah_and_Dead_Chicken
55 
 
 
 
DRUCKER, P. F. Introdução à administração. São Paulo: Pioneira, 2006. 
 
FAO/INFOODS Databases. Density Database Version 2.0, 2012 Disponível em: 
http://www.fao.org/3/ap815e/ap815e.pdf 
Acesso em: 09 de setembro de 2020 
 
MILLER, R.; MILLER, M.R. Ar condicionado e refrigeração. 2ª edição. Rio de Janeiro, 
RJ: LTC, 2014. 
 
INDUSTRIAL CHILLER, CÂMARA FRIGORÍFICA, Cálculo de carga térmica. 
Disponível em: https://docplayer.com.br/48535755-Camara-frigorifica-calculo-de-carga-termica.html 
Acesso em: 14 de setembro de 2020. 
 
HISRICH, R. D.; PETERS, M. P., Empreendedorismo. 5. ed. São Paulo: Bookman, 
2006. 
 
HITT, A. M., IRELAND, D.R., HOSKISSON, R. E. Administração Estratégica: 
competitividade e globalização. 2 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. 
 
KOTLER, P, KELLER, K. L. Administração de Marketing. 12 ed. São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, 2006. 
 
SEBRAE. Institucional. Disponível em: https://www.sebrae.com.br 
Acesso em 10 de setembro de 2020 
 
SILVA, J. P. Analise financeira das empresas. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1995. 
 
 
STOECKER, W.F.; JABARDO, J.M.S. Refrigeração. 3ª edição. São Paulo – SP: 
Blucher, 2018. 
 
STROBEL, Christian. Refrigeração e Ar Condicionado, Sistemas de 
compressão a vapor de único estágio. 
Disponível em: ftp.demec.ufpr.br › disciplinas › EngMec_NOTURNO › Aula 02 - Sistema... 
Acesso em: 10 de setembro 2020.

Continue navegando