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(1) Aula - Inquérito policial

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10/08/2019
AÇÃO 
PENAL
Bibliografia:
Bibliografia:
10/08/2019
Inquérito 
Policial
1) Persecução penal
Persecução penal (persecutio criminis) é a atividade de
perseguir o crime, com o fim de punir seu autor,
constituída da atividade de investigação realizada pela
polícia judiciária e a ação penal promovida pelo
Ministério Público ou ofendido.
A persecução penal possui 02 fases:
1ª fase: investigatória.
2ª fase: judicial.
2) Conceito de inquérito policial
Inquérito Policial é o procedimento de natureza
administrativa, instrumental, inquisitório e
preparatório, consistente em um conjunto de diligências
realizadas pela polícia investigativa para a apuração da
infração penal e de sua autoria, presidido pela
Autoridade Policial, a fim de fornecer elementos de
informação para que o titular da ação penal possa
ingressar em juízo.
10/08/2019
2) Conceito de inquérito policial
Inquérito Policial é o procedimento de natureza
administrativa, instrumental, inquisitório e
preparatório, consistente em um conjunto de diligências
realizadas pela polícia investigativa para a apuração da
infração penal e de sua autoria, presidido pela
Autoridade Policial, a fim de fornecer elementos de
informação para que o titular da ação penal possa
ingressar em juízo.
2) Conceito de inquérito policial
Inquérito Policial é o procedimento de natureza
administrativa, instrumental, inquisitório e
preparatório, consistente em um conjunto de diligências
realizadas pela polícia investigativa para a apuração da
infração penal e de sua autoria, presidido pela
Autoridade Policial, a fim de fornecer elementos de
informação para que o titular da ação penal possa
ingressar em juízo.
2) Conceito de inquérito policial
Inquérito Policial é o procedimento de natureza
administrativa, instrumental, inquisitório e
preparatório, consistente em um conjunto de diligências
realizadas pela polícia investigativa para a apuração da
infração penal e de sua autoria, presidido pela
Autoridade Policial, a fim de fornecer elementos de
informação para que o titular da ação penal possa
ingressar em juízo.
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2) Conceito de inquérito policial
Inquérito Policial é o procedimento de natureza
administrativa, instrumental, inquisitório e
preparatório, consistente em um conjunto de diligências
realizadas pela polícia investigativa para a apuração da
infração penal e de sua autoria, presidido pela
Autoridade Policial, a fim de fornecer elementos de
informação para que o titular da ação penal possa
ingressar em juízo.
2) Conceito de inquérito policial
Inquérito Policial é o procedimento de natureza
administrativa, instrumental, inquisitório e
preparatório, consistente em um conjunto de diligências
realizadas pela polícia investigativa para a apuração da
infração penal e de sua autoria, presidido pela
Autoridade Policial, a fim de fornecer elementos de
informação para que o titular da ação penal possa
ingressar em juízo.
2) Conceito de inquérito policial
Inquérito Policial é o procedimento de natureza
administrativa, instrumental, inquisitório e
preparatório, consistente em um conjunto de diligências
realizadas pela polícia investigativa para a apuração da
infração penal e de sua autoria, presidido pela
Autoridade Policial, a fim de fornecer elementos de
informação para que o titular da ação penal possa
ingressar em juízo.
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2) Conceito de inquérito policial
Inquérito Policial é o procedimento de natureza
administrativa, instrumental, inquisitório e
preparatório, consistente em um conjunto de diligências
realizadas pela polícia investigativa para a apuração da
infração penal e de sua autoria, presidido pela
Autoridade Policial, a fim de fornecer elementos de
informação para que o titular da ação penal possa
ingressar em juízo.
2) Conceito de inquérito policial
Inquérito Policial é o procedimento de natureza
administrativa, instrumental, inquisitório e
preparatório, consistente em um conjunto de diligências
realizadas pela polícia investigativa para a apuração da
infração penal e de sua autoria, presidido pela
Autoridade Policial, a fim de fornecer elementos de
informação para que o titular da ação penal possa
ingressar em juízo.
2) Conceito de inquérito policial
Inquérito Policial é o procedimento de natureza
administrativa, instrumental, inquisitório e
preparatório, consistente em um conjunto de diligências
realizadas pela polícia investigativa para a apuração da
infração penal e de sua autoria, presidido pela
Autoridade Policial, a fim de fornecer elementos de
informação para que o titular da ação penal possa
ingressar em juízo.
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2) Conceito de inquérito policial
Inquérito Policial é o procedimento de natureza
administrativa, instrumental, inquisitório e
preparatório, consistente em um conjunto de diligências
realizadas pela polícia investigativa para a apuração da
infração penal e de sua autoria, presidido pela
Autoridade Policial, a fim de fornecer elementos de
informação para que o titular da ação penal possa
ingressar em juízo.
3) Natureza jurídica do inquérito policial
Trata-se de procedimento de natureza administrativa.
Consequências da natureza administrativa do inquérito
policial:
a) não se trata de processo judicial.
b) não se trata de processo administrativo, mas de
procedimento de natureza administrativa.
c) não se pode falar em partes stricto sensu: já que não
existe uma estrutura processual dialética, sob a garantia
do contraditório e da ampla defesa.
d) não possui uma ordem legal rígida para a realização
dos atos (flexibilidade), apesar de existir uma sequência
lógica para sua instauração, desenvolvimento e
conclusão.
e) é mera peça informativa, eventuais vícios dele
constantes não têm o condão de contaminar o processo
penal a que der origem (STF, HC 94.034/SP).
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4) Finalidade do inquérito policial
a) preparatória: fornece elementos de informação para
que o titular da ação penal possa ingressar em juízo,
além de acautelar meios de prova que poderiam
desaparecer com o decurso do tempo.
PROVA ELEMENTOS DE INFORMAÇÃO
- fase judicial
- sistema acusatório
- há participação dialética das
partes
- formação do convencimento
do juiz
- fase investigatória
- característica inquisitiva
- não há participação
dialética das partes
- formação da opinio delicti
- servem de fundamento para
a decretação de medidas
cautelares
4) Finalidade do inquérito policial
a) preparatória: fornece elementos de informação para
que o titular da ação penal possa ingressar em juízo,
além de acautelar meios de prova que poderiam
desaparecer com o decurso do tempo.
b) preservadora: a existência prévia de um inquérito
inibe a instauração de um processo penal infundado,
temerário, resguardando a liberdade do inocente e
evitando custos desnecessários para o Estado.
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5) Valor probatório do inquérito policial
O inquérito policial possui valor probatório relativo.
O juiz poderá formar sua convicção com base apenas nos
elementos de informação colhidos no inquérito policial?
Haveria ofensa ao preceito constitucional insculpido no
artigo 5º, LV da CF?
CPP, Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre
apreciação da prova produzida em contraditório
judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não
repetíveis e antecipadas.
Os elementos informativos podem ser usados de maneira
subsidiária, complementando a prova produzida em
juízo sob o crivo do contraditório.
EXCEÇÕES: 
(1) Provas cautelares e provas não repetíveis.
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PROVAS CAUTELARES PROVAS NÃO REPETÍVES PROVAS ANTECIPADAS
São aquelas em que há um risco
de desaparecimento do objeto
da prova em razão do decurso
do tempo.
São colhidas na fase
investigatória porque não
podem ser produzidasnovamente na fase processual,
em virtude do desaparecimento,
destruição ou perecimento da
fonte probatória.
São aquelas produzidas perante
a autoridade judicial, em
momento processual distinto
daquele legalmente previsto, ou
até mesmo antes do início do
processo, em virtude de
situação de urgência e
relevância.
Podem ser produzidas na fase
investigatória e na fase judicial.
Podem ser produzidas na fase
investigatória e na fase judicial.
Podem ser produzidas na fase
investigatória e na fase judicial.
Dependem de autorização
judicial.
Não dependem de autorização
judicial.
Dependem de autorização
judicial.
O contraditório é diferido O contraditório é diferido O contraditório é real
EXCEÇÕES: 
(1) Provas cautelares e provas não repetíveis.
(2) os jurados, no julgamento do Tribunal do Júri,
decidem pela íntima convicção e tem liberdade na
valoração da prova.
O fato de o advogado ter acompanhado o depoimento de
testemunha no inquérito, transforma o elemento de
informação em prova?
6) Presidência do inquérito policial
O inquérito policial é presidido pela Polícia. “A Polícia,
instrumento da Administração, é uma instituição de
direito público, destinada a manter e recobrar, junto à
sociedade e na medida dos recursos de que dispõe, a paz
pública ou a segurança individual”. (Mirabete)
Qual polícia preside o inquérito policial?
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POLÍCIA 
ADMINISTRATIVA
POLÍCIA 
INVESTIGATIVA
POLÍCIA 
JUDICIÁRIA
Atividade de cunho
preventivo.
Atividade de cunho
repressivo (art. 4º,
caput, do CPP e
Súmula Vinculante
14).
Auxilia o Poder
Judiciário no
cumprimento de
suas ordens.
Polícia Militar Polícia Federal e
Polícia Civil
Polícia Federal e
Polícia Civil
E a guarda municipal?
Art. 2º, Lei nº 13.022/14 (Estatuto Geral das Guardas
Municipais): Incumbe às guardas municipais,
instituições de caráter civil, uniformizadas e armadas
conforme previsto em lei, a função de proteção
municipal preventiva, ressalvadas as competências da
União, dos Estados e do Distrito Federal.
7) Atribuição para o inquérito policial
INFRAÇÃO PENAL PRESIDÊNCIA
Competência da Justiça Federal Polícia Federal
Competência da Justiça Eleitoral Polícia FederalPolícia Estadual (subsidiário)
Competência da Justiça Estadual Polícia EstadualPolícia Federal
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8) Investigação criminal extrapolicial
A legislação prevê a existência de procedimentos
administrativos que tem a finalidade de apurar infrações penais
e servir de base para a propositura da ação penal (CPP, art. 4º,
parágrafo único):
a) inquéritos parlamentares – presididos pelas Comissões
Parlamentares de Inquérito (CPI’s) (art. 58, § 3º, CF);
b) inquéritos militares (IPM) – presididos pela polícia
judiciária militar (art. 8º, CPPM);
c) procedimentos administrativos criminais (PIC) – presididos
pelo Ministério Público (art. 26, I, Lei 8.625/93).
9) Destinatários do inquérito policial
Destinatários imediatos:
• Ministério Público → ação penal pública
• Ofendido → ação penal privada
Destinatário mediato:
• Juiz de Direito
10) Características do inquérito policial
a) procedimento escrito (CPP, art. 9º).
b) procedimento dispensável (CPP, art. 12 e art. 39, § 5º).
c) procedimento sigiloso (CPP, art. 20).
SIGILO EXTERNO SIGILO INTERNO
É aquele imposto para evitar a
divulgação de informações
essenciais do inquérito ao público
em geral, por intermédio do
sistema midiático.
É aquele imposto para restringir o
acesso aos autos do procedimento
por parte do indiciado e/ou do seu
advogado.
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O sigilo externo é absoluto?
O sigilo interno é absoluto?
Lei 8.906/94, Art. 7º. São direitos do advogado:
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por
conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de
flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em
andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar
peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital.
Súmula Vinculante 14: É direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao
exercício do direito de defesa.
O sigilo externo é absoluto?
O sigilo interno é absoluto?
O acesso do advogado ao procedimento investigatório é
amplo?
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Lei 8.906/94, Art. 7º, § 11. No caso previsto no inciso XIV, a
autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado
aos elementos de prova relacionados a diligências em
andamento e ainda não documentados nos autos, quando
houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou
da finalidade das diligências.
Súmula Vinculante 14: É direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao
exercício do direito de defesa.
O sigilo externo é absoluto?
O sigilo interno é absoluto?
O acesso do advogado ao procedimento investigatório é
amplo?
Qual procedimento deverá ser adotado caso a Autoridade
Policial proibia o advogado de ter acesso aos autos?
O advogado necessita de autorização judicial para ter acesso
aos autos do inquérito policial?
EXCEÇÃO:
Art. 23, Lei 12.850/13 (Lei de Organizações Criminosas): O
sigilo da investigação poderá ser decretado pela autoridade
judicial competente, para garantia da celeridade e da
eficácia das diligências investigatórias, assegurando-se ao
defensor, no interesse do representado, amplo acesso aos
elementos de prova que digam respeito ao exercício do
direito de defesa, devidamente precedido de autorização
judicial, ressalvados os referentes às diligências em
andamento.
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O sigilo externo é absoluto?
O sigilo interno é absoluto?
O acesso do advogado ao procedimento investigatório é
amplo?
Qual procedimento deverá ser adotado caso a Autoridade
Policial proibia o advogado de ter acesso aos autos?
O advogado necessita de autorização judicial para ter acesso
aos autos do inquérito policial?
O advogado precisa de procuração para ter acesso ao
inquérito policial?
Lei 8906/94, Art. 7º. São direitos do advogado:
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por
conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de
flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos
ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade,
podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio
físico ou digital.
10) Características do inquérito policial
a) procedimento escrito (CPP, art. 9º).
b) procedimento dispensável (CPP, art. 12 e art. 39, § 5º).
c) procedimento sigiloso (CPP, art. 20).
d) procedimento inquisitorial.
e) procedimento discricionário.
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A Autoridade Policial poderá se recusar a cumprir as
diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público?
A Autoridade Policial poderá se recusar a cumprir as
diligências requeridas pela vítima ou pelo investigado?
E se o delegado insistir em negar o pedido de diligências?
10) Características do inquérito policial
a) procedimento escrito (CPP, art. 9º).
b) procedimento dispensável (CPP, art. 12 e art. 39, § 5º).
c) procedimento sigiloso (CPP, art. 20).
d) procedimento inquisitorial.
e) procedimento discricionário.
f) procedimento oficial.
g) procedimento oficioso.
h) procedimento indisponível.
i) procedimento temporário (CPP, art. 10, caput, § 3º cc.
CF, art. 5º, LXXVIII).
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11) Notitia criminis
É o conhecimento, espontâneo ou provocado, por parte
da autoridade policial acerca do fato delituoso.
A notitia criminis pode ser:
a) de cognição direta (ou imediata, ou espontânea);
b) de cognição indireta (ou mediata, ou provocada);
c) de cognição coercitiva.
12) Formas de instauração do inquérito policial
12.1) Crimesde ação penal pública incondicionada
a) ex officio pela Autoridade Policial, por meio de
portaria (art. 5º, I, CPP).
A Autoridade Policial poderá instaurar inquérito policial a
partir de uma notitia criminis inqualificada (denúncia
anônima)?
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12) Formas de instauração do inquérito policial
12.1) Crimes de ação penal pública incondicionada
a) ex officio pela Autoridade Policial, por meio de
portaria (art. 5º, I, CPP).
b) requerimento de qualquer interessado,
independente da vontade da vítima (art. 5º, § 1º, CPP).
Qual o conteúdo do requerimento?
O delegado é obrigado a instaurar o inquérito policial em
face do requerimento do ofendido?
Caberá recurso da decisão que indeferir o requerimento para
instauração de inquérito policial?
12) Formas de instauração do inquérito policial
12.1) Crimes de ação penal pública incondicionada
a) ex officio pela Autoridade Policial, por meio de
portaria (art. 5º, I, CPP).
b) requerimento de qualquer interessado,
independente da vontade da vítima (art. 5º, § 1º, CPP).
c) requisição do juiz ou do Ministério Público (art. 5º,
II, CPP).
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A requisição da autoridade judiciária para a instauração de
inquérito policial se coaduna com o sistema acusatório
adotado pela Constituição Federal?
Diante de requisição do Ministério Público, a Autoridade
Policial estará obrigada a instaurar o inquérito policial?
Se a requisição não contiver os elementos mínimos que
permitam o início das investigações, estará a Autoridade
Policial obrigada a instaurar inquérito policial?
12) Formas de instauração do inquérito policial
12.1) Crimes de ação penal pública incondicionada
a) ex officio pela Autoridade Policial, por meio de
portaria (art. 5º, I, CPP).
b) requerimento de qualquer interessado,
independente da vontade da vítima (art. 5º, § 1º, CPP).
c) requisição do juiz ou do Ministério Público (art. 5º,
II, CPP).
d) auto de prisão em flagrante.
12) Formas de instauração do inquérito policial
12.2) Crimes de ação penal pública condicionada
a) representação da vítima ou de quem legalmente a
represente (art. 5º, § 4º, CPP).
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Existe formalidade na elaboração da representação?
A representação da vítima ou seu representante legal pode
constituir-se de registro de ocorrência policial?
Existe prazo para o exercício do direito de representação?
12) Formas de instauração do inquérito policial
12.2) Crimes de ação penal pública condicionada
a) representação da vítima ou de quem legalmente a
represente (art. 5º, § 4º, CPP).
b) requisição do juiz ou do Ministério Público, desde
que acompanhada da representação da vítima ou da
requisição do Ministro da Justiça, conforme o caso.
c) auto de prisão em flagrante.
12) Formas de instauração do inquérito policial
12.3) Crimes de ação penal privada
a) representação da vítima ou de quem legalmente a
represente (art. 5º, § 5º, arts. 30 e 31, CPP).
b) requisição do juiz ou do Ministério Público.
c) auto de prisão em flagrante.
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13) Diligências investigatórias
a) preservação do local do crime (art. 6º, I, CPP e art. 1º,
Lei 5.970/83);
b) apreensão de objetos (art. 11, CPP);
c) colheita de outras provas (art. 6º, III, CPP);
d) oitiva do ofendido (art. 6º, IV, CPP);
e) oitiva do indiciado (art. 6º, V, CPP);
f) reconhecimento de pessoas e coisas e acareações;
g) determinação de realização de exame de corpo de
delito e quaisquer outras perícias (art. 6º, VII, CPP, art.
158, art. 167, art. 184, CPP);
h) identificação do indiciado (art. 6º, VIII, CPP);
i) averiguação da vida pregressa do investigado (art. 6º,
IX, CPP);
j) colher informações sobre a existência de filhos (art.
6º, X, CPP);
l) reconstituição do fato delituoso (art. 7º, CPP).
m) acesso aos dados cadastrais de vítimas e de suspeitos
(art. 13-A, CPP);
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Aplica-se subsidiariamente os artigos 17-B da Lei
9.613/98 e 15 da Lei 12.850/13:
Lei 9.613/98, Art. 17-B. A autoridade policial e o
Ministério Público terão acesso, exclusivamente, aos
dados cadastrais do investigado que informam
qualificação pessoal, filiação e endereço,
independentemente de autorização judicial, mantidos
pela Justiça Eleitoral, pelas empresas telefônicas, pelas
instituições financeiras, pelos provedores de internet e
pelas administradoras de cartão de crédito.
Lei 12.850/13, Art. 15. O delegado de polícia e o
Ministério Público terão acesso, independentemente de
autorização judicial, apenas aos dados cadastrais do
investigado que informem exclusivamente a qualificação
pessoal, a filiação e o endereço mantidos pela Justiça
Eleitoral, empresas telefônicas, instituições financeiras,
provedores de internet e administradoras de cartão de
crédito.
m) acesso aos dados cadastrais de vítimas e de suspeitos
(art. 13-A, CPP);
n) requisição de informações acerca das estações rádio
base (ERB's) (art. 13-B, CPP).
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É necessário prévia autorização judicial para o acesso às
informações acerca do posicionamento das denominadas
estações rádio base (ERB)?
Diante da dubiedade da lei duas posições podem ser
adotadas:
a) o acesso ao posicionamento das estações rádio base
(ERB's) não depende de prévia autorização judicial.
b) o acesso ao posicionamento das estações rádio base
(ERB) depende de prévia autorização judicial.
14) Incomunicabilidade do preso (art. 21, CPP)
Trata-se de instituto que tem por objetivo impedir que o
investigado preso obtenha auxílio de terceiros, que com
ele mantenham contato, no intuito de apagar provas,
instruir testemunhas ou de qualquer forma dificultar o
êxito das investigações policiais.
O artigo 21 do CPP foi recepcionado pela Constituição
Federal?
15) Indiciamento
15.1) Conceito
O indiciamento é a atribuição a uma pessoa da prática
da infração penal apurada no inquérito policial diante
dos indícios de autoria e da existência de prova da
materialidade da infração colhidos durante as
investigações.
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INDICIADO SUSPEITO
É aquele que tem contra si
indícios convergentes que o
apontam como provável autor
da infração penal, isto é, há
juízo de probabilidade de
autoria.
É aquele em relação ao qual
há frágeis indícios, ou seja, há
mero juízo de possibilidade
de autoria.
O indiciamento compreende 04 peças:
a) despacho de indiciação;
b) auto de qualificação e interrogatório do indivíduo;
c) as informações acerca de sua vida pregressa e;
d) o boletim de identificação (ou documento
equivalente), o qual pode ser acompanhado da
identificação criminal pelo processo datiloscópico, caso
necessário (Lei 12.037/2009).
15.2) Finalidade
FI
N
A
L
ID
A
D
E POLICIAL
SOCIAL
JURÍDICA
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15.3) Momento
O indiciamento deverá ser realizado durante as
investigações, até o recebimento da denúncia (STJ, HC
218.124/SP).
15.4) Pressupostos
O indiciamento não é um ato arbitrário, nem discricionário,
já que, presentes os elementos informativos apontando na
direção do investigado, não resta à autoridade policial outra
opção senão seu indiciamento.
O indiciamento deve ser fundamentado?
Art. 2º, § 6º, Lei 12.830/2013: O indiciamento, privativo
do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado,
mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá
indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
O indiciamento deve ser fundamentado?
O que é indiciamento abusivo?
Qual medida judicial poderá ser adotada na hipótese de
indiciamento abusivo?
O indiciamento, realizado ou não pela Autoridade
Policial, vincula o Ministério Público ou o ofendido em
relação ao oferecimento da denúncia ou da queixa?
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15.5) Espécies
a) indiciamento direto;
b) indiciamento indireto.
15.6) Atribuição para o indiciamento
É um ato privativo da Autoridade Policial. O juiz ou o
Ministério Público não podem requisitar o indiciamento
de determinado suspeito ao delegado depolícia.
Art. 2º, § 6º, da Lei 12.830/2013: O indiciamento,
privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato
fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do
fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas
circunstâncias.
STF – Informativo 717: O indiciamento é ato privativo
da autoridade policial, segundo sua análise técnico-
jurídica do fato. O juiz não pode determinar que o
Delegado de Polícia faça o indiciamento de alguém.
15.7) Sujeito passivo do indiciamento
Em regra, qualquer pessoa pode ser indiciada.
EXCEÇÕES:
Por expressa previsão legal, não podem ser indiciados os
magistrados e os membros do Ministério Público.
Em relação a detentores de foro por prerrogativa de função,
não há expressa vedação legal. Todavia, o STF entende que as
pessoas com foro por prerrogativa de função não podem ser
indiciadas sem prévia autorização do ministro-relator ou
desembargador relator, dependendo do caso concreto (STF,
INQ. 2411/ QO/MT).
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15.8) Afastamento do servidor público do exercício de suas
funções
O art. 17-D, da Lei 9.613/98 (Lavagem de Capitais)
determina o afastamento automático do servidor público de
suas funções, quando for indiciado.
Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor público,
este será afastado, sem prejuízo de remuneração e demais
direitos previstos em lei, até que o juiz competente autorize,
em decisão fundamentada, o seu retorno. (Incluído pela Lei
nº 12.683, de 2012)
15.9) Desindiciamento
É a desconstituição de um indiciamento feito
anteriormente. Pode ser feito pela própria Autoridade
Policial ou pelo Poder Judiciário.
16) Prazos para a conclusão do inquérito policial
PRESO SOLTO
Código de Processo Penal 10 30
Justiça Federal 15 + 15 30 + 30
Lei de Drogas 30 + 30 90 + 90
Crimes contra a Economia Popular 10 10
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17) Contagem do prazo para a conclusão do
inquérito policial
Prazo de 
conclusão
Natureza 
processual
Exclui o dia do início 
e inclui o dia do final
Natureza 
material
Inclui o dia do início 
e exclui o dia do final
18) Encerramento do inquérito policial
Esgotadas as investigações, o delegado de polícia deverá:
1) encerrar o inquérito elaborando um relatório final;
2) encaminhar os autos ao juízo;
3) oficiar ao (IIRGD) Instituto de Identificação e
Estatística, ou repartição congênere, mencionando o
juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados
relativos à infração penal e à pessoa do indiciado (CPP,
art. 23).
O que o relatório final deve conter?
a) as providências realizadas;
b) o resumo dos depoimentos prestados;
c) o resultado das diligências;
d) a indicação das testemunhas que não tiverem sido
inquiridas;
e) a exposição do entendimento da Autoridade Policial
quanto à autoria e materialidade do delito;
f) a classificação do crime (dispositivo penal violado pelo
indiciado).
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A Autoridade Policial deverá relatar o inquérito policial
justificando as razões que a levaram à classificação do delito?
Lei 11343/06, Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51
desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os
autos do inquérito ao juízo:
I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato,
justificando as razões que a levaram à classificação do delito,
indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto
apreendido, o local e as condições em que se desenvolveu a ação
criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a
qualificação e os antecedentes do agente.
A Autoridade Policial deverá relatar o inquérito policial
justificando as razões que a levaram à classificação do delito?
O relatório é uma peça indispensável?
A ausência ou deficiência do relatório vicia o inquérito
policial?
19) Destinatários do inquérito policial findo
Crimes de ação penal privada:
• Ofendido
Crimes de ação penal pública:
• Ministério Público
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19.1) Providências a serem adotadas pelo Ministério
Público:
1) oferecimento de denúncia.
2) requerimento de arquivamento do inquérito policial.
3) requisição de diligências (art. 16, CPP).
4) declinação de incompetência.
5) arguição de conflito de competência (art. 66, CPC).
20) Arquivamento do inquérito policial
20.1) Natureza jurídica
O arquivamento é uma decisão judicial.
O arquivamento pode ser dado de ofício?
Qual recurso cabível, caso o juiz arquive de ofício o
inquérito policial?
20.2) Fundamentos
a) ausência dos pressupostos processuais ou de condições da
ação para o exercício da ação penal;
b) ausência de justa causa (lastro probatório) para o
exercício da ação penal;
c) atipicidade da conduta delituosa;
d) existência manifesta de causa excludente da ilicitude;
e) existência manifesta de causa excludente da
culpabilidade, salvo a inimputabilidade;
f) existência de causa extintiva da punibilidade.
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20.3) Coisa julgada
Trata-se do impedimento de modificação da decisão por
qualquer meio processual dentro e fora do processo.
A coisa julgada pode ser:
a) coisa julgada formal
b) coisa julgada material
A decisão judicial que homologa a promoção de
arquivamento formulada pelo Ministério Público faz coisa
julgada formal, coisa julgada material ou coisa julgada
formal e material?
CAUSA COISA JULGADA
Ausência dos pressupostos processuais ou de
condições da ação
Formal
Ausência de justa causa para o exercício da ação
penal
Formal
Atipicidade da conduta delituosa Formal e material
Existência manifesta de causa excludente da
ilicitude
Formal e material
Existência manifesta de causa excludente da
culpabilidade, salvo a inimputabilidade
Formal e material
Extinção da punibilidade Formal e material
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OBSERVAÇÃO:
A decisão que arquiva o inquérito policial com
fundamento na insuficiência de elementos informativos é
tomada com base na cláusula “rebus sic stantibus”
(modificado o panorama probatório dentro do qual foi
proferida a decisão, nada impede o oferecimento de ação
penal) (art. 18 e art. 414, do CPP).
20.4) Desarquivamento do inquérito policial
Nos casos em que o arquivamento só faz coisa julgada
formal será possível o desarquivamento do inquérito
policial.
Quem requer o desarquivamento do inquérito policial?
O juiz poderá determinar o desarquivamento do inquérito
policial de ofício?
20.5) Recursos cabíveis na hipótese de arquivamento do
inquérito policial
REGRA a decisão que determina o arquivamento doinquérito policial é irrecorrível.
EXCEÇÕES
a) crimes contra a economia popular ou a
saúde pública (art. 7º, da Lei 1.521/1951);
b) contravenções relacionadas ao jogo do
bicho (art. 6º, parágrafo único, da Lei
1.508/1951).
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21) Arquivamento implícito do inquérito policial
1) Arquivamento implícito objetivo
a) inquérito apura duas ou mais infrações penais e o
Ministério Público oferece denúncia apenas quanto a uma ou
algumas delas, silenciando quanto às demais.
b) inquérito apura duas ou mais infrações penais e o
Ministério Público postula e tem deferido pelo juiz o
arquivamento do procedimento policial, referindo-se, a
apenas um ou alguns dos fatos, silenciando quanto à demais.
2) Arquivamento implícito subjetivo
a) inquérito investiga duas ou mais pessoas pela prática da
infração penal e o Ministério Público oferece denúncia
apenas quanto a uma ou algumas delas, silenciando quanto
às demais.
b) inquérito investiga duas ou mais pessoas pela prática da
infração penal e o Ministério Público postula e tem deferido
pelo juiz o arquivamento do procedimento policial,
referindo-se, a apenas um ou alguns dos investigados,
silenciando quanto à demais.
Como deverá proceder o magistrado ao constatar a
ocorrência das hipóteses de arquivamento implícito?
Diante da hipótese de arquivamento implícito, a vítima poderá
oferecer ação penal privada subsidiária da pública em
relação aos indivíduos ou fatos que, apesar de investigadosno
inquérito, não constaram na denúncia recebida ou promoção
de arquivamento homologada pelo juízo?
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22) Arquivamento indireto do inquérito policial
O arquivamento indireto ocorre na hipótese em que o
membro do Ministério Público deixa de oferecer a
denúncia sob o fundamento de que o juízo em que oficia
e no qual foi distribuído o inquérito é incompetente para
ação penal, requerendo, então, ao magistrado a remessa
dos autos respectivos ao juízo que reputa competente.
Como deverá proceder o juiz caso discorde do pedido de
remessa feito pelo Ministério Público, por considerar-se
competente?
Diante da hipótese de arquivamento indireto, a vítima poderá
oferecer ação penal privada subsidiária da pública?
Inquérito 
Policial

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