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Doutrinas Contábeis - Científico ⚫ Entre 1818 e 1840, na primeira metade do século XIX, consolidaram-se as bases do período científico. ⚫ As observações levam a raciocínios organizados que geram conceitos, estes produzem enunciados ou teorias e estes, ainda, as teorias. ⚫ Os que criam bases doutrinárias e teorias, como mestres, passam a ter adeptos e assim se forma uma escola científica, de pensamentos semelhantes. ⚫ Surgem as DOUTRINAS CONTÁBEIS. SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 59-61. As Doutrinas Contábeis Período Científico ⚫ Contismo ⚫ Materialismo substancial; ⚫ Personalismo; ⚫ Controlismo; ⚫ Reditualismo; ⚫ Aziendalismo; ⚫ Patrimonialismo. As Doutrinas Contábeis - Contismo ⚫ Segundo Lopes de Sá, o Contismo desenvolveu-se na era pré-científica. ⚫ Considerou a “conta” como objeto de estudo da contabilidade. ⚫ Suas idéias desmoronaram nas primeiras décadas do século XIX, na península, pressionado entre as duas grandes oposições a personalista de Marchi e a materialista de Villa. SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 70 Contismo ⚫ Primeiro movimento em que se reuniram contadores em torno de uma linha de pensamento organizada. ⚫ Idéia central: a fundamentação do mecanismo das contas, com foco no seu funcionamento. Contismo ⚫ A Contabilidade deveria se preocupar especialmente com o processo de escrituração e comas técnicas de registro através do sistema de contas. Contismo ⚫ Os negócios de um comerciante deveriam ser controlados a partir de 5 objetos principais propostos por Edmund Degrange, que se interagem continuamente: a) mercadorias; b) dinheiro; c) efeitos a receber; d) efeitos a pagar; e e) lucros e perdas. ⚫ Fazer lançamento a débito ou a crédito em uma dessas contas era o mesmo que debitar ou creditar o próprio comerciante. As Doutrinas Contábeis - Materialismo ⚫ Lider: Francesco Villa. Em 1840. ⚫ Definiu a linha divisória entre o simples registro, como arte, e aquele conhecimento do comportamento da riqueza patrimonial. ⚫ Naquela época, a Contabilidade Pública já era matéria obrigatória no curso superior de Ciências Jurídicas. ⚫ Admitiu que “é a informação que está a serviço do Contador e não o Contador a serviço da informação. SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 63. Período Científico ⚫ Materialismo substancial; ⚫ Personalismo; ⚫ Controlismo; ⚫ Reditualismo; ⚫ Aziendalismo; ⚫ Patrimonialismo. MATERIALISMO SUBSTANCIAl ⚫ Busca ir além dos registros contábeis... A informação está a serviço do contador e não o Contador a serviço da informação. ⚫ Desenvolvida por Francisco Villa. MATERIALISMO SUBSTANCIAl ⚫ A Contabilidade não é apenas uma técnica de informação, mas algo que se preocupa em conhecer o substancial que se encontra muito além do registro de dados e informações. ⚫ Deixa-se para trás a contabilidade como técnica ou arte. ⚫ Tentativa de analisar e compreender o comportamento da riqueza patrimonial. MATERIALISMO SUBSTANCIAl (...) muito além do registro de dados e informações..... ⚫ Nos dias atuais a contabilidade se encontra neste estágio sublinhado em vermelho? Muito além de dados e informações......... https://www.jornalcontabil.com.br/franquia-de-contabilidade-tem-mais-de-mil-clientes-em-todo-o-brasil/#.W4fd0s5KiHs Muito além da escrituração.... Esse comunicado da Sevilha Contabilidade demonstra que há ainda muitos profissionais com foco em escrituração.. Não indo além disso! Muito além da escrituração.... Leituras recomendadas: ⚫ Capítulo 4 Teoria da Contabilidade – Hendriksen; ⚫ Capítulos 6, 7 e 8 de Introdução à Teoria da Contabilidade – Marion e Iudícibus. As Doutrinas Contábeis - Materialismo Alguns enunciados de Villa: ⚫ Consumir um patrimônio equivale a dissipá-lo, privar-se de seu valor, sem que outro valor se produza; ⚫ Do que se produz uma parte deve destinar-se a manutenção da fonte produtora, outra a conservação do fundo produtivo e ainda outra a reprodução de novos valores. SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 66. As Doutrinas Contábeis - Materialismo ⚫ Enunciados de Villa: ⚫ Sendo o valor variável e relativo, é inútil confrontar duas riquezas, só sendo válida a comparação se existirem no mesmo tempo e no mesmo lugar. SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 66. Materialismo - Fatos ⚫ Fatos permutativos – não alteram o patrimônio ⚫ Fatos modificativos – alteram o patrimônio ⚫ Fatos mistos – combinação dos dois anteriores. ⚫ As contas foram agrupadas, respectivamente: Contas integrais, Contas diferenciais, e Contas mistas. Doutrinas Contábeis ⚫ Materialismo substancial; ⚫ Personalismo; ⚫ Controlismo; ⚫ Reditualismo; ⚫ Aziendalismo; ⚫ Patrimonialismo. As Doutrinas Contábeis - Personalismo ⚫ O entendimento de que pudesse existir uma “ciência das contas” motivou reações dos italianos que não se conformavam com a limitação de nosso conhecimento às formalidades apenas do registro. ⚫ Foi uma corrente que se ligou aos conceitos jurídicos, pessoais, mas com sérios envolvimentos, também com a administração. ⚫ Líder: Francesco Marchi; a partir de obra publicada em 1867... (segunda metade do séc. XIX). SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 70. Personalismo ⚫ As contas deveriam ser abertas para as pessoas em sua materialização física ou jurídica, entendendo que o dever e o haver representariam débitos e créditos para essas mesmas pessoas. As Doutrinas Contábeis - Personalismo ⚫ Em 1873 surge o trabalho de Giuseppe Cerboni. Principais argumentações: ⚫ A ciência contábil competia o estudo de todas as variações da riqueza em relação à azienda. ⚫ Chegou a designar a Contabilidade como “ciência da administração aziendal” e entendeu que se deveriam observar tal conhecimento como uma ciência ou ramo do saber humano; SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 72-73 Personalismo ⚫ Criticou o Contismo, em especial a teoria das 5 contas criado por Edmundo Degrange por não haver fundamentação científica... ⚫ a personificação das contas se iniciou com o método das partidas dobradas, entretanto, não se fundava em princípios científicos, mas em meros artifícios de que os autores daquele método se utilizavam para explicar o mecanismo das contas. As Doutrinas Contábeis - Personalismo ⚫ Axioma (um deles) – o proprietário, administrando ou não a azienda, é de fato, credor da substância e devedor das passividades pertinentes àquela, ao contrário do que ocorre com os agentes e correspondentes. ⚫ Corolário: o administrador não pode ser devedor nem credor da azienda, senão como agente consignatário ou correspondente estranho àquela. SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 72-73 Personalismo ⚫ As contas na doutrina personalista são divididas em 3 grupos: ⚫ Contas do proprietário: Capital, Lucro e Perdas. ⚫ Contas dos agentes consignatários: dinheiro, mercadorias, bens móveis, etc. ⚫ Contas de correspondentes: devedores e credores. Essas contas representavam as relações com terceiros. Personalismo ⚫ Foram introduzidas a concepção jurídica nas relações entre o proprietário e os agentes e os correspondente, a partir da idéia de direitos e obrigações entre eles que eram materializados nas contas que registravamos débitos e os créditos no balanço. Período científico ⚫ Materialismo substancial; ⚫ Personalismo; ⚫ Controlismo; ⚫ Reditualismo; ⚫ Aziendalismo; ⚫ Patrimonialismo. As Doutrinas Contábeis - Controlismo ⚫ Escola de oposição aos personalistas. ⚫ Líder: Fábio Besta ⚫ Ano: 1879/80; ⚫ A Contabilidade tinha como objeto de seu estudo o “controle da riqueza aziendal”. ⚫ Afirma: a riqueza pertinente a uma azienda forma a substância ou o patrimônio àquela legado e toda azienda possui substância, seja pequena, sena grande. SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 81. As Doutrinas Contábeis - Controlismo ⚫ Contas não se abrem para pessoas, mas para valores; ⚫ A classificação dos elementos patrimoniais, só pode se feita se observados os fins a que se destinam tais componentes, ou seja, consagra uma metodologia de classificação por funções dos elementos da riqueza. ⚫ É pelo controle que tudo se torna relevante e que o estudo das causas e dos efeitos de tais funções são básicos; SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 81. Controlismo ⚫ Abordou uma visão econômica no estudo da contabilidade, voltada para análise da riqueza da entidade. ⚫ Um contador moderno não apenas manuseia cifras, mas conhece profundamente o seu significado, o que elas contêm e o que exprimem sobre a riqueza econômica da entidade. As Doutrinas Contábeis - Controlismo ⚫ Classifica os controles em: antecedentes, concomitantes e subseqüentes, afirmando que tudo deve ser registrado e que o objeto dos registros são os fatos ocorridos com a riqueza. ⚫ Rédito é representado por aquela quantidade de riqueza que periodicamente aflui a unidade econômica ou pessoa determinada e que pode ser consumido sem diminuição da riqueza originária. (De Gobbis). SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 81- 89. Período Científico ⚫ Materialismo substancial; ⚫ Personalismo; ⚫ Controlismo; ⚫ Reditualismo; ⚫ Aziendalismo; ⚫ Patrimonialismo. As Doutrinas Contábeis - Reditualismo ⚫ Líder: Eugen Schmalenbach ⚫ Início: 1908, sendo a 1ª. ed. Livro em 1919 ⚫ O comércio, seu lucro, tiveram prioridades de observação desde a Antiguidade, mas uma escola científica contábil, sobre tais aspectos, só surgiria no início do séc. XIX. ⚫ Dedica-se mais ao estudo das empresas e seus resultados, lança as idéias fundamentais de fluxo ou comparações de diversos estados patrimoniais, com destaques especiais para os custos. ⚫ Entende que o êxito ou insucesso de uma empresa depende dos lucros que ela possa auferir ou não, daí decorrendo a relevância dessa função da riqueza. ⚫ SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 93. Período científico ⚫ Materialismo substancial; ⚫ Personalismo; ⚫ Controlismo; ⚫ Reditualismo; ⚫ Aziendalismo; ⚫ Patrimonialismo. As Doutrinas Contábeis - Aziendalismo ⚫ Pioneiro: J.G. Courcelle-Seneuil ⚫ Período: 1900 ⚫ A azienda é a célula social onde o homem desenvolve atividades para satisfação de suas necessidades. ⚫ O aziendalismo, a economia das empresas, a economia aziendal, as ciências gerenciais, seja que denominação se pretenda dar a esse conjunto de disciplinas que estudam os fenômenos ocorridos nas células sociais, foi uma concepção que se formou ao longo de muitos anos (...) SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 98 As Doutrinas Contábeis - Aziendalismo ⚫ Leo Gomberg – Entendeu que a economia geral se constitui de muitas economias aziendais, ou seja, tomou como objeto comum a riqueza administrada e passou a ver tudo sob a ótica da economia, a ponto de dar à Contabilidade a denominação de Economologia. SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 100 As Doutrinas Contábeis - Aziendalismo ⚫ À Contabilidade compete a tarefa de examinar e explicar as causas e os efeitos dos fenômenos econômico-aziendais. ⚫ Partidas dobradas - o débito é sempre o efeito e o crédito sempre a causa. ⚫ Na equação de débito igual a crédito e que forma a base do procedimento das Partidas Dobradas, não há o duplo valor, mas um só valor explicado em causa e efeito, portanto, sob dois aspectos. ⚫ Em suma: O PASSÍVO É A CAUSA DO ATIVO. SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 100 As Doutrinas Contábeis - Aziendalismo ⚫ As contas são apenas meios utilizáveis para que se conheça o que aconteceu e a utilização delas tanto poder ser feita pela Contabilidade como pela Estatística ou outra disciplina. ⚫ Outro renomado autor: Gino Zappa ⚫ Início: 1926-1927 SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 100 As Doutrinas Contábeis - Aziendalismo ⚫ Crítica aos seus antecessores: “A especulação da meditação não subsidiada pela verificação, de correspondência com os fatos concretos, é imprestável nas ciências de aplicação, para a elaboração de proposições corretas. ⚫ Considera o sentido de realidade como base de seu critério de verificação científica. ⚫ Destaca o valor da Teoria, nas suas tentativas de explicação dos fatos, reconhece a amplitude que essa pode alcançar e reconhece que só a generalidade pode ter caráter científico. SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 115 Período científico ⚫ Materialismo substancial; ⚫ Personalismo; ⚫ Controlismo; ⚫ Reditualismo; ⚫ Aziendalismo; ⚫ Patrimonialismo. As Doutrinas Contábeis - Patrimonialismo ⚫ O valor é a pedra angular da Contabilidade e a Conta uma unidade do Valor e esta tendo por objeto o Patrimônio. ⚫ Principal líder: Vicenzo Masi ⚫ Em 1924 SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 124 Patrimonialismo ⚫ O patrimônio é o objeto de estudo da Contabilidade. ⚫ Pode ser estudado sob os aspectos estático e dinâmico que mensuram os resultados econômicos de sua aplicação. ⚫ O patrimônio é uma grandeza real, cuja constituição íntima deve ser reconhecida e que se transforma e evolui sob o influxo da atividade humana. As Doutrinas Contábeis - Patrimonialismo ⚫ Se examinarmos os fenômenos fundamentais de Contabilidade, não podemos deixar de reconhecer que eles requerem indagações acuradas; não se pode negar que se torna necessário observá-los, expô-los e procurar explicá-los; depois, munidos dos ensinamentos oferecidos pelas pesquisas feitas com o subsídio de métodos especiais de investigação, próprios das ciências experimentais, daí retirar normas de prática aplicação a casos concretos. SÁ, Antonio Lopes. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, 1997, p. 124 A Escola Americana ⚫ O modelo contábil americano focou bastante a questão da informação econômica e financeira e gerencial. ⚫ Forte influencia das associações profissionais como a AAA. As Doutrinas Contábeis – Filosófico Normativo A euforia normativa: ⚫ Em 1916 surgem as primeiras tentativas normalizadoras nos EUA. ⚫ Em 1924 os contabilistas do Brasil aprovavam uma conclusão de seu I Congresso Brasileiro de Contabilidade, que deveriam constituir as Câmaras de Contabilidade, com a finalidade de “estabelecer regras de ordem técnica para serem seguidas pelos guarda- livros e contadores”. Porém, outro impulso normativo só voltou a ocorrer na década de 70. ⚫ Em 1936 a Grã Bretanha começava a se precoupar com as pesquisas sobre a doutrina e as práticas para encontrar uma forma de criar normas contábeis. Filosófico-Normativo ⚫ O livro da Teoria da Contabilidade de Hendriksen e Van Breda foi construído com baseno modelo Filosófico-Normativo. O POSITIVISMO OS PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE GERALMENTE ACEITOS PCGA – conceito objeto objetivo ⚫ São os conceitos básicos que constituem o núcleo essencial que deve guiar a profissão na consecução dos objetivos da Contabilidade. ⚫ O objetivo: Informar o usuário ⚫ O objeto: patrimônio das entidades. IUDÍCIBUS, Sérgio de. MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade. Atlas. 1999, p. 89 A estrutura conceitual básica da Contabilidade ⚫Artigo de R. Scott publicado na Accounting Review – 1941: The basis for accounting principles. ⚫Sua proposta diferenciava-se daquelas apresentadas pela maioria dos pesquisadores de sua época, pois ele advogava a interfase da estrutura conceitual da contabilidade com o meio ambiente social, político e econômico. SANTOS, José Luiz; SCHMDT, Paulo; MACHADO Nilson Perinazzo. Fundamentos da Teoria da Contabilidade. Atlas. 2005. p. 21. A estrutura conceitual básica da Contabilidade ⚫ Com a publicação dos SFAC n. 1 e 2 – Statements of Financial Accounting Concepts – em 1978 e 1980, emitidos pelo FASB (Financial Accounting Standard Board), foi adotado nos EUA uma estrutura conceitual para a contabilidade, servindo de indicador direcional para os procedimentos contábeis norte-americanos. Essa estrutura é apresentada de forma hierárquica, partindo dos postulados e princípios para a dedução de regras, métodos e procedimentos contábeis. SANTOS, José Luiz; SCHMDT, Paulo; MACHADO Nilson Perinazzo. Fundamentos da Teoria da Contabilidade. Atlas. 2005. p. 21. PCGA – VISÃO GLOBAL Postulados Entidade contábil Continuidade Princípios Contábeis Custo Histórico – Denominador Comum Monetário – Realização da Receita – Confrontação da Despesa – Essência sobre a forma Convenções Objetividade Materialidade Consistência Conservadorismo PCGA - PRINCÍPIOS E POSTULADOS ⚫ Postulados Ambientais: são premissas ou constatações básicas, não sujeitas a verificação, que formam o arcabouço sobre o qual repousa o desenvolvimento subsequente da teoria da contabilidade. ⚫ Princípios: Guias de direção; POSTULADO DA ENTIDADE ⚫ A Contabilidade é sempre mantida para uma entidade, que exerce atividade econômica como meio ou fim. O Patrimônio desta entidade não se confunde com os patrimônios de seus proprietários. IUDÍCIBUS, Sérgio de. MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade. Atlas. 1999, p. 92 (POSTULADO) ENTIDADE ⚫ Considerado como um dos Postulados Ambientais da Contabilidade. ⚫ É da natureza dos negócios e das operações que os sócios, proprietários ou quotistas de determinada entidade sejam também entidades distintas. ⚫ A questão do balanço consolidado como entidade para a Contabilidade. IUDÍCIBUS, Sérgio de. MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade. Atlas. 1999, p. 91 (POSTULADO) CONTINUIDADE ⚫ É considerado Postulado Ambiental. ⚫ Considera o empreendimento (contido dentro da entidade objeto de contabilização) como em andamento (going concern) até forte evidência em contrário. ⚫ Se na continuidade os ativos avaliados a valor de entrada, como tratá-los na descontinuidade? IUDÍCIBUS, Sérgio de. MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade. Atlas. 1999, p. 94 (POSTULADO) CONTINUIDADE ⚫ Os ativos, enquanto estocados, devem, via de regra, ser avaliados por algum tipo de valor de entrada (de custo original, original corrigido ou então de reposição). Se a descontinuidade é a exceção, na qual os elementos do patrimônio seriam avaliados a valores de realização (ativos) e de liquidação (exigibilidades), na regra, que é a continuidade, devem prevalecer critérios opostos, isto é, valores de entrada. IUDÍCIBUS, Sérgio de. MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade. Atlas. 1999, p. 94 Princípio: Custo Original como base de valor ⚫ A questão do custo original com base de valor e do custo original como valor e a inflação. ⚫ A opção dos valores de entrada. ⚫ GOODWILL – somente é ativo, no fundo, aquilo que “custou” alguma coisa para a entidade. Somente assim pode-se entender o porquê da a Contabilidade apenas admitir, usualmente, o registro do Goodwill adquirido e não do criado pela entidade. IUDÍCIBUS, Sérgio de. MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade. Atlas. 1999, p. 102 Princípio: Denominador Comum Monetário ⚫ É a qualidade agregativa da Contabilidade que, sem deixar de dar devida consideração às qualidades essenciais e específicas de ativos e passivos como geradores de fluxos futuros de caixa, ainda consegue adicionar e homogeneizar tais elementos diferenciados através do denominador comum monetário. ⚫ Questão: como algumas transações são realizadas com base em valores prefixados e como data de liquidação em prazo futura, a contabilidade não deveria trabalhar com o conceito de valor presente? IUDÍCIBUS, Sérgio de. MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade. Atlas. 1999, p. 103 PRINCÍPIO DA REALIZAÇÃO DA RECEITA ⚫ O ponto normal de reconhecimento da receita é aquele em que produtos ou serviços são transferidos ao cliente e não, propriamente, o ponto em que dinheiro é recebido por esta transferência (...). IUDÍCIBUS, Sérgio de. MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade. Atlas. 1999, p. 111 Reconhecimento da receita ⚫ Receitas que acrescem em proporção direta ao decurso do tempo. Ex. aluguéis, juros. ⚫ Receitas reconhecidas por valorização dos estoques. Há avaliação de mercado para cada um dos estágios distintos da maturação dos produtos Ex.: produtos agrícolas, gado, vinho.metais preciosos. Reconhecimento da receita ⚫ Produtos de longo prazo de maturação. Produtos que ultrapassam o exercício financeiro. O preço total contratado necessita ser determinado adiantadamente ou é determinável. Há incerteza quanto ao preço é mínima e a incerteza relativa ao recebimento não é.Ex. obras civis de longa duração. Reconhecimento da receita ⚫ Reconhecimento da receita após o ponto de venda. Aplicável quando não for possível avaliar os ativos recebidos em troca da venda com um bom grau de afiançabilidade; e se esperarmos despesas adicionais relevantes, após a venda, e se estas não puderem ser estimadas com um bom grau de afiançabilidade. Ex. recebimento é improvável ou muito arriscado; se as despesas de faturamento, de expedição e de garantia forem relevantes e não estimáveis com acurácia no período em que a venda ocorrer. Reconhecimento da despesa • Não está relacionado ao montante efetivamente pago. • Relação com o consumo. • Absoluta certeza: se se é bem cauteloso no reconhecimento da receita (somente reconhecer com quase absoluta certeza) deve- se sê-lo, em sentido oposto, com a despesa (somente deixar de reconhecer com absoluta certeza. IUDÍCIBUS, Sérgio de. MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade. Atlas. 1999, p. 113 Reconhecimento da despesa ⚫ Todas as despesas e perdas ocorridas em determinado período deverão ser confrontadas com as receitas reconhecidas nesse mesmo período ou a ele atribuídas, havendo casos especiais: ⚫ Despesas pré-operacionais, e ⚫ Gastos com pesquisa e desenvolvimento. IUDÍCIBUS, Sérgio de. MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade. Atlas. 1999, p. 114 Princípio da essência sobre a forma ⚫ Sempre que possível, a contabilidade, ao contemplar o registro de uma transação, deverá observar sua forma legal e essência econômica. Entretanto, se a forma, de alguma maneira dissimular ou não representar claramente a essência econômica da transação, estaúltima deverá ser a base de registro para a Contabilidade. ⚫ Leasing; venda com opção de retorno/recompra IUDÍCIBUS, Sérgio de. MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade. Atlas. 1999, p. 115 Exercícios ⚫ Responda a cada uma das questões a seguir, justificando suas respostas. Exercício 1 ⚫ A Monte Sa vende geladeiras com garantia de dois anos. Os gastos com garantias (peças, mão-de-obra, etc.) devem ser contabilizados no momento em que a garantia foi prestada ou por ocasião da venda da geladeira ao cliente? Correção exercício 1 ⚫ R.: Na venda do cliente. Nesse caso, o valor da garantia deve ser estimado, por exemplo, com base no percentual histórico dos gastos com garantias em relação às receitas de vendas de geladeiras. A contabilização é feita a crédito de conta no passivo denominada Provisão para Garantias em contrapartida com conta de Despesas de Garantias na DRE. Exercício 2 ⚫ A Ridma SA comercializa cadeiras, mesas e armários para escritórios. A companhia recebeu um pedido de compra em 10/09/20x2, a emissão da nota fiscal e a entrega dos produtos ocorreram em 15/10/20x2, a duplicada foi expedida para o cliente em 01/11/20x2 e o recebimento da venda foi em 15 de novembro. Quando deve ser reconhecida a receita? Correção exercício 2 ⚫ R.: outubro de 20x2, tendo em vista que a receita deve ser contabilizada no momento em que passa a propriedade do produto ou da mercadoria da companhia para o cliente. Evidentemente que os custos correspondentes a essa receita deveriam ser computados em custos das vendas (resultados) também em outubro de 20x2. Exercício 3 - Marque V ou F ⚫ ( ) Na situação de liquidação da empresa, em atendimento ao Postulado da Continuidade, os futuros desembolsos com indenizações de funcionários que serão demitidos somente devem ser registrados quando efetivamente pagos. Correção exercício 3 ⚫ R.: F ⚫ O Postulado da Continuidade determina que o critério de avaliação dos ativos seja alterado, ao invés de se utilizar o critério de valor de entrada, seja utilizado a valores de realização. Portanto, não alcança o princípio da realização da receita e confrontação da despesa. Exercício 4 ⚫ Determinado profissional foi autuado pela fiscalização do Conselho de Classe por não apresentar a escrituração do Livro Diário de determinada empresa. ⚫ Em sua defesa, alegou o infrator que a entidade encontra-se com as atividades “suspensas”, isto é, não houve nenhum movimentação ao longo do ano de 2008, situação essa, inclusive, reconhecida como regular perante a Receita Federal. Por esse motivo, afirmou: “Fazer novo balanço prá quê! É tudo igual!!” ⚫ Para comprovar essa afirmação apresenta o balanço referente a 2007, onde consta: Caixa R$ 25.000,00, Móveis e Utensílios R$ 15.000,00. Capital R$ 40.000,00. ⚫ Você, como Conselheiro relator do processo, a quem dará razão? Justifique sua resposta. Leitura ⚫ Teoria da Contabilidade. Sergio Iudícibus: Capítulo 3 – Postulados Contábeis, 4 – Princípios Contábeis, e capítulo 5 – As Convenções Contábeis. ⚫ FIM CONVENÇÕES CONTÁBEIS PCGA – VISÃO GLOBAL Postulados Entidade contábil Continuidade Princípios Contábeis Custo Histórico – Denominador Comum Monetário – Realização da Receita – Confrontação da Despesa – Essência sobre a forma Convenções Objetividade Materialidade Consistência Conservadorismo CONVENÇÕES CONTÁBEIS ⚫ Restrições ou limitações aos Princípios Contábeis Geralmente Aceitos. CONVENÇÕES CONTÁBEIS ⚫ Objetividade ⚫ Materialidade ⚫ Consistência ⚫ Conservadorismo Objetividade ⚫ As informações contábeis não devem ser distorcidas; ⚫ Entre os vários procedimentos possíveis, deve-se escolher o mais adequado (o mais objetivo) Objetividade ⚫ Para que exista confiabilidade nas informações, os contadores precisam decidir o atributo que será mensurado e, então, selecionar um procedimento de mensuração que poderá descrever o atributo adequadamente. Objetividade Conceitos segundo Hendriksen: 1. Mensurações impessoais ou que existem fora da mente da pessoa que as está realizando; 2. Mensurações baseadas no consenso de experts qualificados; 3. Mensurações baseadas em evidências verificáveis; e 4. Valor da dispersão estatística das mensurações de um atributo quando realizados por vários pesquisadores. Objetividade O termo Objetividade pode observado nos seguintes pontos de vista: 1. Dar referência a uma documentação formal ou tipo de evidência que suporte o registro e sua avaliação; 2. Da tangibilidade do objeto passível de mensuração; e 3. Da posição de neutralidade que a Contabilidade deveria manter. Materialidade ⚫ Conceito de relevância para a boa evidenciação das informações contábeis; A questão do custo da informação. ⚫ O exemplo do lápis; ⚫ A busca pela diferença de R$ 1,00 Conceito exige vivência e, acima de tudo, bom senso! Consistência ⚫ Se adotamos certos critérios, entre os vários que poderiam ser válidos à luz dos princípios contábeis, não deveria eles ser alterados, a não ser que absolutamente necessário e desde que os efeitos que possam ter acarretado na interpretação por parte dos usuários sejam evidenciados. ⚫ Conceito utilizado mais para retratar a comparabilidade no tempo, dentro de uma mesma entidade. Conservadorismo (Prudência) ⚫ Se o contador estiver em dúvida diante de dois montantes, igualmente válidos de dívida da empresa com terceiros, ele deverá registrar o maior valor. ⚫ Custo ou mercado o que for o menor. ⚫ FIM
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