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ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

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ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
FUNÇÕES DA ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Para tratar de análise de investimento, é necessário entender o contexto do qual ela faz parte. Vamos lembrar que no atual mundo capitalista e competitivo as empresas atuam em busca de maiores e melhores resultados. Assim, em toda ação de investimento esperam-se retorno, pouco risco, segurança e crescimento. As políticas adotadas para investimento podem trazer risco ou segurança para as organizações e devem ser criadas, implantadas e acompanhadas pela gestão financeira das organizações.
Então, para entender a atuação da gestão financeira e a movimentação de recursos, vamos discorrer sobre a atuação da área.
O PAPEL DA GESTÃO FINANCEIRA
O papel de finanças está intimamente associado aos fluxos de dinheiro, ou seja, às entradas e saídas que são imprescindíveis à manutenção de qualquer operação, seja uma pessoa, uma grande organização com fins lucrativos e até mesmo outras organizações que necessariamente não se pautam com os objetivos de lucros. Entretanto, sem dinheiro nenhuma delas chegará a lugar algum.
As ações geram entradas ou saídas dos recursos. Toda essa operação exige um investimento inicial, e espera-se que ele tenha retorno em determinado período. Nesse sentido, gerenciar os recursos próprios ou de terceiros é fundamental, pois garante um dos princípios contábeis, o da continuidade.
Para reforçar aimportânciadagestãodessesrecursos, encontramosaténosevangelhos, especialmente no evangelho de Mateus, referências sobre a administração do dinheiro. Diga-se de passagem, Mateus é considerado o patrono dos contabilistas.
Sendo assim, podemos afirmar de uma maneira mais restrita que o papel de finanças é administrar ativos e passivos, tendo como principal representante o gestor financeiro.
Nas organizações, o gestor financeiro pode atuar em diversos níveis, como vice-presidente de finanças, diretor financeiro, controller e gerente financeiro.
COMISSÃO TÉCNICA DE MOEDA E CRÉDITO (COMOC)
Subordinada ao Conselho Monetário Nacional está a Comissão Técnica de Moeda e Crédito, cujas funções executivas são feitas pelos órgãos destacados a seguir.
Banco Central: emissão da moeda, fiscalização das instituições financeiras e controle cambial são as funções principais.
Comissão de Valores Mobiliários (CVM): fiscalizar a emissão de ações e debêntures e realizar auditoria das companhias abertas.
Banco do Brasil: atua como principal executor da política rural e principal agente financeiro do país.
Caixa Econômica Federal: é responsável pela política de saneamento básico do país e administra o fundo de garantia e o banco para o trabalhador do país.
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES): responsável pela política de investimento a longo prazo.
Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN): constituído de oito conselheiros, subordinados ao Ministério da Fazenda, para julgar em segunda e última instância os recursos e interpostos das decisões relativas à aplicação de penalidades administrativas pelo Banco Central e pela CVM.
O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
O sistema financeiro nacional se ocupa dos mercados monetário, de crédito, de capitais e cambial.
O mercado monetário envolve as operações de curto e curtíssimo prazo, proporcionando um controle ágil e rápido da liquidez da economia e das taxas de juros básicas pretendidas pela política econômica das autoridades monetárias (Selic).
Nesse mercado, são negociados, principalmente, os papéis emitidos pelo Banco Central e pelo Tesouro Nacional, com o objetivo de financiar o orçamento público.
O governo precisa ser financiado, ou seja, precisa arrecadar recursos para bancar suas ações; os meios que tem para isso são os impostos e taxas, mas estes dependem de periodicidade para gerar entrada no caixa.
Assim, como o governo faz para antecipar a entrada? Ele emite papéis, como as chamadas debêntures, nas empresas, e por essas emissões promete pagar taxas que sejam atraentes (basicamente, a taxa Selic).
Quando o governo aumenta a taxa de juros, ele está ampliando os valores pagos aos investidores que compram títulos públicos, o que normalmente atrai mais investidores e aumenta o endividamento do governo. Quando diminui a taxa, está reduzindo os rendimentos pagos para esses investidores, atraindo, assim, menos recursos.
O SISTEMA FINANCEIRO INTERNACIONAL
Fundo Monetário Internacional (FMI)
O FMI, que teve as suas operações abertas no início de 1947, é a principal instituição financeira internacional. Algumas de suas funções são semelhantes às de um banco central global. Um de seus papéis principais é estimular o comércio mundial e o crescimento econômico por meio de regulação, promoção, estabilidade e cooperação para as questões monetárias internacionais.
Em suma, pode-se afirmar que o FMI é uma instituição monetária e fonte de recursos como reservas oficiais dos países. Sua atividade principal é garantir a estabilidade do sistema monetário internacional, com o financiamento de déficits temporários do balanço de pagamento;
O FMI desempenha, ainda, outras três atividades:
vigilância: avalia as políticas cambiais dos países-membros a partir de uma análise abrangente da situação econômica geral e das estratégias de política econômica de cada membro;
assistência financeira: inclui créditos e empréstimos concedidos pelo FMI a países-membros com problemas temporários de balanço de pagamentos;
assistência técnica: apoio e consultoria oferecidos pelo FMI a seus membros em várias áreas de planejamento e de implementação de políticas fiscais e monetárias.
IDENTIFICAÇÃO DE DISPONIBILIDADES DE RECURSOS FINANCEIROS PARA INVESTIMENTOS
DEFINIÇÃO DE INVESTIMENTOS
É possível definir investimentos como aplicações de recursos, ou quantias em dinheiro, em ativos que, de acordo com a sua natureza, tipos de ativos ou investimentos, possuem vida útil definida. Ou seja, os investimentos devem retornar em certo período, atendendo ou não as necessidades dos acionistas.
Se utilizarmos, por exemplo, as diversas demonstrações financeiras ou contábeis existentes, como o Balanço Patrimonial, constataremos que o ativo está representado por diversas contas que compõem os inúmeros investimentos necessários à empresa para manter sua finalidade ou suas atividades operacionais. Nesse sentido, os ativos existentes nos balanços patrimoniais das empresas tomam a característica de dois grandes grupos: os ativos circulantes e os ativos não circulantes.
Os ativos circulantes são representados pelos diversos investimentos de curto prazo; dentre eles, destacam-se:
dinheiro que é representado pelas disponibilidades ou pelas respectivas contas denominadas caixa, bancos e aplicações financeiras de liquidez imediata;
os direitos a receber, representados pela conta duplicatas a receber ou clientes, que se originam das vendas a prazo que a empresa faz aos seus clientes;
os diversos tipos de estoques representados pelas contas de mercadorias para revenda nas empresas comerciais, ou seja, são adquiridas e não sofrem nenhuma transformação; as contas de matérias-primas, produtos em fabricação e produtos acabados, típicas das empresas industriais.
Conclui-se, dessa forma, que os ativos circulantes estão intimamente relacionados às atividades operacionais em que a empresa se organizou e se instalou. Desses ativos deve se originar uma das principais fontes de recursos para investimentos, o lucro.
Os ativos não circulantes se distribuem em diversos subgrupos; entre eles, destacam-se os realizáveis a longo prazo, ou seja, os que serão convertidos em dinheiro a longo prazo. As empresas que possuem um ciclo operacional longo são as que normalmente possuem ativos realizáveis de longo prazo, dedicadas à produção de bens de capital, construção civil etc.
CUSTO DE CAPITAL
Falar de custo de capital é retornar ao custo do dinheiro utilizado,discutir o retorno esperado de tal investimento e falar dos prazos e riscos envolvidos. Ao avaliar um investimento, uma empresa deve estimar os fluxos de caixa futuros associados à decisão e apurar sua taxa interna de retorno (IRR), calculando seu valor presente líquido (NPV) para decidir sobre a aceitação ou rejeição do projeto.
O custo de capital é formado a partir das informações sobre as expectativas mínimas de retorno exigidas pelas fontes de financiamento (credores e acionistas).E é usado como taxa de desconto dos fluxos previstos de caixa do investimento. Se o retorno apurado for superior ao custo de capital, apura-se um valor presente líquido positivo; caso contrário, a decisão não é capaz de remunerar os proprietários de capital, destruindo assim o valor aplicado.
O custo de capital também é essencialmente formado por uma taxa livre de risco mais um prêmio associado ao projeto em avaliação. Quanto mais arriscada for a decisão de investimento, maior o custo de capital, pela exigência de mais elevado prêmio de risco. O custo de capital é determinado principalmente pelo risco associado ao investimento, e não pela forma como é financiado.
CUSTO DE CAPITAL DE TERCEIROS 
Custo de capital deve ser observado com mais cautela quando se trata de capital de terceiros. Assim, para o estudo do custo total de capital, é necessário, inicialmente, conhecer o custo de cada fonte de recursos (próprio e terceiros) selecionada pela empresa e, então, mensurar a partir desses valores a taxa de retorno desejada para as decisões de investimentos; isso será a base para avaliar se o investimento é seguro ou interessante. O custo total de capital (WACC) reflete a remuneração mínima exigida tanto por acionistas como por credores da empresa. O custo de capital de terceiros é definido de acordo com os passivos onerosos identificados nos empréstimos e financiamentos mantidos pela empresa.
CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO
O custo de capital próprio revela o retorno desejado pelos acionistas de uma empresa em suas decisões de aplicação de capital próprio. Constitui o segmento de estudo mais complexo das finanças corporativas, assumindo diversas hipóteses e abstrações teóricas em seus cálculos.
A determinação do custo de capital próprio envolve uma dificuldade prática. Para companhias abertas, com ações negociadas em bolsa de valores, a definição do custo de capital próprio não pode ser efetuada diretamente com os proprietários de capital, requerendo a aplicação de algum método direcionado a esse cálculo.
FONTES DE FINANCIAMENTO
Existem diversas modalidades de empréstimos de curto e médio prazo oferecidos pelas instituições bancárias em geral.
As principais operações de curto prazo são:
Desconto bancário de títulos;
Contas garantidas;
Créditos rotativos;
Operações de hot money;
Empréstimos para capital de giro e pagamento de tributos;
Operações de vendor;
Repasse de recursos externos;
Crédito direto ao consumidor (CDC);
Adiantamento de contrato de câmbio (ACC);
Arrendamento mercantil;
Oferta pública de ações e debentures;
Recursos do BNDES.
FONTES DE FINANCIAMENTO POR RECURSOS DE TERCEIROS
As principais modalidades de empréstimos e financiamentos a longo prazo, praticadas com recursos de terceiros e disponíveis às empresas no mercado de capitais, podem ser classificadas de acordo com os tipos seguintes:
empréstimos e financiamentos diretos;
repasses de recursos internos;
repasses de recursos externos;
subscrição de debêntures;
Arrendamento mercantil (leasing).
Financiamento de capital de giro
Essa modalidade de financiamento é praticada por bancos de investimentos e bancos comerciais (múltiplos), sendo lastreada por recursos próprios das instituições ou mediante captações no mercado.
Para operações de prazos mais longos, o critério de pagamento do financiamento costuma ser pós‑fixado; seus encargos financeiros são calculados sobre o saldo, e o imposto sobre operações financeiras (IOF), incidente sobre o valor do crédito concedido.
Repasse de recursos internos – Finame
A Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame) é uma empresa pública ligada ao BNDES que administra diversas linhas de financiamento de máquinas e equipamentos industriais. Os recursos de financiamento são repassados às empresas nacionais, preferencialmente pequenas e médias, por intermédio de instituições financeiras (bancos de investimentos, bancos comerciais e sociedades financeiras) devidamente cadastradas como agentes da Finame.
Subscrição de debêntures
Debêntures são títulos de crédito de médio e longo prazo, emitidos por companhias de ações,
representando uma alternativa de captação de empréstimo no mercado.
Os recursos levantados com a emissão de debêntures são geralmente utilizados no financiamento de
projetos das empresas, na reestruturação de suas dívidas ou no aumento de capital de giro.
Arrendamento mercantil – Leasing financeiro
O arrendamento mercantil é uma operação que envolve a aquisição de bens por uma pessoa física ou jurídica que usará esse bem por um período determinado, mas pagando contraprestações.
Ao final do contrato de arrendamento, o cliente arrendatário poderá decidir-se por uma das seguintes opções:
comprar o bem por um valor previamente contratado, denominado Valor Residual Garantido (VRG);
não exercer a opção de compra e devolver o bem ao arrendador;
renovar o contrato de arrendamento por um novo prazo. Nesse caso, o valor residual do bem será
o principal da renovação.
O prazo mínimo de um contrato de arrendamento mercantil é de dois anos para um bem com vida útil estimada em até cinco anos, e de três anos para os demais bens.
O leasing financeiro é uma operação similar a um financiamento e oferece como vantagem ao arrendatário a dedutibilidade fiscal integral da contraprestação.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Na avaliação de investimentos, temos de considerar os diversos cenários para verificar a que se destina a avaliação.
Queremos avaliar somente um investimento, que pode ser, por exemplo, a aquisição de uma máquina ou de um conjunto de máquinas e equipamentos que produzirão bens e serviços e podem ser vendidos com lucro. Geralmente, dizemos em finanças sobre quais os fluxos de caixas, entradas e saídas de dinheiro que ocorrerão ao longo do tempo.
Ou para avaliar um conjunto mais sofisticado de investimentos ou ativos já existentes em funcionamento, produzindo lucros ou fluxos de caixa. Vale dizer que estaríamos no ambiente de avaliação de empresas para diversos propósitos, isto é, avaliação para vendê-las a outros futuros proprietários ou para diversas empresas. Em uma comunhão de negócios, com a incorporação, cisão ou fusão surgem novas empresas.
Todas essas situações exigem que se determine qual é o valor de mercado das respectivas empresas, para que, na transferência de um proprietário para outro, nos casos das aquisições, de incorporação, fusão e cisão, nenhum dos antigos proprietários, sócios ou acionistas fique prejudicado do ponto de vista econômico e financeiro, inclusive os sócios ou acionistas dissidentes que não concordam com a venda, incorporação, cisão ou fusão da empresa.
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Com a crescente competitividade entre as empresas de um mesmo segmento, a diversidade de decisões vem sendo constantes pelos profissionais da área financeira das empresas, onde não basta apenas dominar as técnicas clássicas de gestão financeira. Contudo, a decisão do investimento não pode ser tomada baseada na demanda do produto vendido pela empresa, pois para a tomada de decisão é baseada na analise de algumas premissas, métodos e técnicos que garantam a eficácia do investimento projetado.
Por esse motivo, o presente trabalho vem ao encontro dos itens citados, fazendo com que o conhecimento dos métodos e técnicas de analise dos investimentos seja benéfico a aceitação de um projeto. Entretantoé necessário, primeiramente, analisarmos o conceito de investimento, que pode ser definido como o sacrifício de recursos feitos hoje na expectativa de uma série de receias futuras cujo total será superior ao dispêndio inicial correspondendo ao custo do investimento.
Após o investimento é necessário controlar as saídas e entradas de valores, e por isso é utilizado o fluxo de caixa que é definido através de Roberto Braga (1995) [...] “O fluxo de caixa é a estimativa dos fluxos de pagamento e de recebimento de capitas dentro de um projeto.” 
O Fluxo de Caixa, é o instrumento mais importante para o administrador financeiro, pois através dele, planeja as necessidades e excedentes de recursos financeiros a serem utilizados pela empresa. De acordo com a situação econômico-financeira da empresa ele irá prognosticar e diagnosticar os objetivos máximos de liquidez e de rentabilidade para o período em apreciação de forma quantificada em função das metas propostas.
O PAYBACK
Este método é o mais simples, pois é definido como o número de meses ou anos necessário para recuperar o desembolso em um determinado investimento. Não considera o valor do dinheiro no tempo, ou seja, a sua metodologia não se traduz num fluxo de caixa descontado a uma determinada taxa.
A recuperação do investimento feito está mais associada a um prazo‑limite fixado pelo investidor para recuperar o valor aplicado ou investido. Havendo grandes possibilidades de risco de não recuperação no prazo‑limite fixado, a decisão é não aceitar o projeto de investimento.
VALOR ATUAL LÍQUIDO OU VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)
É uma técnica que traz o valor presente na data do investimento ou desembolso de todas as entradas futuras de caixa. Sendo maior ou igual ao valor desembolsado (investimento inicial), então a decisão de investir deve ser aceita. Sendo o VPL negativo ou menor que o valor investido, a decisão é não aceitar o investimento.
VALOR ECONÔMICO AGREGADO (EVA) OU LUCRO ECONÔMICO (titulo novo)
O valor econômico agregado (EVA) conduz aos mesmos resultados do VPL, contudo, a sua utilização tem importância para entendermos qual taxa de desconto deve ser utilizada para trazer os fluxos de caixas futuros a valor presente. A taxa desconto que deve ser utilizada é a correspondente ao conceito de custo de capital.
Outra definição aceita de custo de capital é vê‑lo como a taxa de retorno desejada pelos detentores do capital. Em uma economia de mercado, o empresário que investe uma dada quantia de capital em uma empresa ou em um conjunto de ativos que produzirão lucros anuais geralmente não possui capital próprio suficiente para aplicação em um determinado negócio ou empreendimento. Uma das alternativas é buscar capital emprestado nas instituições financeiras ou bancárias. Essas instituições exigirão um retorno, e essa exigência pode ser vista como custo do capital.
Quando aplicados os capitais próprios e de terceiros, o empresário deve ter consciência principalmente sobre este último, que deve produzir lucros suficientes para pagar os juros e que proporcionem uma diferença favorável entre o lucro produzido pelos capital emprestado e juros pagos. Nesse sentido, a empresa está sendo alavancada financeiramente, porque o excesso entre o lucro produzido pelo capital emprestado e os juros pagos são acrescidos aos lucros produzidos pelo capital dos proprietários da empresa.
TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
A Taxa Interna de Retorno (TIR), em inglês Internal Rate of Return (IRR), pode ser definida como a taxa de desconto que faz com que o Valor Presente Líquido (VPL) de um projeto seja igual a zero. 
Ou seja, a Taxa Interna de Retorno é uma métrica usada para avaliar qual o percentual de retorno de um projeto para a empresa. Ao encontrar essa taxa, geralmente ela será comparada à Taxa Mínima de Atratividade para que se decida se o projeto deve ou não ser aceito.
Se a TIR for maior que a TMA, o investimento deve ser aceito (geralmente não se baseia apenas em um indicador), caso contrário será rejeitado. Em geral, as empresas darão preferência aos projetos que possuem a maior diferença entre a taxa requerida e a taxa interna de retorno.  
OUTRAS TÉCNICAS DE FLUXOS DE CAIXA
Existem as técnicas de demonstração de fluxos de caixa de natureza contábil que a maioria das sociedades tem por obrigação elaborar e publicar para os diversos usuários da informação contábil e financeira; a Lei Societária faz essa exigência.
Observem que os legisladores e os usuários das informações contábeis e financeiras deram grande importância à demonstração de fluxos de caixa, pois o seu objetivo principal é mostrar, entre um ano anterior e um ano atual, como a empresa alterou (diminuiu ou aumentou) o seu saldo de caixa.
O Balanço Patrimonial que é publicado comparativamente em dois anos consecutivos mostra somente o saldo das disponibilidades ou de caixa no final do ano anterior e no final do ano atual. Porém, não mostra como as disponibilidades aumentaram ou diminuíram de um ano para o outro. O papel de mostrar essas variações é da demonstração dos fluxos de caixa.
A ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
De maneira geral, a estrutura da demonstração de fluxos de caixa está dividida em:
A geração de caixa das atividades operacionais, que decorrem do lucro obtido em cada ano, pode até se apresentar negativa, o que significa que a empresa não está conseguindo gerar uma das principais fontes de recursos, que são os lucros que decorrem das atividades operacionais principais, pelas quais a empresa se organizou e que são necessárias para a sua manutenção. O lucro das empresas basicamente destina-se a:
pagar dividendos;
pagar empréstimos bancários; e
uma parcela ainda deve sobrar para o atendimento das necessidades de capital de giro. Uma empresa necessita cada vez mais de capital de giro, ou seja, para financiar o ativo circulante, para manter o nível atual de atividades, ou para aumentar o seu volume de atividade, participando cada vez mais no mercado.
Dessa forma, a empresa necessitará de quantias crescentes de capital de giro, principalmente para financiar os seus estoques e os investimentos em contas a receber. Em outras palavras, como dissemos anteriormente, necessita compatibilizar as vendas com o crescente aumento do ativo circulante, ou do ativo total.
Geração de caixas não operacionais, que se referem às entradas e às saídas de dinheiro, que se originaram de outras fontes não operacionais, tais como novos aumentos do capital próprio em dinheiro, empréstimos e financiamentos bancários de curto e longo prazos, vendas de ativos imobilizados. As saídas não operacionais são as relativas à aquisição de novos ativos de longa duração, tais como o imobilizado, novas aquisições de ações de outras empresas, aplicações de recursos em projetos de pesquisas e desenvolvimentos de novos produtos ou novos processos de fabricação, pagamento de dividendos ou distribuição de lucros aos sócios ou acionistas etc.

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