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Genética Molecular Curso: Ciências Biológicas- UENP/ CCP 3º Série Controle da expressão Gênica Prof. Dhiego Gomes Ferreira 1. Introdução Tradução - Processo pelo qual a informação genética transcrita em mRNA é decodificada em proteína, a partir de um código genético 1. Introdução Dogma Central da Biologia Molecular Genótipo Fenótipo 3 Glicose Energia X Responde a mudanças ambientais alterando rapidamente sua bioquímica E. coli 1. Introdução Lactose Arabinose Maltose Xilose Outros açúcares Procariotos Produção de todas as enzimas necessárias a cada condição ambiental seria energeticamente cara E. coli 1. Introdução Possui INFORMAÇÃO GENÉTICA para muitas proteínas Apenas um subgrupo é expresso a qualquer momento Regulação Gênica 1. Introdução - Células possuem um alto grau de diferenciação e especialização - Proteínas produzidas por cada células são bem diferentes Leucócito Neurônio Organismos Multicelulares (Eucarióticos) 1. Introdução Organismos Multicelulares (Eucarióticos) - As células levam a mesma informação genética Leucócito Neurônio - Apenas um subgrupo de genes é expresso em cada tipo celular 1. Introdução Níveis de Controle Gênico 1 2 3 4 5 6 - Processos que estimulam a expressão - Processos que inibem a expressão O controle negativo é mais importante em bactérias Os eucariontes usam mais os mecanismos de controle positivo Controle positivo 1. Introdução Controle Gênico - Transcrição Controle negativo Genes e Elementos Regulatórios 2. Genes e Elementos Regulatórios Codificam proteínas que são usadas no metabolismo ou biossíntese, ou que tem um papel estrutural na célula - Genes Estruturais Proteínas Genes e Elementos Regulatórios Genes cujos produtos, sejam RNA ou proteínas, interagem com outras sequências e afetam sua transcrição ou tradução - Genes Reguladores 2. Genes e Elementos Regulatórios Genes e Elementos Regulatórios Elementos Reguladores - Afetam a expressão de sequências às quais eles são fisicamente ligados Sequências de DNA não transcritas, mas que atuam regulando outras sequências de nucleotídeos 2. Genes e Elementos Regulatórios Genes e Elementos Regulatórios - Grande parte da regulação ocorre por meio da ação de proteínas produzidas por genes reguladores Reconhecem e se ligam a elementos reguladores 2. Genes e Elementos Regulatórios Proteínas de ligação ao DNA 3. Proteínas de ligação ao DNA Grande parte da regulação gênica Feita por proteínas que se ligam a sequências de DNA e que influenciam sua expressão Proteínas de ligação ao DNA - Domínios adicionais podem existir - Partes funcionais distintas - 60 a 90 aminoácidos responsáveis pela ligação ao DNA Domínios Apenas alguns aminoácidos fazem contato com o DNA Ligação de outras moléculas tais como outras proteínas reguladoras 3. Proteínas de ligação ao DNA Proteínas de ligação ao DNA - Podem ser agrupadas em vários tipos distintos com base em uma estrutura característica chamada MOTIVO 3. Proteínas de ligação ao DNA 4. Regulação em Procariontes Regulação em Procariontes - Organização de genes funcionalmente correlatos Procariotos Eucariotos mRNA juntos Separados Grupo de genes estruturais bacterianos que são transcritos juntos Óperons Óperon - Incluem o promotor e sequências adicionais que controlam a transcrição 4. Regulação em Procariontes Gene Regulador 4. Regulação em Procariontes Controle Negativo e Positivo Óperons Negativo Proteína reguladora atua como repressor, ligando-se ao DNA (operador) e inibindo a transcrição Positivo Proteína reguladora atua como ativador, ligando-se DNA e estimulando a transcrição 4. Regulação em Procariontes - Sistema Indutível Óperons Indutíveis e Repressíveis Óperons - Sistema Repressível A transcrição está normalmente desligada e deve ser ligada (induzida) A transcrição está normalmente ligada e será desligada (inibida) 4. Regulação em Procariontes Óperons 4. Regulação em Procariontes I – Negativo indutível Indutor 4. Regulação em Procariontes I – Negativo indutível 4. Regulação em Procariontes II – Negativo Repressível Produto Co-repressor 4. Regulação em Procariontes II – Negativo Repressível 4. Regulação em Procariontes III – Positivo Indutível 4. Regulação em Procariontes IV – Positivo Repressível 4. Regulação em Procariontes Óperon lac 5. Óperon lac E. coli Lactose Galactose Glicose Não difunde facilmente pela membrana Permease Transporte ativo β-Galactosidase Óperon lac E. coli - Três enzimas codificadas por genes estruturais adjacentes lacZ lacY lacA -galactosidase Permease Transacetilase - Função no metabolismo ainda desconhecida 5. Óperon lac -galactosidase Permease Transacetilase Óperon lac E. coli Lactose ausente Lactose presente Apenas algumas moléculas destas enzimas Taxa de síntese aumenta cerca de 1.000 vezes dentro de 2 a 3 minutos - Resultado da transcrição de lacZ, lacY e lacA 5. Óperon lac Óperon lac E. coli Permease β-Galactosidase Embora a lactose pareça ser o indutor Na verdade o indutor é a Alolactose Alolactose 5. Óperon lac Óperon lac E. coli lacP – promotor comum a lacI - gene regulador PI - promotor de lacI lacI - transcrito e traduzido em um repressor lacZ, lacY, lacA Repressor Um para alolactose e outro ao DNA 2 sítios de ligação 5. Óperon lac 33 Óperon lac E. coli - Operador é superposto à ponta 3’ do promotor e à ponta 5’ de lacZ - Lactose ausente Repressor liga-se ao sítio do operador de lac lacO Alolactose ausente 5. Óperon lac Óperon lac E. coli - Ligação da RNA polimerase bloqueada e a transcrição impedida 5. Óperon lac Óperon lac E. coli - Transcrição desimpedida 5. Óperon lac Níveis mínimos das enzimas do Óperon lac Quebra Lactose em Glicose e Galctose Converte Lactose em Alolactose lacY Permease lacZ β-Galactosidase Transporte de Lactose pra dentro da célula A transcrição está inativa! - Como Óperon pode ser ativado? 5. Óperon lac Níveis mínimos das enzimas do Óperon lac Repressão Nunca desliga completamente a transcrição do Óperon lac Apesar da ligação frequente do repressor Níveis baixos de transcrição ocorrem Algumas Enzimas são produzidas 5. Óperon lac A Repressão, nunca desliga completamente a transcrição do Óperon lac. Mesmo com o repressor ligado ao operador, há um nível baixo de transcrição e algumas moléculas de permease, -galactosidase e transacetilase são produzidas 5. Óperon lac 5. Óperon lac 5. Óperon lac Controle Positivo e Repressão Catabólica Quando a Glicose está presente Os genes que participam do metabolismo de outros açúcares são reprimidos Repressão Catabólica 6. Repressão Catabólica Sem Glicose X Transcrição eficiente do Óperon Lac ocorre se a lactose estiver presente e a glicose ausente 6. Repressão Catabólica 6. Repressão Catabólica - Repressão é resultado de um CONTROLE POSITIVO (a proteína reguladora é um ativador) RNA Polimerase - Repressão é resultado de um CONTROLE POSITIVO (a proteína reguladora é um ativador) 6. Repressão Catabólica - Repressão é resultado de um CONTROLE POSITIVO (a proteína reguladora é um ativador) RNA Polimerase 6. Repressão Catabólica Regulação adicional ao sistema de controle negativo causado pela ligação do repressor ao operador na ausência de lactose Repressão Catabólica 6. Repressão Catabólica - O controle positivo é feito pela ligação de uma proteína CAP (Proteína Ativadora Catabólica) - A um sítio de aproximadamente 22 nucleotídeos (dentro de um trecho ligeiramente anterior ao Promotor lac 6. Repressão Catabólica Para que a RNA polimerase se ligue de maneira eficiente a muitos promotores é preciso que CAP esteja ligado ao DNA 6. Repressão Catabólica + Para o CAP se ligar ao DNA Primeiro ele precisa formar um complexo com cAMP (importante nos processos de sinalização celular) 6. Repressão Catabólica Em E. coli a concentração de cAMP é inversamente proporcional ao nível de glicose Glicose (concentração alta) Baixa concentração de cAMP 6. Repressão Catabólica Em E. coli a concentração de cAMP é inversamente proporcional ao nível de glicose Baixa concentração de glicose Alta concentração de cAMP 6. Repressão Catabólica 6. Repressão Catabólica 6. Repressão Catabólica 6. Repressão Catabólica Baixa concentração de cAMP Alta concentração de Glicose Consequentemente a RNA polimerase terá pouca afinidade pelo Promotor Lac - Consequentemente haverá pouco complexo cAMP-CAP para se ligar ao DNA 6. Repressão Catabólica Baixa concentração de Glicose Alta concentração de cAMP Provocará um aumento da transcrição em cerca de 50 vezes - Consequentemente haverá muito complexo cAMP-CAP para se ligar ao DNA 6. Repressão Catabólica 6. Repressão Catabólica 6. Repressão Catabólica 6. Repressão Catabólica 6. Repressão Catabólica - CAP exerce um controle positivo em mais de 20 óperons de E. coli Resposta a Cap varia entre os promotores Alguns óperons são ativados por níveis altos, outros por níveis baixos de CAP Dobra facilita o início da transcrição 6. Repressão Catabólica Óperon trp (triptofano) 7. Óperon trp (triptofano) 7. Óperon trp (triptofano) - Ao contrário do Óperon Lac, o Óperon trp é um ÓPERON REPRESSÍVEL, onde a transcrição é normalmente ligada e deve ser reprimida 7. Óperon trp (triptofano) 7. Óperon trp (triptofano) - Contém 5 genes estruturais (trpE, trpD, trpC, trpB e trpA) Óperon trp 7. Óperon trp (triptofano) - trpE, trpD, trpC, trpB e trpA estes genes produzem componentes de 3 enzimas (duas enzimas possuem 2 cadeias polipeptídicas) Óperon trp - Estas enzimas convertem corismato em triptofano 7. Óperon trp (triptofano) Óperon trp Quando os níveis de Triptofano estão baixos A RNA polimerase liga-se ao promotor e transcreve os 5 genes estruturais em um único mRNA, o qual é traduzido nas enzimas que convertem corismato em triptofano 7. Óperon trp (triptofano) - Um sítio liga-se ao DNA no sítio operador - Outro sítio liga-se ao Trp (co-repressor) trpR Gene regulador que codifica o repressor inativo 7. Óperon trp (triptofano) - Ligação ao Trp causa uma mudança conformacional Torna o repressor capaz de se ligar ao sítio do operador (que fica superposto ao promotor) - Quando o repressor está ligado ao operador não é possível transcrever os genes estruturais 75 7. Óperon trp (triptofano) 76 7. Óperon trp (triptofano) RNA Polimerase RNA Polimerase 7. Óperon trp (triptofano) mRNA Quando os níveis celulares de Trp estão baixos - a transcrição do óperon Trp ocorre e mais Trp é produzido - Quando os níveis celulares de Trp estão altos - a transcrição é inibida e a síntese não ocorre 79 Atenuação Óperon trp - Controle Positivo e Negativo regulam o início da transcrição - Alguns Óperons tem um nível adicional de controle que afeta a CONTINUAÇÃO 8. Atenuação 8. Atenuação X - Transcrição começa no sítio inicial, mas o término ocorre de forma prematura, antes que a RNA polimerase atinja os genes estruturais - Em E. coli, o Óperon Trp não apresenta apenas a regulação no sítio do operador 8. Atenuação - Óperon Trp apresenta uma região de 162 nucleotídeos que corresponde a 5’ UTR do mRNA, transcrita do óperon Trp 8. Atenuação A 5’UTR Líder Contém 4 regiões: Região 1 é complementar a Região 2 Região 2 é complementar a Região 3 Região 3 é complementar a Região 4 8. Atenuação 8. Atenuação A 5’UTR Líder - Esta complementariedade permite a formação de duas estruturas secundárias diferentes - Estas estruturas determinam se a atenuação irá ocorrer 8. Atenuação - A formação de Grampos em 5’ UTR do Óperon de Trp é controlada pela interação da transcrição e tradução que ocorre perto da ponta 5’ do mRNA - A sincronia precisa e a interação desses dois processos em 5’ UTR determina se ocorrerá ATENUAÇÃO RNA Polimerase Ribossomo 8. Atenuação 8. Atenuação 8. Atenuação Por que ocorre Atenuação? - Repressão reduz a transcrição em cerca de 70x enquanto a atenuação de 8 a 10x, assim os dois processos juntos são capazes de reduzir a transcrição do Óperon Trp cerca de 600x Atenuação e Repressão respondem a sinais diferentes: Repressão - a níveis celulares de Trp Atenuação - a vários tRNA carregados com Trp - Repressor Trp afeta vários outros óperons, acredita-se que no início da evolução de E. coli, o óperon Trp fosse controlado apenas por atenuação, o repressor Trp controlaria outros óperons e apenas incidentalmente afetaria o óperon Trp 9. RNA Anti-sentido RNA Anti-sentido - RNAs, ao invés de proteínas, atuam como reguladores - Estas pequenas moléculas de RNA são complementares à sequências particulares nos mRNA, quando se ligam ao mRNA inibem a tradução 9. RNA Anti-sentido Ex: Gene ompF de E. coli Proteínas de membrana externa que permitem adaptação à Osmolaridade externas
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