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Resumo WEBER: Principais conceitos e concepções

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MAX WEBER: PRINCIPAIS CONCEITOS E CONCEPÇÕES
Para melhor compreensão das temáticas propostas por Weber, é importante, antes de abordá-las, fazer algumas considerações acerca do método por ele criado: os tipos ideais.
O tipo ideal apresenta-se como a categoria central desse método próprio de investigação para a Sociologia pensado por Weber e consiste numa expressão heurística com a qual o cientista social categoriza uma série de aspectos recorrentes da realidade.
Desta maneira, é possível compreender o tipo ideal como uma construção mental dos aspectos essenciais de determinado fenômeno, servindo como instrumento de análise científica para conceituar fenômenos e formações sociais, identificar na realidade observada suas manifestações e comparar tais manifestações.
Destaca-se que os tipos ideais não correspondem à realidade, visto que são apenas construções abstratas. Entretanto, eles são essenciais para a pesquisa do cientista, pois descreve o quanto a realidade aproxima-se ou distancia-se do tipo ideal construído, o fenômeno é compreendido.
Outro conceito fundamental na sociologia weberiana é o de ação social, o qual pode ser compreendido como qualquer ação praticada por um indivíduo com orientação os outros, a sociedade.
Desta forma, Weber distancia-se de Durkheim que acreditava na sobreposição dos fatos sociais aos indivíduos, já Weber coloca a primazia no indivíduo, a ação feita por esse indivíduo na sociedade.
Weber, então, apresenta quatro tipos de ação social:
Ação social afetiva: é aquela em que o indivíduo age por afeto, positivo ou negativo;
Ação social tradicional: é aquela em que o indivíduo age por costume, hábito, pela prática cotidiana;
Ação social racional: esse tipo cria duas variações, a ação racional por valores e a ação racional por fins. Nesta, o indivíduo age por um ganho ou vantagem, já aquela é a ação que envolve uma crença ou convicção.
Classes Sócias sob a Perspectiva Weberiana
	Max Weber apresenta uma outra perspectiva acerca do conceito de classe nas sociedades modernas. Para Weber, as desigualdades sociais podem ser explicadas na distribuição desigual de poder, mas diferente da concepção marxista, o determinismo econômico sobre a consciência as formas de ação coletiva é veemente recusado.
	É possível assinalar que (I) a riqueza econômica ou o controle da propriedade; (II) o status ou o prestígio oriundo do desempenho de determinadas profissões; e (III) o grau de acesso ao poder político articulam-se como indicadores da classe social de cada indivíduo (ESTANQUE, 2015), ou seja, “é o conjunto desses diferentes recursos e o volume ou peso relativo de cada um deles (riqueza, prestígio e poder) que define a classe” (ESTANQUE, 2015).
	Desta forma, pode-se compreende a classe a uma estrutura de relações sociais, na qual cada pessoa se insere. Surgindo, assim, “barreiras” que vão além da esfera econômica e se traduzem em modelos de comportamento concretos.
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo
	A partir de uma análise empírica, Weber verificou a correlação estreita entre o desenvolvimento e a religião, pois identificou que a grande parte dos indivíduos mais qualificados e ocupantes de cargos mais altos era de protestante e os menos qualificados, católicos.
	As relações históricas no que tange à propriedade inicial do capital e o investimento diferenciado, a partir de uma educação para negócios, pelos detentores dessas condições, são possíveis explicações para esse fenômeno.
	Nesse sentido, Weber compreende que a ética protestante traz consigo o espírito do capitalismo, pois tempo é dinheiro e crédito é dinheiro. O sistema capitalista exige uma devoção para fazer dinheiro e a profissão é vista como um dever, pois é a partir dela que o dinheiro é gerado.
	Weber procurou compreender como a ética protestante propiciou condições para que o capitalismo pudesse se desenvolver em países protestantes.
ESTANQUE, Elísio. Classe média e lutas sociais: ensaio sobre sociedade e trabalho em Portugal e no Brasil. Campinas: Editora da Unicamp, 2015.
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo: texto integral. São Paulo: Martin Claret, 2013.

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