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Curso de Tópicos em Educação I
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Organização
Tania Cordova
Equipe Tutoria Interna de Pedagogia
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitora de Ensino de Graduação a Distância
Prof.ª Francieli Stano Torres
Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Paulo Herique do Nascimento
Revisão:
Harry Wiese
José Roberto Rodrigues
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ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ENSINO NO BRASIL
A PRESENTAÇÃO
A terceira etapa confi gura um estudo sobre a estrutura 
e o funcionamento do ensino contemporâneo no Brasil. Nesta 
etapa, vamos abordar a função da escola enquanto espaço de 
socialização e aquisição de saberes; os sistemas escolares e 
sua respectiva organização; a lei que regulamenta a educação 
no país e os conselhos escolares enquanto órgãos deliberativos 
que visam auxiliar na organização de uma educação de qualidade. 
Vamos também refl etir sobre o Índice de Desenvolvimento da 
Educação Básica e sua função enquanto indicador de qualidade da 
aprendizagem escolar e a compreensão da escola como difusora 
e mantenedora da condição cidadã do indivíduo.
Para obter este aprendizado, você terá à sua disposição 
uma apostila, um objeto de aprendizagem como interação do 
conteúdo, e ainda, algumas questões para que perceba o avanço 
de seu aprendizado. 
Caso tenha alguma dúvida, entre em contato com a Tutoria 
Interna, através do link TIRE SUAS DÚVIDAS, que se encontra 
no próprio ambiente do Curso. 
Vamos começar?
Bom estudo!
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Curso de Tópicos em Educação I
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO 
DO ENSINO NO BRASIL
1 A ESCOLA: ESPAÇO DO ENSINO FORMAL
Iniciamos nossos estudos, adentrando o universo 
organizacional do sistema de Ensino no Brasil tendo como cenário 
a instituição Escola.
Prezado(a) acadêmico(a), você já refl etiu sobre o papel 
da escola no contexto social? Qual a sua representação na vida 
do indivíduo? Vamos refl etir sobre a função e a organização da 
Escola?
Segundo Kuroski (2008), a escola é a instituição social 
que torna possível o acesso ao saber sistematizado. É local 
de construção, sistematização, apropriação e socialização do 
conhecimento. Ao mesmo tempo, também é local da pluralidade 
de ideias, valores e diferentes formas de se expressar. Está 
inserida num contexto socioeconômico cultural e refl ete as tensões 
sociais, políticas, históricas de um determinado momento. Ou 
seja, a escola não é um espaço neutro, ela representa a ideologia 
de uma determinada classe social inserida em um determinado 
momento histórico.
A escola faz parte de um sistema de ensino e está sujeita 
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ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ENSINO NO BRASIL
a um conjunto de leis que orientam e normatizam o seu trabalho 
nas dimensões: administrativa, pedagógica e jurídica. No Brasil, 
o conjunto de normas que rege o sistema de ensino é a Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96), 
também denominada de LDB.
1.1 SISTEMA ESCOLAR
 A escola integra o sistema escolar, que compreende uma 
rede de escolas e sua estrutura de sustentação, e tem como 
objetivo proporcionar os conhecimentos necessários ao aluno 
para que esse possa se reconhecer como parte integral da 
sociedade, com suas responsabilidades sociais, econômicas, 
civis e políticas. Nesse aspecto, o sistema escolar é entendido 
como um conjunto de escolas (instituições de ensino formal) 
e estrutura de sustentação (administração, elementos não 
materiais, entidades mantenedoras), que assistem o sujeito 
desde a infância até a maturidade. 
O sistema escolar confi gura-se num sistema aberto, 
pois apresenta um movimento constante de entrada (Input 
- da sociedade para o sistema escolar) e saída (Output – do 
sistema escolar para a sociedade), de elementos que visam 
proporcionar a educação formal, dando um caráter intencional 
e sistemático, priorizando o desenvolvimento intelectual, mas 
não descuidando dos aspectos: físico, emocional, moral e 
social do educando (KUROSKI, 2008).
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Curso de Tópicos em Educação I
Em relação ao sistema escolar, considera-se que:
● Todo sistema escolar tem como objetivo cumprir uma função 
social.
● Trabalha para o desenvolvimento da sociedade.
● Mobiliza recursos: humanos (professores, técnicos, especialistas, 
entre outros), fi nanceiros (indispensável para o desenvolvimento 
do sistema) e materiais (mobiliário, de expediente, didático, 
entre outros).
 O sistema escolar estrutura-se a partir de duas 
dimensões: 
● A vertical – representa os níveis de escolarização. 
● A Horizontal – representa as diferentes modalidades de 
ensino.
 Na dimensão vertical, a organização se dá a partir dos 
níveis de escolarização. São eles:
● Educação básica, formada pela educação infantil, ensino 
fundamental e ensino médio. 
● Educação superior. 
 Na dimensão horizontal, a LDB divide o ensino em níveis 
e modalidades. Dentro das modalidades, podemos encontrar: 
● Educação de Jovens e Adultos.
● Educação Indígena.
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ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ENSINO NO BRASIL
● Educação a Distância.
● Educação Especial.
● Educação Profi ssional e Tecnológica.
● Educação Ambiental.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(BRASIL, 1996) institui em seu Artigo 22, que a Educação 
Básica “tem por fi nalidade desenvolver o educando, assegurar-
lhe a formação comum indispensável para o exercício da 
cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em 
estudos posteriores”. Ela pode ser oferecida no ensino regular 
e nas modalidades de educação de jovens e adultos, educação 
especial e educação profi ssional, sendo que esta última pode 
ser também uma modalidade da educação superior. 
A primeira etapa da educação básica é a educação 
infantil que tem como fi nalidade o “desenvolvimento integral da 
criança até os cinco anos de idade, em seus aspectos físico, 
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da 
família e da comunidade” (Art. 29, BRASIL, 1996). A educação 
infantil é oferecida em creches, para crianças de zero a três 
anos de idade, e pré-escolas, para crianças de quatro a cinco 
anos. Observe estas informações organizadas no quadro.
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Curso de Tópicos em Educação I
QUADRO 1 – EDUCAÇÃO INFANTIL
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Educação Infantil
Pré-escola
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FONTE: A autora
A segunda etapa da Educação Básica é o ensino 
fundamental, cujo objetivo maior é a formação básica do 
cidadão. Tem duração de nove anos e é obrigatório e gratuito 
na escola pública a partir dos seis anos de idade. A oferta do 
ensino fundamental deve ser gratuita também aos que a ele não 
tiveram acesso na idade própria, isto é, deve ser oferecida na 
modalidade de Educação de Jovens e adultos e na modalidade 
de Educação Especial.
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Estrutura E FuncionamEnto do Ensino no Brasil
QUADRO 2 – ENSINO FUNDAMENTAL
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Fundamental
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Educação de Jovens e Adultos
Idade mínima: 15 anos
Educação Especial:
Deve ser oferecida pela escola 
regular em todos os níveis 
de ensino. É considerada 
um conjunto de recursos e 
estratégias de apoio que deve 
estar à disposição de todos os 
alunos, oferecendo diferentes 
alternativas de atendimento.
FONTE: A autora
O ensino médio, etapa final da educação básica, objetiva 
a consolidação e aprofundamento dos objetivos adquiridos no 
ensino fundamental. Tem a duração mínima de três anos, com 
ingresso a partir dos quinze anos de idade. A LDB assegura 
a esse nível de educação a possibilidade de se integrar com 
a profissionalização, ao prever que o ensino médio, atendida 
a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o 
exercício de profissões técnicas (Art. 36, BRASIL, 1996).
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Curso de Tópicos em Educação I
QUADRO 3 – ENSINO MÉDIO
Educação Profi ssional:
Tem por objetivo capacitar jovens 
e adultos para o exercício de 
atividades produtivas, podendo 
ser desenvolvida em escolas do 
ensino regular, em instituições 
especializadas ou no ambiente 
de trabalho.
Educação de Jovens e Adultos 
Idade mínima: 18 anos
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Ensino Médio
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FONTE: A autora
Em 1998 foi implantado o Exame Nacional do Ensino 
Médio (ENEM) com o objetivo de avaliar o desempenho 
do aluno ao término deste nível da Educação Básica, para 
mensurar e aferir o desenvolvimento das competências 
necessárias ao exercício da cidadania. 
A aplicação do ENEM é anual e abrange as várias áreas 
do conhecimento em que se organiza o currículo para o Ensino 
Médio. Confi gura-se em uma estratégia para o acesso ao 
ensino superior, pois muitas instituições de ensino têm utilizado 
os resultados obtidos nesta avaliação nos processos seletivos, 
para ingresso nos cursos disponibilizados.
No que diz respeito às modalidades de ensino que 
permeiam os níveis da Educação Básica, destacamos:
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● Educação Especial – oferecida, preferencialmente, na rede 
regular de ensino, para educandos com necessidades 
especiais.
● Educação de Jovens e Adultos – destinada àqueles que 
não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino 
fundamental e médio na idade própria.
● Educação Profi ssional – integrada às diferentes formas de 
educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz 
ao desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. 
É destinada ao aluno matriculado ou egresso do ensino 
fundamental, médio e superior.
● Educação Indígena – visa desenvolver, orientar e acompanhar 
o desenvolvimento de programas, ações e políticas 
educacionais voltadas para as comunidades indígenas. De 
acordo com a LDB, o objetivo desta modalidade é: 
I – proporcionar aos índios, suas comunidades 
e povos, a recuperação de suas memórias 
históricas; a reafi rmação de suas identidades 
étnicas; a valorização de suas línguas e ciências; 
II – garantir aos índios, suas comunidades e 
povos, o acesso às informações, conhecimentos 
técnicos e científi cos da sociedade nacional e 
demais sociedades indígenas e não índias. (Art. 
78, BRASIL, 1996). 
● Educação Ambiental - Em 1999, foi sancionada a Lei nº 
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9.795, que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental, 
concomitante a lei, foi criado o Parâmetro Curricular Nacional 
de Educação Ambiental, guia de orientações metodológicas 
desenvolvido para formação de educadores. Esta modalidade 
visa construir um processo permanente de consciência 
ambiental na sociedade brasileira. Em relação ao Ensino 
Superior, é constituído pelos cursos de bacharelado, licenciatura 
e tecnólogo. As instituições de Ensino Superior no Brasil podem 
ser identifi cadas de acordo com a sua organização acadêmica 
(defi nidas em lei, Decreto nº 3.860, de 9 de julho de 2001), em:
• Universidades
• Centros universitários
• Faculdades e Faculdades integradas
• Institutos e escolas superiores
• Centros de educação tecnológica
O Artigo 43 da Lei nº 9.394/96 (BRASIL, 1996) estabelece 
que a educação superior tem por fi nalidade:
I. Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito 
científi co e do pensamento refl exivo.
II. Formar diplomados, nas diferentes áreas do conhecimento, 
aptos para a inserção em setores profi ssionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, 
e colaborar na sua formação contínua.
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III. Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científi ca, 
visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia 
e, ainda, da criação e difusão da cultura e, desse modo, 
desenvolver o entendimento do homem e do meio em que 
vive.
IV. Promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da 
humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicações ou de outras formas de comunicação.
V. Suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural 
e profi ssional e possibilitar a correspondente concretização, 
integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos 
numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento 
de cada geração.
VI. Estimular o conhecimento dos problemas do mundo 
presente, em particular os nacionais e regionais, prestar 
serviços especializados à comunidade e estabelecer com 
esta uma relação de reciprocidade.
VII. Promover a extensão, aberta à participação da população, 
visando à difusão das conquistas e benefícios da criação 
cultural e da pesquisa científi ca e tecnológica geradas na 
instituição.
Atendendo a esses objetivos, a educação superior no Brasil 
é oferecida em instituições de Ensino Superior, pública ou privada.
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A LDB, como já mencionado, norteia a estrutura e o 
funcionamento da educação no país em todos os níveis. Esta lei 
continuará perpassando as nossas refl exões no próximo item. 
2 LEI Nº 9.394/96 – DIRETRIZES DA EDUCAÇÃO NACIONAL
Caro(a) acadêmico(a)! Em diversos momentos do tópico 
anterior mencionamos a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (Lei nº 9.394/96), também denominada de LDB. Vamos 
nesse tópico entender a função desta lei?
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional é a lei 
que determina os fi ns da educação no país. O alcance desta lei 
se dá na esfera do ensino formal, fi cando fora de seu alcance 
todas as iniciativas de ensino livre e outras ações que não estejam 
vinculados à administração dos sistemas de ensino.
Atenção: Prezado(a) acadêmico(a)! Destacamos que os 
sistemas educacionais não formais estão vinculados 
às instituições socialmente reconhecidas como: 
família, igreja, mídia, partidos políticos, associações. 
Estes sistemas se estruturam basicamente nas 
relações interpessoais travadas no cotidiano de 
cada indivíduo e se pautam no senso comum, no 
conhecimento ou cultura popular, nas interpretações, 
nas deduções que o homem faz das coisas e sobre as 
coisas, dos acontecimentos da sua vivência.
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A LDB atende às orientações da Constituição Federal. Em 
1988, logo após a promulgação da Constituição, deu-se início 
ao Projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacionalconcluído e transformado em lei, em 20 de dezembro de 1996.
Esta lei confi gura-se num marco da universalização do 
acesso das crianças à escola por proporcionar a ampliação dos 
anos de escolaridade para além do ensino fundamental. Ou seja, 
a Lei nº 9394/96 altera a confi guração de ensino ao implantar uma 
mudança na estruturação dos níveis de ensino, que passaram de 
três (Ensino de 1º Grau, Ensino de 2º Grau e Ensino Superior) 
para dois: Educação Básica e o Ensino Superior. Destaca-se a 
incorporação da Educação Infantil e a extensão progressiva da 
obrigatoriedade do Ensino Médio.
A LDB traça os princípios de ensino que norteiam a 
estrutura e funcionamento das escolas no Brasil evidenciados no 
Art. 3º da LDB (BRASIl, 1996), são eles:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na 
escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a 
cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
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V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos ofi ciais;
VII - valorização do profi ssional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei 
e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as 
práticas sociais.
Já no Art. 4º desta Lei (BRASIL, 1996), são defi nidos 
os deveres do Estado com a educação escolar, instituindo a 
obrigatoriedade de matrícula, a garantia do acesso, a qualidade 
no ensino e a gratuidade na escola pública: 
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para 
os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
II - universalização do ensino médio gratuito; (redação 
reformulada pela Lei nº 12.061, de 2009)
III - atendimento educacional especializado gratuito aos 
educandos com necessidades especiais, preferencialmente 
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na rede regular de ensino;
IV - atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças 
de zero a seis anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e 
da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições 
do educando;
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, 
com características e modalidades adequadas às suas 
necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que 
forem trabalhadores as condições de acesso e permanência 
na escola;
VIII - atendimento ao educando, no ensino fundamental público, 
por meio de programas suplementares de material didático-
escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, defi nidos como 
a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos 
indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem;
X - vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino 
fundamental mais próxima de sua residência a toda criança 
a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. 
(Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008).
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O texto da LDB vem sofrendo alterações nas suas 
disposições iniciais. Essas alterações são importantes, caro(a) 
acadêmico(a), pois elas denotam preocupações com a estrutura 
e a qualidade do ensino. Entre as alterações incorporadas à LDB, 
destacam-se:
● Lei nº 10.436/2002 – prevê a obrigatoriedade do ensino de 
libras nos cursos de licenciatura.
● Lei nº 10.639/2003 – inclui a História e Cultura afro-brasileira 
no Ensino Fundamental e Médio.
● Lei nº 11.114/2005 – altera Art. 6 e 32 da LDB, para tornar 
obrigatória a matrícula das crianças de seis anos de idade no 
ensino fundamental.
● Lei nº 11.274 de 2006 – altera os artigos 29, 30, 32 e 87 da 
LDB, ampliando a duração do ensino fundamental de 8 para 
9 anos.
● Emenda constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009 – 
amplia a obrigatoriedade e a gratuidade da educação básica 
dos 4 aos 17 anos de idade.
● Lei nº 12.061 de 2009 – assegura o ensino fundamental 
e oferece, com prioridade, o ensino médio a todos que o 
demandarem, respeitando o disposto no art. 38 da LDB.
O texto da LDB assegura direitos à educabilidade com 
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vistas a formar o cidadão corresponsável pelo seu papel na 
sociedade em que está inserido.
Na esfera do poder executivo, a educação é de 
responsabilidade da União, dos Estados e dos Municípios, todavia 
há incumbências que dizem respeito a cada uma destas esferas. 
Vamos compreendê-las?
No âmbito do poder da União, o sistema federal é 
responsável pelas escolas federais, escolas particulares de ensino 
superior e órgãos federais. Suas atribuições dizem respeito à:
● elaboração do Plano Nacional de Educação, em colaboração 
com os Estados, Distrito Federal e Municípios;
● prestar assistência técnica e financeira aos Estados, 
Distrito Federal e Municípios para o desenvolvimento de 
seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à 
escolaridade obrigatória;
● estabelecer competências e diretrizes curriculares para 
assegurar a formação básica comum;
● autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, 
respectivamente, os cursos das instituições de educação 
superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino;
O sistema estadual de ensino fi ca responsável pelas: 
escolas estaduais, escolas municipais de educação superior, 
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escolas particulares de ensino fundamental e médio e órgãos 
estaduais de educação. Algumas de suas incumbências são:
● assegurar o ensino fundamental e oferecer com prioridade 
o ensino médio;
● assegurar a formação dos profi ssionais da educação;
● autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar 
os cursos das instituições de educação superior e os 
estabelecimentos do seu sistema de ensino;
Aos municípios atribuem-se as responsabilidades sobre 
as escolas municipais de educação básica, escolas particulares 
de educação infantil (pública e privada) e os órgãos municipais 
de educação. A incumbência do sistema municipal diz respeito a: 
● oferecer educação infantil em creches e pré-escolas e, com 
prioridade, o ensino fundamental;
● autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos 
do seu sistema de ensino.
O quadro a seguir sintetiza a oferta dos níveis da Educação 
Básica:
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QUADRO 4 – NÍVEIS DE ENSINO E COMPETÊNCIA
Nível de Ensino
COMPETÊNCIA
Sistema Municipal
Sistema 
Estadual
Rede 
Particular
Educação Infantil
X
Desde que estejam 
atendidas as 
necessidades 
do Ensino 
Fundamental
x
Ensino Fundamental X X X
Ensino Médio
X
Desde que 
esteja suprido 
o atendimento 
do Ensino 
Fundamental
X X
FONTE: Kuroski (2008, p. 31)
Nesse contexto, a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios organizam-se, em regime de colaboração, os 
respectivos sistemas de ensino.
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Caro(a) acadêmico(a)! Destacamosainda, no que 
diz respeito à entidade administrativa, o sistema 
educacional classifica-se em: Federal, Estadual, 
Municipal, Particular, Filantrópico e Comunitário. O 
Art. 213 da Constituição determina a disponibilidade 
de recursos para estas duas últimas instituições desde 
que comprovem a fi nalidade não lucrativa e invistam 
o excedente fi nanceiro em educação.
Uma das orientações da LDB é a gestão democrática da 
educação. Entre as estratégias que visam à manutenção deste 
tipo de gestão está a formação dos Conselhos Escolares. Sobre 
este órgão trataremos no próximo tópico. 
3 CONSELHO ESCOLAR
A orientação à criação dos Conselhos Escolares surgiu com 
a proposta de gestão democrática da Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação (LDB), de 1996, e faz parte das metas do Plano de 
Desenvolvimento da Educação (PDE), de 2007. 
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O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) 
foi aprovado em 2007, com o objetivo de melhorar a 
Educação no Brasil, em todas as suas etapas. O PDE 
prevê várias ações que visam identifi car e resolver 
problemas que afetam o ensino e a aprendizagem de 
qualidade no país. As ações devem estar articuladas 
entre União, Estados e Municípios. O Brasil estabeleceu 
um prazo de quinze anos para solucionar as mazelas 
que afetam a educação.
Concomitante ao PDE, o Ministério da Educação vem 
desenvolvendo um Programa Nacional de Fortalecimento 
dos Conselhos Escolares. Entre os objetivos deste Programa 
destacam-se:
● Ampliar a participação da comunidade escolar e local na 
gestão administrativa, fi nanceira e pedagógica das escolas 
públicas.
● Apoiar a implantação e o fortalecimento de conselhos 
escolares.
● Instituir, em regime de colaboração com os sistemas de 
ensino, políticas de implantação e fortalecimento de conselhos 
escolares. 
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● Promover em parceria com os sistemas de ensino a 
capacitação de conselheiros escolares.
● Estimular a integração entre os conselhos escolares.
● Apoiar os conselhos escolares na construção coletiva de um 
projeto educacional no âmbito da escola, em consonância com 
o processo de democratização da sociedade.
● Promover a cultura do monitoramento e avaliação no âmbito 
das escolas, para a garantia da qualidade da educação. 
FONTE: Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
content&view=article&id=12390&Itemid=659>. Acesso em: 20 
jul. 2011.
Os Conselhos Escolares são órgãos colegiados que têm 
como objetivo assegurar a participação da comunidade no processo 
educacional, auxiliando e apoiando a equipe gestora em questões 
administrativas, fi nanceiras e pedagógicas. Esta instância atua de 
forma consultiva, deliberativa, normativa ou avaliativa. Entre as 
principais atribuições dos Conselhos Escolares estão: coordenar 
o processo de discussão, elaboração ou alteração do regimento 
da instituição, garantir a participação da comunidade escolar 
na elaboração do Projeto Político Pedagógico e acompanhar a 
evolução dos indicadores educacionais da escola.
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FIGURA 1 – CONSELHO ESCOLAR
FONTE: Disponível em: <http://willportela.blogspot.
com/2010/08/promotor-da-educacao-visita-escola.
html>. Acesso em: 30 abr. 2011.
O Conselho Escolar é formado por representantes de 
pais, estudantes, professores, demais funcionários, membros da 
comunidade e o diretor da escola. Cada escola deve estabelecer 
regras transparentes e democráticas de eleição dos membros 
deste órgão.
Entre as ações desenvolvidas pelo Conselho Escolar 
destacam-se:
● Defi nir e fi scalizar a aplicação dos recursos destinados à escola 
e discutir o projeto com a equipe gestora e a equipe docente.
● Acompanhar o planejamento do calendário escolar. De acordo 
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com o Art. 24 inciso I da Lei nº 9.394/96, o ano letivo deverá 
estar organizado com uma carga horária mínima de oitocentas 
horas, distribuídas em, no mínimo, duzentos dias de efetivo 
trabalho escolar.
● Acompanhar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica 
(IDEB).
3.1 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
O IDEB foi criado em 2007, pelo Instituto Nacional de 
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), para 
mensurar a qualidade da educação no país. Na primeira medição, 
o indicador utilizou dados que foram levantados em 2005. O IDEB 
é calculado com base na taxa do rendimento escolar (aprovação 
e evasão), no desempenho dos alunos no Sistema Nacional de 
Avaliação da Educação Básica (SAEB) e na Prova Brasil. 
Os resultados apresentados permitem um panorama 
da aprendizagem no país, pois possibilitam estabelecer um 
diagnóstico e organizar um plano de ação corretiva. O Ministério da 
Educação e Cultura (MEC) oferece apoio técnico e fi nanceiro aos 
municípios com índice insufi ciente de qualidade de ensino. O envio 
de recursos se efetiva a partir da adesão ao Compromisso Todos 
pela Educação e da elaboração do Plano de Ações Articuladas 
(PAR).
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ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ENSINO NO BRASIL
O Compromisso Todos pela Educação é um plano de 
metas que integra o Plano de Desenvolvimento da Educação 
(PDE) e refere-se à mobilização em torno da melhoria da 
Educação Básica no país. O Compromisso é a junção dos 
esforços da União, Estados e Municípios, das famílias e da 
sociedade, em proveito da melhoria da qualidade da Educação 
Básica. 
O Plano de Ações Articuladas (PAR) confi gura-se em 
um instrumento, que integra o Compromisso Todos pela 
Educação, com o propósito de organizar a atuação dos Estados 
e Municípios no que diz respeito à política de educação brasileira. 
Nesse aspecto, o PAR constitui um planejamento de ações 
multidimensional sobre o que deve ser realizado na educação. 
Para a sua elaboração, o Ministério da Educação organizou um 
roteiro com ações pontuadas e que devem ser sinalizadas pelos 
participantes deste plano.
O Município ou Estado que assume a responsabilidade de 
promover a melhoria da educação em sua esfera de competência, 
atendendo às diretrizes do Compromisso deve mobilizar esforços 
para o alcance de cada meta intermediária do IDEB e assim 
comprovar a melhoria da qualidade da educação.
FONTE: Disponível em: <http://sceweb.mec.gov.br/termo/action/livreto.
pdf>. Acesso em: 20 jul. 2011.
 Diante desse panorama de metas e compromissos, 
destacamos algumas informações complementares ao IDEB:
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Curso de Tópicos em Educação I
● O índice é medido a cada dois anos.
● O objetivo até 2022 é elevar a média 6,0 que é o índice que 
corresponde à qualidade do ensino em países desenvolvidos.
● O MEC dispõe de recursos adicionais aos do Fundo da 
Educação Básica (FUNDEB) para investir nas ações de 
melhoria do IDEB.
● O Compromisso Todos pela Educação propõe diretrizes 
e estabelece metas para o IDEB das escolas e das redes 
municipais e estaduais de ensino.
● Todos os municípios e estados brasileiros se comprometeram 
a atingir metas como a alfabetização de todas as crianças até, 
no máximo, oito anos de idade.
● Avaliações como a Prova Brasil permitem planejar o 
aperfeiçoamento de escolas e redes de ensino.
● A média nacional do IDEB em 2005 para os Anos Iniciais do 
Ensino Fundamental foi de 3,8. Em 2007, essa nota subiu para 
4,2. Em 2009, a nota alcançada foi 4,6.
FONTE: Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=273&Itemid=345>. Acesso em: 1 maio 2011.
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ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ENSINO NO BRASIL
FIGURA 2 – MENOS, MENOS EM VEZ DE CELEBRAR A 
NOTA BAIXA, VALE MAIS REFLETIR PARA 
AVANÇAR. MONTAGEM BRUNO NUNES 
SOBRE FOTO PETER DAZELEY/GETTY 
IMAGES
FONTE: Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/
politicas-publicas/avaliacao/nao-comemorar-584567.
shtml>. Acesso em: 1 maio 2011.
Caro(a) Acadêmico(a)! O Compromisso Todos pela 
Educação instituiu 28 diretrizes para os signatários do Compromisso 
alcançarem um índice satisfatório. Estas diretrizes são:
1 Estabelecer resultados concretos de aprendizagem.
2 Alfabetizar as crianças até 8 anos e aferir com exame específi co.
3 Acompanhar cada aluno da rede individualmente, com registro 
de frequência e avaliações periódicas de desempenho.
4 Combater a repetência com aulas de reforço no contraturno, 
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Curso de Tópicos em Educação I
estudos de recuperação e progressão parcial.
5 Combater a evasão pelo acompanhamento individual das 
razões da não frequência do estudante e sua superação.
6 Matricular o aluno na escola mais próxima da sua residência.
7 Ampliar as possibilidades de permanência de crianças e jovens 
na escola além da jornada regular.
8 Valorizar a formação ética, artística e a Educação Física.
9 Garantir a inclusão educacional nas escolas públicas.
10 Promover a Educação Infantil.
11 Manter programa de alfabetização de jovens e adultos.
12 Instituir programa próprio ou em parceria para a formação 
inicial e continuada.
13 Implantar plano de carreira, cargos e salário privilegiando o 
mérito, a formação e o desempenho.
14 Valorizar o trabalhador efi ciente, dedicado, assíduo, pontual, 
responsável e promover projetos e cursos de atualização e 
desenvolvimento profi ssional.
15 Estabelecer o período probatório, efetivando o professor após 
a avaliação, de preferência externa ao sistema educacional.
16 Envolver todos os professores na discussão e elaboração do 
Projeto Político Pedagógico.
17 Ter coordenadores pedagógicos que acompanhem as 
difi culdades enfrentadas pelo professor.
18 Fixar regras de mérito e desempenho para nomeação e 
exoneração de diretor de escola.
19 Divulgar na escola e na comunidade os dados relativos à 
área da Educação.
20 Acompanhar e avaliar, junto com a comunidade e do 
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ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ENSINO NO BRASIL
Conselho de Educação, as políticas públicas da área e garantir 
a continuidade das ações.
21 Zelar pela transparência da gestão pública, garantindo o 
funcionamento autônomo dos conselhos de controle social.
22 Promover a gestão participativa na rede de ensino.
23 Elaborar Plano de Educação e instalar Conselhos de 
Educação.
24 Integrar os programas da área de educação com áreas como 
saúde, esporte, assistência social e cultura, entre outras.
25 Fomentar e apoiar os conselhos escolares, envolvendo as 
famílias dos alunos, com as atribuições de zelar pela manutenção 
da escola e pelo monitoramento das ações e consecução das 
metas.
26 Transformar a escola em espaço comunitário e manter ou 
recuperar aqueles espaços e equipamentos públicos da cidade 
para que possa ser usados pela comunidade escolar.
27 Firmar parcerias externas visando à melhoria da infraestrutura 
da escola ou a promoção de projetos socioculturais e ações 
socioeducativas.
28 Criar um comitê local, com representantes das associações de 
empresários, trabalhadores, sociedade civil, Ministério Público, 
Conselho Tutelar e dirigentes do sistema educacional público.
FONTE: Adaptado de: <http://sceweb.mec.gov.br/termo/action/livreto.
pdf>. Acesso em: 20 jul. 2011.
 Os sistemas municipais e estaduais de ensino que aderiram 
ao Compromisso seguirão estas diretrizes fundamentadas em 
resultados de avaliação da qualidade e do rendimento dos 
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Curso de Tópicos em Educação I
educandos.
Caro(a) acadêmico(a)! Em 2011, acontecerá a 4ª edição 
da Prova Brasil.
A Prova Brasil ou Provinha Brasil é um instrumento de 
aferição do desempenho escolar dos alunos de seis a oito anos. É 
uma avaliação do Ensino Fundamental que faz parte do Sistema 
Nacional de Avaliação da educação Básica (SAEB). As áreas do 
conhecimento avaliado são Português e Matemática.
Os resultados coletados pela Prova Brasil auxiliam nas 
decisões e na alocação de recursos técnicos e fi nanceiros, assim 
como no estabelecimento de metas e implantação de ações 
pedagógicas e administrativas com vistas à melhoria da qualidade 
de ensino. A primeira edição da prova ocorreu em 2005.
No próximo tópico, retomaremos uma das funções 
primordiais da escola: a formação do sujeito para o exercício da 
cidadania. 
4 ESCOLA E CIDADANIA 
Caro(a) acadêmico(a)! Na segunda etapa deste curso, um 
de nossos estudos foi sobre Edgar Morin e os sete saberes para a 
educação do futuro. Para relembrar citamos os saberes idealizados 
por esse pensador: conhecer o que é conhecer; estabelecer as 
relações mútuas e infl uências recíprocas entre as partes e o todo 
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ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ENSINO NO BRASIL
em um mundo complexo; reconhecer a unidade e a complexidade 
humana; reconhecer a identidade terrena; enfrentar os imprevistos, 
o inesperado e a incerteza; compreender a relação mútua entre 
os seres humanos; compreender o desenvolvimento conjunto 
das autonomias individuais, das participações comunitárias e da 
consciência de pertencer à espécie humana. Como já comentado, 
a grande meta da educação, na perspectiva de Morin, deve ser o 
desenvolvimento da educação para a cidadania global.
Quando Morin (2001), afirma que: compreender o 
desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das 
participações comunitárias e da consciência de pertencer à 
espécie humana está se referindo ao desenvolvimento da 
cidadania terrestre, ou seja, que a educação deve conduzir à 
consciência de que o indivíduo é ao mesmo tempo indivíduo, 
sociedade e espécie.
Os d iscursos que perpassam a educação na 
contemporaneidade refl etem a necessidade de uma educação para 
a cidadania. A preocupação com a formação global do indivíduo, 
enquanto sujeito apto a enfrentar novas realidades acerca dos 
progressos científi cos, do ambiente natural, das tensões entre as 
nações, da crescente população, leva à criação de documentos 
que visam a uma educação para todos e que a orientam também 
para todos. Entre este podemos citar: A Constituição Brasileira 
de 1988 denominada de Constituição Cidadã, a Lei nº 9.394/96 
(BRASIL, 1996) – já citada nesta etapa.
A sociedade brasileira demanda uma educação que 
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Curso de Tópicos em Educação I
garanta as aprendizagens necessárias para a formação do cidadão 
autônomo, crítico e participativo. Uma educação que desenvolva 
atitudes, valores que os tornem capazes de atuar no contexto 
onde vivem. Nessa perspectiva, a escola, como espaço para a 
educação formal e de socialização, deve proporcionar aos alunos 
uma formação que atenda às suas necessidades educativas, que 
vão desde os instrumentos de aprendizagem (leitura, escrita, 
expressão oral, resolução de problemas) até os conteúdos 
educativos (conceitos, atitudes e valores). 
Caro(a) acadêmico(a)! Vamos acessar o objeto de 
aprendizagem e descobrir outras informações sobre as temáticas 
dessa etapa?
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ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ENSINO NO BRASILA UTOATIVIDADE
1 Sobre os princípios que norteiam a Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional, analise as sentenças e assinale a 
alternativa CORRETA:
a) Reforça a desigualdade de condições para o acesso e 
permanência na escola.
b) Enfatiza o cerceamento da liberdade de aprender, ensinar, 
pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber.
c) Proíbe o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.
d) Orienta a gestão democrática do ensino público, na forma 
desta Lei.
2 Sobre as alterações sofridas pela LDB, analise as seguintes 
sentenças:
I- Lei nº 10.436/2002 – prevê a obrigatoriedade do ensino de 
libras nos cursos de Educação Infantil.
II- Lei nº 10.639/2003 – inclui a História e Cultura afro-brasileira 
no Ensino Fundamental e Médio.
III- Lei nº 11.114/2005 – altera Art. 6 e 32 da LDB, para tornar 
obrigatória a matrícula das crianças de seis anos de idade no 
ensino fundamental.
IV- Lei nº 11.274 de 2006 – altera o artigo 29, 30, 32 e 87 da LDB, 
ampliando a duração do ensino fundamental de 8 para 9 anos.
V- Lei nº 12.061 de 2009 – assegura que somente o ensino 
fundamental deve ser oferecido como prioridade, respeitando 
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Curso de Tópicos em Educação I
o disposto no art. 38 da LDB.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) As sentenças I, II e V estão corretas.
b) As sentenças II, IV e V estão corretas.
c) As sentenças II, III e IV estão corretas.
d) As sentenças II e III estão corretas.
3 Sobre as incumbências da União em relação à educação, 
assinale a alternativa CORRETA:
a) É responsável por organizar o sistema de ensino para a 
Educação Infantil.
b) É responsável pela elaboração do Plano Nacional de 
Educação, em colaboração com os Estados, Distrito Federal 
e Municípios.
c) Estabelece metas curriculares para assegurar a formação 
básica específi ca para cada região do país.
d) Não presta assistência técnica e fi nanceira aos Estados, 
Distrito Federal e Municípios para o desenvolvimento de seus 
sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade 
obrigatória.
4 Entre as metas do Plano de Desenvolvimento da Educação 
estão:
a) A criação e fortalecimento dos Conselhos Escolares.
b) Disseminação do analfabetismo funcional.
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ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ENSINO NO BRASIL
c) Acabar com as mazelas da educação brasileira em 50 anos.
d) Garantir o fi nanciamento para a educação básica e a extinção 
do FIES no ensino superior.
5 Referente aos objetivos do Programa Nacional de Fortalecimento 
dos Conselhos Escolares, analise as sentenças:
I- Diminuir a participação da comunidade escolar e local na 
gestão administrativa, fi nanceira e pedagógica das escolas 
públicas. 
II- Restringir a atuação dos Conselhos Escolares.
III- Promover em parceria com os sistemas de ensino a 
capacitação de conselheiros escolares.
IV- Apoiar os conselhos escolares na construção coletiva de um 
projeto educacional no âmbito da escola, em consonância com 
o processo de democratização da sociedade.
Agora, assinale a alternativa CORRETA: 
a) As sentenças I, II e V estão corretas.
b) As sentenças III e IV estão corretas.
c) As sentenças II, III e V estão corretas.
d) As sentenças I e II estão corretas.
6 Em relação ao IDEB, é correto afi rmar:
a) É um indicador que avalia o trabalho pedagógico em sala de 
aula.
b) Os resultados alcançados são desconsiderados pelos 
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Curso de Tópicos em Educação I
educadores.
c) A avaliação é quantitativa e não qualitativa.
d) É um indicador da qualidade do ensino no país.
7 Sobre a função da escola, assinale a alternativa CORRETA:
a) É uma instituição social que torna possível o acesso ao saber 
descontextualizado.
b) É o local da monoculturalidade de ideias.
c) É um espaço neutro, pois como instituição de ensino não deve 
envolver-se nas questões de ordem social, cultural e política.
d) Faz parte de um sistema de ensino e está sujeita a um conjunto 
de leis que orienta e normatiza o seu trabalho nas dimensões: 
administrativa, pedagógica e jurídica. 
8 Em relação ao sistema escolar, assinale a alternativa 
CORRETA:
a) O sistema escolar tem como objetivo cumprir uma função 
social dissociada do contexto em que o indivíduo está inserido.
b) Trabalha para o desenvolvimento da sociedade.
c) Prioriza recursos fi nanceiros em detrimento do humano.
d) Está fora de um sistema mais amplo (supersistema) que é a 
sociedade.
9 Sobre a modalidade de educação especial, assinale a 
alternativa CORRETA:
a) Deve ser oferecida em locais específi cos de acordo com a 
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ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ENSINO NO BRASIL
demanda das defi ciências.
b) Deve atender somente ao nível do ensino médio.
c) É considerada um conjunto de recursos e estratégias de 
apoio que deve estar à disposição de uma pequena parcela 
da população.
d) Defi ne-se como modalidade de educação que tem como 
princípio a inclusão.
10 Sobre a Educação Indígena, analise as sentenças a seguir:
I- Visa desenvolver, orientar e acompanhar o desenvolvimento 
de programas, ações e políticas educacionais voltadas para 
as comunidades indígenas, no entanto, não considera o índio 
como um sujeito de história.
II- Um dos objetivos é proporcionar aos índios, suas comunidades 
e povos, a recuperação de suas memórias históricas; a 
reafi rmação de suas identidades étnicas; a valorização de 
suas línguas e ciências. 
III- Busca garantir aos índios, suas comunidades e povos, o 
acesso às informações, conhecimentos técnicos e científi cos 
da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não 
índias.
IV- O reconhecimento da importância da educação indígena 
constitui-se como uma reivindicação sem fundamentos das 
experiências da sociedade brasileira, que não reconhece o 
índio como partícipe do processo de construção da sociedade.
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Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) As sentenças I e IV estão corretas.
b) As sentenças I, II e III estão corretas.
c) As sentenças II e III estão corretas.
d) As sentenças II e IV estão corretas.
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R EFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Imprensa 
Ofi cial, 1996.
______. Compromisso Todos pela Educação: passo a passo. 
Disponível em: <http://sceweb.mec.gov.br/termo/action/livreto.
pdf>. Acesso em: 20 jul. 2011.
KUROSKI, Cristina. Estrutura e funcionamento de ensino. 
Indaial: Ed. Grupo UNIASSELVI, 2008.
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do 
futuro 3. ed. São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2001.
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G ABARITO
1 Sobre os princípios que norteiam a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 
analise as sentenças e assinale a alternativa CORRETA:
d) Orienta a gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei.
2 Sobre as alterações sofridas pela LDB, analise as seguintes sentenças:
I- Lei nº 10.436/2002 – prevê a obrigatoriedade do ensino de libras nos cursos de 
Educação Infantil.
II- Lei nº 10.639/2003 – inclui a História e Cultura afro-brasileira no Ensino 
Fundamental e Médio.
III- Lei nº 11.114/2005 – altera Art. 6 e 32 da LDB, para tornar obrigatória a matrícula 
das crianças de seis anos de idade noensino fundamental.
IV- Lei nº 11.274 de 2006 – altera o artigo 29, 30, 32 e 87 da LDB, ampliando a 
duração do ensino fundamental de 8 para 9 anos.
V- Lei nº 12.061 de 2009 – assegura que somente o ensino fundamental deve ser 
oferecido como prioridade, respeitando o disposto no art. 38 da LDB.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
c) As sentenças II, III e IV estão corretas.
3 Sobre as incumbências da União em relação à educação, assinale a alternativa 
CORRETA:
b) É responsável pela elaboração do Plano Nacional de Educação, em colaboração 
com os Estados, Distrito Federal e Municípios.
4 Entre as metas do Plano de Desenvolvimento da Educação estão:
a) A criação e fortalecimento dos Conselhos Escolares.
5 Referente aos objetivos do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos 
Escolares, analise as sentenças:
I- Diminuir a participação da comunidade escolar e local na gestão administrativa, 
fi nanceira e pedagógica das escolas públicas. 
II- Restringir a atuação dos Conselhos Escolares.
III- Promover em parceria com os sistemas de ensino a capacitação de conselheiros 
escolares.
IV- Apoiar os conselhos escolares na construção coletiva de um projeto educacional 
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no âmbito da escola, em consonância com o processo de democratização da 
sociedade.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
b) As sentenças III e IV estão corretas.
6 Em relação ao IDEB, é correto afi rmar:
d) É um indicador da qualidade do ensino no país.
7 Sobre a função da escola, assinale a alternativa CORRETA:
d) Faz parte de um sistema de ensino e está sujeita a um conjunto de leis que orienta 
e normatiza o seu trabalho nas dimensões: administrativa, pedagógica e jurídica.
8 Em relação ao sistema escolar, assinale a alternativa CORRETA:
b) Trabalha para o desenvolvimento da sociedade.
9 Sobre a modalidade de educação especial, assinale a alternativa CORRETA:
d) Defi ne-se como modalidade de educação que tem como princípio a inclusão.
10 Sobre a Educação Indígena, analise as sentenças a seguir:
I- Visa desenvolver, orientar e acompanhar o desenvolvimento de programas, ações 
e políticas educacionais voltadas para as comunidades indígenas, no entanto, não 
considera o índio como um sujeito de história.
II- Um dos objetivos é proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a 
recuperação de suas memórias históricas; a reafi rmação de suas identidades 
étnicas; a valorização de suas línguas e ciências. 
III- Busca garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações, 
conhecimentos técnicos e científi cos da sociedade nacional e demais sociedades 
indígenas e não índias.
IV- O reconhecimento da importância da educação indígena constitui-se como uma 
reivindicação sem fundamentos das experiências da sociedade brasileira, que não 
reconhece o índio como partícipe do processo de construção da sociedade.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
c) As sentenças II e III estão corretas.

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